terça-feira, novembro 29, 2005

Explicações do tempo violento

Seria divertido analisar as explicações que se encontram nos media acerca da actual conjuntura de nevões por toda a Europa, no Canadá e nos Estados Unidos da América.

Muitas dessas explicações são suportadas por informações obtidas de organismos oficiais que não passam de imaginações sobre “massas de ar polar”, “frentes frias” e, até, “depressões mediterrânicas”.

O maior dos descaramentos é porém atribuir o frio ao aquecimento global: «Na abertura do encontro, as imagens de vídeo mostraram os riscos das alterações climáticas – aumento do número de furacões, tempestades de gelo, desertificações, inundações, entre outras».

Esta citação está escrita na página 22 do jornal PÚBLICO do dia 29 de Novembro de 2005. Faz parte da notícia «Maior Combate ao Aquecimento Global» que é atribuída à agência Reuters.

O inimaginável vídeo teria sido mostrado na sessão de abertura da “COP 11 - Conference of the Parties”, que pertence ao folclore burocrático do IPCC que se está a realizar em Montreal. Com um “calor glacial” no exterior.

As imagens do vídeo permitiram ao Ministro do Ambiente do Canadá, nas boas-vindas aos dez mil participantes, afirmar: «Sabemos que as alterações climáticas são a questão ambiental mais importante que o Mundo de hoje enfrenta…Quanto mais tempo esperarmos, maior será o desafio», concluiu Dion – citação da mesma peça jornalística.

Como é que este Ministro do Ambiente sabe estas coisas? A sua sabedoria desce ao nível da ignorância vulgar de misturar alterações climáticas com questões ambientais…em dias tão gélidos como os verificados actualmente no Canadá. Nos 15 dias do conclave vão suceder temperaturas tão baixas como – 8 ºC.

Mas este hipotético divertimento não é compatível com o sofrimento humano que chega até às mortes por enregelamento. Para já não falar nos automobilistas impotentes no meio das auto-estradas bloqueadas com gelo por todos os lados. E nas torres de transporte de electricidade derrubadas com os consequentes apagões na Alemanha.

Despreza-se a observação directa dos fenómenos através das imagens dos satélites meteorológicos. Estes mostram a simplicidade funcional da dinâmica do tempo e do clima nas altas e médias latitudes que é dominada pelos anticiclones móveis polares.

Os AMP comandam as variações de pressão, do vento, da temperatura, da humidade, da nebulosidade e da pluviosidade. Em termos gerais, são responsáveis pelo estado do tempo muito variável que depende da sua potência. Esta tem variações sazonais.

O tom geral do tempo e do clima de uma região é função da sua posição em relação à trajectória habitual dos anticiclones móveis polares. Depende se a região está no início da trajectória ou se está colocada debaixo da velocidade de cruzeiro dos AMP.

Depende também da exposição mais ou menos próxima à passagem dos anticiclones móveis polares. Isto é, se está sob a sua trajectória ou afastada dela. Este último caso é o que se verifica, normalmente, em Portugal. Existem regiões com climas mais clementes que recebem anticiclones móveis polares enfraquecidos.

Por outro lado, há regiões mártires com climas rudes e violentos porque recebem AMP recentes como o este da América do Norte, a Europa Central, a Rússia, a Sibéria. Ou ainda a China e o Japão, na passagem dos AMP asiáticos a caminho do Pacífico.

O tempo de todas as regiões não é obra do acaso ou do caos. Pelo contrário, está rigorosamente organizado de maneira evidente por responsáveis bem identificados e bem visíveis. São os AMP que partem, por sua vez, rigorosamente organizados das regiões polares.

É mais judicioso acompanhar directamente as trajectórias dos AMP do que procurar explicações imaginativas mas deformadas da realidade e mandar palpites para os media publicarem.

O tempo associado aos anticiclones móveis polares poderá ser previsto com precisão. Nomeadamente os seus excessos. E as consequências destes que são muitas vezes dramáticas para os seres humanos.

A obstinação de misteriosas explicações que ignoram a existência dos AMP (muitas vezes gigantescos) constitui uma perda de tempo, que se torna bastante cara, na previsão dos fenómenos meteorológicos violentos.

É altura de recapitular os posts acerca dos anticiclones móveis polares: (1), (2), (3), (4), (5), (6), (7) e (8).

sábado, novembro 26, 2005

Nevou na Europa

Antecipando-se ao Inverno, a região do Pólo Norte continua activamente a desmentir todos aqueles que a davam à beira do abismo. Embora ainda sem cadência acelerada nem potência elevada, lá vão saindo anticiclones móveis polares do Pólo Norte e da Gronelândia.

No Inverno a circulação geral da atmosfera apresenta o modo rápido que ainda não começou. Verifica-se actualmente um modo intermédio entre o lento do Verão e o rápido do Inverno.

O que surpreende é uma actividade que se aproxima já do modo rápido quando ainda estamos no Outono. Significa isso que a região boreal se apresenta com temperaturas suficiente baixas e com quantidades de gelo bastante elevadas.

A Fig.34 mostra um anticiclone móvel polar nado recentemente a sobrevoar a Europa às 19 horas TMG do dia 25/11/2005. Não existe qualquer modelo climático, por mais avançado que seja, capaz de prever ou explicar esta imagem real captada por um satélite meteorológico.

Pois é este ser da Natureza, belo e imponente, que domina a dinâmica do tempo e do clima em todas as escalas do tempo e do espaço. Ele é o responsável pelo frio, pelo calor, pelo vento, pela seca, pelas cheias, pelas tempestades, pelas pressões atmosféricas, pelos ciclones tropicais, etc.

Os modelos desconhecem a sua existência pela simples razão que todos são baseados na antiquada teoria meteorológica e climática que se encontra em crise conceptual há mais de cinquenta anos.

A teoria caduca também admite a existência da circulação geral da atmosfera. Porém, explica-a, erradamente, através de um esquema tricelular. Corta o globo terrestre em três fatias latitudinais, em cada um dos hemisférios.

Em cada uma delas considera uma célula. Junto aos trópicos define a célula de Hadley. Junto aos pólos define a célula polar. No meio considera a célula de Ferrel. De acordo com esta obsoleta teoria, as células trocam energia de modo a manter a circulação geral da atmosfera.

Os satélites vieram demonstrar o erro tremendo deste esquema tricelular. Todos os modelos climáticos que se baseiam nesta falácia não conseguem explicar a Fig. 34, ou seja, são incapazes de explicar a realidade.

Pergunta-se: então como é que conseguem explicar o que vai acontecer daqui a cinquenta, oitenta ou cem anos? A realidade observada através dos satélites meteorológicos desmente sempre e cada vez mais a falácia dos modelos.

Também desmente a falsa teoria do efeito de estufa antropogénico e das explicações do aquecimento global e das alterações climáticas devidas às emissões de gases antropogénicos com efeito de estufa.

A passagem destes anticiclones móveis polares vai estabelecer campos de pressões. No caso das altas pressões estabelecidas na Europa, estas vão aumentar a temperatura das camadas baixas da atmosfera (entre um quilómetro e um quilómetro e meio).

Isso acontecerá mais tarde quando a atmosfera estiver limpa e não houver vento (frio). O aumento da pressão fará subir a condutibilidade térmica do ar. Para a mesma radiação recebida do Sol a temperatura do ar vai subir.

O processo será cumulativo e a temperatura sobe gradualmente. O ar quente não se elevará porque existe o efeito de subsidência originado pela alta pressão atmosférica. É este o segredo de polichinelo.

Vai ser esta gradual subida de temperatura que provocará poluição, nomeadamente junto dos grandes aglomerados populacionais. É exemplo a fotodissociação que dará origem ao ozono que tanto perturba a vida dos citadinos.

Não é a poluição que provoca o aquecimento. É o aquecimento que provoca a poluição. Separem-se as duas análises. Misturar a poluição com o clima é um erro histórico que não resolve nem a poluição nem o problema do clima.

A poluição deve se resolvida pelos especialistas do Ambiente. O clima deve ser resolvido pelos Climatologistas. Mas estes não podem raciocinar à moda antiga. Têm de olhar para as imagens dos satélites e abandonar o caduco esquema tricelular.

Entretanto o ser humano vai ter de se adaptar à nova situação climática: frio intenso no Inverno, calor intenso no Verão. Com o traço comum da existência de uma atmosfera seca.

Não é com certeza dificultando o acesso à energia, seja qual for a sua origem, para aquecimento no Inverno e arrefecimento no Verão, que se resolve o problema da sobrevivência da espécie humana nesta fase da dinâmica alterada desde os anos 70 do século passado.
Fig. 34 - AMP voando sobre a Europa. Fonte: METEO FRANCE.Posted by Picasa

quarta-feira, novembro 09, 2005

Nevou na Serra da Estrela

Os coveiros do clima andam desde há tempos a cavar a tumba para enterrar o Pólo Norte. Este vingou-se mais cedo do que era de esperar. Ontem caiu neve na Serra da Estrela! E estamos no Verão de S. Martinho.

Isto é a prova de que a região do Pólo Norte está bem viva: aí está a primeira queda de neve da época 2005-2006. Claro que não se devem deitar foguetes antes da festa. Isso é o que costumam fazer os repetidores do efeito de estufa quando querem alarmar.

Mas esta situação é devida a quê? Os leitores assíduos do Mitos Climáticos já sabem responder na ponta da língua. É isso mesmo! São os anticiclones móveis polares que estão a sair da região do Árctico.

Saem exactamente da mesma região donde nasceram os AMP que neste Outono contribuíram para a agressividade dos ciclones tropicais que devastaram a costa sul dos Estados Unidos da América.

Que explicações se encontram para estas quedas de neve? Os militantes do aquecimento global até são capazes de dizer que serão também as alterações climáticas consequentes ao aquecimento global que é devido ao efeito de estufa antropogénico.

E os cientistas que tinham obrigação de não serem tão levianos mas que ainda raciocinam à moda antiga? Para estes são as frentes frias. Mas onde nascem essas frentes?

Profundo mistério da alma da velha meteorologia e climatologia que suporta toda a propaganda do IPCC, do SIAM, do PNAC, etc. Logo agora que se anuncia mais um estudo sobre a costa portuguesa (a afogar-se) depois de um outro sobre a Ibéria (com os rios a desaparecer)…é que havia de nevar.

A falácia da subida do nível dos oceanos é o paroxismo da mitologia catastrófica e alarmista do global warming. Não existe absolutamente nenhuma prova de que tal esteja a acontecer. Quanto ao futuro também sabemos que só os modelos, os cenários e os cientistas (que gastam os nossos impostos) é que concluem isso…

Mas este frio não traz apenas notícias boas. Significa que os AMP vão continuar a elevar a pressão atmosférica. Na devida altura (céu limpo, vento fraco), a elevação da pressão fará aumentar a temperatura das camadas baixas de ar. E lá vem o chorrilho de disparates dos media.

Esta situação vem demonstrar o acerto das conclusões do estudo de actualização para o qual contribuiu muito o Prof. J. J. Delgado Domingos. Como ele entretanto adoeceu, o Mitos Climáticos deseja-lhe, publicamente, as rápidas melhoras.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Tufões, furacões e confusões

A digressão pelo universo dos ciclones tropicais serviu para verificar que a ciclogénese não é tão simplista como dizer erradamente que o efeito de estufa antropogénico aquece o Atlântico e produz mais hurricanes e com maior intensidade.

Os ciclones são fenómenos tropicais (30 º S – 30º N) por excelência. São essencialmente devastadores. Em tempos, houve esperança em corrigi-los (projecto Stormfury). Nomeadamente, ao actuar sobre a intensidade das precipitações e sobre a velocidade dos ventos. Mas tratou-se de uma esperança rapidamente perdida.

O ciclone tropical representa o apogeu da actividade do equador meteorológico. Especialmente na sua estrutura de equador meteorológico vertical apenas existente nos trópicos.

Na sua essência, um ciclone tropical é originado pela circulação geral da troposfera. Também contribui a circulação oceânica. As trocas de energia entre os pólos e o equador têm origem nos anticiclones móveis polares.

Estes originam equadores meteorológicos e os fluxos que alimentam os ciclones, tal como os oceanos. Além disso, os AMP acompanham os ciclones tropicais nas suas trajectórias, bloqueando-os ou orientando-os.

As trocas de energia pólos-trópicos realizam-se continuamente. Os anticiclones móveis polares (ar frio) são impulsionados ao nível dos pólos. O ar quente (menos frio) que chega aos pólos vindo, em troca, dos trópicos causa a retracção dos gelos dos mares polares do Pólo Norte em determinadas zonas. O mesmo se passa com as trocas oceânicas.

Enquanto noutras zonas do Pólo Norte o gelo avança. O avanço e a retracção do mar gelado é um fenómeno cíclico anual (esta figura faz parte do estudo indicado abaixo). Caso contrário deixaria de existir AMP. Mas quem não diz toda a verdade apresenta apenas as retracções recentes. Esconde o que se passa nas outras onde se verificam expansões.

Por isso, não se pode afirmar que a área do Pólo Norte está a aquecer ou a arrefecer no seu conjunto. Os valores médios espaciais não têm significado climatológico. Por exemplo, tem de se ter em conta que em toda a área do Pólo Norte não se verifica a mesma condição dinâmica do tempo e do clima.

Na região do Pólo Norte existem 3 unidades aerológicas com circulações gerais distintas. De duas partem os anticiclones móveis polares (massas de ar frio) em direcção ao Sul. Na outra chegam os retornos das massas de ar (quente/menos frio), vindas do Sul, que equilibram o balanço energético do planeta.

Um estudo recente, datado de 4 de Outubro de 2005, do climatologista alemão Willis Eschenback – apoiado na University of Illinois Sea Ice Dataset, EUA – responde às afirmações que pretendem escrever a certidão de óbito do Pólo Norte com o argumento de que a retracção dos mares gelados atingiu um ponto de não retrocesso.

Os autores dessas profecias deveriam actualizar-se com os novos esquemas explicativos do funcionamento da circulação geral que determina a dinâmica real do tempo e do clima. Deixariam assim de alarmar a opinião pública que já tem muito com que se preocupar.

sábado, novembro 05, 2005

Sobrevivi ao Georges

O homem para se proteger eficazmente dos malefícios dos ciclones tropicais só tem, de momento, um método: - a fuga. Tal é a potência dos ciclones tropicais que não resta outra solução. É o que acontece no sul dos Estados Unidos da América.

O autor dos Mitos Climáticos conheceu de perto o furacão Georges que, em Setembro de 1998, fustigou a Florida com o seu nível 5. Era então frequentador do campus da University of South Florida, em Tampa.

Acompanhou o drama da população do sul da Florida. Por muito pouco, a população de Tampa não chegou a ser avisada para fugir. O Georges acabou por inflectir em direcção ao Golfo do México contra todas as previsões do Tropical Prediction Center, de Miami.

Recolheu-se em shelters (abrigos). Sofreu as precipitações intensas das franjas do Georges. O olho deste estava a cerca de 300 km a 400 km de distância. Mas a população das ilhas Keys - de Key West a Key Largo - e dos Everglades teve mesmo de fugir.

A fuga, nem sempre possível a tempo, é um acontecimento dramático. A população não sabe qual é o destino a atingir. Só sabe que deve fugir, neste caso em direcção ao Norte.
As rodovias convenientes estavam sinalizadas com o ícone de um furacão.

Uma semana depois da passagem do furacão, na visita às ilhas Keys, encontrou já muitas coisas em ordem. Menos as casas, em Key West, que ou sofreram uma rotação de 90 º, com os alicerces voltados para o lado, ou foram parar ao meio da estrada.

Estas casas estavam construídas em cima de corais. Os escombros das madeiras de outras construções estavam reunidos em pilhas devidamente sinalizadas. Ficavam prontas para queima numa central de produção de energia eléctrica por meio de biomassa.

A propósito do Georges realizaram-se muitos debates e conferências. Tanto no Weather Channel como na própria University of South Florida. Apareceram muitos cientistas conhecidos.

Como o Prof. James Hansen (com fulgor na apresentação dos seus pontos de vista, mesmo nos incorrectos). Ou o Prof. Richard Lindzen (com ar bonacheirão, explicando o seu cepticismo, próprio de um cientista, perante a falta de provas).

O primeiro, Prof. da Universidade de Colúmbia, era apresentado como pai do aquecimento global. Já foi referido várias vezes no blogue. O segundo foi colaborador do IPCC (responsável do Third Assessment Report) e é Prof. no Massachusets Institute of Technology.

No rescaldo da passagem do furacão, os americanos com reconhecida veia comercial aproveitaram a oportunidade para vender T-shirts com os dizeres «SOBREVIVI AO GEORGES».

quinta-feira, novembro 03, 2005

Ciclones no Sudoeste do Índico

Nesta região do hemisfério Sul, a estação ciclónica vai de Outubro a Abril. Geram-se 11 tempestades tropicais por ano. Apenas metade atinge o nível de tufão. Isto acontece sobretudo nos meses de Janeiro a Março.

Os ciclones tropicais do Sudoeste do Índico formam-se na estrutura do equador meteorológico vertical. É aqui que confluem as monções malgaxes e os alísios marítimos. Alguns destas formações aparecem a norte da Austrália e propagam-se ao longo do equador meteorológico vertical.

Os ciclones seguem o equador meteorológico inclinado para o sul em direcção a Madagáscar. São desviados para o sudeste pelos anticiclones móveis polares do Antárctico ou atravessam a ilha em direcção ao canal de Moçambique.

O canal de Moçambique reúne condições particulares: o equador meteorológico inclinado é activo (monção malgaxe e alísio marítimo saturado) e o sudeste é constantemente atingido pelos AMP. Estes aumentam a depressão atmosférica moçambicana. A latitude (20 ºS) confere uma grande vorticidade.

Estas condições favoráveis dão origem às tempestades tropicais ou ciclones de dimensão modesta que se deslocam para o este (pressionados pela dinâmica dos anticiclones móveis polares).

As perturbações ciclónicas extinguem-se sobre Madagáscar. Ou, ainda, atravessam a ilha. Nesse caso, retomam o vigor sobre o oceano. Então descem para sudeste (no caminho da depressão da face frontal dos AMP).

Podem inclusive abandonar a dinâmica dos anticiclones móveis polares. Nesse caso regressam ao canal seguindo o equador meteorológico inclinado. Passam de novo sobre a grande ilha de Madagáscar.

A Ilha da Reunião conhece em média um ciclone tropical devastador todos os 15 anos. Mas pode sofrer efeitos importantes todos os 5 anos com ciclones menos devastadores. Inclusive, esta ilha pode ver passar 2 ciclones tropicais num mesmo ano.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Ciclones no Sudeste do Índico

Esta região é também a do Noroeste da Austrália. Daí que ela seja o prolongamento da precedente do Sudoeste do Pacífico. Por isso, recebe e envia tempestades tropicais através do Golfo de Carpentária e do Queensland, ambos na Austrália.

A estação dos ciclones tropicais vai de Novembro a Abril e apresenta uma média anual de 7 perturbações. Destas, 2 a 3 transformam-se em willy-willy que é o nome nativo dado aos tufões.

As condições favoráveis à formação dos ciclones tropicais são, tal como na região precedente, as monções australianas e o equador meteorológico vertical. Este transforma-se em equador meteorológico inclinado mais a sudeste.

O equador meteorológico inclinado é sobrevoado por um fluxo continental que desloca habitualmente os ciclones para oeste. Tanto o equador meteorológico inclinado como o fluxo deveriam conjuntamente proteger o continente das acções nefastas dos ciclones tropicais.

No entanto, a intervenção dos anticiclones móveis polares nascidos na Antárctica provoca pelo contrário o deslocamento dos ciclones tropicais em sentido inverso e a sua travessia da Austrália ocidental segundo a trajectória Noroeste-Sudeste.

Todavia, a degenerescência dos ciclones tropicais sobre o continente é rápida (muitas vezes em algumas centenas de quilómetros). São os litorais australianos os locais particularmente expostos à violência dos ciclones tropicais.

terça-feira, novembro 01, 2005

Ciclones no Sudoeste do Pacífico

Nesta região do Pacífico são originadas 12 tempestades tropicais por ano. Destas apenas 3 atingem o nível de tufão. A estação ciclónica estende-se de Novembro de um ano a Abril do ano seguinte.

As condições favoráveis à formação de ciclones tropicais no Sudoeste do Pacífico estão associadas ao reencontro da monção australiana e do alísio marítimo ao longo do equador meteorológico vertical.

O EMV sobre o Pacífico torna-se em equador meteorológico inclinado activo ao aproximarmo-nos do continente.

Os anticiclones móveis polares desviam a maioria das trajectórias dos ciclones tropicais para este. O norte da Austrália é atingido quando os AMP tardam em aparecer. A região do Queensland, na Austrália, é a mais flagelada com uma média de 2 ciclones tropicais por ano.

Em frente da Austrália, a Nova Caledónia é atingida por ciclones tropicais apenas de 3 em 3 ou, mesmo, de 4 em 4 anos. Mais longe, as Ilhas da Sociedade, na Polinésia francesa, estão mais protegidas. A protecção acontece enquanto o EMV permanece no hemisfério Norte ou mesmo junto ao equador geográfico.