terça-feira, dezembro 29, 2009

Climategate: a incompreensão do não-aquecimento actual

Os ditos cientistas do IPCC apanhados no Climategate não sabem explicar o que se está a passar desde 1998. De facto, como o índice “temperatura média global” deixou de aumentar, apesar do crescimento contínuo da concentração do CO2, lá vai por água abaixo a tese do global warming.

Primeiro foi o neozelandês Mick Kelly (ver emails) que, atónito, escreveu a Phil Jones, do CRU-Climatic Research Centre, pois tinha que fazer uma apresentação pública e não sabia como explicar a descida recente das temperaturas:

Hi Phil

Just updated my global temperature trend graphic for a public talk and noted that the level has really been quite stable since 2000 or so and 2008 doesn't look too hot. Anticipating the sceptics latching on to this soon, if they haven't done already, has anyone had a good look at the large-scale circulation anomalies over this period? I haven't noticed anything consistent coming up in the annual climate reviews but then I wasn't really looking. Be awkward if we went through a early 1940s type swing! Hope all's well with you.

Mick

Phil Jones respondeu a Mick Kelly no dia 24 de Outubro de 2008:

From: P.Jones@xxxxxxxxx.xxx [mailto:P.Jones@xxxxxxxxx.xxx]
Sent: 24 October 2008 20:39
To: Mick Kelly
Subject: Re: Global temperature

Mick,

They have noticed for years - mostly wrt [with respect to] the warm year of 1998. The recent coolish years down to La Nina. When I get this question I have 1991-2000 and 2001-2007/8 averages to hand. Last time I did this they were about 0.2 different, which is what you'd expect. In Iceland at a meeting that Astrid invited me to. Cold with snow on the ground, but things cheap as the currency has gone down 30-40% wrt even the pound.

Cheers
Phil

Mick voltou à carga no dia 26 de Outubro de 2008 dizendo que iria cortar os últimos pontos da curva antes da tal apresentação pública pois não saberia explicar o que se estava a passar (!):

From: Mick Kelly mick.tiempo@xxxxxxxxx.xxx
To:
Subject: RE: Global temperature
Date: Sun, 26 Oct 2008 09:02:00 +1300

Yeah, it wasn't so much 1998 and all that that I was concerned about, used to dealing with that, but the possibility that we might be going through a longer - 10 year - period of relatively stable temperatures beyond what you might expect from La Nina, etc.

Speculation, but if I see this as a possibility then others might also. Anyway, I'll maybe cut the last few points off the filtered curve before I give the talk again as that's trending down as a result of the end effects and the recent coldish years. Enjoy Iceland and pass on my best wishes to Astrid.

Mick

De facto, estes estranhos cientistas pensam que sabem explicar subidas de temperaturas. Na realidade, não sabem, mas não são só eles. Por cá também temos émulos dos redactores destes emails, que afirmam que uma série de 10 anos não pode refutar a tese do global warming.

Ou seja, estaríamos perante um milagre da Física, pois teríamos uma lei que seria interrompida durante 10, ou mais anos, mas que, pasme-se, continuaria válida!

Além do milagre da Física estaríamos também perante um milagre da Matemática. Com efeito, a tese do global warming baseia-se numa fórmula matemática que nunca concitou a concordância dos cépticos, mas que tem a seguinte expressão:

∆t = Ti – To = α . ln (Ci/Co)

Em que :

∆t = Ti – To é a variação das temperaturas médias globais entre um ano genérico “i” e um ano arbitrário de referência “o”.

Ci e Co são os valores das concentrações de dióxido de carbono (equivalente) nos mesmos anos “i” e “o”.

α é um coeficiente positivo e ln traduz o logaritmo neperiano.

Como a concentração de CO2 varia de forma monótona crescente, teremos Ci > Co, pelo que o logaritmo neperiano ln (Ci/Co) será sempre positivo. E como o parâmetro α é positivo, a variação da temperatura média global teria de ser sempre positiva.

Como não é isto que se está a verificar, alguma coisa vai mal no reino da Dinamarca.

Mas não foi só agora que esta tese do IPCC revelou a sua inadequação. Com efeito, esta lei não consegue explicar as seguintes sequências de tendências registadas nas séries do HadCRUT3 (*), nomeadamente os 38 anos de decrescimento com a taxa máxima de emissões de CO2:

30 anos de crescimento, de 1912 a 1942 (tx de emissão de CO2 = 1,2% /ano)
38 anos de decrescimento, de 1942 a 1980 (tx de emissão de CO2 = 4,7 % / ano)
24 anos de crescimento, de 1980 a 2004 (tx de emissão de CO2 = 1,2 % /ano)

A fonte de informação das taxas de crescimento das emissões de CO2 é James Earl Hansen, o guru máximo do global warming. Estas taxas foram anunciadas por ele numa exposição ao Congresso dos EUA, em 2003. Foi nessa altura que Hansen “avisou” que o valor máximo de subida de temperatura, em relação à era pós-industrial, que o planeta poderia suportar sem “fundir”, seria de 2 ºC. E os crentes tomaram este valor como um dogma.

Na realidade, o índice da temperatura média global oscilou entre crescimentos e decrescimentos cerca de seis vezes desde 1850, data escolhida como final da Pequena Idade do Gelo.
____________
(*) Hadley Center – CRU com actualização de temperaturas T3.

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Geopor

Paulo Legoinha, docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia, leitor do MC, enviou um documento, em PDF, “The Greatest Lie Ever Told”, 2007, do Prof. Nils-Axel Mörner. A grande mentira refere-se à subida do nível dos oceanos.

Este tema do Prof. Mörner foi objecto de uma notícia do Telegraph com o mesmo nome. É uma crítica às previsões da subida do nível dos oceanos feita pelo IPCC no último relatório de 2007.

Mas naquele documento, em PDF, o Prof. Nils-Axel Mörner reafirma a sua opinião de uma subida do nível dos oceanos de + 5 cm ± 15 cm até ao ano 2100. Esta mesma conclusão pode ser encontrada na síntese “Sea Level Changes in the Past, at Present and in the Near-Furture”, Puglia 2003, do mesmo autor.

Este valor deve sossegar muitos leitores do MC, nomeadamente do Brasil, que moram perto do mar. Manifestaram muita preocupação com as notícias alarmantes reaparecidas semanas/meses antes da recente cimeira de Copenhaga.

O geólogo Paulo Legoinha (CV), do Departamento de Ciências da Terra, da Faculdade de Ciências e Tecnologia, tem um sítio web Geopor onde apresenta algumas das suas actividades.

domingo, dezembro 27, 2009

Uma conspiração climática?

Hoje em dia, há quem acredite, ingenuamente, que a ciência se “faz” apenas através da publicação de artigos, revistos e aprovados por pares (peer-review), em revistas científicas de referência. No entanto, nalgumas áreas da ciência, designadamente na Climatologia, a falta de transparência, a desonestidade, a impudência, a tacanhez de espírito e a deslealdade são de tal monta, que o processo está ferido de morte.

Sem dúvida que o produto final de qualquer pesquisa científica é a sua publicação. O número de artigos, a sua qualidade, o prestígio das revistas em que aparecem e o número de vezes que são citados por outros autores, são extremamente importantes na carreira de um cientista. As suas hipóteses de ascensão na carreira e o financiamento dos seus projectos dependem do sucesso dos seus artigos. No mundo da ciência, a literatura é tudo, a blogosfera é quase irrelevante.

Foi recentemente publicado um artigo, “Uma conspiração climatológica?”, por dois cientistas que sofreram na pele um processo kafkiano de peer-review, em Climatologia. A difusão dos emails do CRU, Climate Research Unit, veio agora confirmar o que muitos cientistas suspeitavam há muito tempo, ou seja, que é quase impossível publicar um artigo que contradiga a validade da tese do AGW (Anthropogenic Global Warming, em terminologia anglo-saxónica). Este artigo revela o grau de corrupção que existe no processo de revisão e na publicação da literatura climática.

Neste caso os praticantes da “conspiração” foram componentes do Team* de cientistas do AGW associados ao editor do International of Climatology Journal (IJC), Glen McGregor.

O Team conseguiu adiar a publicação de um artigo dos cientistas Douglass, Christy, Pearson e Singer (DCPS), negando a sua publicação numa outra revista, atrasando a sua publicação escrita no IJC quase um ano, com o objectivo de a fazer coincidir com um artigo de resposta, sonegando informação aos autores, recusando a cedência de dados e negando qualquer direito de resposta em simultâneo.

O artigo de DCPS, revisto e aprovado num processo tradicional (à segunda tentativa), demonstra que os modelos do IPCC, que prevêem um aquecimento global notável, estão em desacordo com a realidade dos dados observados. Isto é, demonstra que os modelos do IPCC não reproduzem as observações dos últimos anos.

Deixamos ao cuidado dos leitores o julgamento do esforço feito pelo Team, revelado por dezenas de emails trocados durante quase um ano. O comportamento inadequado dos componentes do Team revelam, designadamente:

(a) Uma cooperação incomum entre autores de artigos e editores de revistas;
(b) Distorção de factos conhecidos;
(c) Ataque ao bom-nome dos cientistas (DCPS);
(d) Fuga da tradicional troca de opiniões;
(e) Uso de informações confidenciais;
(f) Distorção, ou má compreensão, das questões científicas colocadas por DCPS;
(g) Retenção de dados.

As acções do Team revelam que a sua tese do AGW está tão mal fundamentada, que nem eles próprios confiam nos seus dados, nas suas análises e nas suas conclusões. Porque será que eles receiam apenas a publicação de um artigo?

Quem pode agora acreditar nestes cientistas do clima? Quem pode agora acreditar neste processo de peer-review? Quem pode agora acreditar nestas publicações ditas científicas?
Foi sem dúvida um golpe baixo na ciência que levará algum tempo a recuperar a sua credibilidade.
____________
* O Team é um grupo de cientistas do clima que colabora frequentemente entre si e publica artigos apoiando a tese do aquecimento global de origem humana (AGW). No caso em apreço, os membros do Team foram Ben Santer, Phil Jones, Timothy Osborn, Tom Wigley e vários outros com papéis menores.

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Climategate: como se manipulam dados

O material revelado no âmbito do Climategate é bastante elucidativo acerca da forma como os principais cientistas do global warming não hesitaram em manipular os dados, sobretudo “retocar” as temperaturas de que dispunham, para que os resultados vindos a público confirmassem a sua teoria alarmista.

Nas mensagens trocadas entre eles, tanto a letra como o espírito dos textos não deixam dúvidas acerca da existência de uma intenção deliberada em manipular os dados. Leia-se, por exemplo, esta mensagem de Tom Wigley para Phil Jones, com cópia para Ben Santer, que aqui reproduzimos na íntegra (os parêntesis rectos são nossos):

From: Tom Wigley wigley@xxxxxxxxx.xxx
To: Phil Jones p.jones@xxxxxxxxx.xxx
Subject: 1940s
Date: Sun, 27 Sep 2009 23:25:38 -0600
Cc: Ben Santer santer1@xxxxxxxxx.xxx

Phil,

Here are some speculations on correcting SSTs
[SST, acrónimo de Sea Surface Temperature] to partly explain the 1940s warming blip.

If you look at the attached plot you will see that the land also shows the 1940s blip (as I'm sure you know).

So, if we could reduce the ocean blip by, say, 0.15 degC, then this would be significant for the global mean – but we'd still have to explain the land blip.

I've chosen 0.15 here deliberately. This still leaves an ocean blip, and i think one needs to have some form of ocean blip to explain the land blip (via either some common forcing, or ocean forcing land, or vice versa, or all of these). When you look at other blips, the land blips are 1.5 to 2 times (roughly) the ocean blips -- higher sensitivity plus thermal inertia effects. My 0.15 adjustment leaves things consistent with this, so you can see where I am coming from.

Removing ENSO
[índice El Niño Southern Oscillation] does not affect this.

It would be good to remove at least part of the 1940s blip, but we are still left with "why the blip".

Let me go further. If you look at NH
[Hemisfério Norte] vs SH [Hemisfério Sul] and the aerosol effect (qualitatively or with MAGICC) then with a reduced ocean blip we get continuous warming in the SH, and a cooling in the NH -- just as one would expect with mainly NH aerosols.
The other interesting thing is (as Foukal et al. note – from MAGICC) that the 1910-40 warming cannot be solar. The Sun can get at most 10% of this with Wang et al solar, less with Foukal solar. So this may well be NADW
[North Atlantic Deep Water], as Sarah and I noted in 1987 (and also Schlesinger later). A reduced SST blip in the 1940s makes the 1910-40 warming larger than the SH (which it currently is not) -- but not really enough.

So ... why was the SH so cold around 1910? Another SST problem? (SH/NH data also attached.)


This stuff is in a report I am writing for EPRI [Electric Power Research Institute], so I'd appreciate any comments you (and Ben) might have.

Tom.

Perante a forma astuciosa como estes homens especulam acerca da possibilidade de interferirem nos dados para os ajustarem às finalidades da sua teoria, a qual, não o esqueçamos, justifica os seus lugares e remunerações, quem é que, no seu perfeito juízo, ainda acredita numa construção teórica que se pode classificar, sem hesitações, como a grande farsa do global warming?

Para uma manipulação global, é mais fácil manipular as temperaturas termométricas dos oceanos – são menos numerosas as observações realizadas pelos navios – do que as dos continentes – em maior quantidade e realizadas pelas estações meteorológicas. A manipulação passa mais facilmente despercebida. É mais fácil e mais produtiva já que os oceanos representam 71 % da superfície do globo.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

O CO2 e a temperatura média global

Por Jorge Pacheco de Oliveira

Como se sabe, a teoria do global warming imputa às emissões antropogénicas de dióxido de carbono graves responsabilidades no que respeita a um presumível e perigoso aumento da temperatura média global da superfície terrestre.

Os cépticos não aceitam esta responsabilidade e ultimamente têm apresentado um argumento que se afigura razoável, que é o facto de há cerca de dez anos não se observar um aumento da temperatura média global do planeta, não obstante as emissões antropogénicas de CO2 terem continuado ao mesmo ritmo.

Os alarmistas ou, pelo menos, os que não se revêem nas opiniões dos cépticos, trouxeram a terreiro um contra-argumento : a ausência de subida da temperatura global nos últimos anos, apesar do aumento contínuo da concentração de CO2, pode dever-se ao facto de a concentração de CO2 não ser a única variável de que depende a temperatura da superfície terrestre.

Há que reconhecer que o argumento faz sentido. Faz, mas não é defensável.

Em primeiro lugar, impõe-se um reparo : os teóricos do global warming têm recorrido a uma expressão logarítmica (vide os relatórios do próprio IPCC) em que a variação da temperatura é condicionada por uma única variável independente, a concentração do CO2. Se a expressão, afinal, não dá conta do fenómeno, será bom corrigi-la.

Em segundo lugar, já há muito que se sabe que a temperatura global do planeta não depende apenas da concentração de CO2. Antes pelo contrário, há mesmo razões para acreditar que é a concentração (natural) de CO2 que depende da temperatura global, sobretudo da temperatura dos oceanos, em que se encontram dissolvidas grandes quantidades de CO2, que podem ser libertadas ou aprisionadas quando a temperatura das águas aumenta ou diminui, respectivamente.

Trata-se de um fenómenos que os dados disponíveis levam a crer que tem ocorrido ciclicamente ao longo da vida do planeta com um desfasamento temporal da ordem de 600 a 800 anos. Ou seja, primeiro ocorre a variação da temperatura e só depois a variação concomitante da concentração atmosférica do dióxido de carbono. Faz toda a diferença, mas parece não convencer os alarmistas.

Obviamente, resta espaço para dizer que a actual concentração do CO2 não é a natural, uma vez que as emissões antropogénicas têm dado um contributo que não será despiciendo. Sim, mas o cerne da questão continua o ser o mesmo : saber se o acréscimo que é da responsabilidade do Homem pode ter, ou não, repercussões catastróficas no clima do planeta.

Há quem esteja convencido disso, mas as provas que são apresentadas revelam um toque de fantasia, para dizer o mínimo, e de crença religiosa, que não são aceites por quem prefere uma abordagem racional, com argumentos que nunca são contraditados, por exemplo : o contributo do vapor de água para o efeito de estufa ultrapassa largamente o do CO2 ; as quantidades de CO2 que são libertadas e aprisionadas pela superfície terrestre, quer na terra, quer nos oceanos, são de tal forma superiores às emissões antropogénicas durante um mesmo período que imputar a estas a responsabilidade por catástrofes climáticas não pode ser levado a sério.

terça-feira, dezembro 22, 2009

Climategate: uma denúncia, não um roubo?

Aparecem cada vez mais provas de que o Climategate não teria sido uma acção premeditada de hackers mas sim a denúncia de uma fraude científica. Uma análise minuciosa dos arquivos da UEA – University of East Anglia levanta esta suspeita.

O engenheiro canadiano Lance Levsen, especialista de redes informáticas, gestor de sistemas UNIX, realizou uma análise pericial aos emails e ficheiros tornados públicos pelo Climategate.

Levsen concluiu que o autor da libertação dos emails e ficheiros deve ter sido alguém por dentro da organização UEA. Teria de ser alguém profundamente conhecedor da segurança dos sistemas informáticos da Universidade.

O engenheiro canadiano acompanhou a sequência do processo seguido pelo denunciante da fraude científica. Sendo este o caso, Levsen conclui:

Para o hacker ter apanhado todas estas informações teria de ter conhecimentos informáticos extraordinários. O hacker teria que decifrar o código do servidor de ficheiros administrativos para conseguir ler os emails e decifrar numerosos códigos de acesso de numerosas estações de serviço informático, desktops e servidores para obter os documentos.

O hacker teria que mapear a rede completa da UEA para descobrir de quem era e qual era a estação de trabalho informático e quais eram os serviços que a estação oferecia. Teria de desenvolver ou implementar técnicas específicas para cada estação e para cada sistema operativo, sem saber de antemão se havia algo de útil na estação com valor informativo.

Resumidamente, Lance Levsen conclui que os emails e os ficheiros não foram objecto de um roubo realizado por um ou mais hackers. Foram, sim, objecto de uma acção planeada por alguém pertencente à organização da Universidade. Um delator e não um ladrão.

Fonte: Climategate a leak, not a hack

Temperaturas de Lisboa

Posted by Picasa
A conferência de Copenhaga preparava-se para aprovar a chamada “governança”, isto é, um governo supranacional que decidiria acima dos governos dos países membros da ONU.

Na preparação psicológica das massas para aceitar esse governo anti-democrático, muitas foram as afirmações feitas por vários responsáveis nacionais e internacionais que pretendiam amedrontar as pessoas com perspectivas diabólicas para o clima do planeta.

Vários leitores do Brasil se dirigiram ao MC afirmando que esta campanha atingia níveis inconcebíveis. Muitas das afirmações estavam relacionadas com as previsões astronómicas dos aumentos das temperaturas locais e globais, do nível dos oceanos, da violência e frequência das tempestades, da retracção dos gelos árcticos no Verão, etc., etc.

Todas elas pretendiam esconder a realidade de que as temperaturas não estão a subir desde há bastante tempo. Em Portugal, uma das personalidades que se destacou nesta campanha foi o sr. presidente do Instituto de Meteorologia, Adérito Serrão.

Adérito Serrão viu serem destacadas a suas afirmações na agência de notícias Lusa que distribuiu pelos media nacionais afirmações tais como esta:

"Estamos a bater recordes sucessivos de Verões mais quentes, ondas de calor mais prolongadas. Nos últimos 30 anos houve uma curva ascendente nas temperaturas médias", disse Adérito Serrão, presidente do Instituto de Meteorologia (IM).

O leitor Rui Pedro Sousa fez uma pesquisa para confirmar ou não esta afirmação de tão alto responsável. Como não teve possibilidade de recorrer ao próprio IM, que cobra as informações e leva tempo a fornecê-las, Rui P. Sousa foi procurar à internet.

Aproveitou a disponibilidade gratuita da NASA e encontrou para Lisboa uma base de dados e uma curva que lhe permitiu tirar algumas conclusões. A primeira é a de que, de facto, existem vários padrões de evolução da temperatura de Lisboa desde 1880.

A segunda conclusão, e talvez a mais importante, é que de 1987 até 2009, a temperatura de Lisboa não apresenta tendência crescente. Antes pelo contrário apresenta uma certa estabilidade ou mesmo uma pequena tendência para a descida.

O leitor Rui Pedro Sousa traçou a curva da figura junta onde se pode verificar que desde há 22 anos não se registam tendências alarmantes para as temperaturas de Lisboa. No fundo, o alarmismo manifestado por Adérito Serrão baseia-se no mesmo estratagema de unir o ponto inicial e o ponto final de uma série de temperaturas para concluir o que se pretende.

Não seria de exigir maior seriedade ao alto responsável do Instituto de Meteorologia nas afirmações que faz publicamente? É preciso não esquecer que neste Instituto trabalham profissionais de elevado nível científico. Por isso, o seu presidente deveria respeitar a instituição a que preside.

O que se pode concluir da figura traçada pelo Rui Pedro Sousa é que nestes últimos 22 anos as trocas meridionais de energia entre o Pólo Norte e a zona intertropical, que passaram sobre Lisboa, mantiveram uma certa estabilidade.

domingo, dezembro 20, 2009

Neve e frio paralisam a Europa em vésperas do Natal

20 de Dezembro de 2009, 15:46

Milhares de europeus ficaram bloqueados em comboios, estações, estradas e aeroportos este domingo devido à queda de neve e à onda de frio que assola o continente e já provocou a morte de vários sem-abrigo.

A temperatura atingiu os 33,6ºC negativos, na madrugada de sábado, na Baviera (sul da Alemanha). Na Polónia, 15 pessoas morreram no sábado. Em França, onde a madrugada deste domingo foi uma das mais frias do ano, com -24ºC a leste do país, um desempregado de 36 anos foi encontrado morto na sua caravana perto de Arras (norte), assim como um sem-abrigo polaco em Marselha (sul).

Dois homens, de 19 e 43 anos, foram encontrados mortos no sudeste da Áustria. Na Alemanha, o corpo de um sem-abrigo de 46 anos foi descoberto em Mannheim, no sudoeste do país.

A circulação dos comboios Eurostar entre Londres e Paris, bloqueada desde a noite de sexta-feira e que obrigou 2.000 pessoas a passar a noite no túnel da Mancha, continua paralisada este domingo.

"Ainda é cedo para dizer se os comboios voltarão a funcionar amanhã (segunda-feira)", declarou uma porta-voz da empresa. Segundo a Eurostar, 24.000 pessoas estão actualmente retidas dos dois lados do Canal da Mancha.

Outros comboios de alta velocidade (TGV, sigla em francês) de França circulavam a 220 km/h na manhã deste domingo, em vez de atingirem os mais de 300 km/h habituais. O tráfego ferroviário continuava muito perturbado no norte da França, na Bélgica, na Holanda e na Áustria.

Os aeroportos de Bruxelas, Charleroi e Liège, na Bélgica, pararam de funcionar por causa da neve.

O tráfego no aeroporto de Dusseldorf, terceiro mais importante da Alemanha, foi encerrado hoje devido a fortes nevões, informaram as autoridades aeroportuárias.

No Reino Unido, a operadora BAA alertou para o risco de atrasos e cancelamentos em Heathrow, o maior aeroporto do país. O aeroporto de Manchester (norte da Inglaterra), anunciou o seu encerramento no fim da manhã.

Em Paris, no aeroporto internacional de Roissy-Charles-de-Gaulle, 40% dos vôos previstos da parte da manhã deste domingo foram cancelados preventivamente no sábado, assim como 20% dos vôos previstos para a tarde.

O frio e a neve também atingiram o sul da Europa. Várias regiões do norte e do centro de Portugal estão em estado de alerta e o tráfego aéreo continuava muito perturbado no aeroporto internacional de Madeira.

AFP/SAPO

O falhanço de Copenhaga é uma vitória para a democracia e para a Ciência

Horácio, pensador latino, cunhou a expressão “parturient montes, nascetur mus”, que numa tradução livre significa a montanha pariu um rato. Aplica-se a todas as coisas pomposamente anunciadas e que na realização produzem uma grande decepção, ou seja, resultado pífio diante da expectativa gerada.

Nem tratado, nem convenção, mas apenas um acordo, nem este sequer aceite por todos os países. Texto confuso, que precisou de ser lido várias vezes e que prolongou a Cimeira do Clima (?) mais 24 horas, sem grande sucesso. E no qual o grande líder do Mundo, Barak Obama, nem uma vírgula introduziu. Um fracasso total.

Um fracasso apesar de toda a retórica dos verdes, dos ambientalistas radicais (não confundir com ambientalistas), dos governos ocidentais, da UE, da burocracia da ONU, da imprensa dominante intoxicante, dos pseudo-cientistas apanhados no Climategate.

Um fracasso de todos que tiveram os focos da atenção nas últimas semanas/meses, em que todos, sem excepção, levantaram bem alto as expectativas, que chegaram a lançar ameaças e que agora vão tentar menorizar o prejuízo.

A título de exemplo, o nosso primeiro-ministro, José Sócrates, até disse que "foi um passo em frente, tímido mas um passo em frente", apenas se esqueceu de dizer em que direcção. Será que ele sabe?

Presunção de que a raça humana consegue alterar o clima de forma consistente e arrogância de que consegue alterar o clima no sentido pretendido, têm sido os erros em que quase todos têm caído, baseados num pretenso "consenso" científico, numa "realidade" de ficção e numa campanha de propaganda a nível global sem par.

Será isto verdade? Por certo envolve um negócio de milhares de milhões de dólares (onde Al Gore está metido até às orelhas). Também Rajendra Pachuari, presidente do IPCC, é acusado de estar ligado ao negócio do comércio do carbono.

A Ciência sai vitoriosa desta luta contra as negociatas. E a democracia também sai vitoriosa da tentativa de formação de um governo supranacional de burocratas que decidiria qual o destino da humanidade.

sábado, dezembro 19, 2009

Copenhaga, mon amour

(Actualizado no dia 20 de Dezembro com a Nota abaixo transcrita)

O que se concluiu na Cimeira de Copenhaga? Apenas palavras sem sentido redigidas em duas páginas e meia. Resta uma leve esperança de que o alarmismo climático esteja perto do fim. A partir de agora poderia começar uma fase de debate sério a bem da climatologia e do Homem.

Para os leitores interessados, MC disponibiliza o texto assinado pelos poderosos do planeta: Copenhagen Accord. Logo no primeiro parágrafo do Acordo de Copenhaga, os poderosos manifestam-se presunçosos e arrogantes.

Pensam que alteraram o clima a nível global. E são ainda mais presunçosos e arrogantes ao julgar que podem alterar o clima no futuro, limitando a subida da temperatura média global a 2 ºC [Em relação a que data? O Acordo não diz!].

Nesse mesmo parágrafo os poderosos concordam que com esse valor se estabilizaria a concentração de dióxido de carbono a um nível que poderia prevenir uma “interferência antropogénica perigosa”.

Este conceito vago de “interferência antropogénica perigosa” vem já desde a Cimeira do Rio [de Janeiro]. Nunca foi definido com precisão o que é a “interferência antropogénica perigosa”.

O guru, hoje transformado em evangelista do clima, James Earl Hansen disse mais tarde que a “interferência antropogénica perigosa” estava limitada aos tais 2 ºC. Porquê, ele nunca explicou. É apenas um palpite.

Não está provado que as emissões de CO2 tenham efeito significativo no aumento da temperatura a nível global. Muito menos do CO2 causado pela actividade económica do Homem, que é ínfima.

É importante notar que o CO2 é cerca de 0,03% da constituição do ar atmosférico e que a Natureza emite 200 mil milhões de toneladas de CO2 por ano (através da libertação do CO2 dos oceanos, da vegetação, etc.).

As actividades económicas do Homem são responsáveis por apenas 6 mil milhões. Isto é estamos a falar de 3% de 0,03%. Ou seja 0,0009 % do ar atmosférico. Uma relação equivalente a 1 euro em 100 mil euros.

Os milhões gastos nesta loucura de tentar alterar o clima poderiam ser mais bem empregues na resolução de problemas reais: poluição, disponibilidade de água potável, fome, iliteracia, doenças (malária, SIDA, cancro), desemprego, pico do petróleo, etc., etc.

O nosso entendimento sobre o clima é reduzido. Ainda em 1975, as revistas Time e Newsweek (28 de Abril), anunciavam a entrada numa era glacial. E propunham como uma solução derreter as calotes polares.

Na realidade, podemos estar a observar as premissas da primeira fase da entrada na próxima glaciação. E que medidas os poderosos pensem tomar para a adaptação a uma tal situação? Nem eles fazem a mínima ideia!

Nota: Um leitor muito atento chamou a atenção para o seguinte facto que se regista: - «Apenas para lhe chamar a atenção para que o documento a que se refere "MC disponibiliza o texto assinado pelos poderosos do planeta: Copenhagen Accord " não passou de mais um dos muitos rascunhos de acordo que foram propostos. De facto a Conferencia enquanto tal apenas tomou conhecimento do Acordo subscrito pelos EUA, China, Brasil ... a que depois se juntou a UE. A UE foi afastada da discussão e convidada a subscrever o texto final, subscreveu. Neste acordo não há metas e os 2ºC aparecem desligados dos cortes nas emissões.»

sexta-feira, dezembro 18, 2009

Interpelação a Henrique Pereira dos Santos

Henrique Pereira dos Santos (HPS) é um dos autores do blog Ambio, cujo link é disponibilizado pelo Mitos Climáticos. Embora as opiniões de HPS sobre as questões climáticas, principalmente no que respeita à tese do aquecimento global de origem antropogénica (AGW, o acrónimo anglo-saxónico), não sejam concordantes com as opiniões do autor do MC, a verdade é que o blog Ambio costuma abordar questões de carácter ambiental que revelam interesse suficiente para justificar uma recomendação no MC. Aliás, uma deferência que é correspondida no Ambio. Como os nossos leitores têm notado, no MC não se confunde “ambiente” e “poluição” com “clima”.

Todavia, fomos alertados para um comentário de HPS, no seu blog, contendo referências ao autor do MC, as quais, apesar de uma parte inicial que parecia equilibrada, enveredaram depois por afirmações que não se podem considerar propriamente um exemplo de simpatia. Não por questões de carácter pessoal, que pouco afectam o autor do MC, mas sim pelas questões de princípio subjacentes, sistematicamente presentes na argumentação da maioria dos adeptos do AGW, e que devem ser rebatidas, até para os leitores perceberem melhor de que lado está a razão.

As afirmações de HPS que importa aqui salientar são as seguintes :

(...) a pergunta de fundo persiste: que referências de publicações sobre clima, com peer review, tem Rui Moura? Tem de facto um blog, que não admite contraditório e recusa publicar opiniões divergentes da sua, sendo que pode encontrar neste blog [o Ambio] vários textos que demonstram que Rui Moura usa inadequadamente referências bibliográficas que deturpa. Usá-lo como referência no debate não eleva o debate.

Em primeiro lugar, mais uma vez a obsessão dos artigos em publicações com peer review ! Acaso não se pode ter opinião sobre o clima, ou qualquer outro assunto, sem escrever artigos para revistas com peer review!? Era melhor... Com ou sem publicação de comentários, o autor de qualquer blog submete a sua opinião a um processo crítico muito mais incisivo do que aquele que está na essência da avaliação pelos pares.

Além do mais, na sequência do escândalo do Climategate, o processo de peer review ficou bastante abalado pela revelação de que os teóricos do AGW condicionavam e impediam o acesso dos seus críticos às revistas em que poderiam publicar os artigos discordantes. De ora em diante, esta mancha não pode pode ser escamoteada de nenhuma discussão séria.

Quanto ao facto de o MC não admitir comentários, trata-se de uma opção que, de forma alguma, pode ser criticada. Nenhum blog tem a obrigação de oferecer uma tribuna a comentadores mal educados e que, em muitos dos casos, como facilmente se testemunha em diversos blogs, cultivam a ofensa como argumento, uma atitude que, infelizmente, se observa com muita frequência nos adeptos do AGW. Sobretudo agora que o escândalo do Climategate veio mostrar que os seus (poucos) argumentos de carácter científico estão definitivamente prejudicados pelas revelações de fraude e manipulação de dados que eram prática corrente dos principais teóricos do AGW.

Quanto à recusa em publicar opiniões divergentes da sua, mesmo que esta afirmação fosse verdadeira, o autor do MC, da mesma forma que se reclama do direito de não abrir o blog a comentários, limita-se a chamar a atenção para o facto de ninguém estar impedido de criar um blog para divulgar as suas próprias opiniões e comentar as opiniões dos autores de outros blogs.

Relativamente à afirmação de que o autor do MCusa inadequadamente referências bibliográficas que deturpa”, trata-se de uma acusação que o autor do MC não pode deixar passar em claro, esperando que seja feita a respectiva prova.

Finalmente, a asserção de HPS de que “Usá-lo [a Rui Moura, autor do MC] como referência no debate não eleva o debate” constitui uma afirmação de mau gosto, que o autor do MC não esperava de HPS, com quem, desde sempre, manteve uma correspondência cordata. De facto, o autor do MC tem de concluir que, após as revelações do Climategate, o desespero dos adeptos do AGW os leva a perder a cabeça e a intensificar as acusações lançadas sobre os críticos da tese.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Copenhaga na SIC Notícias

Para os leitores que não acompanharam o programa “Expresso da Meia-Noite” da SICN, do dia 11 de Dezembro de 2009, damos a oportunidade de fazerem um juízo de valor mediante a observação do respectivo vídeo.

É evidente que num debate desta natureza nem sempre se podem rebater todas as alegações como a de Joanaz de Melo que anunciou o fecho do buraco do ozono, o que não é verdade.

Além disso, para quem não assistiu ao programa desde o início, é conveniente referir especialmente uma pergunta de Ricardo Costa, feita quase no final do programa, quando me interpelou sobre a poluição atmosférica.

No início e durante o debate vinquei bem que o dióxido de carbono não é um poluente. Era, portanto, a essa hipotética poluição que me referia quando disse que não estava preocupado.

Também o sr. secretário de Estado do Ambiente continuou a falar na infâmia da acusação feita aos cépticos de serem pagos pela indústria petrolífera. Não houve oportunidade de rebater este discurso que tem de acabar.

Os emails do ClimateGate revelam que os dogmáticos (Phil Jones, etc.) estão comprometidos com o petróleo. Num dos emails fala-se na preparação de reuniões com indústrias petrolíferas (citam-se os nomes destas) para obterem fundos de investigação.

Frio e neve em Portugal

Até o jornal mais sectário do “aquecimento global”, o Público, noticiou na primeira página com direito a fotografia:

«Frio, vento e neve espalharam o caos de norte a sul do país».

Entretanto em Copenhaga, na reunião da hipocrisia climática, os grandes industriais do clima, das alterações climáticas e do aquecimento global tratam dos seus negócios enganando meio mundo com o combate às alterações climáticas.

O mentiroso-mor do jornalismo português, Ricardo Garcia, que afunda cada vez mais o jornal Público atolado em mentiras climáticas, intitula na mesma edição do jornal: «Um dia para esquecer na cimeira do clima».

Como se a cimeira tivesse alguma coisa a ver com o clima. Mais parece uma qualquer bolsa como a de Nova Iorque com a confusão habitual lançada pelos brokers. «Quem dá mais? Quem dá mais?»

Enquanto no interior da dita conferência o ambiente aquece, lá fora, em Copenhaga, as ruas estão cheias de neve. Foi a Natureza que quis mostrar aos fanáticos do clima que estão enganados e andam a enganar as pessoas.

Mais uma excelente entrevista do Prof. Carlos Molion

O pensamento científico do distinto Prof. Carlos Baldicero Molion é conhecido dos leitores do MC. O Prof. deu uma entrevista recente ao sítio web UOL. Com enorme prazer, MC reproduz essa entrevista com o devido respeito ao Prof. e ao UOL.
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"Não existe aquecimento global",
diz representante da OMM na América do Sul

Por Carlos Madeiro
Especial para o UOL Ciência e Saúde

Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas.

Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos.

Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O metereologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.

UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?
Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.

UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?
Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.

UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?
Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou para valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas – algumas das que falavam da nova era glacial – que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.

UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.
Molion: Depende de como se mede.

UOL: Mede-se errado hoje?
Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.

UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?
Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.

UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?
Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.

UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?
Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.

UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?
Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos.

UOL: O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?
Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões [representa “mil milhões” de acordo com a norma internacional] de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões? Não vai mudar absolutamente nada no clima.

UOL: O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?
Molion: Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.

UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?
Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.

UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?
Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.

UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?
Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.

UOL: Mas o mar não está avançando?
Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.

UOL: O senhor viu algum avanço com o Protoclo de Kyoto?
Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.

UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?
Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.

UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?
Molion: Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

A verdade oculta sob o manto diáfano do CO2

Por Jorge Pacheco de Oliveira

No blog De Rerum Natura, com várias extensões no blog Ambio, tem estado a decorrer um debate acalorado entre o Prof. Delgado Domingos e um conjunto de diligentes opositores.

Independentemente da argumentação expendida, o Prof. Delgado Domingos merece uma palavra de apoio pela forma galharda como tem suportado as críticas incessantes de que tem sido alvo.

Torna-se óbvio que a argumentação dos opositores não tem outro propósito senão o de, desesperadamente, tentar desviar as atenções do escândalo do Climategate, que veio ferir de morte a construção teórica do “aquecimento global”.

De facto, ao lermos a correspondência trocada entre vários dos cientistas que lideram esta teoria, não restam dúvidas de que esses cientistas (por compaixão cristã, própria da época, continuemos a designá-los assim) não hesitavam em manipular os dados de que dispunham, de forma a sustentar as conclusões a que pretendiam chegar. Em consequência, esta teoria, tal como é conhecida, está morta e enterrada.

Todavia, é importante não perder de vista que nem sequer teria sido necessário o Climategate e a revelação do comportamento reprovável dos seus teóricos, para pôr em causa a fundamentação do “aquecimento global”, concretamente a tese de que as emissões antropogénicas de dióxido de carbono seriam responsáveis por um aquecimento catastrófico da superfície do planeta.

Aquecimento? Bom, a verdade é que os adeptos da teoria, embaraçados com as manifestações inesperadas do tempo e do clima, que não conseguem explicar com os seus infelizes modelos computacionais, já tinham eufemísticamente reformulado a designação da teoria para “alterações climáticas”.

Neste preciso momento, estamos a suportar uma alteração de vulto : uma vaga de frio. Que, evidentemente, não vamos usar como argumento para dizer que não há “aquecimento”, apesar de sabermos que os adeptos do “aquecimento global” não se coíbem de invocar as ondas de calor como um dos exemplos que, supostamente, comprovam a sua teoria.

Claro que os exemplos ridículos não se ficam por aqui. Ainda há dias tivemos a oportunidade de ver na televisão um comentador a dizer que alguma coisa deve estar a acontecer, a aquecer por suposto, já que desde há dois anos não se lembra de pôr um sobretudo.

Mas não deixa de ser curioso que os especialistas do aquecimento global, sobretudo os que têm maiores responsabilidades na matéria, como os que agitam um diploma de doutoramento, uma cátedra, ou múltiplos artigos publicados em revistas com peer review (depois do que se soube através do Climategate até o peer review ficou pelas ruas da amargura), não se arriscam a explicar a génese de uma onda de calor ou de uma vaga de frio. Parece que tal explicação apenas se consegue encontrar nos trabalhos daqueles que encaram estas questões de forma racional.

E também não deixa de ser curioso que a explicação racional para as ondas de calor e para as vagas de frio não tenha absolutamente nada a ver com o dióxido de carbono. Uma verdade certamente inconveniente.

Ora, o dióxido de carbono - frequentemente classificado como poluente, quando não passa de um fertilizante atmosférico - possui, de facto, as características de um gás com efeito de estufa. É talvez a única verdade da teoria do “aquecimento/alterações”. Mas o que é mais importante saber é que o vapor de água presente na atmosfera dá um contributo para o efeito de estufa global que é muito superior ao contributo de todo o dióxido de carbono, natural e antropogénico, sendo este uma pequena fracção do total.

Como é que uma pequena variação da concentração de um componente da atmosfera, cuja concentração total é, já de si, diminuta, pode ser responsável por tudo quanto observamos no comportamento do tempo e do clima, será com certeza um mistério apenas ao alcance dos iniciados.

A condenável realidade é que o sucesso da teoria do “aquecimento/alterações” tem por base a argumentação alarmista de que esta teoria se reveste e o inevitável medo que infunde nas populações de todo o mundo. Por natureza, o ser humano é susceptível de ter medo - deste mundo e, sobretudo, do outro - pelo que a exploração do medo tem sido o suporte de inúmeras e descomunais vigarices, profusamente documentadas na história universal, mas sistematicamente repetidas com outras roupagens.

Que as putativas alterações climáticas incomodem sobremaneira os países do terceiro mundo não passaria de uma anedota bem contada se não fossem as consequências dramáticas das políticas que se encontram em preparação para “compensar” esses países.

Com efeito, o que está a ser tratado na cimeira "climática" de Copenhaga não tem nada ver com o clima. Tem a ver com uma vigarice de proporções planetárias, em que uma colecção de tíbios e incapazes líderes do mundo ocidental, Obama incluído, se prepara para castigar os seus cidadãos com mais um agravamento dos impostos sobre a energia, de forma a transferir somas monumentais para uma colecção de cleptocratas líderes do terceiro mundo.

Que tudo isto seja feito sob o manto diáfano do inocente dióxido de carbono, se não fosse revoltante, seria um truque de se lhe tirar o chapéu.

terça-feira, dezembro 15, 2009

O falso “consenso” do global warming

Por Jorge Pacheco de Oliveira

A eclosão, em finais de Novembro de 2009, do escândalo que ficou conhecido por Climategate, veio ferir de morte a construção teórica do “aquecimento global”.

Com efeito, o conhecimento da correspondência trocada entre vários dos cientistas que criaram e alimentaram toda esta teoria, permitiu-nos saber que esses cientistas não hesitavam em manipular os dados de que dispunham de forma a sustentar as conclusões a que pretendiam chegar.

Justamente indignado com as revelações do Climategate, o Prof. Delgado Domingos escreveu um extenso texto que foi publicado no Expresso online de 30/12/2009, intitulado “O escândalo do 'Climategate' e a Conferência de Copenhaga”, texto esse que foi igualmente publicado aqui no MC.

Como se sabe, a conclusão fundamental a que a teoria do aquecimento global pretendia chegar era a de que as emissões antropogénicas de dióxido de carbono seriam responsáveis por um sobreaquecimento da superfície do planeta, um fenómeno apresentado como imparável e catastrófico, mas que prefigurava uma relação causa-efeito que as observações e os estudos realizados por muitos outros cientistas teimavam em não confirmar.

Em consequência, não obstante os adeptos desta teoria alarmista se reclamarem do consenso de “milhares” de cientistas, a verdade é que, por um lado, o número de cientistas aderentes parece nunca ter sido tão elevado como se dizia e, por outro lado, um número crescente de cientistas de todo o mundo já há muito começara a emitir declarações que destoavam da linha dominante.

Nos Estados Unidos, o Comité “Environment and Public Works”, sob responsabilidade do Senador James Inhofe, editou há cerca de um ano um relatório em que revela a opinião de mais de 700 cientistas de todo o mundo que se afastam das teses do aquecimento global de origem antropogénica.

O documento é muito extenso, mas consulta-se facilmente através da internet. Entre os mais de 700 cientistas encontra-se o Prof. Delgado Domingos, citado na página 6 do relatório de uma forma sintética e depois na página 31 de forma mais extensa.

As citações, naturalmente traduzidas para inglês, são retiradas de uma entrevista dada por Delgado Domingos em 26 de Janeiro de 2008 ao NS (Notícias Sábado), um suplemento do Jornal de Notícias. Esta entrevista abordava vários temas, tendo sido publicada aqui no MC a parte respeitante à problemática do aquecimento global.

Não obstante tudo isto e indiferentes ao escândalo do Climategate, que os devia alertar de uma forma bem mais inteligente, os nossos órgãos de comunicação social continuam a fazer-se eco das opiniões de um conjunto restrito de putativos especialistas nacionais em alterações climáticas, os quais, pelas funções que desempenham, estão compreensivelmente interessados na sobrevivência de uma teoria que já devia estar morta e enterrada.

A par das explicações fantasiosas dos “especialistas” de serviço, os nossos órgãos de comunicação social continuam também a debitar as tolices do costume, quer na imprensa, com as “notícias” de que os efeitos do aquecimento global são ainda mais graves e estão a acontecer mais rapidamente do que se previa, quer na televisão, com as estafadas imagens de blocos de gelo a soltar-se de um glaciar, um fenómeno natural, mas que é utilizado para dar a ideia de que o gelo dos pólos está a derreter de forma dramática. Haja paciência.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Temporada de ciclones tropicais de 2009

Terminou a temporada oficial de furacões no Atlântico Norte. Este ano, mais uma vez, foi calma. No total, apenas nove ciclones tropicais foram classificados com nomes. Seis tempestades tropicais e três furacões.

Inicialmente, o centro nacional de furacões dos EUA (NHC – National Hurricane Center) previu que a temporada poderia registar entre 9 e 14 tempestades. Mais tarde, como tem sido frequente nos últimos anos, corrigiu as previsões para baixo.

A temporada deste ano foi a mais calma no Atlântico Norte desde 2006 e a segunda mais tranquila desde 1997. Para mais detalhes pode-se consultar a informação actualizada da Wikipedia para os furacões de 2009.

Quanto à temporada dos tufões do Pacífico, a temporada também não foi má. Alguns aspectos positivos de uma actividade relativamente baixa de tufões não se registavam desde há 41 anos, isto é, desde 1968.

Pela primeira vez em 10 anos que não se registaram depressões tropicais na bacia do Pacífico durante o mês de Maio. Esta inactividade prolongou-se até meados de Junho. O primeiro ciclone tropical foi baptizado em 21 de Junho.

Pode-se consultar também a Wikipedia para se conhecer detalhadamente o desenvolvimento da temporada de tufões de 2009.

A boa temporada de ciclones tropicais não faz esquecer que, apesar de tudo, aconteceram tragédias humanas que são sempre de lamentar. É uma tristeza o facto de a Natureza ter necessidade de desenvolver este tipo de fenómenos. Nestes fenómenos naturais, como noutros, o Homem só tem uma saída: adaptar-se à situação.

Aos leitores interessados aconselha-se uma revisão da matéria relativamente simples escrita no MC entre 12 de Outubro de 2005 e 3 de Novembro de 2005 sobre ciclones tropicais.

Aos interessados em aprofundar conhecimentos sobre esta matéria pode-se aconselhar o sítio web de Christopher Landsea.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

EUA pintados de branco



Posted by Picasa
Uma severa tempestade de neve atingiu os EUA nos dias 7 e 8 de Dezembro de 2009. A tempestade de neve, com ventos muito fortes, cobriu vários Estados norte-americanos, desde a Califórnia até às Grandes Planícies.

Os serviços meteorológicos norte-americanos anunciaram que a tempestade de neve prosseguiu até à costa leste atravessando os Estados do Grandes Lagos no dia 9 de Dezembro.

A bela imagem que acompanha esta nota mostra o manto de neve que cobriu vários Estados como sejam: Nevada, Utah, Colorado, Dakota do Norte, Oklahoma, etc. Até o Texas foi pintado parcialmente de branco.

A imagem foi obtida a partir de uma combinação de fotografias captadas pelos sensores Moderate Resolution Imaging Sprectroradiometer (MODIS) dos satélites Terra e Aqua da NASA.

Na imagem, a maior parte da esquerda pertence ao satélite Terra, enquanto que a maior parte do lado direito foi obtida a partir do satélite Aqua. Em ambos os casos as fotografias foram tiradas no dia 9 de Dezembro.

Como é sabido, esta tempestade de neve foi provocada pelos anticiclones móveis polares (AMP) de origem boreal. O Árctico está muito frio ou está pouco frio? A Europa tem sido poupada pelos AMP mais violentos que têm saido do Árctico com trajectórias preferenciais para a América do Norte.

Os AMP com trajectória Atlântica e Escandinávia têm-se aglutinado sobre a Europa, do Atlântico aos Urais. Daí que o estado do tempo tenha sido relativamente agradável com extensos períodos de seca meteorológica.

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Lord Monckton na 2ª Conferência Internacional do Clima – Berlim (Novembro 2009)

Na 2ª Conferência Internacional do Clima, realizada em Berlim no fim de Novembro de 2009, antecedendo a Conferência da ONU em Copenhaga, Lord Monckton (*) fez uma excelente apresentação.

Em pouco mais de meia hora conseguiu sintetizar alguns argumentos que têm sido expostos no Mitos Climáticos nos últimos 5 anos, agora ainda mais na ordem do dia pois surgem em resposta ao que veio a público nos mails do recente escândalo Climategate.

Monckton, que é um comunicador por excelência, fez o desmascaramento de um grupo de cientistas do clima, tão bem colocados que têm definido a opinião publicada e consequentemente condicionado a opinião pública, com influência nas decisões políticas dos governos e do IPCC.

Estes pseudo-cientistas negaram a própria Ciência utilizando métodos menos próprios, violando o princípio fundamental de toda a Ciência que é “a dúvida metódica” substituindo-a pela “fé cega”, apenas própria das religiões.

Monckton desmascara a impostura da argumentação do “Antropogenic Global Warming”, agora posta à luz da comunidade internacional com o escândalo do Climategate, abordando as trapaças dos seguintes autores:

- Phil Jones
- James Hansen
- Ben Santer
- Michael Mann
- Susan Solomon
- Kevin Trenberth
- Gavin Schmidt
- Tom Karl

Lord Monckton descreve as mentiras principais de cada um destes pseudo-cientistas. Antes de retirar as máscaras destes pseudo-cientistas (chama-lhes mesmo crooks, isto é, vigaristas) mostra a realidade do Árctico, do Antárctico e da Gronelândia que estão fine.

Tal como o MC já explicou, Lord Monckton mostrou a acumulação de gelo no norte da Gronelândia. Esta acumulação corresponde ao desvio do potencial precipitável que noutras paragens provoca secas. A região do Árctico fundamental para a dinâmica do tempo e do clima do Hemisfério Norte tem estado a arrefecer.

Na sua apresentação, Lord Monckton abordou o caso dos ciclones tropicais que não têm nada a ver com o proclamado “global warming”. Apresentou também a evolução real das temperaturas contrária ao que tem sido propalado pelos alarmistas e ao que os modelos previam para a primeira década do século XXI.

Logo de entrada, a propósito do método científico, recorda palavras de T. H. Huxley: “The improver of natural knowledge absolutely refuses to acknowledge authority, as such. For him, skepticism is the highest of duties; blind faith the one unpardonable sin.

Ao mesmo tempo que demonstra as mentiras daqueles pseudo-cientistas, Lord Monckton vai citando alguns dos mails revelados no Climategate. Por exemplo este enviado por Phil Jones a Mike pedindo para destruir mensagens comprometedoras trocadas entre os pseudo-cientistas durante a preparação do último Relatório de Avaliação do IPCC (AR4 – Fourth Assessment Report):

Can you delete any emails you may have had with Keith re AR4? Keith will do likewise… Can you also email Gene and get him to do the same? I don’t have his new email address. We will be getting Caspar to do likewise.

Ao apresentar a “pequena mentirosa” Susan Solomon, Lord Monckton descreve uma artimanha nossa conhecida. Esta artimanha consiste em unir linearmente os pontos iniciais e finais de uma determinada série de valores de temperaturas.

Solomon, deste modo, afirma que houve uma subida das temperaturas naquele período. Mas ela esconde que se verificaram ciclos de descidas e subidas no meio da série. É que as descidas das temperaturas não têm explicação a partir da tese fraudulenta dos alarmistas.

Quando se refere a Kevin Trenberth, também envolvido, infelizmente, nos emails do Climategate, Lord Monckton salienta o facto de que este alterou em 2008 o esquema do balanço radiativo do planeta por ele apresentado em 1997.

Esta alteração tem implicações no valor da contra-radiação terrestre. Como tal, resultados apresentados no Relatório de Avaliação do IPCC de 2007 (AR4) ficaram invalidados. Daí que estes resultados deveriam ter sido total e imediatamente revistos.

Lord Monckton destaca ainda que a lei da radiação de Stefan-Boltzman – fundamental no estudo daquele balanço – nunca foi citada nas mais de mil páginas (de todos os grupos do IPCC) que deram origem ao AR4 de 2007. E pergunta: - Porquê?

Aos leitores cabe o direito de pensarem pela própria cabeça e de discernirem no logro que tem sido propalado por pseudo-cientistas alarmistas mal-intencionados ou ingénuos, pelos governantes crédulos ou ignaros e pela Comunicação Social portuguesa insciente e autista, que continuam a espalhar falsidades e mentiras sem direito ao contraditório. No entanto cada vez mais se torna difícil esconder o gato, que já tem mais do que o rabo de fora.

É necessário que se defendam causas e não interesses. Apesar de muitos fingirem andar a defender causas escondendo os seus interesses inconfessáveis. A causa maior de todas é a Verdade e esta tem sido vilipendiada com consequências muito negativas para a Ciência, para o Homem e para o seu futuro na Terra.
____________
(*) Jornalista, politico, consultor, autor, periodista, inventor e par do Reino. A Wikipedia apresenta Lord Monckton. A apresentação pode não ser fiel como acontece muitas vezes na Wikipedia. Mas ela serve para se perceber quem é este conselheiro dos governos da Madame Thatcher.

Lord Monckton on Climategate at the 2nd International Climate Conference from CFACT EUROPE on Vimeo.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Desmontando o truque dos alarmistas

A American Thinker é uma importante página de internet que publica diariamente artigos de análise dedicados a temas dos mais variados campos. Como seria de esperar, o aquecimento global tem estado na agenda da American Thinker e, com maioria de razão, o escândalo do Climategate está a merecer uma atenção especial.

Marc Sheppard, um céptico convicto, é o editor de temas ambientais da American Thinker, mas escreve sobre diversos outros temas numa perspectiva em que procura identificar e expor os argumentos de carácter ideológico dissimulados sob representações enviezadas da Ciência e da Tecnologia.

Com óbvio sentido de oportunidade, Marc Sheppard, que é senior partner numa empresa de consultoria informática, decidiu escrever um extenso artigo em que desmonta o “truque” de Michael Mann referido por Phil Jones num dos e-mails revelados pelo Climategate.

O que Marc Sheppard procura demonstrar é que a referência de Jones ao "truque" de Mann, alegadamente para “esconder o declínio”, não tem a ver com a ocultação do declínio das temperaturas observadas a partir de 1998, uma vez que o e-mail de Jones é de Novembro de 1999 e não poderia estar já a integrar esse período, mas sim com um outro declínio de temperaturas com muito maior significado.

De facto, o declínio que Jones procurava, a todo o custo, ocultar não dizia respeito às temperaturas medidas, mas sim às temperaturas “reconstruídas” a partir do conjunto de dados designados por proxies, por exemplo, a evolução dos anéis das árvores, dados que permitem estabelecer uma correlação com as temperaturas que teriam sido verificadas em épocas afastadas em que, obviamente, o Homem ainda não dispunha de termómetros.

Foram as temperaturas reconstruídas que permitiram a Michael Mann e respectivos colegas elaborar o famoso gráfico do hockey stick, uma peça fundamental no argumentário do IPCC e dos alarmistas. Este gráfico foi denunciado como uma fraude, mas nem por isso os alarmistas desistiram de o apresentar como uma sólida prova da sua teoria. Al Gore, por exemplo, não hesitou em recorrer ao hockey stick.

Um dos indícios que levantou suspeitas acerca do hockey stick foi o facto de fazer tábua rasa da existência de dois períodos climáticos relativamente recentes, o Período Quente Medieval, sensivelmente entre os anos 900 e 1300, com temperaturas bem mais elevadas do que as actuais, a que se seguiu um período de arrefecimento, conhecido por Pequena Idade de Gelo, que terminou por volta de 1850.

Por motivos óbvios, aos alarmistas não convinha nada reconhecer a existência destes dois períodos. O dióxido de carbono de origem antropogénica ainda estava longe de fazer a sua entrada em cena e, não obstante, ocorriam alterações climáticas de amplitude significativa. How inconvenient...!

Por isso, os alarmistas não hesitaram em manipular os dados, tanto mais que a série de temperaturas reconstruídas e a série de temperaturas medidas, a partir de 1850, mostravam divergências insanáveis quando se procurava integrar as duas séries num registo contínuo. Entre umas e outras, ficavam em causa, obviamente, as temperaturas reconstruídas. Lá se ia todo o fundamento dos gráficos agitados pelos alarmistas. Havia que ocultar o “declínio”, melhor dizendo, a divergência encontrada. E os charlatães não se fizeram rogados...

Marc Sheppard deu-se ao trabalho de fazer este estudo com todo o detalhe. O seu artigo foi publicado na American Thinker em 6 de Dezembro de 2009, véspera de início da Cimeira de Copenhagen, com o título “Understanding Climategate's Hidden Decline”.

O artigo é um pouco extenso, mas convem ler na íntegra para entender melhor, não só a essência da fraude, mas também a hipocrisia da argumentação de Phil Jones e dos seus seguidores, quando procuram desvalorizar a referência ao "trick", supostamente um termo coloquial proferido numa inocente conversa privada.

Em Portugal conhecemos bem este tipo de argumentos e sabemos como se safam os que são apanhados em inocentes conversas privadas. O azar de Phil Jones é que não vive em Portugal.

Mais um interlúdio de humor climático

Indiferente ao Climategate, quem sabe até se numa tentativa desesperada de lhe ocultar as consequências, a incansável Lusa (agência noticiosa), paga com o dinheiro dos contribuintes, proporciona-nos mais um momento de hilariedade, que aqui deixamos à apreciação dos nossos leitores, na versão dada à estampa pelo jornal Público em 29/11/2009.

Efeitos das alterações climáticas já se sentem na saúde dos portugueses

Mais mortes associadas ao calor intenso, problemas do foro cardio-respiratório relacionados com a poluição e doenças transmissíveis através da água ou dos alimentos são consequências das alterações climáticas na população portuguesa.
De acordo com o chefe da Divisão de Saúde Ambiental da Direcção-Geral da Saúde (DGS), Paulo Diegues, o aumento da procura dos serviços de urgência devido a estes problemas de saúde demonstra bem a magnitude do fenómeno.

Um problema que, segundo este especialista, afecta o mundo – confrontado com as alterações climáticas –, mas particularmente a Europa.

“Estima-se que mais de 370 mil pessoas na Europa sejam afectadas por problemas de poluição atmosférica, atribuídos em grande parte às alterações climáticas”, explicou à Lusa.

As ondas de calor de 2003, 2005 e 2006, a seca em 2004 e 2005 e as inundações em Outubro e Novembro de 2006 são exemplos de fenómenos climáticos extremos – intensificados pelas alterações climáticas globais – em Portugal, com graves riscos para a saúde pública.

De acordo com informação da Direcção-Geral da Saúde (DGS), “estas alterações de frequência e intensidade dos fenómenos climáticos extremos constituem graves riscos para a saúde humana”.

A mais famosa onda de calor em Portugal registou-se em 2003, tendo ficado associada a um excesso de mortalidade de mais 1953 óbitos, dos quais 89 por cento com idades iguais ou superiores a 75 anos, segundo dados do Ministério da Saúde.

No seguimento deste fenómeno, as autoridades de saúde implementaram, desde 2004, um plano de contingência para ondas de calor com o objectivo de “minimizar os efeitos negativos do calor na saúde”.

Em 2006 registou-se o quinto Verão mais quente de Portugal desde 1931, com cinco ondas de calor meteorológicas.

Em relação à chuva, as projecções apontam para “uma redução da precipitação durante a Primavera, Verão e Outono, mais evidente na região Sul do país, e para uma maior frequência de episódios de precipitação intensa”.

Os efeitos das alterações climáticas levaram as autoridades de saúde portuguesas a elaborar planos de contingência e a monitorizar, além das ondas de calor, os níveis de ozono.

Estes fenómenos contribuíram igualmente para a reactivação do sistema de vigilância de vectores em Portugal. Neste âmbito, disse Paulo Diegues, estão a ser feitas recolhas de mosquitos que, periodicamente, são investigados para saber se e qual a infecção de que são portadores.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Inquérito da ONU ao Climategate

A ONU vai realizar um inquérito relativo às mensagens trocadas entre cientistas que participaram nas publicações dos seus documentos oficiais designados Assessment Reports.

Este inquérito é independente do que foi aberto pela University of East Anglia e que conduziu ao pedido de suspensão de Phil Jones que foi aceite pelos responsáveis da universidade. A suspensão de Phil Jones já foi colmatada com a designação de um novo director do CRU (Climatic Research Unit).

Rajendra Pachauri, presidente do IPCC, depois de uma primeira atitude displicente de desvalorização dos actos denunciados nos emails trocados, anunciou esta sexta-feira que a ONU vai estudar os detalhes das graves acusações feitas aos cientistas em causa.

"Não desejamos meter debaixo do tapete o que [de grave] sobressai nas trocas dos emails." – disse Pachauri. Aguarda-se que os inquéritos, ao CRU e este da ONU, sejam rigorosos.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Mensagem ao movimento ambientalista

Ao contrário das tímidas notícias publicadas na nossa comunicação social, o mundo anglo-saxónico continua a debater com grande vivacidade e, sobretudo, com indignação, as revelações do Climategate, já apontado como o maior escândalo científico de todos os tempos.

Na sua página de internet, o jornalista James Corbett, é um dos que tem dado grande destaque a este assunto. Dentre as várias intervenções que dedicou ao tema, é interessante a mensagem que dirige ao movimento ambientalista internacional, a qual pode ser observada em suporte vídeo e acompanhada por uma transcrição em texto, repleta de links que permitem aos leitores aceder a valiosa informação adicional sobre as afirmações produzidas.

Julgamos que vale a pena divulgar aqui esse texto, na íntegra e no original.

A message to the environmental movement
Your movement has been hijacked

This is James Corbett of corbettreport.com and today I come here with a message for you.

You the environmentalists, you the activists, you the campaigners.

You who have watched with a growing sense of unease the ways in which the world around us has been ravaged in the pursuit of the almighty dollar.

You who have watched with growing concern the state of the planet that we are leaving for our children and our grandchildren and for those generations not yet born.

This is not a message of divisiveness, but cooperation.

This is a message of hope and empowerment, but it requires us to look at a hard and uncomfortable truth:

Your movement has been usurped by the very same financial interests you thought you were fighting against.

You have suspected as much for years.

You watched at first with hope and excitement as your cause, your movement, your message began to spread, as it was taken up by the media and given attention, as conferences were organized and as the ideas you had struggled so long and hard to be heard were talked about nationally. Then internationally.

You watched with growing unease as the message was simplified. First it became a slogan. Then it became a brand. Soon it was nothing more than a label and it became attached to products. The ideas you had once fought for were now being sold back to you. For profit.

You watched with growing unease as the message became parroted, not argued, worn like a fashion rather than something that came from the conviction of understanding.

You disagreed when the slogans--and then the science--were dumbed down. When carbon dioxide became the focus and CO2 was taken up as a political cause. Soon it was the only cause.

You knew that Al Gore was not a scientist, that his evidence was factually incorrect, that the movement was being taken over by a cause that was not your own, one that relied on beliefs you did not share to propose a solution you did not want. It began to reach a breaking point when you saw that the solutions being proposed were not solutions at all, when they began to propose new taxes and new markets that would only serve to line their own pockets.

You knew something was wrong when you saw them argue for a cap-and-trade scheme proposed by Ken Lay, when you saw Goldman Sachs position itself to ride the carbon trading bubble, when the whole thrust of the movement became ways to make money or spend money or raise money from this panic.

Your movement had been hijacked.

The realization came the first time you read The Club of Rome's 1991 book, The First Global Revolution, which says:

"In searching for a common enemy against whom we can unite, we came up with the idea that pollution, the threat of global warming, water shortages, famine and the like, would fit the bill. In their totality and their interactions these phenomena do constitute a common threat which must be confronted by everyone together. But in designating these dangers as the enemy, we fall into the trap, which we have already warned readers about, namely mistaking symptoms for causes. All these dangers are caused by human intervention in natural processes, and it is only through changed attitudes and behaviour that they can be overcome. The real enemy then is humanity itself."

And when you looked at the Club of Rome's elite member roster. And when you learnt about eugenics and the Rockefeller ties to the Kaiser Willhelm Institute and the practice of crypto-eugenics and the rise of overpopulation fearmongering and the call by elitist after elitist after elitist to cull the world population.

Still, you wanted to believe that there was some basis of truth, something real and valuable in the single-minded obsession of this hijacked environmental movement with manmade global warming.

Now, in November 2009, the last traces of doubt have been removed.

Last week, an insider leaked internal documents and emails from the Climate Research Unit of East Anglia University and exposed the lies, manipulation and fraud behind the studies that supposedly show 0.6 degrees Celsius of warming over the last 130 years. And the hockey stick graph that supposedly shows unprecedented warming in our times. And the alarmist warning of impending climate disaster.

We now know that these scientists wrote programming notes in the source code of their own climate models admitting that results were being manually adjusted.

We now know that values were being adjusted to conform to scientists' wishes, not reality.

We now know that the peer review process itself was being perverted to exclude those scientists whose work criticized their findings.

We now know that these scientists privately expressed doubts about the science that they publicly claimed to be settled.

We now know, in short, that they were lying.

It is unknown as yet what the fallout from all of this will be, but it is evident that the fallout will be substantial.

With this crisis, however, comes an opportunity. An opportunity to recapture the movement that the financiers have stolen from the people.

Together, we can demand a full and independent investigation into all of the researchers whose work was implicated in the CRU affair.

We can demand a full re-evaluation of all those studies whose conclusions have been thrown into question by these revelations, and all of the public policy that has been based on those studies.

We can establish new standards of transparency for scientists whose work is taxpayer funded and/or whose work affects public policy, so that everyone has full and equal access to the data used to calculate results and all of the source code used in all of the programs used to model that data.

In other words, we can reaffirm that no cause is worth supporting that requires deception for its propagation.

Even more importantly, we can take back the environmental movement.

We can begin to concentrate on the serious questions that need to be asked about the genetic engineering technology whereby hybrid organisms and new, never-before-seen proteins that are being released into the biosphere in a giant, uncontrolled experiment that threatens the very genome of life on this planet.

We can look into the environmental causes of the explosion in cancer and the staggering drops in fertility over the last 50 years, including the BPA in our plastics and the anti-androgens in the water.

We can examine regulatory agencies that are controlled by the very corporations they are supposedly watching over.

We can begin focusing on depleted uranium and the dumping of toxic waste into the rivers and all of the issues that we once knew were part of the mandate of the real environmental movement.

Or we can, as some have, descend into petty partisan politics. We can decide that lies are OK if they support 'our' side. We can defend the reprehensible actions of the CRU researchers and rally around the green flag that has long since been captured by the enemy.

It is a simple decision to make, but one that we must make quickly, before the argument can be spun away and environmentalism can go back to business as usual.

We are at a crossroads of history. And make no mistake, history will be the final judge of our actions. So I leave you today with a simple question: Which side of history do you want to be on?

terça-feira, dezembro 01, 2009

Última hora: Phil Jones suspenso

(Actualizado às 22 h 30m)

De acordo com a Associated Press, Phil Jones, principal responsável da CRU – Climatic Research Unit, que foi alvo do ataque de hackers, foi suspenso das suas funções na Universidade de East Anglia.

Eis a notícia:

UK climate scientist to temporarily step down

(AP) – 1 hour ago

LONDON — Britain's University of East Anglia says the director of its prestigious Climatic Research Unit is stepping down pending an investigation into allegations that he overstated the case for man-made climate change.

The university says Phil Jones will relinquish his position until the completion of an independent review into allegations that he worked to alter the way in which global temperature data was presented.

The allegations were made after more than a decade of correspondence between leading British and U.S. scientists were posted to the Web following the security breach last month.

The e-mails were seized upon by some skeptics of man-made climate change as proof that scientists are manipulating the data about its extent.


O sítio web da Universidade anuncia a suspensão temporária de Phil Jones.