sexta-feira, dezembro 28, 2007

Árctico esplendoroso

Uma avaria dos satélites utilizados pela Universidade de Illinois impediu o acompanhamento regular do recente enchimento do mar gelado do Árctico.

Resolvido o problema, pode-se verificar que a recuperação sensacional de início de Novembro foi travada no final do mês.

Mas recuperou novamente em Dezembro. Actualmente, o mar gelado está mais expandido do que em igual dia do ano passado. A caminho de um anomalia nula. Esta conclusão pode ser conferida na página da Universidade de Illinois.

A Fig. 95 mostra o esplendor do Árctico a caminho do enchimento máximo do próximo mês de Março de 2008. O gelo já atinge o Pacífico. Comparar com as Fig. 91 e Fig. 88.

Por outro lado, o Antárctico, numa fase de esvaziamento, apresenta-se igualmente muito bem, com um a anomalia positiva de 2 milhões de quilómetros quadrados (ver pág. UI)

Estes dois factos contribuem para as tendências de arrefecimento que se registam tanto no Hemisfério Sul como no Hemisfério Norte.

Fig. 95 - Árctico esplendoroso. Fonte: Universidade de Bremen.

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Hemisfério Norte também não aquece

A publicação recente das temperaturas HadCRUT (ver Fig. 94), da responsabilidade de Phil Jones, fornece algumas novidades interessantes. Já não é fácil esconder a realidade.

Nesta figura ressalta a descida recente das temperaturas no Hemisfério Sul (HS) como vem sendo anunciado há muito tempo.

Mas, mais surpreendentemente, as temperaturas do Hemisfério Norte (HN) mostram também tendência para estacionar ou mesmo descer. De tal modo que a temperatura média global apresenta uma ligeira tendência para descer!

Ou seja, já não é apenas o HS que contribui para a descida da temperatura média global.

O mês de Novembro de 2007 apresentou as seguintes características fundamentais:

- Em termos globais, a temperatura terrestre (TT dos solos e oceanos), à superfície do mar, foi a segunda mais fria dos Novembros desde 1994 e Novembro de 2007 foi o mês mais frio desde Janeiro de 1997;

- Em termos do HS, a TT foi a segunda mais fria dos Novembros desde 1988 e Novembro de 2007 foi o mês mais frio desde 1997;

- Em termos do HN, a TT foi a segunda mais fria dos Novembros desde 1996 e Novembro de 2007 foi o segundo mês mais frio desde Março de 2001;

- Em termos globais, a temperatura dos solos (TS), à superfície do mar, foi a segunda mais fria desde 2000 e Novembro de 2007 foi o mês mais frio desde Janeiro de 2001;

- Em termos do HS, a TS foi a segunda mais fria dos Novembros desde 1989 e Novembro de 2007 foi o segundo mês mais frio desde Janeiro de 1993;

- Em termos do HN, a TS foi a segunda mais fria dos meses de Novembro desde 2000 e Novembro de 2007 foi o 11º mês mais frio desde Janeiro de 2001.

Estes registos que batem recordes de vários conjuntos (globais, HN, HS, TT, TS), mas no sentido do frio, não foram indicados nos media que continuam a sonhar com o aquecimento global.

Também não foram anunciados em Bali porque aí a missa era outra.

Para recordar o que são temperaturas HadCRUT convém reler o que disse Bob Carter tal como está registado na nota A temperatura está a subir ou a descer?

Fig. 94 - Temperaturas mensais 1850-2007. Fonte:HadCRUT.

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domingo, dezembro 23, 2007

Crendices

O articulista Alberto Gonçalves, sociólogo, escreve uma coluna dominical no Diário de Notícias, designada “Dias contados”. Escreve um pequeno texto por cada dia da semana. Relativamente à última sexta-feira, dia 21, escreveu o que se segue.

«O FIM DO MUNDO TAL COMO AL GORE O CONHECE

E, discretamente, o aquecimento global, esse Medo do Ano, parou. Se o facto não chegou às manchetes nem por isso deixa de ser um facto: as temperaturas médias de 2007 foram idênticas às de 2006. E as de 2006 às de 2005. E as de 2005 às de 2004. E por aí fora até 2001.

É isto, então: aparentemente, as temperaturas terrestres (por complexas que sejam de estabelecer) não aumentam há seis anos. David Whitehouse, astrofísico e ex-editor científico da BBC (não, não é o "céptico" comum), comenta o assunto em artigo na revista "New Statesman" e procura, em vão, uma explicação.

A explicação "clássica" liga o aumento das temperaturas ao aumento das emissões de dióxido de carbono. Mas, no período em causa, as emissões de CO2 continuaram a subir (nos dois sentidos) e as temperaturas, repito, não. Na perspectiva científica, é legítimo suspeitar que, afinal, uma coisa não está relacionada com a outra, e que talvez a acção do homem não influencie o clima do modo que se pensava e se obrigava toda a gente a pensar.

O problema é que o conhecimento científico nunca foi exactamente o objectivo desta história. A coisa passou mais por apavorar as massas com visões folclóricas da catástrofe, espatifar fortunas em "investigação" com tese previamente definida, realizar o "Live Earth", dar o Nobel ao sr. Gore, reunir os grandes da Terra (aflitíssimos) nas praias de Bali e aliviar fúrias acerca dos EUA e de Quioto.

Feito, feito, feito, feito. Se calhar, é suficiente. Podemos voltar à gripe das aves? Ou, se quiserem um perigo comprovado e realmente assustador, à crendice dos homens.»

Este texto singelo diz mais do que qualquer análise profunda sobre a evolução das temperaturas. Poderíamos acrescentar que, de facto, desde 1998, o planeta desistiu de aquecer. Pelo menos, por enquanto. O hemisfério Sul é responsável por esta conclusão.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Estação brasileira no Antárctico

O leitor Joaz Praxedes Jr. escreveu-nos: «Sou leitor do Mitos Climáticos e, também, um perscrutador contumaz. Gostaria de lhe informar a respeito de uma série de reportagens, chamada "Brasil na Antártida" demonstrada no Jornal Hoje, da Rede Globo, maior rede de TV do Brasil. »

Continua o leitor: «Achei a série muito bem feita. Mas algumas partes me interessaram e, certamente, você se interessará. No vídeo da Globo (o som não é dos melhores) o repórter Ernesto Paglia solta a seguinte frase:

"Este é o verão mais frio das últimas duas décadas". Há também uma imagem que impressiona: uma mesma região em 2004 comparada com o ano de 2007. No caso, a imagem de 2007 está coberta de gelo, enquanto que a de 2004 não tem gelo nenhum.»

Esta reportagem da Globo contrasta com a desinformação habitual do jornal Público que nas páginas centrais de ontem, dia 18 de Dezembro de 2007, escreve como título de uma fotografia que ocupa todo o espaço disponível (pp. 22 e 23):

«Os cientistas australianos da estação de investigação Casey, na Antárctida, não resistiram a fotografar esta colónia de pinguins-de-Adélia. Que faz do continente gelado a sua casa. Mas o seu habitat está em perigo: algumas zonas da Antárctida estão a aquecer cinco vezes mais rapidamente do que a média do resto do globo, devido ao aquecimento provocado pelo aumento da concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera, resultante da actividade humana.»

Continua o Público: «Os pinguins-de-Adélia estão entre os mais ameaçados, diz um relatório do Fundo Mundial para a Conservação da Natureza (WWF, também conhecido por World Wide Fraud), divulgado na semana passada, na conferência das Nações Unidas sobre o clima.»

O Público também enviou a Bali o seu mais sectário jornalista que se especializou a desinformar os leitores sem qualquer escrúpulo. Já agora, podia enviá-lo a visitar a estação do Brasil no Antárctico. Os cientistas brasileiros desmentiriam imediatamente as suas versões apocalípticas que passa para os leitores que ele não respeita.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Carta aberta

Para o Secretário-geral das Nações Unidas Ban Kin Moon
Com cópias para os Chefes de Estado dos países dos signatários
13 de Dezembro de 2007
A respeito da Conferência climática da ONU [Bali]

É impossível deter as alterações climáticas, um fenómeno natural que tem afectado a humanidade através dos tempos. Os testemunhos históricos, geológicos, arqueológicos, orais e escritos provam todos os desafios fundamentais que as sociedades antigas tiveram de enfrentar perante alterações imprevistas de temperatura, de precipitação, de vento e de outras variáveis climáticas. Devemos consequentemente preparar as nações para resistir a todos estes fenómenos naturais promovendo o crescimento económico e a criação de riqueza.

O Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) tem publicado conclusões cada vez mais alarmistas sobre a influência climática do CO2 de origem humana, um gás não poluente que é essencial à fotossíntese das plantas. Embora compreendamos os argumentos que levaram a considerar as emissões de CO2 como perigosas, as conclusões do IPCC são absolutamente injustificadas e não devem conduzir a políticas que vão reduzir significativamente a prosperidade futura. Em especial, não foi estabelecido que seria possível modificar significativamente o clima global reduzindo as emissões humanas de gases com efeito de estufa. Acima de tudo, porque as tentativas de reduzir emissões vão retardar o desenvolvimento, a abordagem actual da ONU sobre a redução do CO2 é susceptível de agravar o sofrimento humano devido às alterações climáticas futuras em vez de o reduzir.

O Resumo para os Decisores Políticos do IPCC é o documento mais consultado pelos políticos e pelos não-cientistas e está na base da maior parte das decisões políticas sobre as alterações climáticas. Contudo, este resumo é preparado por um núcleo relativamente restrito de redactores e a sua versão final é aprovada linha a linha por representantes dos governos. A grande maioria dos contribuintes e revisores do relatório [geral do IPCC] e das dezenas de milhares doutros cientistas qualificados que comentam sobre esta matéria não estão implicados na preparação deste documento [do Resumo]. O Resumo não pode por conseguinte ser considerado como representativo de um consenso de especialistas.

Contrariamente à impressão dada pelo Resumo para os Decisores Políticos, do IPCC:

· As observações recentes dos fenómenos como a retracção dos glaciares, o aumento do nível do mar e a migração das espécies não testemunham uma alteração climática anormal porque nenhuma destas alterações está para além dos limites da variabilidade natural que conhecemos.
· O ritmo médio de aquecimento de 0,1 ºC/década a 0,2 ºC/década registado pelos satélites nas últimas décadas do século XX está dentro dos limites de aquecimento e de arrefecimento observado nos últimos 10 mil anos.
· Cientistas de primeiro plano, incluindo representantes importantes do IPCC, reconhecem que os modelos informáticos actuais não podem prever o clima. Assim, e apesar das projecções dos computadores de um aumento de temperatura, não tem havido aquecimento global desde 1998. O patamar de temperatura actual que se seguiu a um período de aquecimento no final do século XX está de acordo com ciclos naturais multidecenais ou milenários.
· Exactamente oposto à afirmação frequentemente repetida que na ciência do clima “terminou o debate”, um número importante de novas publicações em revistas com revisão pelos pares coloca cada vez mais em dúvida a hipótese de um aquecimento perigoso de origem humana. Mas como os grupos de trabalho do IPCC tiveram instruções para examinar as publicações [somente] até Maio de 2005 (cf. instruções IPCC) as posteriores conclusões importantes não estão incluídas no seu relatório; o que quer dizer que os relatórios de avaliação do IPCC são baseados em resultados já obsoletos.

A conferência sobre o clima de Bali foi destinada a conduzir o Mundo pelo caminho de uma restrição severa de CO2, ignorando as lições evidentes que se podem tirar do malogro do Protocolo de Quioto, o caos no mercado de transferências de CO2 estabelecido pela Europa e a ineficácia de outras iniciativas dispendiosas destinadas a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. Análises custo-benefício objectivas desacreditam a introdução de medidas globais destinadas a limitar e a reduzir o consumo de energia para reduzir as emissões de CO2. Além disso, é irracional aplicar o “princípio da precaução” porque numerosos cientistas reconhecem que um arrefecimento ou um aquecimento são ambos procedentes e realistas para o clima a médio prazo.

O esforço actual da ONU para “combater as alterações climáticas”, como é apresentado no Relatório sobre o Desenvolvimento Humano do Programa de Desenvolvimento da ONU, de 27 de Novembro de 2007, desvia a atenção dos governos para a ameaça de alterações climáticas inevitáveis sob as suas diferentes formas. É necessária a planificação nacional e internacional perante tais mudanças, ajudando prioritariamente os cidadãos mais vulneráveis a adaptar-se às condições futuras. Tentar impedir o clima de se alterar é fútil e constitui uma má e trágica aplicação de recursos que seriam bem melhor utilizados para resolver os problemas verdadeiros e mais prementes.

Lista de signatários:

- Don Aitkin, PhD, Professor, social scientist, retired vice-chancellor and president, University of Canberra, Australia
- William J.R. Alexander, PhD, Professor Emeritus, Dept. of Civil and Biosystems Engineering, University of Pretoria, South Africa; Member, UN Scientific and Technical Committee on Natural Disasters, 1994-2000
- Bjarne Andresen, PhD, physicist, Professor, The Niels Bohr Institute, University of Copenhagen, Denmark
- Geoff L. Austin, PhD, FNZIP, FRSNZ, Professor, Dept. of Physics, University of Auckland, New Zealand
- Timothy F. Ball, PhD, environmental consultant, former climatology professor, University of Winnipeg
- Ernst-Georg Beck, Dipl. Biol., Biologist, Merian-Schule Freiburg, Germany
- Sonja A. Boehmer-Christiansen, PhD, Reader, Dept. of Geography, Hull University, U.K.; Editor, Energy & Environment journal
- Chris C. Borel, PhD, remote sensing scientist, U.S.
- Reid A. Bryson, PhD, DSc, DEngr, UNE P. Global 500 Laureate; Senior Scientist, Center for Climatic Research; Emeritus Professor of Meteorology, of Geography, and of Environmental Studies, University of Wisconsin
- Dan Carruthers, M.Sc., wildlife biology consultant specializing in animal ecology in Arctic and Subarctic regions, Alberta
- R.M. Carter, PhD, Professor, Marine Geophysical Laboratory, James Cook University, Townsville, Australia
- Ian D. Clark, PhD, Professor, isotope hydrogeology and paleoclimatology, Dept. of Earth Sciences, University of Ottawa
- Richard S. Courtney, PhD, climate and atmospheric science consultant, IPCC expert reviewer, U.K.
- Willem de Lange, PhD, Dept. of Earth and Ocean Sciences, School of Science and Engineering, Waikato University, New Zealand
- David Deming, PhD (Geophysics), Associate Professor, College of Arts and Sciences, University of Oklahoma
- Freeman J. Dyson, PhD, Emeritus Professor of Physics, Institute for Advanced Studies, Princeton, N.J.
- Don J. Easterbrook, PhD, Emeritus Professor of Geology, Western Washington University
- Lance Endersbee, Emeritus Professor, former dean of Engineering and Pro-Vice Chancellor of Monasy University, Australia
- Hans Erren, Doctorandus, geophysicist and climate specialist, Sittard, The Netherlands
- Robert H. Essenhigh, PhD, E.G. Bailey Professor of Energy Conversion, Dept. of Mechanical Engineering, The Ohio State University
- Christopher Essex, PhD, Professor of Applied Mathematics and Associate Director of the Program in Theoretical Physics, University of Western Ontario
- David Evans, PhD, mathematician, carbon accountant, computer and electrical engineer and head of 'Science Speak,' Australia
- William Evans, PhD, editor, American Midland Naturalist; Dept. of Biological Sciences, University of Notre Dame
- Stewart Franks, PhD, Professor, Hydroclimatologist, University of Newcastle, Australia
- R. W. Gauldie, PhD, Research Professor, Hawai'i Institute of Geophysics and Planetology, School of Ocean Earth Sciences and Technology, University of Hawai'i at Manoa
- Lee C. Gerhard, PhD, Senior Scientist Emeritus, University of Kansas; former director and state geologist, Kansas Geological Survey
- Gerhard Gerlich, Professor for Mathematical and Theoretical Physics, Institut für Mathematische Physik der TU Braunschweig, Germany
- Albrecht Glatzle, PhD, sc.agr., Agro-Biologist and Gerente ejecutivo, INTTAS, Paraguay
- Fred Goldberg, PhD, Adjunct Professor, Royal Institute of Technology, Mechanical Engineering, Stockholm, Sweden
- Vincent Gray, PhD, expert reviewer for the IPCC and author of The Greenhouse Delusion: A Critique of Climate Change 2001, Wellington, New Zealand
- William M. Gray, Professor Emeritus, Dept. of Atmospheric Science, Colorado State University and Head of the Tropical Meteorology Project
- Howard Hayden, PhD, Emeritus Professor of Physics, University of Connecticut
- Louis Hissink MSc, M.A.I.G., editor, AIG News, and consulting geologist, Perth, Western Australia
- Craig D. Idso, PhD, Chairman, Center for the Study of Carbon Dioxide and Global Change, Arizona
- Sherwood B. Idso, PhD, President, Center for the Study of Carbon Dioxide and Global Change, AZ, USA
- Andrei Illarionov, PhD, Senior Fellow, Center for Global Liberty and Prosperity; founder and director of the Institute of Economic Analysis
- Zbigniew Jaworowski, PhD, physicist, Chairman - Scientific Council of Central Laboratory for Radiological Protection, Warsaw, Poland
- Jon Jenkins, PhD, MD, computer modelling - virology, NSW, Australia
- Wibjorn Karlen, PhD, Emeritus Professor, Dept. of Physical Geography and Quaternary Geology, Stockholm University, Sweden
- Olavi Kärner, Ph.D., Research Associate, Dept. of Atmospheric Physics, Institute of Astrophysics and Atmospheric Physics, Toravere, Estonia
- Joel M. Kauffman, PhD, Emeritus Professor of Chemistry, University of the Sciences in Philadelphia
- David Kear, PhD, FRSNZ, CMG, geologist, former Director-General of NZ Dept. of Scientific & Industrial Research, New Zealand
- Madhav Khandekar, PhD, former research scientist, Environment Canada; editor, Climate Research (2003-05); editorial board member, Natural Hazards; IPCC expert reviewer 2007
- William Kininmonth M.Sc., M.Admin., former head of Australia's National Climate Centre and a consultant to the World Meteorological Organization's Commission for Climatology
- Jan J.H. Kop, MSc Ceng FICE (Civil Engineer Fellow of the Institution of Civil Engineers), Emeritus Prof. of Public Health Engineering, Technical University Delft, The Netherlands
- Prof. R.W.J. Kouffeld, Emeritus Professor, Energy Conversion, Delft University of Technology, The Netherlands
- Salomon Kroonenberg, PhD, Professor, Dept. of Geotechnology, Delft University of Technology, The Netherlands
- Hans H.J. Labohm, PhD, economist, former advisor to the executive board, Clingendael Institute (The Netherlands Institute of International Relations), The Netherlands
- The Rt. Hon. Lord Lawson of Blaby, economist; Chairman of the Central Europe Trust; former Chancellor of the Exchequer, U.K.
- Douglas Leahey, PhD, meteorologist and air-quality consultant, Calgary
- David R. Legates, PhD, Director, Center for Climatic Research, University of Delaware
- Marcel Leroux, PhD, Professor Emeritus of Climatology, University of Lyon, France; former director of Laboratory of Climatology, Risks and Environment, CNRS
- Bryan Leyland, International Climate Science Coalition, consultant and power engineer, Auckland, New Zealand
- William Lindqvist, PhD, independent consulting geologist, Calif.
- Richard S. Lindzen, PhD, Alfred P. Sloan Professor of Meteorology, Dept. of Earth, Atmospheric and Planetary Sciences, Massachusetts Institute of Technology
- A.J. Tom van Loon, PhD, Professor of Geology (Quaternary Geology), Adam Mickiewicz University, Poznan, Poland; former President of the European Association of Science Editors
- Anthony R. Lupo, PhD, Associate Professor of Atmospheric Science, Dept. of Soil, Environmental, and Atmospheric Science, University of Missouri-Columbia
- Richard Mackey, PhD, Statistician, Australia
- Horst Malberg, PhD, Professor for Meteorology and Climatology, Institut für Meteorologie, Berlin, Germany
- John Maunder, PhD, Climatologist, former President of the Commission for Climatology of the World Meteorological Organization (89-97), New Zealand
- Alister McFarquhar, PhD, international economy, Downing College, Cambridge, U.K.
- Ross McKitrick, PhD, Associate Professor, Dept. of Economics, University of Guelph
- John McLean, PhD, climate data analyst, computer scientist, Australia
- Owen McShane, PhD, economist, head of the International Climate Science Coalition; Director, Centre for Resource Management Studies, New Zealand
- Fred Michel, PhD, Director, Institute of Environmental Sciences and Associate Professor of Earth Sciences, Carleton University
- Frank Milne, PhD, Professor, Dept. of Economics, Queen's University
- Asmunn Moene, PhD, former head of the Forecasting Centre, Meteorological Institute, Norway
- Alan Moran, PhD, Energy Economist, Director of the IPA's Deregulation Unit, Australia
- Nils-Axel Morner, PhD, Emeritus Professor of Paleogeophysics & Geodynamics, Stockholm University, Sweden
- Lubos Motl, PhD, Physicist, former Harvard string theorist, Charles University, Prague, Czech Republic
- John Nicol, PhD, Professor Emeritus of Physics, James Cook University, Australia
- David Nowell, M.Sc., Fellow of the Royal Meteorological Society, former chairman of the NATO Meteorological Group, Ottawa
- James J. O'Brien, PhD, Professor Emeritus, Meteorology and Oceanography, Florida State University
- Cliff Ollier, PhD, Professor Emeritus (Geology), Research Fellow, University of Western Australia
- Garth W. Paltridge, PhD, atmospheric physicist, Emeritus Professor and former Director of the Institute of Antarctic and Southern Ocean Studies, University of Tasmania, Australia
- R. Timothy Patterson, PhD, Professor, Dept. of Earth Sciences (paleoclimatology), Carleton University
- Al Pekarek, PhD, Associate Professor of Geology, Earth and Atmospheric Sciences Dept., St. Cloud State University, Minnesota
- Ian Plimer, PhD, Professor of Geology, School of Earth and Environmental Sciences, University of Adelaide and Emeritus Professor of Earth Sciences, University of Melbourne, Australia
- Brian Pratt, PhD, Professor of Geology, Sedimentology, University of Saskatchewan
- Harry N.A. Priem, PhD, Emeritus Professor of Planetary Geology and Isotope Geophysics, Utrecht University; former director of the Netherlands Institute for Isotope Geosciences
- Alex Robson, PhD, Economics, Australian National University Colonel F.P.M. Rombouts, Branch Chief - Safety, Quality and Environment, Royal Netherland Air Force
- R.G. Roper, PhD, Professor Emeritus of Atmospheric Sciences, School of Earth and Atmospheric Sciences, Georgia Institute of Technology
- Arthur Rorsch, PhD, Emeritus Professor, Molecular Genetics, Leiden University, The Netherlands
- Rob Scagel, M.Sc., forest microclimate specialist, principal consultant, Pacific Phytometric Consultants, B.C.
- Tom V. Segalstad, PhD, (Geology/Geochemistry), Head of the Geological Museum and Associate Professor of Resource and Environmental Geology, University of Oslo, Norway
- Gary D. Sharp, PhD, Center for Climate/Ocean Resources Study, Salinas, CA
- S. Fred Singer, PhD, Professor Emeritus of Environmental Sciences, University of Virginia and former director Weather Satellite Service
- L. Graham Smith, PhD, Associate Professor, Dept. of Geography, University of Western Ontario
- Roy W. Spencer, PhD, climatologist, Principal Research Scientist, Earth System Science Center, The University of Alabama, Huntsville
- Peter Stilbs, TeknD, Professor of Physical Chemistry, Research Leader, School of Chemical Science and Engineering, KTH (Royal Institute of Technology), Stockholm, Sweden
- Hendrik Tennekes, PhD, former director of research, Royal Netherlands Meteorological Institute
- Dick Thoenes, PhD, Emeritus Professor of Chemical Engineering, Eindhoven University of Technology, The Netherlands
- Brian G Valentine, PhD, PE (Chem.), Technology Manager - Industrial Energy Efficiency, Adjunct Associate Professor of Engineering Science, University of Maryland at College Park; Dept of Energy, Washington, DC
- Gerrit J. van der Lingen, PhD, geologist and paleoclimatologist, climate change consultant, Geoscience Research and Investigations, New Zealand
- Len Walker, PhD, Power Engineering, Australia
- Edward J. Wegman, PhD, Department of Computational and Data Sciences, George Mason University, Virginia
- Stephan Wilksch, PhD, Professor for Innovation and Technology Management, Production Management and Logistics, University of Technolgy and Economics Berlin, Germany
- Boris Winterhalter, PhD, senior marine researcher (retired), Geological Survey of Finland, former professor in marine geology, University of Helsinki, Finland
- David E. Wojick, PhD, P.Eng., energy consultant, Virginia
- Raphael Wust, PhD, Lecturer, Marine Geology/Sedimentology, James Cook University, Australia
- A. Zichichi, PhD, President of the World Federation of Scientists, Geneva, Switzerland; Emeritus Professor of Advanced Physics, University of Bologna, Italy.

Correcção: Foi acrescentado "dos" em: "Com cópia para os Chefes de Estado dos países dos signatários".

domingo, dezembro 09, 2007

Seminário IST

Mitos Climáticos participou no seminário "Dinâmica do tempo e do clima", realizado a 05/Dezembro/2007 no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. O seminário inseriu-se no conjunto de palestras que o Centro para a Inovação em Engenharia Electrotécnica e Energia (CIEEE), do IST, promove regularmente. O convite para esta participação foi do Prof. Doutor João Santana, da Área de Energia.

A nossa intervenção foi a primeira neste conjunto de seminários. A ele compareceram cerca de 35 pessoas entre docentes, alunos e ex-alunos. Quantitativamente, pode-se considerar que foi uma boa assistência. Qualitativamente, deve-se destacar o alto nível científico do público que participou neste seminário.

A qualidade dos participantes foi muita honrosa para Mitos Climáticos. Dentre eles destacamos o Prof. Doutor Delgado Domingos e o Prof. Doutor João Corte Real. O primeiro é professor jubilado do IST, com a responsabilidade máxima pelo curso de Engenharia do Ambiente. O Prof. Doutor João Corte Real, por sua vez, responsável pela cadeira de climatologia da Universidade de Évora, é o decano do ensino da climatologia em Portugal.

A apresentação efectuada demorou pouco mais de uma hora, dividida em duas partes. Na primeira explicou-se a actual dinâmica do clima a partir da variação brusca de 1975-1976. A segunda parte incidiu na hipótese — refutada — do efeito de estufa antropogénico. Assim, explicámos em pormenor o mecanismo das ondas de calor e, na sequência desta explicação, refutou-se a hipótese do efeito de estufa com origem antropogénica.

O estado do tempo no Verão de 2007 mereceu uma explicação à parte pois deveu-se à particularidade do movimento singular do núcleo da aglutinação anticiclónica que permaneceu sobre a Europa e causou ondas de calor na Grécia e nos Balcãs. Analisou-se finalmente o processo pretensamente científico conduzido pelo IPCC. Tal processo foi classificado como uma fraude, ou seja, uma impostura científica.

Seguiu-se um debate vivo que demorou cerca de uma hora. Não se limitou a dúvidas e esclarecimentos. A assistência recordou factos estranhos como seja o de não se descortinar competência em climatologia nas pessoas que lideram o dossier das chamadas “alterações climáticas” em Portugal. Um dos presentes considerou que a delegação portuguesa presente na Conferência de Bali, na Indonésia – a reunião anual do IPCC que decorre em Dezembro de 2007 –, não tem nível técnico-científico suficiente para representar Portugal.

O seminário foi concluído com a resposta à pergunta de uma aluna: Qual terá sido a causa do shift climático de 1975-1976? Respondemos que não existem certezas, apenas hipóteses sujeitas a confirmação. Dentre elas incluem-se: a alteração de parâmetros orbitais (variação da inclinação do eixo de rotação da Terra); a variação da actividade solar (responsável por metade do crescimento de 0,6ºC da temperatura média global durante o século passado); a produção de aerossóis que emigraram para as calotes polares (vulcanismo, tempestades de areia, antropogénicos); a variação de raios cósmicos (solares e/ou galácticos que afectaram a formação de nuvens) e a variação do teor do vapor de água na atmosfera.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Árctico e Antárctico

O leitor Luís de Sousa, investigador do IST, escreveu a seguinte mensagem:

«Acabei de ler a sua nota sobre o repentino engrossar da massa de gelo árctico. Esta parece ser a maior escalada desde o início das leituras em 1979.

Simplesmente espectacular. De notar também que o Antárctico se mantém em anomalia positiva há largos meses, algo também nunca antes registado. Parece que o Inverno não acabou ainda para aqueles lados.

Desde o Verão temos tido um padrão meteorológico muito semelhante ao registado em 2004-2005: Verão frio e Outono quente.


Em 2005 o Inverno começou também envergonhado mas veio a acabar com grande violência e a Europa coberta de neve no início de Março.

Até que ponto podemos esperar um Inverno de 2008 semelhante ao de 2005? E até que ponto este repentino engrossar da massa de gelo árctico pode ser um prenúncio?

Grato pelas suas respostas e continuação do precioso trabalho que tem vindo a fazer.»

Não fazemos prognósticos. Mas que há semelhanças, lá isso há. Muitas pessoas confundem o gelo do Árctico propriamente dito (quase-triângulo gelado que se vê na Fig. 88 ), que tem permanecido intacto, com o mar gelado do Árctico que evolui de uma forma quase-sinusoidal entre Março e Setembro.

O mesmo se passa com o Antárctico. Mas aqui a distinção é mais fácil. O gelo do Antárctico destaca-se do seu mar gelado. O leitor tem razão quanto à actual anomalia positiva de quase 2 Mkm2 do Antárctico, como se comprova pela Fig. 93.

No conjunto Árctico e Antárctico as anomalias, praticamente, anulam-se. Esta conclusão pode ser confirmada numa figura do sítio The Cryosphere Today. Em 2006, a anomalia global do mar gelado chegou a apresentar um valor negativo mais pronunciado.

Desde 1979 a anomalia global fixa-se entre – 1 Mkm2 e + 1 Mkm2, a menos alguns picos que roçam valores de 2 Mkm2 positivos e negativos. Ou seja, o mar gelado global manteve praticamente igual desde 1979 até agora.

Finalmente, o Árctico depois de uma recuperação vertiginosa em Novembro de 2007 tem mantido a anomalia durante o mês de Dezembro. Não dá para perceber se em Março de 2008 o mar gelado do Árctico atingirá o mesmo valor de Março de 2007.

Fig. 93 - Evolução do Antárctico. Fonte: Universidade de Illinois.

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Apresentação de Bob Carter

Vídeos de uma comunicação de Bob Carter:

«Is CO2 the cause»? Parte 1

«Is CO2 the cause»? Parte 2

«Is CO2 the cause»? Parte 3

«Is CO2 the cause»? Parte 4

sábado, dezembro 01, 2007

Recuperação rápida do Árctico

Depois de ter passado pelo mínimo em Setembro de 2007, a área do mar gelado do Árctico recuperou rapidamente.

Em Novembro, recuperou 2 Mkm2 (mais dois milhões de quilómetros quadrados) numa anomalia (em relação à média 1979-2000) de – 3 Mkm2 (menos três milhões de quilómetros quadrados).

No início de Dezembro de 2007 está com mais gelo do que tinha há, precisamente, um ano atrás. Recorda-se que em Setembro passado atingiu o mínimo desde que há registos (1979). No mês de Novembro a recuperação do Árctico foi espectacular.

A distribuição das anomalias não é uniforme, como era de prever, ao longo da região do círculo polar Árctico. A mais elevada, neste início de Dezembro, situa-se no designado Barents Sea (– 0, 3 Mkm2). [Conservam-se as designações anglo-saxónicas.]

Seguem-se, com cerca de – 0, 2 Mkm2 cada, as sub-regiões de Kara Sea, East Siberian e Chuckchi Sea. São locais de retorno do ar quente do processo dinâmico das transferências meridionais de energia entre o Pólo Norte e os Trópicos.

A zona privilegiada dos retornos é a das Depressões de Barents. Precisamente onde se verificou a maior anomalia do mês de Setembro. Esta análise pode ser acompanhada com a informação "The Chryosphere Today" (TCT).

A Fig. 91 foi obtida na página da Universidade de Bremen. A Fig. 92 retirou-se da página da Universidade de Illinois (TCT). Pode-se diagnosticar, igualmente, a evolução da área do mar gelado do Árctico durante os meses de Março a Setembro de 2007, até se atingir o valor mínimo.

Detectam-se (Fig. 92) três taxas de decrescimento: de Março-Abril, de Maio-Junho e de Julho-Agosto. A primeira é a menor, a segunda a maior e a terceira intermédia após o ponto de inflexão do início de Julho.

Esta evolução está relacionada com três fases da dinâmica que os anticiclones móveis polares imprimiram a partir do início da Primavera até ao fim do Verão e com a insolação dos períodos correspondentes.

Obs.: Comparar a Fig. 91 com a Fig. 88.

Fig. 92 - Evolução do Árctico. Fonte: Universidade de Illinois.

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Fig. 91 - Árctico em Dezembro de 2007. Fonte: Universidade de Bremen.

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