Desmontando o truque dos alarmistas
A American Thinker é uma importante página de internet que publica diariamente artigos de análise dedicados a temas dos mais variados campos. Como seria de esperar, o aquecimento global tem estado na agenda da American Thinker e, com maioria de razão, o escândalo do Climategate está a merecer uma atenção especial.
Marc Sheppard, um céptico convicto, é o editor de temas ambientais da American Thinker, mas escreve sobre diversos outros temas numa perspectiva em que procura identificar e expor os argumentos de carácter ideológico dissimulados sob representações enviezadas da Ciência e da Tecnologia.
Com óbvio sentido de oportunidade, Marc Sheppard, que é senior partner numa empresa de consultoria informática, decidiu escrever um extenso artigo em que desmonta o “truque” de Michael Mann referido por Phil Jones num dos e-mails revelados pelo Climategate.
O que Marc Sheppard procura demonstrar é que a referência de Jones ao "truque" de Mann, alegadamente para “esconder o declínio”, não tem a ver com a ocultação do declínio das temperaturas observadas a partir de 1998, uma vez que o e-mail de Jones é de Novembro de 1999 e não poderia estar já a integrar esse período, mas sim com um outro declínio de temperaturas com muito maior significado.
De facto, o declínio que Jones procurava, a todo o custo, ocultar não dizia respeito às temperaturas medidas, mas sim às temperaturas “reconstruídas” a partir do conjunto de dados designados por proxies, por exemplo, a evolução dos anéis das árvores, dados que permitem estabelecer uma correlação com as temperaturas que teriam sido verificadas em épocas afastadas em que, obviamente, o Homem ainda não dispunha de termómetros.
Foram as temperaturas reconstruídas que permitiram a Michael Mann e respectivos colegas elaborar o famoso gráfico do hockey stick, uma peça fundamental no argumentário do IPCC e dos alarmistas. Este gráfico foi denunciado como uma fraude, mas nem por isso os alarmistas desistiram de o apresentar como uma sólida prova da sua teoria. Al Gore, por exemplo, não hesitou em recorrer ao hockey stick.
Um dos indícios que levantou suspeitas acerca do hockey stick foi o facto de fazer tábua rasa da existência de dois períodos climáticos relativamente recentes, o Período Quente Medieval, sensivelmente entre os anos 900 e 1300, com temperaturas bem mais elevadas do que as actuais, a que se seguiu um período de arrefecimento, conhecido por Pequena Idade de Gelo, que terminou por volta de 1850.
Por motivos óbvios, aos alarmistas não convinha nada reconhecer a existência destes dois períodos. O dióxido de carbono de origem antropogénica ainda estava longe de fazer a sua entrada em cena e, não obstante, ocorriam alterações climáticas de amplitude significativa. How inconvenient...!
Por isso, os alarmistas não hesitaram em manipular os dados, tanto mais que a série de temperaturas reconstruídas e a série de temperaturas medidas, a partir de 1850, mostravam divergências insanáveis quando se procurava integrar as duas séries num registo contínuo. Entre umas e outras, ficavam em causa, obviamente, as temperaturas reconstruídas. Lá se ia todo o fundamento dos gráficos agitados pelos alarmistas. Havia que ocultar o “declínio”, melhor dizendo, a divergência encontrada. E os charlatães não se fizeram rogados...
Marc Sheppard deu-se ao trabalho de fazer este estudo com todo o detalhe. O seu artigo foi publicado na American Thinker em 6 de Dezembro de 2009, véspera de início da Cimeira de Copenhagen, com o título “Understanding Climategate's Hidden Decline”.
O artigo é um pouco extenso, mas convem ler na íntegra para entender melhor, não só a essência da fraude, mas também a hipocrisia da argumentação de Phil Jones e dos seus seguidores, quando procuram desvalorizar a referência ao "trick", supostamente um termo coloquial proferido numa inocente conversa privada.
Em Portugal conhecemos bem este tipo de argumentos e sabemos como se safam os que são apanhados em inocentes conversas privadas. O azar de Phil Jones é que não vive em Portugal.
Marc Sheppard, um céptico convicto, é o editor de temas ambientais da American Thinker, mas escreve sobre diversos outros temas numa perspectiva em que procura identificar e expor os argumentos de carácter ideológico dissimulados sob representações enviezadas da Ciência e da Tecnologia.
Com óbvio sentido de oportunidade, Marc Sheppard, que é senior partner numa empresa de consultoria informática, decidiu escrever um extenso artigo em que desmonta o “truque” de Michael Mann referido por Phil Jones num dos e-mails revelados pelo Climategate.
O que Marc Sheppard procura demonstrar é que a referência de Jones ao "truque" de Mann, alegadamente para “esconder o declínio”, não tem a ver com a ocultação do declínio das temperaturas observadas a partir de 1998, uma vez que o e-mail de Jones é de Novembro de 1999 e não poderia estar já a integrar esse período, mas sim com um outro declínio de temperaturas com muito maior significado.
De facto, o declínio que Jones procurava, a todo o custo, ocultar não dizia respeito às temperaturas medidas, mas sim às temperaturas “reconstruídas” a partir do conjunto de dados designados por proxies, por exemplo, a evolução dos anéis das árvores, dados que permitem estabelecer uma correlação com as temperaturas que teriam sido verificadas em épocas afastadas em que, obviamente, o Homem ainda não dispunha de termómetros.
Foram as temperaturas reconstruídas que permitiram a Michael Mann e respectivos colegas elaborar o famoso gráfico do hockey stick, uma peça fundamental no argumentário do IPCC e dos alarmistas. Este gráfico foi denunciado como uma fraude, mas nem por isso os alarmistas desistiram de o apresentar como uma sólida prova da sua teoria. Al Gore, por exemplo, não hesitou em recorrer ao hockey stick.
Um dos indícios que levantou suspeitas acerca do hockey stick foi o facto de fazer tábua rasa da existência de dois períodos climáticos relativamente recentes, o Período Quente Medieval, sensivelmente entre os anos 900 e 1300, com temperaturas bem mais elevadas do que as actuais, a que se seguiu um período de arrefecimento, conhecido por Pequena Idade de Gelo, que terminou por volta de 1850.
Por motivos óbvios, aos alarmistas não convinha nada reconhecer a existência destes dois períodos. O dióxido de carbono de origem antropogénica ainda estava longe de fazer a sua entrada em cena e, não obstante, ocorriam alterações climáticas de amplitude significativa. How inconvenient...!
Por isso, os alarmistas não hesitaram em manipular os dados, tanto mais que a série de temperaturas reconstruídas e a série de temperaturas medidas, a partir de 1850, mostravam divergências insanáveis quando se procurava integrar as duas séries num registo contínuo. Entre umas e outras, ficavam em causa, obviamente, as temperaturas reconstruídas. Lá se ia todo o fundamento dos gráficos agitados pelos alarmistas. Havia que ocultar o “declínio”, melhor dizendo, a divergência encontrada. E os charlatães não se fizeram rogados...
Marc Sheppard deu-se ao trabalho de fazer este estudo com todo o detalhe. O seu artigo foi publicado na American Thinker em 6 de Dezembro de 2009, véspera de início da Cimeira de Copenhagen, com o título “Understanding Climategate's Hidden Decline”.
O artigo é um pouco extenso, mas convem ler na íntegra para entender melhor, não só a essência da fraude, mas também a hipocrisia da argumentação de Phil Jones e dos seus seguidores, quando procuram desvalorizar a referência ao "trick", supostamente um termo coloquial proferido numa inocente conversa privada.
Em Portugal conhecemos bem este tipo de argumentos e sabemos como se safam os que são apanhados em inocentes conversas privadas. O azar de Phil Jones é que não vive em Portugal.
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