sábado, janeiro 31, 2009

Não existe aquecimento global

(Actualização)

Quem o diz é o Presidente da Republica Checa que actualmente exerce a presidência da União Europeia. Pela primeira vez os políticos de topo de todo o Mundo ouviram a verdade dita por uma voz de peso. Esta voz levantou-se contra o embuste do aquecimento global.

Foi no Fórum económico mundial de Davos, hoje, dia 31 de Janeiro, que Vaclav Klaus se dirigiu directamente a Al Gore – o grande mistificador do clima – e disse que o aquecimento global não existe.

O Le Monde publica na sua edição on-line de hoje a afirmação feita por Vaclav Klaus, em Davos:

"Je ne vois pas de données statistiques" démontrant cela , a déclaré M. Klaus, "je suis désolé de voir que certaines personnes comme Al Gore ne sont pas prêtes à écouter les théories concurrentes" sur le changement climatique. "Le militantisme écologique et l'alarmisme sur le réchauffement climatique sont un défi pour notre liberté, et Al Gore est une personne importante dans ce mouvement", a-t-il ajouté.

O MC, no início de 2009, previu que a mudança da presidência da União Europeia no primeiro semestre deste ano poderia trazer novidades. Realmente, em Davos, Vaclav Klaus - Chefe do Estado-membro que agora preside à União Europeia -, começou a apresentar posições diferenciadas acerca da questão do aquecimento global.

Fonte: Le Monde.

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Alerta laranja estendido a todo o país

Estranha-se que as entidades competentes não expliquem convenientemente a origem real da situação existente em Portugal desde Outubro de 2008. Já estamos em finais de Janeiro de 2009 e as quedas de neve e o mau tempo prolongam-se.

Fala-se em sucessivas superfícies frontais a atravessar o continente. E donde partem essas superfícies frontais? De algum misterioso centro de acção que não se sabe donde fica situado? Não!

As designadas superfícies frontais não são mais do que a frente dos anticiclones móveis polares. E estes partem do Árctico. Mas dizer que partem do Árctico é desmentir a informação ignara que diz que o Árctico está a desaparecer.

Hoje, dia 30 de Janeiro, o Instituto de Meteorologia decidiu estender o alerta laranja a todo o país. Prevê-se queda de neve nas regiões acima dos 500 metros e chuva forte para o sul.

O IM prevê neve em todos os distritos a norte do Mondego para esta tarde, bem como chuva, frio e trovoada um pouco por todo o país no resto desta sexta-feira.

Para sábado, prevê-se a aproximação de mais um anticiclone móvel polar, que arrasta uma depressão acentuada, no final do dia. Deste modo, a chuva deverá voltar em força e prolongar-se pela madrugada de domingo.

A Protecção Civil está particularmente preocupada com a queda de neve no fim-de-semana nas terras altas na noite desta sexta-feira e madrugada de sábado.

Assistimos a uma situação antinómica do cenário de aquecimento global que existe na cabeça dos alarmistas, dos políticos oportunistas e dos burocratas da ONU.

Mau tempo provoca caos em Espanha

O Norte de Espanha continua a ser assolado pelo mau tempo. O centro histórico de Bilbau está inundado. Lojas e empresas foram forçadas a fechar. Na região de Aragão a forte queda de neve obrigou ao encerramento de sete estradas principais.

Fonte: TSF.

quinta-feira, janeiro 29, 2009

O hockey stick do Antárctico

Um estudo de Steig et al., que recentemente causou alarido na comunidade científica e mediática a nível mundial, é já conhecido como o “hockey stick do Antárctico”.

A razão para tal é o facto de um dos autores desse estudo ser Michael Mann, o mesmo que elaborou a tristemente célebre curva que ficou conhecida por hockey stick, um gráfico que pretende descrever as temperaturas dos últimos mil anos, mas que se provou ter sido manipulado por Mann de forma a eliminar acontecimentos como o Período Quente Medieval e, em contrapartida, a acentuar o crescimento da temperatura desde início do século XX, responsabilizando assim o período de desenvolvimento industrial por um alegado aquecimento global de carácter antropogénico.

É lamentável ter de concluir que Michael Mann não hesita em “torturar” os dados até eles “confessarem” o que lhe interessa. Aliás, este trabalho é paradigmático da forma como tem sido difundido o grande embuste do “global warming”.

- Alguns cientistas realizam um estudo com modelos, sem correspondência com a realidade. No caso em apreço trata-se de um modelo de circulação geral, conforme confessam os próprios autores, o que demonstra um profundo desconhecimentos acerca da dinâmica do Antárctico;
- O estudo é publicado numa revista com prestígio, como a Nature;
- Como condição de publicação, o estudo é aprovado pelos peer-reviewers da revista, os quais pertencem ao mesmo grupo de interesses dos autores e são já conhecidos por censurarem artigos que não convêm ao grupo; trata-se de uma prática absolutamente reprovável, que veio lançar suspeitas sobre todo o processo de peer-reviewing;
- Os ditos cientistas promovem uma conferência de imprensa, a que assiste um conjunto vasto de jornalistas que preferem o sensacionalismo ao realismo e à verdade;
- Os jornais de quase todo o mundo difundem a falsidade;
- Mesmo após a denúncia do logro, a notícia não é desmentida pelos jornais e revistas que promoveram a divulgação da trapaça;
- A opinião pública, desinformada e sem capacidade de discernimento, engole a mentira e esta fixa-se no seu subconsciente;
- Os oportunistas aproveitam-se e pressionam os governos para agravarem ainda mais o estado das economias dos seus países e obterem um bom naco de fundos para pseudo-investigação.

O estudo de Steig et al. foi publicado na Nature v457 Issue 7228, pp 459-462, em 22 de Janeiro de 2009. Mediante interpolação de dados retirados de algumas estações terrestres e ajustamento de dados de telemetria de satélites, o estudo afirma, basicamente, que um alegado “significant warming extends well beyond Antarctic Peninsula to cover of West Antarctic”.

Os leitores que têm acompanhado o MC já tiveram oportunidade de se aperceber que a Península do Antárctico é a região do continente do Pólo Sul para onde se encaminha o ar quente importado da região tropical meridional, como contrapartida do ar frio que é exportado pela região central do continente branco sob a forma de anticiclones móveis polares, ejectados de forma aleatória, tal como acontece no Pólo Norte. Não era preciso gastar mais dinheiro para se chegar a uma conclusão destas.

Mas o estudo de Steig et al. diz ainda o seguinte:

Accuracy in the retrieval of ice sheet surface temperatures from satellite infrared data depends on successful cloud masking, which is challenging because of the low contrast in the albedo and emissivity of clouds and the surface. In Comiso (ref. 8), cloud masking was done by a combination of channel differencing and daily differencing, based on the change in observed radiances due to the movement of clouds. Here, we use an additional masking technique in which daily data that differ from the climatological mean by more than some threshold value are assumed to be cloud contaminated and are removed. 20We used a threshold value of 10°C, which produces the best validation statistics in the reconstruction procedure.”

No fundo, o que esta passagem do artigo significa é que Steig et al. eliminaram todos os “satellite infrared data” que não lhes convinham para obterem o resultado que pretendiam.

Esta habilidade, de autênticos prestidigitadores do clima, levanta questões interessantíssimas que deveriam ser respondidas pelos autores antes do estudo poder ser aceite pela comunidade científica, se é que vai sê-lo para além do grupo de interesses respectivo.

Por exemplo, como é que Steig et al. conheciam a “climatological mean” quando é este o parâmetro que eles pretendiam determinar no seu astucioso estudo? E se conheciam a “climatological mean” para que finalidade se lembraram de determinar um parâmetro que já conheciam?

Naturalmente, importa saber como é que os peer-reviewers do estudo de Steig et al. falharam ao não procurar obter uma clarificação dos autores sobre os fundamentos relativos à validade da metodologia por eles utilizada.

Sintomaticamente, a invocação dos peer-reviewers é uma das diatribes do livrinho vermelho dos alarmistas quando querem desmerecer os críticos: “mas ele já publicou algum artigo numa revista com peer-reviewing?”.

Obviamente, as revistas são as que eles acham que merecem crédito. Querem convencer as pessoas de que a ciência se circunscreve ao grupo de interesses que aprova ou reprova os artigos propostos consoante satisfazem ou não os seus objectivos. Os alarmistas desprezam a observação e a experiência. Ou seja, desprezam o método científico.

Os leitores podem ainda ler um relatório do Senado dos EUA sobre mais este triste episódio do embuste do “global warming”. Veja-se a Fig. 157 das temperaturas da estação de Amundsen-Scott, do EUA, no centro do continente Antárctico, que mostra o seu arrefecimento e leiam-se algumas respostas ao artigo da Nature, que errou ao publicar o que afirmou, em News Story e SPPI. Ou ainda ler um resumo bem feito pelo blogue The Real Revo. E ler como Steve MacIntyre faz uma análise profunda, como era de esperar.

A Fig. 157 foi obtida a partir da base de dados da United States Historical Climatology Network (USHCN).

Fig. 157 - Antárctico central. Amudsen-Scott (EUA). Evolução das temperaturas. 1957-2000. Fonte: USHCN.

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terça-feira, janeiro 27, 2009

A recomendação de Bertrand Russell

Por Jorge Pacheco de Oliveira

Num ensaio publicado em 1943, intitulado "An outline of Intellectual Rubbish" (este e outros ensaios estão reunidos no livro “Unpopular Essays”) Bertrand Russell deixa-nos algumas recomendações úteis no sentido de evitarmos várias das opiniões tontas em que humanidade é useira e vezeira.

Russell começa por dizer que, para o efeito, nem sequer é necessário possuir um génio sobre-humano, bastando um conjunto de regras simples para nos livrar, senão de todos os erros, pelo menos dos erros tolos.

Em primeiro lugar, segundo Russell, se o assunto se presta à observação, não há como fazermos a observação por nós próprios. E ironiza com Aristóteles, que podia ter evitado o erro de pensar que as mulheres tinham menos dentes do que os homens, bastando para isso pedir à própria esposa que mantivesse a boca aberta enquanto ele lhe contava os dentes. Mas Aristóteles não procedeu assim porque estava convencido de que já sabia o resultado.

Pensar que sabemos, quando não sabemos, constitui um erro fatal, a que todos estamos sujeitos. Para Russell, os autores antigos e medievais sabiam tudo acerca de unicórnios e salamandras, mas nenhum deles teve a prudência de evitar afirmações dogmáticas acerca de tais seres, pelo simples facto de nunca terem observado nenhum deles.

Mas Russell prossegue alertando para a existência de muitas matérias em que não é assim tão fácil o teste da observação. Se, como acontece com muitas pessoas, alguém se sente firmemente convencido acerca de alguma dessas matérias, ainda assim dispõe de processos para verificar se não estará a ser vítima de parcialidade ou de preconceito.

Com efeito, se uma opinião contrária põe alguém furioso, isso é sinal de que, subconscientemente, não está seguro da sua própria opinião.

E se alguém teima em dizer que dois e dois são cinco, ou que a Islândia fica no equador, o interlocutor poderá sentir-se apiedado, mas não furioso, a menos que saiba tão pouco de aritmética ou de geografia que a afirmação alheia contenda com alguma das suas próprias convicções.

De facto, as mais ferozes controvérsias são aquelas em que não existem provas definitivas em qualquer dos sentidos. A Teologia, por exemplo, dá origem a perseguições, que não se observam na Aritmética, porque neste caso existe conhecimento e na Teologia existe apenas opinião.

Assim, quando alguém sente que começa a ficar furioso com uma opinião diferente da sua, deve ficar alerta. E se fizer uma introspecção, provavelmente descobrirá que alimenta uma convicção que ultrapassa o que pode ser garantido pela prova experimental.

Esta tradução livre de uma passagem contida num ensaio de Bertrand Russell, num blog como o Mitos Climáticos, que encontra a sua principal razão de ser na controvérsia que envolve a teoria do aquecimento global, não é aqui deixada por acaso.

De facto, na controvérsia do aquecimento global são muito frequentes as intervenções de adeptos daquela teoria que revelam uma fúria descontrolada contra os críticos. Há variadíssimos exemplos nas caixas de comentários de outros blogs, em que o insulto descabelado faz parte da argumentação daqueles que estão convencidos de que o planeta vai extinguir-se num tremendo holocausto provocado pelas emissões antropogénicas de dióxido de carbono. A recomendação de Bertrand Russell é-lhes, assim, endereçada, na esperança de que o novo ano possa trazer-lhes mais calma e reflexão.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Neve nos EAU

Ras Al Khaimah - Pela segunda vez na sua história, Jebel Jais foi coberta de neve. Os anticiclones móveis polares viajaram até aos Emiratos Árabes Unidos e despejaram alguma neve.

De acordo com o governo de RAK, as temperaturas em Jebel Jais caíram até - 3 ºC na passada sexta-feira à noite.

A neve com a altura de 10 centímetros cobriu uma extensão de, aproximadamente, cinco quilómetros quadrados.

A neve começou a cair na sexta-feira a meio da tarde, às 15 horas, e prossegiu até à meia-noite.

A neve é tão rara nesta região do globo que não existe uma palavra no dialecto local para traduzir este fenómeno da Natureza.

Os Emiratos Árabes Unidos são uma federação de sete emiratos.

Os portugueses, no século XVI, comandados por Vasco da Gama, estiveram nesta região. Controlaram-na durante 150 anos. Para lá chegar, e no regresso a Portugal, atravessaram o Equador e verificaram como aqui os ventos eram calmos (alisados).

Alisados é o mesmo que alísios. "Os ventos alisados dos dois hemisférios convergem na região equatorial", José Pinto Peixoto, grande mestre universal da Climatologia - Homem, II, p.58.

Fontes: The National UAE, Emiratos Árabes Unidos.
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domingo, janeiro 25, 2009

Seiscentas pessoas resgatadas devido à neve

(Actualização TSF)

Mesmo que não se queira ser repetitivo, é impossível esquecer mais um nevão, em Portugal. Será o sexto em seis semanas. Desta vez a notícia, das 18:10 de hoje, foi dada pela estação de rádio TSF com o título “Seiscentas pessoas resgatadas devido à neve”.

Afirma a TSF: “Nas últimas horas, seis centenas de pessoas foram resgatadas pelos bombeiros e GNR, em várias estradas do país, devido à queda de neve e gelo. Os distritos de Viseu, Aveiro e Guarda são os casos mais complicados… As cerca de 600 pessoas estão a ser resgatadas para os quartéis até que o tempo melhore.”

O erro de Miguel Sousa Tavares

Por Jorge Pacheco de Oliveira

Na edição do semanário Expresso de 24/01/2008, Miguel Sousa Tavares (MST) escreveu um artigo intitulado “O fim de um pesadelo” no qual se congratula pela chegada de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos da América e aproveita a oportunidade para manifestar e justificar toda a sua satisfação e alívio pela saída de George W. Bush.

Entre os vários argumentos de MST contra George Bush, destaco a seguinte passagem do artigo:

Mandou falsificar relatórios científicos sobre o estado alarmante do clima e da poluição à escala planetária para melhor seguir uma política ambiental e energética de predador, em benefício dos seus amigos do petróleo”.

Esta afirmação não corresponde à verdade. Mas antes de aprofundar o meu comentário, devo começar por dizer que simpatizo com MST pela forma corajosa e frontal com que costuma abordar temas polémicos, tanto nos jornais como na televisão, embora nem sempre esteja de acordo com ele.

Para além de outras questões, que não vale a pena agora mencionar, estou em desacordo com MST, obviamente, no que respeita às posições que ele tem revelado em relação à questão do aquecimento global.

Em todo o caso considero que a posição de MST é idêntica à de muitas outras pessoas que, não sendo especialistas, nem tendo interesses pessoais no assunto, estão honestamente convencidas do fundamento da teoria dominante.

De facto, a teoria do anthropogenic global warming é profusamente disseminada pelos órgãos de comunicação social, que não se cansam de referir o suposto consenso de milhares de cientistas, levando muitas pessoas de boa-fé a acreditar que se trata de uma verdadeira teoria científica.

Em consequência, essas pessoas são levadas a sentir uma justificada preocupação relativamente a eventuais e perigosas alterações climáticas provocadas pela acção do Homem, devido à produção de energia com recurso aos combustíveis fósseis.

Todavia, as pessoas de boa-fé não podem adoptar a atitude imprudente de acreditar em tudo o que lhes é apresentado sob a capa de teoria científica. Pela simples razão de que mesmo as verdadeiras teorias científicas estão sujeitas a erro e, acima de tudo, devem ser obrigatoriamente submetidas ao contraditório.

Em particular, quando se observa uma componente de alarmismo na divulgação de qualquer teoria, maiores serão as razões para se ficar de pé atrás. Ao longo da História, muitos são os exemplos de medos e terrores que se procuram infundir nas populações para alguém daí retirar poder e proveitos materiais.

A teoria do anthropogenic global warming possui todos os requisitos para merecer, no mínimo, uma recomendável atitude de prudência, para já não dizer cepticismo. A começar pelo facto de a generalidade da comunicação social portuguesa muito raramente publicar seja o que for que contradiga a teoria dominante. Sempre sensível a manipulações e sendo ele próprio um homem da comunicação social, MST deveria estar mais atento a tal circunstância.

Não terá parecido estranho a MST que, no decurso desta vaga de frio e de nevões, em praticamente todo o Hemisfério Norte, ninguém da comunidade científica nacional tenha aparecido na nossa comunicação social a interrogar-se acerca do que se passa com a teoria, quando, em contrapartida, ao mais pequeno assomo de calor se levantam tantas vozes a avisar dos perigos do anthropogenic global warming ?

Ora, a afirmação de MST aqui citada indicia uma possível fonte, concretamente, o livro de Al Gore. De facto, na página 164 do livro “An Inconvenient Truth” são feitas acusações a George W. Bush que parecem estar na origem da ideia que MST veicula naquela passagem do seu artigo. Repare-se no que escreve Al Gore :

Uma das principais fontes de desinformação respeitantes ao aquecimento global tem sido a Casa Branca de Bush-Cheney... No início de 2001 o Presidente Bush contratou um advogado/lobista chamado Phillip Cooney para ficar encarregado da política ambiental da Casa Branca.

Apesar de Cooney não possuir quaisquer conhecimentos científicos foi mandatado pelo Presidente para rever e censurar os estudos oficiais sobre o aquecimento global efectuados pela Agência de Protecção Ambiental e outros departamentos do governo federal.

Estes parágrafos foram retiradas do livro editado em Portugal pela Booknomics, em Maio de 2008, intitulado “A Ficção Científica de Al Gore”, a versão portuguesa de um trabalho de Marlo Lewis Jr., que por sinal não é cientista nem especialista em climatologia, mas que, apoiado em inúmeros trabalhos de cientistas, dedicou um esforço notável a desmascarar as fantasias de Al Gore.

No Capítulo 18, “Bush e o Aquecimento Global”, Marlo Lewis Jr. desmente categoricamente aquelas asserções de Al Gore e procura esclarecer os leitores acerca do que verdadeiramente se passou.

Seria longo e fastidioso reproduzir aqui o texto de Marlo Lewis Jr., mas os leitores interessados têm a edição portuguesa do trabalho de Lewis à disposição nas livrarias.

Faria bem a MST ler este livro. Como personalidade mediática que é, e pronunciando-se frequentemente, acredito que de boa-fé mas de forma errada, acerca da questão do anthropogenic global warming, julgo que MST justificaria que o editor da Booknomics, agora Bnomics, lhe fizesse chegar um exemplar.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Como vai o Antárctico?

(Actualizado o nome da revista)

Tal como o Árctico, vai bem e recomenda-se. Apesar do alarido da imprensa mundial do dia de ontem – uma pesquisa no Google News regista mais de 530 artigos – foi apenas uma borrasca passageira. O Antárctico vai mesmo bem!

O artigo que provocou esta onda de alarmismo, publicado na prestigiada revista Nature, tem também a colaboração de Michael Mann o infelizmente famoso autor da também infelizmente famosa curva conhecida como “hockey stick”.

Só isso bastaria para alguém em pleno juízo ficar de pé atrás. Mas convém mesmo ler a carta que o meteorologista Ross Hays, que trabalhou para a CNN e se encontra no Antárctico, escreveu ao primeiro autor do tal artigo, Eric Steig.

«Letter dated 1/22/09
Eric,
Let me first say that this is my own opinion and does not represent the agency I work for. I feel your study is absolutely wrong.

There are very few stations in Antarctica to begin with and only a hand full with 50 years of data. Satellite data is just approaching thirty years of available information. In my experience as a day to day forecaster that has to travel and do field work in Antarctica the summer seasons have been getting colder. In the late 1980s helicopters were used to take our personnel to Williams Field from McMurdo Station due to the annual receding of the Ross Ice Shelf, but in the past few years the thaw has been limited and vehicles can continue to make the transition and drive on the ice. One climate note to pass along is December 2006 was the coldest December ever for McMurdo Station. In a synoptic perspective the cooler sea surface temperatures have kept the maritime storms farther offshore in the summer season and the colder more dense air has rolled from the South Pole to the ice shelf.

There was a paper presented at the AMS Conference in New Orleans last year noting over 70% of the continent was cooling due to the ozone hole. We launch balloons into the stratosphere and the anticyclone that develops over the South Pole has been displaced and slow to establish itself over the past five seasons. The pattern in the troposphere has reflected this trend with more maritime (warmer) air around the Antarctic Peninsula which is also where most of the automated weather stations are located for West Antarctica which will give you the average warmer readings and skew the data for all of West Antarctica.

With statistics you can make numbers go to almost any conclusion you want. It saddens me to see members of the scientific community do this for media coverage.

Sincerely,
Ross Hays»

Os alarmistas não conseguem apagar, como se fazia nos sistemas totalitários às imagens dos políticos caídos em desgraça que apareciam em certas fotografias, a situação real do Antárctico que se vê na bela imagem da Fig. 156.

Mas não é apenas através das observações dos satélites que se deve diagnosticar a excelente situação do Antárctico. É ainda entre vários índices e indicadores meteorológicos. E que melhor do que o modo rápido dos anticiclones móveis polares que são ejectados a uma cadência quase diária do centro azul (Fig. 156) do grande continente branco?

Obs.: Esta carta de Ross Hays foi retirada do excelente blogue de Anthony Watts (registado na faixa direita do MC) que acaba de ganhar o prémio internacional do melhor blogue científico de 2008.

Fig. 156 - Tendências das temperaturas do Antárctico (ºC/ano). 1982-2004. Fonte: NASA, 2004.

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quarta-feira, janeiro 21, 2009

A mudança de posição de David Evans

Colaboração de Jorge Pacheco de Oliveira

David Evans faz parte daquele grupo de cientistas que desmente o propalado consenso acerca da teoria do aquecimento global de natureza antropogénica.

Para os alarmistas, David Evans representa o pior que lhes pode acontecer. Depois de trabalhar seis anos ao lado dos crentes mudou de posição, passando decididamente para o campo dos cépticos.

David Evans possui formação em matemática e engenharia, é detentor de seis graus universitários, incluindo um doutoramento na Universidade de Stanford e entre 1999 e 2005 trabalhou no Australian Greenhouse Office – actualmente integrado no Office of Climate Change – tendo sido o responsável pela criação da aplicação computacional FullCAM destinada a verificar se as emissões de carbono na Austrália, associadas ao uso da terra e das florestas, estavam em conformidade com o Protocolo de Quioto.

Num artigo publicado em 18 de Julho de 2008, no “The Australian” online, intitulado “No smoking hot spot”, David Evans deixou bem vincadas as razões para a sua mudança de posição.

Segundo as suas palavras, na altura em que começou a trabalhar no Australian Greenhouse Office, a ideia de que as emissões de carbono causavam o aquecimento global pareciam ter fundamento : o dióxido de carbono é um gás com efeito de estufa, existiam os dados obtidos nos cilindros de gelo e não havia motivos para suspeitar de que não fosse assim.

Embora reconhecendo que as provas não eram conclusivas, Evans admitia que não se justificava esperar por uma confirmação, uma vez que tudo indicava ser necessário actuar rapidamente. Foi assim que, de um momento para o outro, o governo e a comunidade científica começaram a trabalhar em conjunto, tendo sido criados inúmeros postos de trabalho orientados para a pesquisa científica.

Os cientistas tinham apoio político, eram ouvidos pelo governo, dispunham de grandes orçamentos e podiam sentir-se, justificadamente, pessoas importantes e úteis à sociedade. Evans confessa que ele próprio se sentia assim. Os tempos eram heróicos. Os cientistas estavam a trabalhar para salvar o planeta.

Todavia, já desde 1999 que se estavam a acumular provas que vinham enfraquecendo seriamente a hipótese de que as emissões de carbono fossem a principal causa do aquecimento global. E por volta de 2007 tornou-se claro que o carbono desempenhava apenas um papel secundário, não sendo de todo a principal causa do recente aquecimento global.

E Evans cita as palavras do economista John Maynard Keynes, que ficaram célebres, quando uma vez foi interpelado por ter mudado de opinião, durante a Grande Depressão, relativamente à política monetária : “Quando os factos mudam, eu mudo a minha opinião. E o senhor o que faz?”

A propósito de Keynes, e em jeito de observação, é interessante revelar que em 1945 este celebrado economista fez parte da administração da British Eugenics Society. Em 1946, Keynes declarava acerca da eugenia : "é a mais importante, a mais significativa e, acrescentaria eu, o mais genuino ramo da sociologia”. Como se sabe, a eugenia acabou por ser reconhecida como uma teoria fantasista e sem base científica, tendo sido decididamente abandonada após as criminosas experiências dos nazis, que nela se inspiravam.

Não obstante, durante várias décadas, a eugenia foi entusiasticamente adoptada por inúmeras personalidades da ciência, da política e do espectáculo. A lista de nomes é impressionante e pode deixar-nos desconsolados acerca da capacidade de discernimento de pessoas que nos habituámos a admirar. Como justamente observou o recém falecido Michael Crichton, o exemplo da eugenia devia fazer meditar os adeptos da teoria do aquecimento global.

Voltando ao artigo de Evans, pode ler-se que ele reconhece nunca ter havido um debate público acerca das causas do aquecimento global, razão pela qual a maioria das pessoas e dos decisores políticos não está ciente dos factos mais relevantes. Em síntese, Evans enumera os seguintes aspectos (recomenda-se a leitura integral do artigo para apreensão das explicações) :

1) Não existe uma “assinatura” do aquecimento global. Durante anos foi procurada, mas nunca foi encontrada.

Evans refere-se ao “hotspot” constante do título do artigo, uma região da atmosfera situada a cerca de 10 km acima dos trópicos onde deveria ser encontrada uma temperatura mais elevada causada por um efeito de estufa acrescido. Nenhuma medição conseguiu encontrar esse ponto quente, permitindo concluir que o presumível aumento do efeito de estufa não pode ter causado o aquecimento global.

2) Não existe qualquer prova que suporte a ideia de que as emissões de carbono causem um significativo aquecimento global. Nenhuma!

3) Os satélites que medem as temperaturas do planeta mostram que a tendência de aquecimento terminou em 2001, tendo a temperatura média diminuído cerca de 0,6 ºC em 2004, regressando ao valor de 1980. Os termómetros situados em terra não são fiáveis porque as suas leituras se encontram deturpadas pelo efeito das “ilhas de calor urbano”.

4) Os recentes cilindros de gelo mostram que durante os últimos 500 mil anos se verificaram seis ciclos de aquecimento e arrefecimento, tendo as subidas de temperatura ocorrido em média 800 anos antes do correspondente aumento do teor de carbono na atmosfera. Isto diz-nos algo bastante importante acerca do que é a causa e do que é o efeito.

Este último aspecto foi conhecido e discutido em 2003. Não obstante, Al Gore fez o seu filme em 2005, apresentando os cilindros de gelo como a única e determinante prova de que as emissões de carbono provocam o aquecimento global.

Segundo Evans, num outro contexto político, os cínicos e experientes meios de comunicação social certamente teriam classificado a atitude de Al Gore como desonesta.

E, acrescentamos nós, apesar do seu peso manifestamente insustentável, Al Gore foi levado ao colo por uma legião de apoiantes embevecidos até à recepção de um Prémio Nobel.

David Evans prossegue chamando a atenção para o facto de o mundo já ter gasto 50 mil milhões de dólares com este assunto, desde 1990, nunca tendo sido encontrada qualquer prova de que o carbono atmosférico cause o aquecimento global.

As “provas” são apenas as observações feitas em dado momento por alguém que está convencido de que o carbono atmosférico causa o aquecimento global. Os modelos de computador e os cálculos teóricos não são provas. São apenas teoria.

E Evans termina o artigo perguntando o que irá acontecer na próxima década, à medida que se verifica que as temperaturas globais não aumentam. Na opinião de Evans, o Partido Trabalhista australiano, no governo desde Novembro de 2007, está a arruinar deliberadamente a economia apenas para reduzir as emissões de carbono.

De facto, em 24 de Novembro de 2007, Kevin Rudd, líder do Australian Labor Party, de centro-esquerda, ganhou as eleições e tornou-se Primeiro Ministro da Austrália. O seu primeiro acto oficial, assim que ocupou o gabinete, foi assinar a ratificação do Protocolo de Quioto.

David Evans não gostou nada da decisão de Kevin Rudd. Num longo artigo de 19 de Dezembro de 2008, intitulado "The ETS: Completely unnecessary" Evans começa por dizer que Kevin Rudd foi incapaz de ultrapassar os interesses que promovem o Anthropogenic Global Warming e termina com uma confrontação directa ao Primeiro Ministro australiano, dizendo o seguinte :

À medida que o público se apercebe do que está em causa, qual é o político que arrisca ser tão ideologicamente estúpido que decida arruinar desnecessariamente a economia cortando bruscamente as emissões de carbono? Hmmm, Kevin Rudd?

De facto, nos países anglo-saxónicos os cientistas parecem ter outra coragem e não se curvam perante os primeiros-ministros com a subserviência que se observa noutros países.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Nova vaga de frio em Portugal

As vagas de frio dão sempre origem a reportagens com paisagens muito bonitas. Mas nalgumas também se vê a atrapalhação dos automobilistas prisioneiros da neve.

Eis algumas reportagens da estação de televisão SIC relativas ao dia de hoje (20 de Janeiro de 2009):

Neve nas estradas

Directo de Vila Real

Neve em Viseu

Neve na Serra da Estrela

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Desde Outubro de 2008 que neva em Portugal

O Instituto de Meteorologia lançou novo alerta devido à queda de neve, vento e ondulação forte. O aviso de queda de neve sucede desde Outubro de 2008. Já lá vão quatro meses.

O IM prevê que a queda de neve se prolongue até amanhã para altitudes acima dos 800 metros dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco e Aveiro.

Quanto aos distritos de Aveiro, Leiria, Lisboa, Portalegre e Évora o aviso do IM é de nível Amarelo, o segundo da escala que vai até quatro, com uma previsão de vento forte e de frio. O frio refere-se especialmente ao caso de Évora.

sábado, janeiro 17, 2009

O Árctico invadiu os EUA

Não é apenas na fronteira dos EUA com o Canadá que se tem estado a bater recordes de temperaturas negativas. Os EUA foram invadidos pelo ar vindo do Árctico, através dos nossos conhecidos anticiclones móveis polares.

Sabe-se que, em termos gerais, desde o shift climático de 1975/76, o Árctico ocidental tem arrefecido e o Árctico oriental tem aquecido. O Árctico tem exportado ar frio da região central-ocidental e tem importado ar quente para a oriental.

Um acontecimento notável desta invasão dos EUA pelo Árctico situa-se no Estado de Alabama que se debruça sobre o Golfo do México. Neste Estado as temperaturas são por norma positivas pelo que o frio é uma situação anormalíssima.

Também a Florida, com fronteira para o Golfo e para o Atlântico, se deixou invadir pelo Árctico. Ou seja, os EUA tiritam com frio de norte a sul . Alguns media satirizam com a hipótese de a próxima investidura de Obama poder vir a ser realizada debaixo de frio intenso. Ele que se prepara para lutar contra o aquecimento global…

Aconselham-se os seguintes links para confirmação destas notícias (através deles ainda é possível navegar para outras paragens interessantes): Associated Press; Google News.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

44 graus Celsius abaixo de zero

(Actualização, 20:29)

A NOAA acaba de anunciar mais um recorde de temperaturas negativas nos EUA. Esta organização estatal dos EUA (equivalente a um instituto de meteorologia) relata o acontecimento deste modo:

Widespread bitter cold temperatures hit the Upper Midwest, Great Lakes, Ohio Valley, and North-eastern states today. The National Weather Service at Bismarck, North Dakota, reports that the temperature dropped to 44 degrees below zero this morning [1/15/2009] at 7:34 am CST . This broke the record low of 36 degrees below zero set on January 15, 1971. Snow cover is visible in this GOES-12 satellite image [1/15/2009, 17:45 UTC].”

Já ontem a SIC anunciava a possibilidade de as temperaturas chegarem aos 40 graus Celsius negativos nesta região.

Fig. 155 - Recorde de temperatura negativa nos EUA. Fonte: NOAA.

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Surpresa: Hansen propõe a Obama a adopção da energia nuclear

James Earl Hansen, juntamente com a sua esposa, escreveu uma carta ao casal Obama antes de este entrar na Casa Branca. Resumidamente, Hansen considera que para salvar o planeta se deve abandonar o carvão, acabar com o Protocolo de Quioto, impor uma taxa sobre as emissões de CO2 e relançar as centrais nucleares.

Numa carta de quatro páginas, Hansen proporciona algumas surpresas. A condenação do Protocolo de Quioto é uma delas. James E. Hansen considera-o um flop. Quem diria! Há anos que os críticos andam a dizer o mesmo.

Mas, agora sem surpresa, Hansen demonstra um ódio de morte ao carvão. Para ele este combustível fóssil é uma espécie de diabo negro à solta que está a matar o planeta.

É interessante referir que, para alguns historiadores, foi o carvão que deu origem à campanha do global warming através da Sra. Thatcher, quando ela enfrentou os mineiros numa prolongada greve que se verificou no Reino Unido.

Nessa altura o que a Sra. Thatcher pretendia era favorecer o programa nuclear do Reino Unido, que tinha declinado devido aos ataques do movimento ambientalista. E como a produção de energia eléctrica com origem no carvão era (e ainda é) mais barata do que a produção com origem nuclear, havia que encontrar um obstáculo de peso contra o carvão. As emissões de CO2 e o efeito de estufa constituíam o pretexto ideal. Quem iria contrariar uma forte dirigente política como a Sra. Thatcher, para mais licenciada em Química?

Agora, provavelmente, Hansen – considerado um guru do clima para o movimento ambientalista radical – é capaz de ter lançado achas para uma fogueira. Quem vai ser cremado? Advogar o aproveitamento da energia nuclear é meio caminho andado para passar do amor ao ódio dos ambientalistas de várias origens.

Hansen propõe ao novo presidente dos EUA o estabelecimento de uma moratória para todas as novas centrais eléctricas a carvão que não utilizem a dispendiosíssima e inútil tecnologia da captação do dióxido de carbono. Acentua-se, completamente inútil.

Ao mesmo tempo, James Hansen sugere uma progressiva retirada de serviço das centrais a carvão actualmente em funcionamento. No papel de um D. Quixote contra o carvão, Hansen já tinha formulado uma proposta semelhante a Ângela Merkel e a Gordon Brown.

Contrariando os mecanismos do Protocolo de Quioto, considerado um flop – já sem falar na negociata das licenças de emissão de carbono – vem agora um dos pais do aquecimento global propor uma taxa de carbono com um mecanismo que se pode considerar ingénuo. Seria uma espécie da taxa Robin aplicada à energia.

O imposto pago por uns seria devolvido a outros, ou aos próprios, conforme determinados preceitos. Posteriormente este imposto seria devolvido à população.

Termina a carta recorrendo à habitual demagogia política acerca da eficiência energética – desconhecendo o paradoxo de Jevons –, das energias renováveis e do apoio urgente e fortemente suportado para a investigação e desenvolvimento de reactores nucleares de quarta geração. E esta hein?!...

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Obama e a nova idade do gelo?

Espantosamente, só recorrendo a órgãos de informação estrangeiros é que se consegue ouvir e ver estas coisas e, independentemente de quem tenha mais razão, pelo menos tomar conhecimento de que existe um debate intenso entre cientistas acerca do aquecimento global.

Em Portugal, a generalidade dos órgãos de comunicação social oculta deliberadamente a existência de cientistas críticos e de fortes argumentos contrários à teoria oficial do IPCC relativamente ao assunto.

A quem obedecem, ou a quem querem agradar as direcções informativas dos nossos órgãos de comunicação social? Lá fora, nomeadamente nos EUA, o debate está mais aceso do que nunca. Pudera, o frio aperta…

Agora até se abriu uma luzinha no fundo da inteligência do jornalista Lou Dobbs, da CNN. Lou, que já foi um alarmista que só convidava o Gavin e o Hansen, já convida cientistas como o renegado Fred Singer que os alarmistas ofendem sistematicamente.

Veja-se este vídeo da CNN.

Meteorologistas amadores na SIC e na blogosfera

(Actualização às 17:51)

A surpresa dos media em relação à actual situação meteorológica, em Portugal e na Europa, leva alguns a sair da toca do marasmo habitual neste assunto. Normalmente só se ocupam de notícias ligadas ao hipotético aquecimento global e ao alarmismo e ao catastrofismo consequentes.

A estação de televisão SIC realizou uma reportagem interessante sobre meteorologistas amadores nacionais. A peça foi emitida no Jornal da Noite do passado Domingo, dia 11 de Janeiro.

Por outro lado, a importante comunidade de meteorologistas amadores do meteopt.com também realizou várias reportagens sobre a neve em Portugal. Nessas reportagens encontram-se centenas de fotografias de grande beleza do Inverno de 2008.

Este sítio web (meteopt.com) é porventura o fórum nacional mais importante onde se debatem temas de meteorologia e climatologia. Os participantes revelam vastos conhecimentos das matérias que debatem com entusiasmo.
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O frio regressou à América do Norte
40 ºC negativos na fronteira dos EUA e do Canadá SIC.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Filme infográfico

Estudantes do curso de Som e Imagem na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha descobriram o MC e pediram ajuda.

Pretendiam realizar um trabalho final para a cadeira de Tecnologias Digitais, um filme infográfico tal como é designado na especialidade.

O filme consiste em informar as pessoas através de imagens e gráficos em movimento sobre determinado assunto. O tema que escolheram foi o aquecimento global.

Queriam que as pessoas pensassem acerca deste problema que toca a todos. Fizeram um teaser com cerca de 30 segundos.

Basearam-se na mítica manipulação dos media e do governo que só nos transmitem informação deturpada e manipulada.

Com esta base realizaram o filme que se recomenda aos leitores do MC:

http://coldingpeople.no.sapo.pt/

Os autores principais são a Filipa Oliveira e o David Mourato. A ideia destes jovens é, a partir deste resumo, realizar um filme mais extenso e mais complexo.

terça-feira, janeiro 13, 2009

Anomalias das temperaturas para 2008

Ainda que não se encontrem valores definitivos – se é que existe algo definitivo na estatística climática – já se pode avançar provisoriamente com alguns valores.

São anomalias, em relação à média de 1979-2000, para as temperaturas médias global, do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul relativamente às superfícies total do planeta, do solo do planeta e dos oceanos.

Aproveita-se para apresentar simultaneamente valores de 2007 para efeitos comparativos. Estes elementos foram fornecidos pelo cientista Jack B. Como ele ainda está ao efectivo e receia retaliações não se completa o apelido.

Jack B. está muito longe de ser um céptico. Mas é um invulgar cientista que discute com espírito aberto todas as hipóteses explicativas do que se observa na actualidade. Termina a sua mensagem com a frase “It's getting colder” que não é normal no seu discurso.

Eis pois os valores anunciados:

Anomalias 2008 (idem 2007) em °C

Total ; Solo ; Oceanos
Globo: 0.05 (0.28) ; 0.18 (0.44) ; - 0.03 (0.19)
HN: 0.18 (0.38) ; 0.32 (0.51) ; 0.06 (0.25)
HS: - 0.08 (0.19) ; - 0.08 (0.31) ; - 0.09 (0.15)

Os cidadãos do Hemisfério Sul observaram mais descidas das temperaturas do que os do Hemisfério Norte.
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Continua a nevar em Portugal SAPO.

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Deserto de Mojave

(Actualização, 19:19)

Um amigo dos EUA enviou-me esta bonita imagem do Deserto de Mojave cheio de neve. Ele diz que, se o aquecimento global é a causa do frio e dos nevões em locais tão quentes [*] como este, então vai passar a colocar a cerveja dentro do forno para que congele durante a noite.

Esta graça resulta das desculpas esfarrapadas dos alarmistas que andam nervosos e reagem como escorpiões com a situação actual. Afirmam eles, sistematicamente:

1 – Não se deve confundir tempo com clima;
2 – O frio não nega o aquecimento global, pois o frio é próprio do Inverno;
3 – O calor também aparece no Inverno.

A primeira afirmação, que os críticos subscrevem inteiramente, talvez com mais legitimidade do que os alarmistas, aplica-se igualmente às ondas de calor, durante as quais também não se deve confundir tempo com clima.

Relativamente à segunda, também a existência de calor no Verão não põe de parte a hipótese de um cenário de arrefecimento global.

Quanto à terceira, existe uma simétrica, já que também faz frio no Verão.

Em suma, tudo isto é verdade, mas não dá qualquer garantia de verosimilhança da teoria do efeito de estufa antropogénico.

Outros pretendem justificar ondas de frio dentro de um cenário de aquecimento global. Segundo eles, seria o que o IPCC prevê em finais do século XXI, dentro do que se designa por fenómenos extremos.

Os modelos do IPCC só “dizem” que as temperaturas vão subir, dentro de uma gama maior ou menor conforme os seus imaginativos cenários. Leiam-se os capítulos – e são vários – onde são referidos os “extreme events” do Working Group I (2007).

O que interessa é saber explicar tanto as ondas de calor como as vagas de frio e as tempestades de neve. E a teoria do efeito de estufa antropogénico, conforme está a ficar cada vez mais claro, para cada vez mais gente, não consegue explicar nem uma coisa nem outra. Por mais que os seus adeptos se esforcem, não consegue explicar nada, para além dos subsídios e financiamentos que recebem dos governos para estudos e conferências.

No fundo, dentro do desconhecimento absoluto dos alarmistas acerca dos fenómenos físicos reais até parece que existem dois géneros de temperaturas. Um deles para quando as temperaturas sobem, o que prova o aquecimento global. Outro para quando elas descem, o que não prova nada.
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[*] No Deserto de Mojave as temperaturas podem atingir 54 ºC (nos sítios baixos) no verão e ‒18 ºC (nas elevações de terreno) no inverno.
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Vaga de frio continua

Nevou no Algarve SOL
Vaga de frio em Portugal e no estrangeiro SAPO
Beira-mar com água salgada gelada Daily Echo

Fotografia do deserto de Mojave

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sexta-feira, janeiro 09, 2009

Mais uma estabilidade anticiclónica

(Actualização às 20:17)

Hoje, dia 9 de Janeiro de 2009, a aglutinação anticiclónica (AA) sobre a Europa acentuou-se. Como tal, as eólicas europeias estão em repouso.

No caso português, o diagrama de produção eólica da REN, apresentado na Fig. 153, é perfeitamente elucidativo. As eólicas feneceram a partir das 2 horas da madrugada.

Já para as suas congéneres europeias, a carta sinóptica da Universidade do Reno (Fig. 154) mostra uma situação semelhante para a Europa Ocidental.

Aproveitando esta carta, verifica-se a existência de dois núcleos H (high, em inglês) representativos das posições de mais fortes pressões atmosféricas da AA estendida sobre a Europa.

O H que aparece quase sobre a Bélgica poderia significar uma chamada de atenção aos responsáveis da UE, situados em Bruxelas, sobre a realidade que se opõe às suas fantasias do aquecimento global.

Como toda a gente já sabe, esta situação da dinâmica do tempo deve-se ao estado de elevado défice térmico do Árctico, incluindo a Gronelândia. Do norte da Gronelândia têm sido ejectados fortíssimos anticiclones móveis polares desde o início de 2009.

E, curiosamente, regista-se que o mar gelado do Árctico se encontra numa situação muito aproximadamente igual à de 2008 para a mesma data. Ou seja, sem que a sua extensão esteja acima da média de 1979-2000.

Para esta madrugada, os serviços oficiais andam a avisar para possibilidade de queda de neve na orla costeira portuguesa, nomeadamente em Lisboa e no Algarve. Registe-se que já nevou, e bem, em Marselha junto ao Mar Mediterrâneo.

Estamos perante mais uma prova de que se observa um cenário de não-aquecimento mas sim de arrefecimento. Por isso é que o modo rápido das trajectórias dos AMP se tem revelado assaz violento.

A posição do H sobre a Holanda-Bélgica (Fig. 154), muito para cima dos Açores, demonstra perfeitamente como os AMP têm sido bem violentos.

Algumas notícias relacionadas com a situação em Portugal

Instituto de Meteorologia (2009-01-08) IM
Camionistas bloqueados pela neve TSF
Neve intensa em Vila Pouca de Aguiar SAPO
Vaga de frio SAPO
Crianças e idosos bloqueados TSF
Neve na orla costeira (Vila do Conde e Póvoa do Varzim) Póvoa Semanário
Centenas de automobilistas bloqueados no IP4 Rádio Renascença
Neve no Norte RR

Fig. 154 - Carta sinóptica. 09-01-2009. Fonte: Universidade do Reno.

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Fig. 153 - Diagrama de produção eólica. 09-01-2009. Fonte: REN.

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quarta-feira, janeiro 07, 2009

Aquecimento global e globalização dos mercados bolsistas

Perante este título, perguntará o leitor : o que é que uma coisa tem a ver com outra? Tem. Tem a ideia de globalização, que pode não ser o que aparenta, como eloquentemente nos mostra, recorrendo ao exemplo dos mercados bolsistas, o leitor RPM que nos enviou uma mensagem que merece ser partilhada com todos os leitores do MC.

Caro Rui Moura

Confesso que, sendo economista, sou um perfeito leigo em matéria de climatologia, o que não me impede de ser um atento curioso sobre a evolução dos fenómenos da natureza. Desde sempre, aliás. Quando era jovem o meu programa favorito na TV (e provavelmente o único minimamente interessante) era o Boletim Meteorológico.

Adorava ver todas aquelas cartas meteorológicas mostradas na TV e adorava a disciplina de geografia no liceu. Se não tivesse cursado economia teria certamente frequentado um curso que tivesse a ver com a climatologia. Mas são ironias do destino!

Desde há algum tempo que me interesso por assuntos que tenham a ver com fenómenos de “globalização”: económica, social e, claro está, climatológica. Numa busca desinteressada na internet deparei-me com uma série de textos muito interessantes sobre a questão do “aquecimento global” e li-os avidamente e com todo o interesse.

Um dos últimos que li foi um texto do Prof. Marcel Leroux, desmontando de forma sistemática, implacável e coerente o embuste do aquecimento global antropogénico. Adorei. Daí ao seu blog MC foi uma questão de um click. Os meus parabéns pela forma isenta, honesta e fundamentada como expõe a questão nos seus textos. Como já adicionei este site aos meus favoritos vou acompanhar de perto esta questão e esta discussão.

Eu sou professor universitário e investigador em matérias de modelação econométrica e econofísica de fenómenos financeiros. Daí entender perfeitamente o significado de adjectivos como isenção, rigor, demonstração, honestidade intelectual, imparcialidade, etc, etc.

Ao ler alguns dos textos a que acima me refiro lembrei-me de um célebre livro de [Alan] Sokal [e Jean Bricmont] intitulado “Imposturas Intelectuais” [edição portuguesa da Gradiva]. Lembrei-me ainda do drama de Galileu e da teoria dominante nos idos do séc. XVII. Enfim, uma mentira repetida muitas vezes “torna-se verdade” não “precisando, por isso” ser comprovada. Que triste sina a nossa!!

A propósito das questões da globalização, gostaria de lhe resumir um pouco a minha investigação recente sobre globalização de mercados bolsistas. Como seria de esperar, está na moda dizer-se que os mercados financeiros, e os bolsistas em particular, estão fortemente globalizados. Eu diria apenas, que há indícios de que estão correlacionados e que parece existir um mercado dominante, o dos EUA, mas pouco mais posso afirmar do que isto.

Utilizando técnicas de cointegração (Granger e Engels, Prémios Nobel da Economia em 2003) adequadas ao estudo de séries cronológicas não estacionárias (como é o caso dos índices bolsistas), fiz recentemente uma análise exaustiva de índices bolsistas a nível mundial (dados diários desde 1990).

Encontrei evidência de impactes entre alguns dos índices bolsistas analisados mas, de forma alguma, consegui obter resultados compatíveis com a ideia da existência de um “mercado único”, global, a nível mundial, o que aconteceria se, de facto, os mercados bolsistas se encontrassem globalizados.

Quando muito poderá falar-se em integração regional mas daí à globalização ainda vai um passo de gigante. É claro que vão existindo exemplos de alguma “globalização”, no sentido de uniformização, nalguns mercados (novas tecnologias, por exemplo) mas isso é um fenómeno que, por enquanto, parece estar localizado.

Aliás, voltando à bolsa, encontrei evidência, desde os anos noventa, de períodos em que os mercados convergem e outros em que tendem a divergir. Tal como os fenómenos climáticos! A analogia dos processos, salvaguardando as diferenças dos temas, obviamente, parece-me intrigante (e muito interessante). Obviamente, no caso dos mercados bolsistas, é quase unânime a ideia veiculada em certos “trabalhos científicos” publicados que estes estão fortemente globalizados.

Em praticamente nenhum desses trabalhos, porém, encontrei uma definição clara ou uma teoria coerente sobre o que é, de facto, a globalização. Diria, portanto, que para esses autores, globalização é … globalização! Para eles, a própria palavra auto-define-se, pois toda a gente “sabe” o que é! Pura mentira, pois sem uma definição clara do conceito podemos arbitrariamente considerar como “globalização” tudo aquilo que nos interesse considerar como tal.

A primeira questão consiste em construir ou adaptar uma teoria capaz de explicar o fenómeno em causa. No meu estudo, por exemplo, defini globalização em termos de integração de mercados utilizando para o efeito a teoria do preço descrita por Stigler em 1969 e o conceito de Lei de Um Preço (cuja origem data do início do séc. XX). Definições precisas, portanto e construídas numa época em que ainda pouco se falava do tema, o que garante a isenção do conceito face aos objectivos do estudo.

Quero dizer, não construí uma teoria à medida do tema que estou a analisar e de modo a obter os resultados que a priori eu desejava obter. Faz parte do método científico. Pois é, qual não foi o meu espanto quando li trabalhos publicados que defendiam acerrimamente a ideia da globalização dos mercados bolsistas simplesmente com base na análise das correlações entre as séries em estudo!

Pena é que haja quem confunda correlação com efeito causal e que, sobretudo em contexto de não-estacionariedade, não atenda aos graves problemas causados por conclusões baseadas em regressões espúrias, um problema identificado em econometria já em 1974 por Granger e Newbold.

Por isso, caro Rui, compreendo perfeitamente a dificuldade que é fazer prevalecer uma ideia que contraria o status quo da dita “ciência” actual. Tal como no tempo de Galileu. Quem é intelectualmente honesto e busca a verdade, seja ela qual for, encontra sempre este tipo de empecilhos no caminho.

Como disse no início, triste sina a nossa! Muito gostaria eu de ver certos defensores dos alarmismos do aquecimento global deixarem de viajar de avião, atravessarem o Atlântico de piroga, passarem a andar de bicicleta em vez de automóvel, não usarem sistemas de aquecimento no inverno nem ar condicionado no verão, evitarem usar telemóvel, nada de televisão nem de frigoríficos, etc, etc!! Muito gostaria de ver essa gente dar o “exemplo” que tanto exige aos outros.

Desejo-lhe um excelente 2009.

P.S. Outra coisa hilariante: li algures que o problema do aquecimento global só ficaria resolvido com o fim do capitalismo!! Nem merece comentários.

terça-feira, janeiro 06, 2009

A França continua a patinar no gelo

(Actualizado, 7 de Janeiro, 17:36)

A rede de transporte de electricidade (RTE, análoga à nossa REN) prevê que a potência do consumo em França poderá subir, esta semana, na ponta da noite, até cerca de 91 mil megawatts. Seria um novo recorde nacional.

A França vive uma situação dramática. A Air France anulou na segunda-feira 150 de 400 voos programados, ficando obrigada a alojar em hotéis da capital 3 mil passageiros, enquanto outros 2 mil passaram a noite no aeroporto de Roissy.

Uma avaria na rede de energia eléctrica pôs às escuras 57 mil habitações no subúrbio parisiense de Val-de-Marne, paralisando duas linhas do metropolitano que vão de Paris à Eurodysney.

Mas não é só a França que se encontra debaixo de grandes nevões. Assim, na Ucrânia, por onde transita grande parte do gás natural russo que abastece a Europa, a população foi aconselhada pelo governo a recorrer ao gasóleo para se aquecer, já que os russos cortaram o abastecimento aos ucranianos.

Na Alemanha, as temperaturas chegaram a atingir durante a noite passada 25 graus Celsius negativos. Segundo os serviços meteorológicos alemães, a onda de ar frio afecta especialmente o leste da Alemanha.

Mas, na Alemanha, as temperaturas podem chegar mesmo aos 30 graus Celsius negativos. Nos arredores de Berlim, os termómetros marcaram 19 graus Célsius negativos. Entranto, em Brandeburgo a temperatura já desceu aos 25 graus Célsius negativos.

Fontes: RTP , USA TODAY , Le Monde.

Apesar da ideologia do aquecimento global a França patina no gelo

O leitor AM, numa mensagem de Boas Festas, contou que esteve em Paris entre 26 de Dezembro de 2008 e 1 de Janeiro de 2009 com a família. Descreveu a experiência “de um madeirense de gema que se sentiu permanentemente dentro de um congelador.”

O leitor ficou com dúvidas “se seria apenas um problema dele, dos seus hábitos.” No entanto, “depois de ver lagos com placas de gelo, calçadas geladas, gente atafulhada de roupa, franceses ou outros turistas, ficou mais descansado porque afinal estava mesmo frio, muito frio”.

Este madeirense mais certo ficou disso quando no hotel viu uma reportagem da TV francesa com o título «França Patina». Termina o leitor dizendo que “nunca tinha passado por uma experiência igual! Apesar de ter visto o céu completamente limpo sem que o Sol conseguisse aquecer o ambiente.”

A notícia adquire interesse por se situar em França, país que está na frente dos conhecimentos da climatologia, através da escola de climatologistas da Universidade de Lyon formada por Marcel Leroux. Oficialmente, a França adoptou a ideologia do aquecimento global. Será que estas lições da Natureza a levam a reflectir sobre a realidade?
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Nota: Temperaturas previstas para Lisboa pelo Instituto de Meteorologia para hoje, Dia de Reis, e para os próximos dias, em graus Celsius (mínima/ máxima):

Hoje......... 8 / 12
4ª feira.... 4 / 11
5ª feira....-2 / 6
6ª feira....-3 / 7
Sábado.....-1 / 6
Domingo... 2/ 9 .

A aglutinação anticiclónica do Dia de Reis repete-se.

domingo, janeiro 04, 2009

A desinformação do jornal “Público”

Quando se trata de aquecimento global, o velho ditado de que “mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo” encontra uma confirmação curiosa no jornal Público.

Este jornal já foi aqui referido como um dos órgãos de comunicação social nacionais que sistematicamente procuram manipular a opinião dos leitores acerca da temática do aquecimento global, privilegiando os textos favoráveis àquela teoria e ocultando aqueles que são críticos.

No Domingo, 04/01/2009, a edição do Público incluiu, na página 35, um extenso texto do Provedor do Leitor daquele jornal, dando resposta a um protesto lavrado pelo editor da Booknomics, a editora que publicou o livro “A Ficção Científica de Al Gore”, um trabalho de Marlo Lewis Jr. traduzido e comentado, como vários leitores já sabem, por Rui Gonçalo Moura e Jorge Pacheco de Oliveira.

O editor da Booknomics, Horácio Piriquito, um antigo jornalista e conhecedor do meio, insurgiu-se muito justamente contra uma atitude pouco correcta do jornalista Ricardo Garcia, do Público, que recebeu um exemplar do livro, em formato PDF, ainda antes da saída do livro, com uma proposta de pré-publicação, mas que não teve sequer a cortesia de responder ao editor, no mínimo para agradecer o envio, mas sobretudo, como seria sua obrigação, para o informar de que lamentava não ter a intenção de publicar qualquer referência àquele livro no jornal Público. Como, até hoje, nunca publicou.

Embora reconhecendo que o jornal tem o direito de publicar o que entende, o editor, que na ocasião pôde confirmar os anteriores avisos dos tradutores, de que o jornal Público se encontrava condicionado e alinhado com as teses do aquecimento global, decidiu manifestar o seu protesto, primeiro junto do jornalista Ricardo Garcia, depois junto do próprio director do jornal, José Manuel Fernandes, e finalmente junto do Provedor do Leitor em virtude da ausência de resposta dos anteriores visados.

Agora, através do texto do Provedor, tomámos conhecimento de uma espantosa coincidência. Quer o jornalista Ricardo Garcia, quer o director José Manuel Fernandes se esqueceram de responder ao editor que os contactara! Temos de reconhecer que mesmo os acontecimentos menos prováveis podem acontecer.

O que já não tem a ver com probabilidades e decorre da conhecida atitude do mentiroso que tem de mentir ainda mais para se safar é o que se depreende de uma inocente afirmação do Provedor. Atitude não dele, claro, mas de quem o (des)informou.

De facto, quando procura rebater uma compreensivelmente exaltada conjectura do editor, de que o seu livro teria andado a ser distribuído pelo jornalista e lido à “borla” pelos apoiantes do aquecimento global, o Provedor adianta que “a suspeita não faz sentido, pois o livro [de Marlo Lewis Jr.] está no mercado internacional desde há quase dois anos”.

É aqui que a porca torce o rabo. Antes da publicação em Portugal, nunca este livro esteve em mercado nenhum! Pela prosaica razão de que o texto original de Marlo Lewis Jr. nunca foi um livro, mas sim um "congressional paper" destinado à apreciação do Congresso dos EUA.

Raramente referimos esta origem da versão portuguesa do livro, quer porque era irrelevante relativamente ao conteúdo, quer porque nos contactos com Marlo Lewis Jr. ele não pôs completamente de parte a hipótese de também vir a publicar um livro suportado naquele texto. Tanto quanto sabemos até ao momento não chegou a publicar.

Ora, quem é que ganhava alguma coisa dizendo ao Provedor do Leitor do Público que o suposto livro de Lewis estava no mercado internacional há quase dois anos...?

A presidência da União Europeia no 1º semestre de 2009

Com a entrada do ano 2009, a presidência da União Europeia muda e durante os próximos seis meses será assumida pela República Checa.

É possível que este período seja fértil em controvérsias relativamente à magna questão do aquecimento global. Por motivos que se compreendem perfeitamente, quando se conhecem as posições do presidente checo, Vaclav Klaus, acerca desta matéria.

Sucede que na edição portuguesa do livro de Marlo Lewis Jr., “A Ficção Científica de Al Gore”, os tradutores tiveram a feliz iniciativa de incluir, no Anexo I ao Prefácio, uma declaração de Vaclav Klaus proferida perante o Congresso dos EUA, em Março de 2007.

Se, nessa altura, se tratava apenas de reproduzir uma declaração de um chefe de Estado que sintetizava muito bem a profunda preocupação que devemos sentir perante a ameaça que constituem as posições do radicalismo ambientalista e a forma como os seus militantes se servem do aquecimento global para condicionar a acção dos decisores políticos, a verdade é que, no momento em que a presidência da União Europeia é assumida pela República Checa, com esse mesmo chefe de Estado, tal iniciativa revela uma grande oportunidade.

Para conhecimento, ou recordação, dos leitores do MC, aqui fica a declaração de Vaclav Klaus :

«Tendo vivido a maior parte da minha vida sob um regime comunista, sinto-me na obrigação de dizer que, no início do séc. XXI, a maior ameaça à liberdade, à democracia, à economia de mercado e à prosperidade não é o comunismo ou as suas variantes mais atenuadas. O comunismo foi substituído pela ameaça do ambientalismo militante...

Os ambientalistas apresentam as suas ideias e argumentos como verdades indiscutíveis, usam métodos sofisticados de manipulação da comunicação social e recorrem a campanhas de relações públicas para exercer pressão sobre os decisores políticos a fim de alcançarem os seus objectivos.

Para reforçarem a sua argumentação procuram incutir o medo e o pânico, afirmando que o futuro do mundo está seriamente ameaçado.

É sob uma tal atmosfera que pressionam os decisores políticos no sentido de os levarem a adoptar medidas restritivas, a impor limites arbitrários, regulamentações, proibições e restrições nas mais vulgares actividades humanas, sujeitando as populações a omnipotentes decisões burocráticas...

As invocadas alterações climáticas de origem antropogénica tornaram-se num dos mais perigosos argumentos destinados a subverter o esforço humano e as políticas públicas em todo o mundo.»

Os tradutores do livro de Marlo Lewis Jr., Rui Gonçalo Moura e Jorge Pacheco de Oliveira, subscrevem inteiramente esta opinião.

sábado, janeiro 03, 2009

Será 2009 um dos cinco anos mais quentes de sempre?

O ano de 2008, conforme se observou, não correu nada bem para os alarmistas. Daí que, no início de 2009, procurem compensar profetizando um ano dos que eles gostam. Como se os modelos informáticos do clima tivessem aptidão para prever o estado do tempo com um ano de antecedência...

Neste sentido, o Prof. Chris Folland, do Met Office Hadley Center, do Reino Unido, já prevê a salvação da presença do El Niño, em 2009, pois, segundo ele “Further warming to record levels is likely once a moderate El Nino develops”.

Mais interessantes foram as afirmações do Prof. Phil Jones, da University of East Anglia, do Reino Unido, que “acalmou” os jornalistas, começando por avisar que o aquecimento global ainda não se tinha ido embora.

Estes dois cientistas britânicos, certamente depois de consultarem a bola de cristal dos modelos informáticos, “informaram” ainda que «next year [2009] is set to be one of the top-five warmest on record».

Para o Prof. Phil Jones não restam dúvidas: "What matters is the underlying rate of warming". E na sequência salientou que “the average temperature over 2001-2007 was 14.44 degrees Celsius, 0.21 degrees Celsius warmer than corresponding values for 1991-2000”.

Independentemente da credibilidade destes valores e da futilidade de atribuir um significado profundo a variações de temperatura insignificantes, inferiores à amplitude do erro das próprias medidas, estamos novamente perante a velha história da escolha dos anos inicial e final do período de avaliação da taxa de crescimento ou decrescimento das temperaturas. Os alarmistas especializaram-se em seleccionar o período mais conveniente para obterem sempre um aumento da temperatura.

A propósito da credibilidade dos valores, é oportuno recordar que Phil Jones insiste em não querer fornecer a Steve McIntyre a sua base de dados de temperaturas termométricas, nem o algoritmo que utiliza para reconstruir as temperaturas que o IPCC publica.

Possivelmente receia que Steve encontre os mesmos erros que Michael Mann praticou na tristemente célebre curva do hockey stick. Para maior azar, em 2008 Mann apresentou uma nova curva, mas Steve voltou a demonstrar que estava igualmente viciada. Quem pode confiar nos alarmistas?

sexta-feira, janeiro 02, 2009

2008, o ano que desmentiu o global warming

Por Jorge Pacheco de Oliveira

Num oportuno artigo de fim de ano, no “The Daily Telegraph”, intitulado “2008 was the year man-made global warming was disproved” o autor, Christopher Booker, muito justamente chama a atenção dos leitores para um dos factos mais relevantes de 2008, concretamente, a possibilidade de 2008 vir a ser considerado o ano em que se observou a viragem do grande temor mundial acerca do aquecimento global de origem antropogénica.

Depois de recordar dois artigos antagónicos, de outros autores, publicados no mesmo jornal, acerca da neve dos Alpes, um em 21 de Maio de 2008, que alertava para o risco de colapso da indústria dos desportos de Inverno nos Alpes “por falta de neve”, como seria de esperar uma falta imputada ao global warming e outro, em 19 de Dezembro de 2008, relatando que a queda de neve nos Alpes durante este Inverno aparentava vir a bater todos os recordes no Ano Novo, Christopher Booker desenvolve os argumentos que o levam a assumir a hipótese de 2008 ser o ano da viragem.

Em primeiro lugar, o facto de as temperaturas terem vindo a descer em todo o mundo, de uma forma que se revelou totalmente imprevisível por todos os modelos de computador, precisamente os modelos que têm sido usados como principal argumento para alimentar o alarmismo climático.

Em segundo lugar, 2008 foi o ano em que se desmoronou a ideia de que havia um “consenso científico” a favor do aquecimento global de origem antropogénica.

E em terceiro lugar, à medida que os bancos colapsam e a economia mundial entra numa das piores recessões das últimas décadas, a dura realidade começa finalmente a desfazer as ilusões que muitos decisores políticos alimentaram durante tanto tempo.
Mas os leitores do MC podem aceder ao artigo original através do link disponibilizado e lê-lo na íntegra com os seus próprios olhos.

Os tempos começam a ficar maus para os adeptos do global warming.