domingo, novembro 30, 2008

Neve em Portugal, calor na Argentina e cheias no Brasil

O mau tempo, com frio e com neve, continua em Portugal. A RTP (Rádio Televisão Portuguesa) não esconde a realidade. O jornal Público também não. Estes veículos de informação que se destacam na propaganda do embuste do “aquecimento global” e das “alterações climáticas” rendem-se à evidência, de vez em quando.

Entretanto, na Argentina sentiu-se uma vaga de calor de enormes proporções. Ali ao lado, no sul do Brasil, choveu também desproporcionadamente. Um dos blogues de Eugênio Hackbart noticia estes acontecimentos com fotografias elucidativas.

Todos estes fenómenos, na Argentina, no Brasil e em Portugal entroncam num mesmo facto: arrefecimento das calotes polares. Nuns casos, Argentina e Brasil, a situação deveu-se ao Antárctico. No outro, em Portugal, ao Árctico.

A ideia do efeito de estufa antropogénico não explica nada. O CO2 não conseguiria actuar de modo a provocar díspares situações como estas, quase ao mesmo tempo. Mas os anticiclones móveis polares que partiram do Árctico e do Antárctico explicam-nas perfeitamente.

sábado, novembro 29, 2008

País em alerta

Neve e mau tempo provocam cortes de auto-estradas em Portugal

Para memória futura já que a meteorológica é curta, o MC regista a seguinte informação retirada do jornal Sol.online de hoje, dia 29 de Novembro de 2008:

“O mau tempo e a queda de neve já começaram a fazer estragos. Existem auto-estradas e estradas nacionais no Norte do país que ficaram intransitáveis nesta manhã.

Fonte da BT [Brigada de Trânsito] disse também que o trânsito estava hoje de manhã muito condicionado no Itinerário Principal 4 (IP4), na zona da serra do Marão, entre Vila Real e Amarante, devido à forte queda de neve.

A auto-estrada A7, entre Vila Pouca de Aguiar e Fafe, e as estradas nacionais 311, próximo de Boticas, e 206, perto de Chaves, estão cortadas ao trânsito devido à queda de neve, disse à Lusa fonte do comando-geral da GNR.

De acordo com a Autoridade Nacional de Protecção Civil, o território continental está em alerta amarelo até às 21h00 de segunda-feira, devido às condições meteorológicas.”

O mesmo jornal avisava anteontem, dia 27, que vários distritos, do norte ao centro-sul do país entravam em alerta devido ao frio:

“Os distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Leiria e Évora estão hoje com aviso Amarelo devido ao frio, de acordo com o Instituto de Meteorologia.”

quinta-feira, novembro 27, 2008

Os caminhos errados da Climatologia

Não deve existir receio da fusão dos mantos de gelo da Gronelândia e do Antárctico

No ano de 2007, cientistas sem escrúpulos, políticos e artistas do pensamento único convergiram ao declarar:

- Que “O Homem é o culpado de um crime contra a Natureza”, como afirmou, solenemente, em Fevereiro, o IPCC;

- Que “Estamos à beira de uma catástrofe”, como disse, repetidamente, o secretário-geral da ONU Ban Kin-Moon;

- Que Al Gore merecia dois Óscares de Hollywood pela ficção científica “Uma Verdade Inconveniente”;

- Que Al Gore e o IPCC mereciam repartir o Prémio Nobel da Paz, como concluíram no Parlamento da Noruega.

Mas, cientificamente, o que foi provado com todo este folclore? Nada. O mesmo se passa com tudo quanto os alarmistas (cientistas sem escrúpulos, políticos, ambientalistas radicais e jornalistas vulgares) dizem continuamente. Nomeadamente quanto aos glaciares que são o fascínio do pensamento único.

O Prof. Cliff Ollier, jubilado da University of Western Australia, é considerado um excelente especialista de glaciares. Escreveu, abrangendo também outras matérias, mais de cinco centenas de artigos em revistas científicas internacionais e uma dúzia de livros (Amazon). O seu livro mais conhecido é “The Origin of Mountains”.

Cliff Ollier, no artigo “The greenland-antarctica melting problem does not exist”, não hesita em destacar os erros de James Hansen quanto às suas previsões catastrofistas da subida do nível dos oceanos, até 2100.

Com efeito, Hansen afirma estar certo que o nível dos oceanos vai subir cinco metros. Recorda-se que Al Gore, cujo mentor é precisamente James Hansen, acrescenta um metro ao falar em 20 pés (cerca de seis metros) para essa hipotética subida.

O IPCC, na sua última avaliação de 2007, foi mais comedido ao anunciar uma subida entre 37,5 cm e 57,5 cm. Deste modo, o IPCC reduziu consideravelmente as suas previsões relativamente às precedentes.

O MC já teve oportunidade de citar estudos do Prof. Nils-Axel Mörner que contradizem todas estas afirmações. A maior parte ignora os mecanismos reais dos avanços e recuos dos glaciares.

A small talk, isto é, a conversa fiada, dos alarmistas ameaça com um nível dos oceanos a subir 70 metros se a Gronelândia e o Antárctico fundissem conjuntamente.

Acontece ainda que, desde 2005, se verifica uma estagnação ou mesmo uma baixa do nível dos oceanos. É este o resultado encontrado no sítio web da Universidade de Colorado que realiza a monitorização deste fenómeno.

Mas as previsões de James Hansen e de Al Gore são aquelas que se encontram continuamente nos media que nunca questionam a base com que foram feitas.

Cliff Ollier não é nada amável para com Hansen, astrónomo de formação, nem para com os seus seguidores. Eis o que diz o professor australiano naquele artigo:

«Hansen é um modelador do clima [não é climatologista]. O cenário de colapso dos mantos de gelo é baseado em falsos modelos informáticos. Hansen utiliza um modelo no qual o manto de gelo deslizaria ao longo de um plano inclinado lubrificado por água cada vez mais abundante devido ao aquecimento global.»

O mesmo modelo tem sido utilizado em inúmeros artigos que aparecem em revistas científicas com revisão pelos pares. Ollier aponta os casos de Christoffersen et Hambrey (2006) e de Bamber et al. (2007).

Segundo Cliff, em de Junho de 2007, a National Geographic publicou um artigo baseado no mesmo modelo erróneo. Esta mesma ideia errada, considerada por Hansen, tem sido apresentada em livros didácticos como “The Great Ice Age” de R.C.L. Wilson et al. (2000).

O modelo, usado por Hansen, não tem em consideração nem a forma particular da Gronelândia nem dos mantos de gelo do Antárctico. Nem a compreensão do modo como os glaciares se movem… São ideias velhas que a realidade não confirma.

«A ideia de um glaciar descendo um plano inclinado sobre uma base lubrificada por águas copiosas parecia ser uma boa ideia quando foi avançada por [Horace Bénédict] de Saussure, em 1779. Mas desde essa longa data que o conhecimento sobre o comportamento dos glaciares progrediu bastante.» ‒ diz Cliff Ollier.

Continua Ollier:

«Os mensageiros do fim do Mundo, resultante do aquecimento global, afirmam que os mantos de gelo do Antárctico e da Gronelândia estão em condições de se fundirem o que causaria uma subida brutal do nível dos oceanos de cinco metros ou mais.

Esta afirmação ignora o facto que os glaciares progridem pelos extremos. Os glaciares não fundem a partir da superfície até à base.

Na realidade, os mantos de gelo do Antárctico e da Gronelândia encontram-se alojados em bacias profundas e não podem descer ao longo de um plano inclinado. Além disso, o fluxo de gelo depende da pressão mecânica (essencialmente proporcional ao peso do gelo).

Por outro lado, as temperaturas da maior parte dos mantos de gelo encontram-se bem abaixo do ponto de fusão do gelo. A acumulação de quilómetros de massas de gelo intactas no coração da Gronelândia e do Antárctico (as mesmas que servem para alarmar com a ideia de aquecimento global) deve-se a centenas de milhares de anos de acumulação sem fusão nem escoamento…

Depois de três quartos de um milhão de anos de acumulação contínua e documentada, como podemos crer que, precisamente agora, os mantos de gelo mundiais vão desaparecer?»

Conclui Ollier:

«Com excepção dos contornos, os mantos de gelo avançam pelas bases. O avanço depende do calor geotérmico e não do estado do tempo e do clima à superfície. Na realidade, é impossível que os mantos de gelo da Gronelândia e do Antárctico tenham um “colapso”.»

Investigadores holandeses, do Institute for Marine and Atmospheric Research, da Universidade de Utrecht, publicaram recentemente um artigo na revista Science que corrobora Ollier.

Anteriormente, também os estudos do especialista de glaciares, falecido em Maio de 2007, Prof. Robert Vivian confirmam as declarações de Cliff Ollier. Os media ignoram as obras destes, e de outros, cientistas que falam verdade.

quarta-feira, novembro 26, 2008

Aquecimento global: mito ou realidade?

Um nevão que durou uma hora quase paralisou o Reino Unido.

O Met Office viu-se obrigado a lançar apelos e avisos sobre o frio. No último fim-de-semana o Reino Unido foi pintado de branco.

Da Escócia ao sul da grande ilha o nevão permitiu a obtenção de fotografias artísticas como algumas das 55 que se podem ver no álbum da SkyNews.

Do álbum, escolheu-se esta fotografia por ser característica de situações semelhantes, embora relativa à Alemanha que também tem estado sujeita a nevões.

Um porta-voz da Guarda Costeira de Yarmouth chegou a afirmar: "The weather conditions were Arctic...", a propósito de um acidente sofrido por uma jovem.

O Telegraph.co.uk descreve parcialmente o acontecimento do Reino Unido.
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terça-feira, novembro 25, 2008

Relação entre a concentração do CO2 e a variação da temperatura

Inconsistência da formulação do IPCC

No Summary for Policymakers - SPM (2007), do IPCC, encontra-se a seguinte definição do conceito de forçamento radiativo:

Radiative forcing is a measure of the influence that a factor has in altering the balance of incoming and outgoing energy in the Earth-atmosphere system and is an index of the importance of the factor as a potential climate change mechanism. Positive forcing tends to warm the surface while negative forcing tends to cool it.” – SPM (2007), Nota 2, pág. 2.

Na mesma Nota 2, desse SPM (2007), encontra-se a seguinte afirmação, relativa à Fig. SPM-2, pág. 4:

«Radiative forcing values are for 2005 relative to pre-industrial conditions defined at 1750 and are expressed in watts per square metre (W/m2). »

Segundo o IPCC as actividades humanas, desde 1750, têm tido uma influência determinante no forçamento radiativo.

Assim, entre 1750 e 2005, o dito forçamento teria sido de 1.6 W/m2, segundo cálculos do IPCC – conforme se lê na Fig. SPM-2 referida. Ou seja, a superfície da Terra estaria em contínuo aquecimento desde 1750.

Mas tal não aconteceu, pois, entre 1750 e 2005, verificaram-se períodos de aquecimento e de arrefecimento. Deste modo, a definição do forçamento radiativo e o valor calculado pelo IPCC, indicado no SPM (2007) são inconsistentes.

Esta mesma inconsistência é flagrante, comparando a Fig. 141 (Fonte: NOAA) com a Fig. 140. A concentração do dióxido de carbono tem sofrido um crescimento anual monótono (ou seja, o forçamento radiativo teria subido continuamente, Fig. 141) mas a verdade é que a temperatura tem subido e tem descido (Fig. 140).

O IPCC define – não no SPM (2007) – o crescimento da temperatura de acordo com uma hipótese, naturalmente contida nos seus modelos, que se traduz pela seguinte expressão:

∆T = α . ln (C/Co)

Onde:

∆T = T – To ,
T – é a temperatura final de um período, To é a temperatura inicial desse período;
C – é a concentração equivalente de carbono de todos os gases com efeito de estufa no final do período; Co é a concentração equivalente inicial desse período,
ln – é o logaritmo neperiano,
α – é a sensibilidade climática definida pelo IPCC como sendo:

The equilibrium climate sensitivity is a measure of the climate system response to sustained radiative forcing. It is (...) defined as the global average surface warming following a doubling of carbon dioxide concentrations. It is likely to be in the range 2°C to 4.5°C with a best estimate of about 3°C, and is very unlikely to be less than 1.5°C.” – SPM (2007), pág. 12.

Ora, se, dadas as emissões antropogénicas, a concentração de CO2 vai sempre aumentando e se o CO2 é o principal agente de forçamento radiativo, teremos sempre C/Co > 1 pelo que o logaritmo será sempre positivo. A fórmula do IPCC não pode dar conta das descidas de temperatura (∆T < 0) quando efectivamente se observam. É uma inconsistência flagrante entre o pensamento do IPCC e a realidade.

Salienta-se que a Fig. 141 das observações de Mauna Loa apresenta uma pequena ondulação relativa ao ciclo anual do carbono. O raciocínio anteriormente feito para o dióxido de carbono não invalida o que realmente acontece com a globalidade dos gases com efeito de estufa.

Desta reflexão resulta que, com forçamentos ou sem forçamentos, não é seguramente o aspecto radiativo o principal motor da dinâmica do tempo e do clima. É importante, mas existem outros mecanismos que se lhe soprepõem. Deles temos já falado e voltaremos a falar.

Aproveita-se a circunstância de estarmos na pág. 12 do SPM (2007) para registar mais uma inconsistência do IPCC, neste caso sobre o muito polémico vapor de água. Eis o que o IPCC afirma:

Water vapour changes represent the largest feedback affecting climate sensitivity (...). Cloud feedbacks remain the largest source of uncertainty.” SPM (2007) - pág.12.

Misteriosamente, esta é a única referência ao vapor de água feita no SPM (2007).

Sabendo-se que o vapor de água tem um peso muito significativo, para muitos preponderante, no efeito de estufa da atmosfera terrestre, esta quase ocultação do vapor de água pelo IPCC não pode ser inocente. ____________

Nota: Os relatórios do IPCC podem ser encontrados em http://www.ipcc.ch/

Fig. 141 - Evolução da concentração do CO2 em Mauna Loa. Fonte: NOAA.

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sexta-feira, novembro 21, 2008

Comparação das temperaturas

Quando se discute a evolução das temperaturas médias globais, os alarmistas têm uma especial tendência para escolher os dados que melhor convêm aos seus pontos de vista.

Comparemos quatro bases de dados predominantes, actualizadas ao valor de Outubro de 2008. É o que se faz na Fig. 140 onde as linhas finas representam as médias mensais e as cheias as médias móveis de 12 meses.

As curvas a vermelho e a laranja foram estabelecidas pelas bases de dados – termómetros – compiladas pela NASA (Hansen et al.), de origem norte-americana, e pelo Met Office (HadCRU de Jones et al.), com origem no Reino Unido.

As curvas a verde e a azul foram estabelecidas pelas bases de dados do mesmo satélite compiladas pela Universidade de Alabama (Spencer et al.) e Remote Sensor Systems, de origem norte-americana.

Os valores da NASA (Hansen et al.) estão por cima de todos os outros. Os do Met Office (HadCRU de Jones et al.) encontram-se entre aqueles e os dos satélites. Estes situam-se por baixo e sobrepõem-se nas médias móveis (curva a traço cheio).

Todas as médias móveis apresentam oscilações semelhantes a uma espécie de montanha-russa. Igualmente, neste tipo de médias, a evolução mais recente é de decrescimento acentuado das temperaturas para qualquer das quatro bases de dados.

Quem quiser escolher está à vontade. Mas resta uma pergunta: - Qual é a semelhança entre esta realidade e as previsões dos modelos, partindo do princípio de que as emissões e concentrações de dióxido de carbono estão sempre a crescer?

Nota: O traçado destas curvas deve-se ao cientista André Bijkerk.
Fontes: NASA , UAH , RSS , Met Office .

Fig. 140 - Anomalias das temp. méd. globais (ºC). Comparação entre 4 bases de dados. Fontes: NASA, UAH, RSS, Met Office.

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quarta-feira, novembro 19, 2008

O misterioso Outubro de 2008

O meteorologista brasileiro Eugenio Jaeckel Hackbart – referido várias vezes no MC – é um cientista sério. Como tal, temos a obrigação de ler os seus textos com a atenção que merece. É o que vamos fazer seguidamente com um artigo que publicou no blogue ICECAP e que transcrevemos com a devida vénia.

October’s Temperature Discrepencies

By Eugenio Hackbart, METSUL

I read all this week with great attention all the discussion regarding the temperature data from NASA’s GISS and other sources. If the exact dimension of the positive anomaly in Russia can be disputed, there is no doubt October was much warmer than average in that region. Russian press reported it was the warmest October on record in Moscow:

MOSCOW, November 1 (RIA Novosti) - October was the warmest on record in Moscow with an average temperature of over 9 degrees Celsius (48.2 degree Fahrenheit), the Russian meteorological website reported on Saturday. The previous record of 8.9 degree Celsius (48 degree Fahrenheit) was registered in October 1967. On the last day of October, the weather was unusually warm across many Russian regions, setting numerous records, including in the Moscow Region where temperatures reached 13.2 degree Celsius (55.8 degree Fahrenheit) and Russia's second largest city of St. Petersburg, where similar temperatures were recorded. The usual average temperature for October in Moscow is 4.3 degree Celsius (39.7 degree Fahrenheit). The coldest-ever October in Moscow was registered in 1976, with average temperature of -0.8 degree Celsius (30.6 degree Fahrenheit). Numerous temperature records have been broken in Moscow in recent years. January 2008 was the mildest since records began 130 years ago. 2007 was the warmest year in one and a half centuries for Russia.

October was also the warmest on record for Hong Kong in East Asia with the highest average for the tenth month of the year since 1884:

Last month was the warmest October since records began in 1884, with a monthly mean temperature of 26.5 degrees Celsius, 0.1 degree higher than the 26.4 degrees recorded in 1983 and 2006. The Hong Kong Observatory said the northeast monsoon during the month was weak, resulting in cooler air failing to reach the south China coastal areas. The 1971-2000 climatological record shows there are on average about six days with a minimum temperature of below 22 degrees in October. However, not a single day this October was below 22 degrees. The record-breaking temperature also reflects to a certain extent the long-term warming trend in Hong Kong, the observatory said. The monthly mean October temperatures in the past 50 years showed a rising trend of about 0.2 degree each decade and half of the 10 warmest Octobers occurred in the past decade.

The October global temperature discussions once more reveal how unreliable all these metrics are. In fact, I suggest the reading of a very interesting post I read this week at Climate Skeptic exactly on this matter.

I tell my listeners and reader over here in Southern Brazil that October was near average globally (UAH data), but in the next day there is a report on the papers and on television that the month was the warmest on record on Earth. Of course, the average listener and reader start to question where my first information was correct. NASA is contracting the
information from the day before. Try to tell people that the agency that has sent the man to the moon cannot measure the temperature on Earth correctly and you get a credibility problem with regular people. But the readers of ICECAP are not regular people and they know NASA, in fact, had some serious problems.

Every month, I take a look at these global maps not only to track the planet trend, but also to compare with my local reality. It is common to see very important discrepancies. I believe much of you do the same and have reached the same conclusion. If Steve McIntyre was surprised to see the warmer than average October in Toronto, I can say the same on Rio Grande do Sul. Both GISS and Met Office data for last month indicated a warmer than average October in Rio Grande do Sul, the southernmost state of Brazil where I live. Take a look at the circles in the maps: (vide mapas no original, sff).

In fact, October was not 1C warmer than average here. It was very close to the average with some minor positive or negative deviations, depending on the station. It was a very wet month with a cold start. Both conditions prevented a large positive anomaly as depicted by GISS and the Met Office. For this matter, take a look at the maps for October in Brazil with the anomalies for low temperature (minima) and high (maxima). The maps were generated early this month by the officials Brazilian weather bureaus: Cptec and Inmet.

Temperature in the metropolitan area of Porto Alegre (4 million people) was 0.1 below average last month, but the same area appears in the map as above average. The truth it was a mild and comfortable October over here with few very warm days. I am sure the same discrepancies with local reality can be found in many other areas in the world. For that and other reasons, I still believe UAH and RSS are much more reliable. At least they do not have almost the entire African continent in gray.

Dos mapas que Eugenio Hackbart apresenta no seu artigo, salientamos o da Fig. 139. Este mapa é elucidativo. Além das críticas pertinentes do autor do artigo acabado de transcrever, esta figura merece mais algumas reflexões.

Passando por cima das dúvidas acerca da informação fornecida por James E. Hansen (vide post anterior), a Fig. 139 levanta muitas mais dúvidas.

Assim, parece estranho que o dióxido de carbono tenha atacado a Sibéria e deixado em paz a Península Ibérica? Mas que efeito tão esquisito é este que não se distribui homogeneamente pelo Globo?

Sem ter conhecimento das cartas sinópticas da Sibéria não é possível tirar quaisquer conclusões do que aconteceu nesta região. A pesquisa efectuada na net não permitiu obter a informação desejada.

No entanto, a Universidade do Reno permite-nos analisar as cartas sinópticas da região de Moscovo. Deste modo, entre 1 e 31 de Outubro de 2008, as temperaturas de Moscovo foram sucessivamente (em ºC, às 12 horas UTC, a 2 metros do solo):

12, 12, 14, 16, 15, 15, 11, 11, 5, 6, 7, 8, 10, 8, 9, 9, 8, 8, 6, 6, 7, 9, 7, 5, 5, 5, 7, 5, 7, 8, 9.

Mas, o que muito é importante, as pressões atmosféricas situaram-se quase sempre nos valores elevados de 1020 hPa (hectopascais), com um núcleo H (high, alta pressão em inglês) a rondar a região de Moscovo. A excepção foi a menor pressão dos 1000 hPa a 1010 hPa de 17 e 18 de Outubro.

Está, pois, explicada a situação da região de Moscovo. Foram as altas pressões que se responsabilizaram por um Outubro agradabilíssimo para os moscovitas. Nada de anormal no reino dos czares. Os conhecidos anticiclones móveis polares aglutinaram-se perante o obstáculo do anticiclone siberiano.

Claro que os media já estão a explorar a situação no mau sentido. O USA Today é um exemplo característico. Repete-se a história do Verão quente de 2003 na Europa.

Fig. 139 - Anomalias das temperaturas de Outubro de 2008. Fonte: Hackbart. GISS-NASA.

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terça-feira, novembro 18, 2008

A polémica temperatura de Outubro de 2008

De acordo com o GISS, a anomalia de Outubro de 2008 foi de + 0,64 ºC (valor registado hoje, dia 18 de Novembro de 2008). Esta anomalia corresponderia ao 5º mês de Outubro mais quente desde 1880, conforme a base de dados do GISS.

Mas, de acordo com a UAH a anomalia de Outubro de 2008 foi de + 0,167 ºC, ou seja, aproximadamente,+ 0,17 ºC. Corresponde ao mês mais frio do século XXI ou ao 12 º mais quente desde o início das observações dos satélites (na base de dados UAH).

Deste modo, conforme se observa na Fig. 138, mantém-se a tendência decrescente das temperaturas observadas pelos satélites.

Como se sabe, as metodologias para se obter estes valores tão díspares são completamente diferentes. O GISS usa medições terrestres com termómetros. A UAH utiliza medições troposféricas com radiómetros montados em satélites.

Qual dos valores está certo? A métrica do GISS tem atrás de si James Hansen considerado pelos cépticos como o líder dos alarmistas. A da UAH é controlada por John Christy considerado pelos alarmistas como um super-céptico.

Os media, claro, adoptam os valores do GISS. Vão, por esse motivo, alarmar como é hábito sem verificar onde está a justificação para se obter o valor de + 0,64 ºC. Nem devem aceitar a ideia que os satélites contradizem esta conclusão.

A ironia é que o maior oponente das observações realizadas pelos satélites é precisamente James Hansen, director do … Goddard Institute for Space Studies, da … NASA.

Ou seja, um instituto da NASA que tem como objectivo estudar o espaço despreza os satélites que andam no espaço a favor de termómetros que estão no chão…
_____________

GISS – Goddard Institute for Space Studies
UAH – University of Alabama in Huntsville
NASA – National Aeronautics and Space Administration

Fig. 138 - Outubro de 2008. Temp. méd. global. Fonte: UAH.

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segunda-feira, novembro 17, 2008

As trapalhadas de James E. Hansen

O meteorologista Anthony Watts desde longa data que se tem ocupado da qualidade da informação das temperaturas medidas com termómetros, tanto nos EUA como no resto do Mundo.

Os problemas que ele tem detectado estão relacionados com a colocação dos equipamentos de medida. Muitos deles estão situados em locais incríveis como seja junto de saídas de ar quente de instalações industriais.

Estes erros desacreditam os serviços responsáveis pela recolha de dados, nomeadamente dos EUA. Mas também desacreditam a NASA quanto à base de dados internacionais. Neste caso é o GISS – Goddard Institute for Space Studies que está na berlinda.

E o principal responsável do GISS é o dr. James Earl Hansen. Hansen já foi considerado um cientista com crédito mas tem vindo a perdê-lo ao se tornar um destacado militante do movimento ambientalista radical.

Steve McIntyre tem acompanhado esta saga de erros sobre erros do GISS. Convida-se pois os leitores a acompanhar a mais recente polémica entre Anthony Watts e Steve McIntyre, por um lado, e o GISS, por outro.

O GISS tem estado debaixo de fogo, de tal ordem que se viu obrigado, excepcionalmente, a publicar três notas seguidas, entre 11 e 13 de Novembro, tentando desculpar-se dos graves erros que a sua base de dados contém. Ei-las:

«Latest News

2008-11-11: Most data posted yesterday were replaced by the data posted last month since it looks like some mishap might have occurred when NOAA updated their GHCN data. We will postpone updating this web site until we get confirmation from NOAA that their updating programs worked properly. Because today is a Federal Holiday, some pages are still showing yesterday's data.

2008-11-12: It seems that one of the sources sent September data rather than October data. Corrected GHCN files were created by NOAA. Due to network maintenance, we were only able to download our basic file late today. We redid the analysis - thanks to the many people who noticed and informed us of that problem.

2008-11-13: NOAA combined the data it obtained from their various sources into another, slightly differing version of v2.mean. We ran our analysis again based on this new file; you may have to clear your buffer to see the updated results

A grande bronca actual situa-se em valores das temperaturas da Rússia, nomeadamente, da Sibéria, que se medem, inclusivamente, em estações situadas em povoações aquecidas com redes de distribuição de calor a distância (district heating system).

A trapalhada é tão grande que o melhor é os leitores seguiram a polémica nas próprias fontes: Steve McIntyre e Anthony Watts. [Foram colocados na barra da direita links para estes importantes blogues.]

O que é mais interessante é que Anthony Watts e Steve McIntyre ao olharem para os valores anunciados para as temperaturas detectaram imediatamente que havia um problema. E eles não possuem meios semelhantes aos potentíssimos da NASA.

Os responsáveis do GISS (James Hansen, Gavin Schmidt, etc.) que classificam aqueles cientistas, e outros que os contradizem, como “negacionistas”, “flat earthers” e, até, “niilistas” deviam aprender a ter mais respeito pelos seus colegas.

Já há quem pergunte: – que garantias Hansen e Gavin dão à qualidade da base de dados do GISS relativamente a possíveis erros semelhantes cometidos anteriormente?

sexta-feira, novembro 14, 2008

A “bomba” de metano

A imaginação dos alarmistas climáticos é fértil em arranjar motivos de alarme. Lançam uma atoarda, escrita ou falada, sem justificação plausível, com a maior das naturalidades. E os media aproveitam mais um furo jornalístico para atemorizar e desinformar a opinião pública.

Repete-se a atoarda e, a páginas tantas, até parece que se trata de uma verdade científica. Tem sido assim, tanto no que respeita ao Árctico como ao Antárctico.

A última moda é a da “bomba-com-retardador do metano existente no Árctico”. Como seria de esperar esta moda foi prontamente adoptada pelos alarmistas da nossa praça. Por exemplo, Carlos Pimenta, também conhecido como empresário da energia eólica, foi expedito a referir essa “ameaça” quando entrevistado no programa “A Voz do Cidadão”, de que já aqui demos conta.

O editor do MC aproveitou a recente publicação de um artigo sobre a matéria para consultar vários especialistas através de um forum internacional de que faz parte.

Eis pois esse artigo, no original, em inglês, tendo sido referenciadas, mediante numeração entre parêntesis rectos, as passagens que mereceram os comentários do meteorologista sueco Hans Jelbring apresentados na parte final.

Exclusive: The methane time bomb

By Steve Connor, Science Editor
Tuesday, 23 September 2008

Arctic scientists discover new global warming threat as melting permafrost releases millions of tons of a gas 20 times more damaging than carbon dioxide. [1]

Preliminary findings suggest that massive deposits of subsea methane are bubbling to the surface as the Arctic region becomes warmer and its ice retreats. [2]

The first evidence [3] that millions of tons of a greenhouse gas 20 times more potent than carbon dioxide [4] is being released into the atmosphere from beneath the Arctic seabed has been discovered by scientists. [5]

The Independent has been passed details of preliminary findings suggesting that massive deposits of sub-sea methane are bubbling to the surface as the Arctic region becomes warmer and its ice retreats.

Underground stores of methane are important because scientists believe their sudden release has in the past been responsible for rapid increases in global temperatures, dramatic changes to the climate, and even the mass extinction of species. [6]

Scientists aboard a research ship that has sailed the entire length of Russia's northern coast have discovered intense concentrations of methane – sometimes at up to 100 times background levels – over several areas covering thousands of square miles of the Siberian continental shelf. [7]

In the past few days, the researchers have seen areas of sea foaming with gas bubbling up through "methane chimneys" rising from the sea floor. They believe that the sub-sea layer of permafrost, which has acted like a "lid" to prevent the gas from escaping, has melted away to allow methane to rise from underground deposits formed before the last ice age. They have warned that this is likely to be linked with the rapid warming that the region has experienced in recent years. [8]

Methane is about 20 times more powerful [9] as a greenhouse gas than carbon dioxide and many scientists fear [10] that its release could accelerate global warming in a giant positive feedback [11] where more atmospheric methane causes higher temperatures, leading to further permafrost melting and the release of yet more methane.

The amount of methane stored beneath the Arctic is calculated to be greater than the total amount of carbon locked up in global coal reserves so there is intense interest in the stability of these deposits as the region warms at a faster rate than other places on earth. [12]

Orjan Gustafsson of Stockholm University in Sweden, one of the leaders of the expedition, described the scale of the methane emissions in an email exchange sent from the Russian research ship Jacob Smirnitskyi.

"We had a hectic finishing of the sampling programme yesterday and this past night," said Dr Gustafsson. "An extensive area of intense methane release was found. At earlier sites we had found elevated levels of dissolved methane. Yesterday, for the first time, we documented a field where the release was so intense that the methane did not have time to dissolve into the seawater but was rising as methane bubbles to the sea surface. These 'methane chimneys' were documented on echo sounder and with seismic [instruments]."

At some locations, methane concentrations reached 100 times background levels. These anomalies have been seen in the East Siberian Sea and the Laptev Sea, covering several tens of thousands of square kilometres, amounting to millions of tons of methane, said Dr Gustafsson. "This may be of the same magnitude as presently estimated from the global ocean," he said. "Nobody knows how many more such areas exist on the extensive East Siberian continental shelves. [13]

"The conventional thought has been that the permafrost 'lid' on the sub-sea sediments on the Siberian shelf should cap and hold the massive reservoirs of shallow methane deposits in place. The growing evidence for release of methane in this inaccessible region may suggest that the permafrost lid is starting to get perforated and thus leak methane... The permafrost now has small holes. We have found elevated levels of methane above the water surface and even more in the water just below. It is obvious that the source is the seabed." [14]

The preliminary findings of the International Siberian Shelf Study 2008, being prepared for publication by the American Geophysical Union, are being overseen by Igor Semiletov of the Far-Eastern branch of the Russian Academy of Sciences. Since 1994, he has led about 10 expeditions in the Laptev Sea but during the 1990s he did not detect any elevated levels of methane. However, since 2003 he reported a rising number of methane "hotspots", which have now been confirmed using more sensitive instruments on board the Jacob Smirnitskyi.

Dr. Semiletov has suggested several possible reasons why methane is now being released from the Arctic, including the rising volume of relatively warmer water being discharged from Siberia's rivers due to the melting of the permafrost on the land. [15]

The Arctic region as a whole has seen a 4 ºC rise in average temperatures [16] over recent decades and a dramatic decline in the area of the Arctic Ocean covered by summer sea ice. Many scientists fear [17] that the loss of sea ice could accelerate the warming trend because open ocean soaks up more heat [18] from the sun than the reflective surface of an ice-covered sea. [19]

Eis agora os comentários do meteorologista sueco Hans Jelbring :

[1] - This “new” time bomb is released every winter with maximum emissions during winter time (dec-mars). There is nothing new and the release rate is stabilizing or diminishing since about 1999.

[2] - It does not depend on any ice retreat and why should it? Subsea temperature will be about the same, regardless of a diminishing ice cover.

[3] - It takes ignorance to claim this.

[4] - This is relating to calculations from James Hansen that has been approved by IPCC. I have seen the figure 20-40 times as potent by ppmv that is. There exists no verification of this statement. Only modeling based of a number of different assumptions.

[5] - It can be mentioned that the existence of enormous amounts of clathrates (methane ice that can be stable up to +5 ºC) have been known for decades and has been used in scare mongering, too.

[6] - There are spikes in methane and carbon dioxide during certain periods and especially during warming periods. It is quite natural that decomposition of organic matter produce CO2, methane and CO. The biota in northern Canada and Siberia accumulate during normal conditions and a faster decomposition will occur during warmer periods (See attachment).

[7] - This should be expected.

[8] - The northern hemisphere has warmed more than the southern one lately. There is a passage in my thesis treating the reason which I called subsidence energy. Air masses is brought from the SH occasionally from dec-mars via air from SH. The energy does not go in the opposite direction and the amplitude is quasi cyclic. There is probably a connection with the production rate of Mobile Polar Highs and the path they move.

[9] - Unverified assumption and it does not matter anyway since greenhouse gases do little to increase temperature.

[10] - Those who do not consider facts.

[11] - Fantasy construction with no verification in sight.

[12] - The amount means that the clathrates have come back in a new disguise. They are stable some hundreds meters below the ocean floor. This issue has been treated carefully although “blow ups” have been found relating to earth quakes or land slates (along coastal areas).

[13] - Well, the emissions into the atmosphere are known since at least +20 years in many locations. This is one reason why NH polar areas have 10 % higher concentrations than SH locations.

[14] - Measurement in Barrow shows that the emissions are not continuous but very varying from time to time with occasional outbreaks. Wetlands are also a source.

[15] - As I already said, the overall methane emission has stabilized or is declining whatever they have found.

[16] - Come on! Warm winters, that dominate the increase, are still far below 0 ºC and the sea along the coast is frozen.

[17] - Fantastic reference!

[18] - Correct, but solar irradiation has hard to enter the sea when the incidence angle is small and there are few sunny days up there.

[19] - This is the type of “scientific” articles I am so tired of reading.
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Fonte: The Independent.

quinta-feira, novembro 13, 2008

Temperaturas medidas com termómetros

O físico checo Luboš Motl publicou uma nota testemunhando mais um erro do GISS – Goddard Institute for Space Studies. O erro foi descoberto no relatório de Outubro de 2008, deste instituto da NASA.

Leia-se o que diz Luboš no seu blog:

“Hansen: Russia's anomaly warms by 25 degrees F a month

While the satellite data indicate that the October anomaly was cooler than in the previous month, James Hansen's GISS … claims that it was a whopping 0.28 °C warmer than in September 2008, reaching the third warmest temperature anomaly ever (after Jan 2007 and Feb 1998).

Because it seems somewhat surprising to accumulate a discrepancy of more than 0.3 °C between two methodologies in as little as one month, Steve McIntyre looked at more detailed data leading to the GISS's final figure.

What he and a reader found was that the GISS October absolute temperature reading from 10 Russian and post-Soviet stations coincided with the figure from the previous month, September 2008. That's quite shocking because October is almost always 12 °C cooler than the previous September.

These numbers from Olenek, Russia are particularly telling:

Year : JUL : AUG : SEP : OCT : NOV : DEC
2006 :16.9 : 11.5 : 4.4 : -14.6 : -27.7 : -29.1
2007 :13.5 : 11.3 : 3.1 : -9.0 : -24.8 : 999.9
2008 :13.1 : 12.1 : 3.1 : 3.1 : 999.9 : 999.9

Ignore the 999.9 °C temperature from December 2007 (even though Hansen's Al Gore Rhythm may count is as a real number) and check that October 2008 happened to be exactly as warm as September 2008 which happened to be exactly as warm as September 2007.

October 2008 "was" 12.1 °C warmer than October 2007 and 17.7 °C warmer than October 2006. Not bad. If you ask whether it is a coincidence and suggest that the October was really hot in Olenek, let me tell you that 10 post-Soviet stations have the same "Sep=Oct" coincidence.

Indeed, September 2008 is their hottest October on record. The October temperature +3.1 °C in Olenek doesn't look quite consistent with the current temperature in Olenek which is -28 °C when I am writing this sentence. It is predicted to drop to -33 °C on the Day After Tomorrow.”

Entretanto, a equipa de James Hansen corrigiu a curva das temperaturas depois de conhecer as críticas. Por outro lado, sabe-se que as temperaturas de Olenek têm originado vários erros como ser pode ler no blog “Errors in IPCC climate science”.

As temperaturas medidas com termómetros são susceptíveis de mais erros frequentes e apresentam menor grau de confiança do que as medidas pelos satélites. Além de que têm uma distribuição espacial não homogénea. Não cobrem convenientemente o Globo, nomeadamente os Pólos.

Os radiómetros dos satélites têm problemas de calibração e orientação em relação aos raios solares mas que se resolvem, normalmente, com mais facilidade.

Resume-se seguidamente as principais origens, países e tipos de medição das temperaturas médias globais. Recorde-se que estas temperaturas têm, essencialmente, significado estatístico.

Origem :País :Tipo
HadCRUT3v :Reino Unido :termómetros de superfície
GISS (NASA) :EUA :idem
NOAA :EUA :id.
RSS :EUA :radiómetros de troposfera
UAH :EUA :idem

Com:

HadCRUT3v – Hadley (Center) Climatic Research Unit (versão T3v)
GISS – Goddard Institute for Space Studies
NASA – National Aeronautics and Space Administration
NOAA – National Oceanic and Atmospheric Administration
RSS – Rotating Shadowband Spectrometer
UAH – University of Alabama in Huntsville.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Arrefecimento quase-global nos EUA

A NOAA publicou o mapa da Fig. 137 com o resultado das temperaturas médias de cada Estado norte-americano verificadas em 2008, desde Janeiro a Outubro.

Apenas se nota ar quente à volta de Washington, D.C. (vermelho). Talvez fosse devido ao esforço desenvolvido no combate às alterações climáticas pelos lóbis alarmistas do clima, que se concentram na capital.

Destacam-se os Estados onde as temperaturas se situaram abaixo do normal (azul claro). O Estado onde trabalham os colaboradores de Bill Gates bateu o recorde de frio (azul muito escuro). Muitos outros estiveram com temperaturas abaixo do normal (azul escuro).

O sr. Rajendra Pachauri, Chairman do IPCC, deveria tomar conhecimento deste mapa antes de andar a mentir por esse mundo a fora. E os seus émulos nacionais deveriam arrepender-se de mentir cá dentro.

Fig. 137 - Arrefecimento nos EUA. Fonte: NOAA.

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terça-feira, novembro 11, 2008

Verão de S. Martinho

Praticamente, desde o início de Novembro de 2008 que se formou uma estabilidade anticiclónica (EA) sobre a Península Ibérica. Os anticiclones móveis polares (AMP) que têm saído do Árctico seguiram uma trajectória escandinava lá por cima da Europa.

A Península ficou com ar anticiclónico que se estabilizou. Os canais depressionários não a têm sobrevoado. Esta EA foi a antevisão do Verão de S. Martinho para espanhóis e portugueses.

A Península Ibérica tem estado quase toda desimpedida de nebulosidade como se vê na Fig. 136, a título de exemplo deste período. Na figura estão indicadas as características da imagem obtida pelo satélite NOAA18.

Na Península tem prevalecido, desde o início do mês, uma aglutinação anticiclónica (AA) com ar anticiclónico encaixado numa espécie de concha formada pelos edifícios geográficos da Península e do Atlas no Norte de África.

As eólicas sofreram as consequências deste tempo óptimo, luminoso, quase sem vento. Pouco têm produzido durante o mês de Novembro. Devem reanimar dentro de pouco tempo.

Hoje, dia 11, às 17 horas, está previsto o rompimento desta AA. Ou seja, no próprio dia de S. Martinho interrompe-se o seu Verão. Mas isso não impede que se avance com as castanhas assadas acompanhadas pelo vinho fino para comemorar esta dádiva da Natureza.

De certo modo, é este o segredo dos Verões de S. Martinho quando os AMP começam a subir a sua trajectória devido ao aumento da sua potência. Vão por aí fora e até podem provocar estragos no Tibete como já aconteceu em finais de Outubro.

Fig. 136 - Península Ibérica desimpedida. Fonte: Meteo France.

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A maioria dos californianos disse não

O acto eleitoral para a presidência dos EUA, do dia 4 de Novembro de 2008, foi acompanhado de um certo número de referendos diferentes efectuados nos Estados. Na Califórnia os eleitores podiam votar várias propostas que o governador Arnold Schwarzenegger adicionou ao voto presidencial.

Duas delas relacionavam-se com o que se convencionou designar como “luta contra as alterações climáticas”. Eram as propostas 7 e 10, em que os californianos tinham de decidir relativamente ao financiamento da investigação e implementação de energias renováveis.

Na proposta 7 pretendia-se acrescentar todos os anos 2 % da produção de electricidade, de empresas de serviço público (Pacific Gas & Electric Company e Southern California Edison), através de energias renováveis. O objectivo final seria produzir electricidade por meio de energias renováveis até 40 %, em 2020, e 50 %, em 2025.

Um tal programa custaria 3,4 mil milhões de dólares por ano pagos pelo orçamento do Estado governado por Arnold Schwarzenegger, ou seja pelos contribuintes californianos. Além disso, os consumidores passariam a pagar uma conta de electricidade acrescida.

Actualmente, só 13 % da electricidade californiana provém da energia eólica e da energia solar. Anteriormente, o Estado tinha como objectivo subir esta percentagem até 20 % já em 2010, embora tivesse consciência da dificuldade de alcançar esta meta.

A outra proposta, registada com o número 10 nos boletins de voto, previa um financiamento de 5 mil milhões de dólares destinados à investigação de energias renováveis. Como sempre, era com o “pêlo do mesmo cão” que se investiria nesse programa.

A investigação seria voltada para a energia solar e para veículos movidos a energias ditas alternativas (designação sem sentido científico). Esta medida arrastaria o aumento do preço dos automóveis, das licenças de condução e das taxas de circulação.

Os californianos chumbaram ambas as propostas com os seguintes resultados:

Proposta 7..........Não: 64,9 % -- Sim: 35,1 %
Proposta 10........Não: 59,7 % -- Sim: 40,3 %


A proposta 7 não obteve a maioria em nenhum dos condados em que se divide administrativamente o Estado californiano. A proposta 10 obteve a maioria em apenas um dos condados (52 % sim e 48 % não).

Pode-se imaginar a consternação de Arnold Schwarzenegger e dos seus assessores, entre os quais se contava a elite de alarmistas da Universidade de Stanford (Donald Kennedy, Stephen Schneider, Paul Ehrlich, etc.).

O resultado é tanto mais surpreendente quanto se sabe que a Califórnia reúne o maior número de intelectuais (universidades, centros de investigação, empresas hightec, etc.) por unidade de superfície de todos os Estados norte-americanos, os quais são ludibriados pelos alarmistas com o estafado argumento de que o CO2 é um gás com efeito de estufa (o que não é mentira, mas o argumento é estafado porque o efeito de estufa do CO2 com origem antropogénica não tem as consequências catastróficas que os alarmistas preconizam).

Além disso, é neste Estado que se encontram os estúdios de cinema com as suas estrelas a apelaram ao voto Sim para salvar o planeta (Madonna, Leonardo di Caprio, Clint Eastwood, John Travolta, etc.). Os artistas também são facilmente enganados pelos alarmistas.

Este resultado, sem apelo nem agravo, surpreendeu os especialistas de sondagens que previam o contrário. Foi também uma enorme derrota para a quase totalidade dos media. Tanto para os locais como para os nacionais. Os media são largamente responsáveis pela desinformação geral que reina nestas matérias.

Muito recentemente, nas eleições para a Câmara de deputados do Canadá verificou-se, igualmente, uma derrota histórica dos alarmistas do partido chefiado por Stéphane Dion. Stéphane propunha-se também salvar o planeta com o slogan de Al Gore, “Cap and Trade” – cortar e negociar emissões. Os canadianos negaram a entrada no Parlamento de qualquer alarmista deste partido!

De assinalar que, uma vez mais, a comunicação social portuguesa não deu qualquer relevo a nenhum destes acontecimentos, claramente inconvenientes para a posição dos alarmistas climáticos. Tal atitude não pode resultar apenas de simples facciosismo. A comunicação social portuguesa é, obviamente, manipulada pelos alarmistas.

Ver resultados da Califórnia: Los Angeles Times.
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Fontes: Enerzine.com e Reuters.com

domingo, novembro 09, 2008

O humor climático do IPCC

Um exemplo de humor de fino recorte é dado no blog Watts Up With That? com o enorme título Truly inconvenient truths about climate change being ignored: IPCC’s Pachauri says “warming is taking place at a much faster rate”.

Não importa que os factos mostrem o contrário, isto é, que os gráficos de temperaturas evidenciem um patamar nos últimos sete anos, ou mesmo um acentuado arrefecimento como se observou no ano passado e continua este ano.

Não se trata de opiniões, mas de factos, ilustrados por dados que podem ser consultados nas fontes, tais como o Hadley Centre – associado ao Met Office, serviço oficial de meteorologia do Reino Unido – que serve de base à propaganda do IPCC.

Nada disto importa. Para o honorável Rajendra Pachauri, Chairman do IPCC, o aquecimento está a verificar-se a um ritmo cada vez maior. Mais grave ainda, Rajendra apresentou um gráfico com temperaturas sempre a subir, mesmo em 2008.

Os alarmistas climáticos nacionais já aderiram a este género de humor. Para eles também as mudanças estão a verificar-se a um ritmo muito superior ao que se esperava. Chamem-lhes tolos.

Em tempos de crise financeira já perceberam que existe um risco sério de os governos lhes fecharem as torneiras. Torna-se necessário aumentar o nível de alarme.

Ainda que provisório, o valor da anomalia da temperatura média global de Outubro de 2008 foi, de acordo com radiómetros instalados nos satélites, igual a – 0,3 ºC.

Significaria, a confirmar-se este valor, que as anomalias actuais se situam abaixo de todas as que se verificaram desde 1979 – data do início das medições realizadas por satélites – com excepção das do final do ano 1984 em que roçaram o valor – 0,4 ºC.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Morreu Michael Crichton, autor de Parque Jurássico

Por Jorge Pacheco de Oliveira

Embora mais conhecido através dos seus livros "techno-thrillers", entre os quais o do Parque Jurássico, Michael Crichton foi também um grande opositor das teses do aquecimento global. O seu último livro, “State of Fear”, versa precisamente este tema e, como seria de esperar, valeu-lhe um coro de críticas.

Todavia, através de outras intervenções públicas, Michael Crichton explicou muito bem a sua posição e não se cansou de chamar a atenção para os perigos da politização da Ciência, uma ameaça que ele claramente encontrava na corrente alarmista do aquecimento global. Não estava sozinho.

Michael Crichton chega a comparar a teoria do aquecimento global ao advento da eugenia, o estudo da hereditariedade humana na perspectiva das condições que melhor podem favorecer o “aperfeiçoamento da raça”, uma filosofia que se tornou moda durante as primeiras décadas do século XX.

Como recorda Michael Crichton, a eugenia foi suportada por políticos como Theodore Roosevelt, Woodrow Wilson e Winston Churchill ; por juízes do Supremo Tribunal, como Oliver Wendell Holmes e Louis Brandeis, que legislaram a favor daquela teoria ; por outros nomes famosos como Alexander Graham Bell, inventor do telefone ; Margaret Sanger, activista ; Luther Burbank, botânico ; Leland Stanford, fundador da Stanford University ; H. G. Wells, novelista ; George Bernard Shaw, dramaturgo ; e centenas de outras personalidades, incluindo laureados com o Prémio Nobel …

A pesquisa sobre a eugenia foi suportada pelas Fundações Carnegie e Rockefeller. O Instituto Cold Springs Harbor foi construído para levar a cabo investigações sobre a eugenia, mas outros importantes trabalhos foram efectuados em Harvard, Yale, Princeton, Stanford e Johns Hopkins.

Todo este esforço científico teve o suporte da Academy of Sciences, da American Medical Association e do National Research Council. Chegou a ser dito que se Jesus fosse vivo, ele próprio teria apoiado todo este esforço.

A pesquisa, a produção de legislação e a manipulação da opinião pública acerca da eugenia prolongaram-se ao longo de quase meio século. Os que se opunham à teoria eram apelidados de reaccionários, cegos à realidade, ou puros ignorantes.

Torna-se surpreendente que tão poucas pessoas se tenham oposto àquela teoria, que hoje se reconhece como pseudo-ciência. As ameaças anunciadas não existiam. As acções levadas a cabo em nome daquela teoria eram moral e criminalmente erradas. Em última análise, levaram à morte de milhões de pessoas. De facto, a eugenia teve resultados práticos dramáticos nas experiências dos nazis, motivo pelo qual, após a 2ª Guerra Mundial, a teoria foi abandonada.

Todavia, tal como acontece hoje com o aquecimento global, a eugenia foi consensualmente aceite e patrocinada por eminentes personalidades políticas e científicas da época. A politização da Ciência é um perigo real. Foi este o importante alerta deixado por Michael Crichton.
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Notícia: PÚBLICO.PT

quarta-feira, novembro 05, 2008

Insolação energética

Aproveita-se uma questão levantada por um leitor para descrever, sumariamente, o mecanismo da insolação energética diária no topo da atmosfera conforme a latitude e o mês do ano, como se vê na Fig. 135.

Considera-se o topo da atmosfera coincidente, aproximadamente, com a tropopausa. Ou seja, como sendo a superfície de descontinuidade entre a troposfera e a estratosfera. A tropopausa situa-se cerca de 50 km acima do nível do mar, em termos médios.

A unidade utilizada na figura é a (cal / cm2) / dia [calorias por centímetro quadrado e por dia]. Tem-se 1 (cal / cm2) / dia equivalente a 0,48 (W / m2) / dia [watts por metro quadrado e por dia].

Verifica-se que o valor máximo da insolação diária nos Pólos excede o dos Trópicos em meados do Verão. Este valor máximo acontece no solstício de Verão.

A figura encontra-se no livro “Climate Change: A Natural Hazard”, de William Kininmonth, pág. 56 (ISBN 0 906522 26 9). Por sua vez, este cientista australiano refere que ela se encontra nas “Smithsonian Tables, 1966”.

Os vários climas do globo devem-se à variação latitudinal da radiação no topo da atmosfera como se encontra traçada na Fig. 135.

As variações mensais e as latitudinais da insolação exibidas na Fig. 135 são consequências da:

- Inclinação, ou obliquidade, do eixo de rotação da Terra, que se apresenta actualmente com um valor cerca de 23,5 º. A forma geométrica do globo terrestre contribui para a variação latitudinal.

- Precessão do eixo de rotação.

- Excentricidade da órbita da Terra em volta do Sol. A Terra está, aproximadamente, mais próxima do Sol no dia 4 de Janeiro de cada ano.

A alternância de seis meses de escuridão em cada Pólo é uma consequência da inclinação do eixo de rotação. A Terra recebe mais radiação solar durante o Verão do Hemisfério Sul do que durante o Verão do Hemisfério Norte.

Cerca de 30 % do total da radiação solar que atinge o topo da atmosfera é reflectida para o espaço pelas nuvens, pelos aerossóis e pela superfície terrestre. A Terra absorve o remanescente da radiação solar.

A atmosfera e os seus constituintes absorvem 20 % da radiação solar. O restante, ou seja 50 % da radiação solar interceptada pela Terra, é absorvido pela superfície do globo terrestre.

Os diferentes géneros de superfície terrestre são determinantes para a absorção e a integração da radiação no sistema climático.

Mais de 70 % da superfície terrestre é formada pelos oceanos. A radiação solar penetra nos oceanos até uma camada da ordem dos cem metros.

A capacidade térmica da camada superficial oceânica é relativamente elevada. A temperatura superficial dos oceanos responde lentamente às variações da insolação, tanto diariamente como sazonalmente.

Em contraste, a radiação solar absorvida pelas superfícies dos solos contribui rapidamente para o aquecimento da superfície. É o que sucede nas ondas de calor (vide Génese das ondas de calor).

Como consequência, a temperatura superficial dos solos responde rapidamente à radiação solar e a energia solar é retida numa camada geralmente não excedendo alguns metros de espessura.

Quando comparada com a superfície dos oceanos a capacidade térmica da superfície dos solos é relativamente pequena. A superfície dos solos aquece rapidamente sob a influência da radiação solar. Também arrefece rapidamente quando se reduz a radiação solar.

As diferentes características das superfícies dos solos e dos oceanos são importantes para se perceber como a energia solar absorvida intervém no sistema climático.

A relativamente pequena capacidade térmica dos solos torna rapidamente disponível a radiação solar que penetra no sistema climático.

Em contraste, a temperatura da superfície dos oceanos responde mais lentamente à energia solar absorvida pelas camadas superficiais dos oceanos.

Assim, as camadas superficiais dos oceanos actuam como um reservatório de energia e são o volante térmico do sistema climático.

Fig. 135 - Insolação diária no topo da atmosfera. Unidade (cal / m2) / dia. Fonte: William Kininmonth.

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terça-feira, novembro 04, 2008

Medo

Em 30 de Outubro de 1938, fez há poucos dias 70 anos, Orson Welles realizou uma adaptação radiofónica do romance “A Guerra dos Mundos”. Os ouvintes pensaram tratar-se de uma reportagem, em directo, de uma invasão marciana e rapidamente estalou o pânico.

Como se depreende, não é muito difícil assustar as pessoas. O medo é um sentimento natural, fortíssimo, essencial à sobrevivência. Não é preciso muito para o suscitar.

Todavia, se a emissão radiofónica de Orson Welles não passou de um episódio inocente, o medo provocado nas populações de todo o mundo pelos alarmistas climáticos é tudo menos inocente.

Neve na Ilha da Madeira

De um leitor:

“Depois de ler o post do Mitos sobre a queda de neve em Londres, gostava de lhe transmitir a informação de que este fim-de-semana estive no Funchal e verifiquei que também na Madeira tinha nevado. Aliás, testemunhei directamente uma forte saraivada no Curral das Freiras, que ocorreu no sábado. No Domingo de manhã via-se, do Funchal, um pico, que julgo ser o do Areeiro, com neve. Em duas viagens de táxi, os motoristas chamaram-me a atenção para o facto de não nevar na ilha desde há 4 ou 5 anos. Mas repare que estamos ainda no princípio de Novembro.”

De facto, não é fácil obter certas informações meteorológicas para Portugal. Seria interessante tomar conhecimento há quanto tempo não neva no Outono da Madeira. Nos Invernos é comum, principalmente, no fim-do-ano.

Do mesmo modo, ainda não foi possível obter resposta relativamente ao ano anterior ao actual com queda de neve na Serra da Estrela num mês de Outubro.

domingo, novembro 02, 2008

Inverno começa mais cedo na Suíça

De acordo com o calendário, o Inverno inicia-se no dia 21 de Dezembro, o dia mais curto do ano. Mas os suíços consideram que o deste ano começou já no dia 31 de Outubro. A queda de neve na Suíça está a bater recordes no Outono.

Os comboios suíços são famosos pela pontualidade das partidas e chegadas. Mas desta vez a neve obrigou a falhas desta característica exemplar. Alguns suíços tiveram de trocar o comboio pelas camionetas. O peso da neve provocou a queda de árvores que cortaram o trânsito de estradas.

De acordo com os serviços meteorológicos suíços, as planícies suíças receberam neve como não acontecia desde 1931. Nas cidades acontece o mesmo. Por exemplo, em Zurique a altura de neve atingiu 20 cm contra os 14 cm de 1939.

Em França verificaram-se grandes quantidades de precipitação que provocaram inundações. As inundações são originadas pela acção de canais depressionários com espessuras superiores à representada na Fig. 134 (cor branca compacta).

Estes acontecimentos provam a situação do Árctico com défice térmico pronunciado. Os anticiclones móveis polares saem do Árctico com grande potência. Esta potência deve-se à elevada densidade do ar frio anticiclónico.

O ar frio muito denso vai "varrendo" o substrato aéreo que encontra pelo caminho. Deste modo, o avanço do ar anticiclónico provoca a formação de massas de ar depressionárias que se elevam na sua frente.