sábado, maio 13, 2006

Uma impostura científica

Para satisfazer o pedido de um leitor indica-se a hiperligação do artigo «Réchauffement global: une imposture scientifique!» do Prof. Marcel Leroux.

O Prof. reformou-se no final do ano passado. Actualmente, realiza conferências pelo Mundo fora. Normalmente, em universidades. Prepara-se para participar num importante seminário a realizar em Estocolmo. Está prevista a sua vinda a Portugal até ao fim deste ano.

O seu colaborador Prof. Jacques Comby foi designado para a cátedra de Climatologia da Universidade de Lyon III. A sucessão não podia ter sido mais feliz. O notável avanço da teoria moderna deve-se a uma equipa a que este também pertence.

Naquele célebre artigo, Leroux afirma e demonstra que nem os climatologistas têm competência para resolver os problemas do ambiente – que são muitos e graves –, nem os ambientalistas têm competência para resolver os problemas do clima.

A confusão estabelecida não serve para resolver qualquer problema do clima. Talvez até agrave os do ambiente por aplicação indevida de recursos. Valerá a pena reflectir como os abusos, de parte a parte, conduziram a um tal estado de degradação da ciência.

quinta-feira, maio 11, 2006

Não existem alterações climáticas

Se não existe aquecimento global como podem existir alterações climáticas associadas a uma coisa que não existe? Alterações do clima sempre existiram. Períodos com óptimos climáticos são raros. O clima é feito de mudanças. O Homem nunca foi capaz de alterar o clima.

Pelo contrário, o Homem é que se adaptou às variações do clima. Um dos seus traços característicos foi a capacidade de sobrevivência a amplas variações. Historicamente, o ser humano mostrou grande resistência às flutuações climáticas.

O esquema do IPCC assenta no seguinte: - as alterações climáticas são provocadas pelo aquecimento global e este é provocado pelas emissões antropogénicas de gases com efeito de estufa.

O aquecimento global não existe. As alterações climáticas correlacionadas também não existem. A acção infinitamente pequena das emissões antropogénicas de gases com efeito de estufa não provoca aquecimento adicional detectável. Tal nunca aconteceu na breve história da humanidade.

A pseudo-teoria do IPCC é facilmente refutada. Os balões meteorológicos lançados em qualquer parte do Mundo refutam a tese falaciosa. As observações das temperaturas troposféricas feitas pelos satélites também refutam a tese errónea do IPCC.

O aquecimento que se observa em certas regiões está directamente relacionado com o arrefecimento inicial que provoca o movimento de ar quente de retorno em direcção ao Pólo Norte ou ao Pólo Sul (Vd. Fig. 49, 50, 51 e 52). Estas variações também se detectam nos outros cinco espaços aerológicos.

Nada tem a ver com as bizarras alterações climáticas proclamadas pelo IPCC e retransmitidas pelos seus repetidores (que só falam em aquecimento). A dinâmica troposférica provoca decréscimos de temperatura em certas regiões e acréscimos noutras.

O IPCC diz esta grande verdade que se encontra no Third Assessment Report:

«There are still severe limitations in the ability of models [computer models of coupled atmosphere and oceans] to represent the full complexity of observed variability and the conclusions drawn here about changes in variability must be viewed in the light of these shortcomings»(Chapter 8. IPCC, 2001. p. 570).

Significa que o próprio IPCC reconhece as limitações dos modelos para representar a complexidade das alterações climáticas. Só faltou dizer que estas realmente não existem tal como são anunciadas.

sexta-feira, maio 05, 2006

Não há aquecimento global

Não há aquecimento global pela razão elementar de que não há clima global. Um dos aspectos viciosos da ladainha do International Panel on Climate Change (IPCC) e dos seus repetidores é a do clima global.

Segundo eles, o clima comportar-se-ia de igual modo em toda a parte. E, mais perverso ainda, a superfície terrestre estaria a aquecer em toda a parte. A mantra é pois: “o clima global está a aquecer”. Seguidamente vem a heresia: “e a culpa é do Homem”.

É duvidoso que o IPCC em bloco não saiba que não existe «clima global». Naturalmente, alguns burocratas do IPCC (nomeados pelos governos como o português) são capazes de não saber. Mas, e os climatologistas do IPCC não sabem? É duvidoso tão elevado desconhecimento.

Existe uma larga variedade de climas, dependendo da latitude, das condições geográficas e da dinâmica que se processa na troposfera. Há diferenças importantes entre o clima de Nova Iorque e o de Lisboa, assim como o de Palermo.

E, no entanto, estas cidades situam-se aproximadamente na mesma latitude e no mesmo espaço aerológico. Também o Porto não tem o mesmo clima de Boston. O IPCC não sabe que Coimbra e Palma de Maiorca não gozam do mesmo clima?

Então como se compreende que façam passar a mensagem da existência de um clima global? Só para seguidamente alarmarem a opinião pública e os decisores políticos com a falácia do aquecimento global. É inteiramente disparatado dizer que o clima está a aquecer em todos os pontos do planeta.

Nalgumas regiões existe uma tendência para a subida das temperaturas. Mas noutras seguramente que as temperaturas estão a baixar. Foi o caso visto anteriormente no espaço do Atlântico Norte. Casos há que nem sobem nem baixam.

Desde há trinta anos (shift climático de 1976) a área ocidental do Árctico-Gronelândia começou a arrefecer, muito especialmente nos Invernos. Mesmo o estudo da ACIA (Arctic Climate Impact Assessment), publicado em Novembro de 2004, aponta claramente essa tendência. (Este estudo será dissecado oportunamente)

Os anticiclones móveis polares, que nasceram precisamente naquela região boreal, Inverno após Inverno, arrefeceram o Canadá a partir de então. Bateram-se recordes de frio e de neve acumulada nas tempestades de neve.

Entre as Montanhas Rochosas e os Apalaches (nos Great Plains) os AMP – com cerca de 2500 km de diâmetro – deslizaram estrondosamente em direcção ao Golfo do México. Nos Outonos ajudaram a formar ciclones tropicais. Mas nos Invernos baixaram as temperaturas e aumentaram as alturas da neve depositada.

Ao mesmo tempo, nas margens orientais do Árctico, à volta da Noruega e do Mar de Barents, os AMP provocaram, em termos médios, elevações de temperatura. Aqui verificaram-se também aumentos da precipitação, devido ao transporte de vapor de água de origem tropical. Igualmente, aumentaram as tempestades de vento.

O frio e o calor não vêm de qualquer lado. Sem necessidade de pensar em efeitos radiativos (naturais ou antropogénicos), sabe-se que o frio vem dos pólos e que o calor vem das regiões subtropicais e tropicais.

Pelo menos uma vez por dia, uma massa de ar frio (em maior número e com mais potência no Inverno do que no Verão) deixa o Árctico (ou o Antárctico) e provoca o retorno de ar quente organizado em circulação ciclónica instável (baixa pressão).

Na sua trajectória meridional os AMP afastam as massas de ar que encontram no caminho. Forçam-nas a desviar-se com temperaturas mais elevadas a caminho dos pólos. Os AMP boreais voam preferencialmente sobre o Canadá e os Estados Unidos da América.

A circulação de ar mais leve, por ser mais quente, segue em direcção à origem dos AMP. Pode provocar precipitação. O caminho de retorno boreal preferencial está situado no leste do Atlântico, isto é, na costa ocidental da Europa.

O resultado desta dinâmica é pois muito simples: no Atlântico Norte o oeste (Canadá, EUA) arrefece e o leste (Europa ocidental) aquece. Isto não é aquecimento global a não ser no discurso superficial do IPCC e dos seus repetidores.

quarta-feira, maio 03, 2006

Tendências no Atlântico Norte

De acordo com observações realizadas e estudos indicados anteriormente, é possível traçar num mapa as tendências médias anuais dentro do espaço aerológico que inclui o Atlântico Norte. É um espaço que, além de cobrir a região boreal, abrange Portugal.

As 6 aglutinações anticiclónicas – três em cada hemisfério meteorológico – registadas na Fig. 51 dividem o planeta em 6 espaços aerológicos distintos. O factor geográfico, responsável pelas AA, determina os espaços de circulação.

Em cada espaço aerológico a dinâmica do tempo e do clima difere consoante a natureza da circulação atmosférica aí verificada. Os espaços podem eventualmente comunicar com os vizinhos através de “fugas” – especialmente sazonais – de um espaço para outro.

Invocar-se a existência de um clima global é, consequentemente, uma anormalidade científica. Sucede o mesmo com conceitos sem significado físico tais como os de aquecimento global e de alterações climáticas (no sentido da falsa doutrina do IPCC).

Em dois espaços aerológicos contíguos as tendências de evolução das temperaturas podem ser diametralmente opostas. Dentro de um espaço isolado pode haver tendências opostas. Alterações climáticas existiram desde tempos imemoriais.

Num determinado espaço pode até não haver qualquer alteração (óptimo climático) num mesmo intervalo de tempo em que num vizinho pode acontecer um arrefecimento ou até um aquecimento…

Distinguem-se os seguintes seis espaços aerológicos, três em cada hemisfério meteorológico:

- América do Norte oriental/Atlântico Norte / Europa ocidental
- Europa setentrional e central / Mediterrâneo / Médio Oriente / África do Norte
- Ásia oriental / Pacífico Norte / América do Norte ocidental
- América do Sul oriental /Atlântico Sul /África ocidental e central
- África austral e oriental / Oceano Índico / Austrália ocidental
- Austrália oriental / Pacífico Sul / América do Sul oriental.

A nossa atenção vai restringir-se para a tendência do primeiro destes espaços aerológicos. Desta maneira, destrói-se simultaneamente o dogma relativo ao derretimento das calotes polares. Este dogma resulta apenas da aplicação de (maus) modelos.

O espaço aerológico do Atlântico Norte (Vd. Fig. 52) estende-se do leste das Montanhas Rochosas (América do Norte) a zonas ocidentais da Europa. Forma uma unidade de circulação regulada pela mesma dinâmica.

No entanto, neste espaço a evolução da média anual das principais variáveis não é uniforme. Observam-se as seguintes evoluções diversas da temperatura (t), da pressão atmosférica (p) e da precipitação (r).

Na bacia do Árctico (Pólo Norte) a temperatura é tendencialmente decrescente. Na zona leste da América do Norte e do Canadá, tal como na Gronelândia, a temperatura também tem tendência para descer enquanto a pressão atmosférica é tendencialmente crescente.

No nordeste do Atlântico, situado entre a Gronelândia e a Escandinávia, a temperatura tende para a subida e a pressão atmosférica para a descida. Aqui, a precipitação é tendencialmente crescente.

No continente europeu, abaixo da Escandinávia, a pressão atmosférica e a temperatura são variáveis que apresentam uma correlação crescente. Já a precipitação apresenta tendência decrescente.

A última situação interessa a Portugal que deveria precaver-se de forma diversa da que está a seguir com aplicação de um programa absurdo e de um protocolo inútil. São esforços completamente fora da realidade.

Esta conclusão é tanto mais grave quanto, para além das médias anuais que não informam as evoluções sazonais, os Invernos se caracterizam por temperaturas negativas agrestes.

No meio do Atlântico, com a aglutinação anticiclónica dita dos Açores, a temperatura e a pressão atmosférica apresentam-se com tendências distintas. A pressão comporta-se como uma variável crescente e a temperatura como decrescente.

Finalmente, a parcela de África incluída na figura apresenta uma evolução semelhante à da Europa ocidental. A seca subsariana tem tendência para descer em direcção ao Sul.

Neste espaço aerológico aonde está o «global»? Nada é global. Nem a temperatura, nem a pressão atmosférica, nem a precipitação. Igualmente, os mantos de gelo avançam num lado e recuam noutro no interior deste espaço.
Fig. 52 - Tendências no Atlântico Norte. Fonte: Marcel LerouxPosted by Picasa