sábado, março 29, 2008

Curvas do tipo “hockey stick”

(Versão parcelar do artigo “CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time”, de Zbigniew Jaworowski)

Com base nas hipóteses erróneas descritas anteriormente [ver “A verdade dos cilindros de gelo” (1), (2), (3), (4), (5), (6) e (7)], foram traçadas várias versões de curvas do tipo “hockey stick”, que procuram representar a evolução da concentração atmosférica do CO2 ao longo dos tempos.

Essas curvas combinam os dados proxy retirados dos cilindros de gelo, respeitantes a épocas antigas - e distorcidos, conforme se explicou - com valores recentes medidos directamente na atmosfera. Na maior parte das vezes, não se chama a atenção para o facto de os valores terem origens completamente díspares.

Os autores de tais estudos afirmam que as suas curvas representam os teores de CO2 correspondentes, por exemplo, aos últimos 300 anos (Neftel et al., 1985; Pearman et al., 1986; Siegenthaler and Oeschger, 1987) *, ou aos últimos 10 mil anos (no “Summary for Policymakers”) * – Fig. ZJ2 – ou mesmo aos últimos 400 mil anos (Wolff, 2003) *.

Todas as curvas revelam concentrações pré-industriais baixas do CO2, variando entre cerca de 180 ppmv e 280 ppmv nos últimos 400 mil anos, subindo então bruscamente até aos 370 ppmv no final do séc. XX. [ppmv – partes por milhão em volume]

Estas curvas, que ficaram conhecidas por “hockey stick”, têm sido publicadas em inúmeras ocasiões como prova [errada] da influência antropogénica no aumento da concentração atmosférica do CO2. São curvas traçadas de forma ilegítima, misturando falsos valores proxies dos cilindros de gelo com medidas directas realizadas na atmosfera. Trata-se de uma contrafacção científica.

Porém, a mais grave manipulação foi a alteração arbitrária da idade do gás aprisionado na parte superior do cilindro de gelo, onde as variações da pressão mecânica são menos drásticas do que nas partes mais profundas.

No cilindro perfurado no Monte Siple, no Antárctico, o gelo da parte mais profunda foi depositado em 1890. A concentração de CO2 correspondente era de 328 ppmv (Friedli et al., 1986; Neftel et al., 1985) * e não de 290 ppmv, o valor necessário para satisfazer a hipótese do aquecimento de origem antropogénica.

O mesmo valor de 328 ppmv foi medido no ar captado directamente da atmosfera junto do vulcão de Mauna Loa, no Havai, 83 anos mais tarde, em 1973 (Boden et al., 1990) *. [Em Mauna Loa existe uma das três estações de rastreio da NOAA – National Oceanic and Atmospheric Administration.]

Assim, tornava-se chocantemente claro que o teor de CO2 pré-industrial era o mesmo do que na segunda metade do século XX. Para “resolver” este problema, os investigadores assumiram, pura e simplesmente, uma hipótese ad hoc: a idade do gás retirado de 1 a 10 gramas de gelo (aprisionado em 1890) foi decretada, arbitrariamente, como sendo exactamente 83 anos mais jovem do que a idade do próprio gelo no qual foi aprisionado! Nada mais simples. [1973 – 1890 = 83 anos!]

Esta hipótese [surrealista] não foi suportada por qualquer prova experimental mas apenas por uma suposição que entra em conflito com os factos reais (Jaworowski, 1994a; Jaworowski et al., 1992b) *.

Deste modo, os dados proxies dos cilindros de gelo foram “corrigidos” e discretamente alinhados com os valores medidos directamente na atmosfera de Mauna Loa (Figuras ZJ3a e ZJ3b).

Portanto, em todos os relatórios do IPCC têm sido apresentadas curvas do tipo “hockey stick” que revelam concentrações de CO2 falsificadas, incluindo a da Fig. ZJ2 que se encontra no “Sumário para Decisores Políticos”, de 2007.

De forma crédula, quase toda a gente aceitou estas curvas “hockey stick”, bem como outra informação sobre os gases com efeito de estufa obtida a partir dos cilindros de gelo. Todavia, essa informação foi distorcida por uma manipulação deliberada dos dados, que consistiu em rejeitar as concentrações elevadas correspondentes ao gelo mais antigo e as concentrações baixas correspondentes ao gelo mais recente. Tudo isto porque os dados obtidos não encaixavam na ideia pré-concebida do aquecimento global de origem antropogénica.

Esta prática tornou-se um hábito demasiado comum em estudos sobre gases com efeito de estufa (Jaworowski, 1994ª; Jaworowski, 1994b; Jaworowski et al., 1992b) *.

(continua)
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*A bibliografia pode ser consultada no original de Zbigniew Jaworowski.

Fig. ZJ3 - A "mãe" de todas as curvas "hockey stick" do CO2. Fonte: Z. Jaworowski.

Concentração de CO2 nas bolhas de ar contidas no gelo pré-industrial de Siple, Antárctico (quadrados abertos) e na atmosfera de Mauna Loa, Havai, de 1958 a 1986 (linha contínua). Em (a), os dados originais de Siple estão representados com a idade natural de aprisionamento. Em (b), os mesmos dados estão representados depois do truque da correcção arbitrária que acrescentou 83 anos à idade natural do ar, relativamente ao gelo em que se encontrava aprisionado.
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Fig. ZJ2 - O "hockey stick" do CO2. Fonte: IPCC, 2007.

Uma falsa representação da evolução da concentração atmosférica do CO2 nos últimos 10 mil anos. Os valores apresentados antes de 1958 não representam a concentração atmosférica real, mas sim uma reconstrução, essa sim "antropogénica", com base numa redução deliberada da concentração do CO2 correspondente ao gelo mais antigo e numa alteração arbitrária da idade das amostras.
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quinta-feira, março 27, 2008

Icebergue originado no Antárctico

Conceição Berger chamou a atenção para uma notícia do Le Monde, do dia 26 de Março de 2008. O Le Monde captou a notícia do sítio NSIDC - National Snow and Ice Data Center com data do dia anterior, 25 de Março.

Relata-se o desprendimento de um bloco de gelo que estava ligado à Península do Antárctico. O local do acontecimento vê-se na Fig. 111. O icebergue pertencia à plataforma de Wilkins, no lado ocidental da Península.

Esta formação de gelo recente – algumas centenas de anos – situava-se na região da chegada das depressões que sofrem carambolas nos edifícios geográficos andinos. A região comporta-se tal como o Mar de Barents no Círculo Polar Árctico.

Estamos perante mais um fenómeno natural que foi catalogado erradamente como consequência do efeito “de la rapidité du réchauffement climatique” (Le Monde) ou “because of rapid climate change in a fast-warming region of Antárctica” (NSIDC).

O NSDIC diz que o mar não sofrerá qualquer elevação pois o bloco já flutuava antes da desintegração. Mas o Le Monde aproveita para lançar o pânico: “La fonte accélérée des glaces de l'Antarctique pourrait contribuer de façon importante à la montée du niveau des océans. Selon certaines projections, au rythme actuel (+ 3 mm par an de 1996 à 2006), les océans pourraient avoir gagné 1,40 mètre d'ici à la fin du siècle.”

Assim caminha a falta de profissionalismo dos media auxiliada pela displicência de instituições que deviam cuidar da qualidade das informações que passam para fora. Tanto o Le Monde como o NSDIC “esqueceram-se” de salientar a excelente situação real do Antárctico.

Mas Antón Uriarte Cantolla no seu blogue CO2 põe os pontos nos ii:

«El pasado mes de Septiembre, al final del invierno austral, la extensión del hielo marino que rodea a la Antártida batió el record de extensión desde 1979, año en que los satélites comenzaron a medirla.

Luego, como todos los veranos se redujo casi en su totalidad (pinchar gráfica). Hay algunas plataformas de hielo costero que aguantan la insolación veraniega.

Especialmente las plataformas de Ross y de Ronne, en el mar de Wedell. Y al parecer así ocurría también con la plataforma pequeña de Wilkins. La plataforma de Wilkins se encuentra en una zona, la Península de la Antártida, que en las últimas décadas ha sufrido, por razones de la circulación de vientos y corrientes, un calentamiento.

Pero los que, aparte de periódicos y teles, consultamos internet, sabemos que el conjunto de la Antártida no se ha calentado y que el hielo marino ha seguido en los últimos años su vaivén estacional


Mais palavras para quê? As do Antón são acompanhadas de um desenho próprio e de um gráfico elucidativo recolhido da nossa bem conhecida fonte “Polar Sea Ice Cap and Snow - Cryosphere Today”.

Por mais voltas que queiram dar, o Antárctico está em óptimas condições.

Fig. 111 - Icebergue nascido no Antárctico. Fonte: NSIDC.

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A verdade dos cilindros de gelo (7)

(Versão parcelar do artigo “CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time”, de Zbigniew Jaworowski)

Existe um desfasamento – de centenas a vários milhares de anos – entre os valores das concentrações atmosféricas de CO2 e a das temperaturas determinadas através de isótopos de oxigénio dos cilindros de gelo (Jaworowski et al., 1992b) *.

Verifica-se que os aumentos das temperaturas precedem sempre os das concentrações de CO2, e não o inverso (Caillon et al., 2003; Fischer al de et., 1999; Idso, 1988; Indermuhle et al., 2000; Monnin et al., 2001; Mudelsee, 2001) *.

Este facto sugere que o aumento da temperatura da atmosfera é o factor responsável pelo aumento da concentração do CO2 – provavelmente pela mais intensa erosão dos solos e pela emanação dos gases contidos nos oceanos mais aquecidos.

Tal fenómeno é observável actualmente. A solubilidade do CO2 na água quente é mais baixa do que na água fria. Quando o tempo aquece, o CO2 existente na camada superficial dos oceanos, acima dos 3000 metros, é emitido para a atmosfera.

Na atmosfera o teor de CO2 é 50 vezes mais baixo do que nos oceanos.

É esta a razão pela qual entre 1880 e 1940, quando a temperatura média global aumentou aproximadamente 0,5 ºC, as medidas directas na atmosfera registaram um aumento muito elevado da concentração do CO2, de cerca de 290 ppmv em 1885 para 440 ppmv em 1940, uma concentração que é cerca de 60 ppmv mais elevada do que a actual (Beck, 2007) *. Neste período as emissões devidas às actividades humanas foram multiplicadas apenas por cinco.

Por outro lado, entre 1949 e 1970, a temperatura média global desceu cerca de 0,3 ºC e o teor atmosférico do CO2 caiu para cerca de 330 ppmv (Boden et al., 1990) *.

Actualmente, as emissões antropogénicas de CO2 são 30 vezes mais elevadas do que eram em 1880 (Marland et al., 2006) *. Apesar disso, o teor de CO2 é semelhante ao registado antes da evolução do aquecimento que precedeu os anos 1940.

As concentrações do CO2 retido em amostras de gelo que se assumem pertencer a uma época pré-industrial, ou anterior, são sempre cerca de 100 ppmv inferiores aos valores actuais (Indermuhle et al., 1999; Pearman et al., 1986,; Petit et al., 1999; veja-se também a revisão de Jaworowski et al., 1992b) *.

No entanto, durante os últimos 420 mil anos, o clima foi muitas vezes mais quente do que presentemente (Andersen et al., 2004; Chumakov, 2004; Ruddiman, 1985; Shackleton et Opdyke, 1973; Zubakov et Borzenkova, 1990; Robin 1985) *.

Mesmo há cerca de 120 mil anos, quando a temperatura superficial média global era 5 ºC acima da actual (Andersen et al., 2004) *, as concentrações atmosféricas de CO2 determinadas a partir dos cilindros de gelo eram apenas de 240 ppmv (Petit et al., 1999) * – isto é, abaixo dos valores actuais em cerca de 130 ppmv.

Mais recentemente, durante o Holoceno (8 mil a 10 mil anos antes do presente), a temperatura do Árctico chegou a ser 5 ºC mais elevada do que actualmente (Brinner e al., 2006) *. No entanto, os registos dos cilindros de gelo indicaram teores de CO2 relativamente baixos, de aproximadamente 260 ppmv (IPCC, 2007) *.

(continua)
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*A bibliografia pode ser consultada no original de Zbigniew Jaworowski.

quarta-feira, março 26, 2008

Fig. ZJ1 - Alterações nas concentrações de CO2. Fonte: Zbigniew Jaworowski.

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segunda-feira, março 24, 2008

A verdade dos cilindros de gelo (6)

(Versão parcelar do artigo “CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time”, de Zbigniew Jaworowski)

Após a publicação do post A verdade dos cilindros de gelo (4) o leitor João Pedro Gaspar, licenciado em Geociências, manifestou a sua satisfação pelas explicações do cientista polaco Zbigniew Jaworowski.

Porém, consultou outra versão semelhante “CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time” onde se apresenta, na pág. 18, a “Fig. 2 - Changes in CO2 concentrations in Vostok ice core similar to changes of extreme pollution”. Esta figura não fazia parte da versão traduzida no MC. Reproduz-se agora essa figura (Fig. ZJ1).

Perante o interesse do leitor quanto às explicações da Fig 2 atrás referida, MC consultou, directamente, o autor Jaworowzki que teve a amabilidade de responder prontamente. Eis a sua resposta:

«Figure 2 is composed from two sources: figure 11 in Jaworowski et al. 1992 b, in which 7 curves are representing 7 phenomena occurring in situ and in the ice cores; among them only the CO2 curve is relevant for discussion of the 2007 paper.

The new curve added to figure 2 are data on lead concentration from Boutron et al., 1987, covering the same depth (and ice age) as the CO2 curve. Figure 2 shows that the highest concentration of lead in the ice core appeared at the same part of the core as the lowest concentrations of CO2.

This reflects the effect of horizontal cracks formed in the ice at the moment of trilling the core. Through these cracks the drilling fluid, highly contaminated with lead and other heavy metals, penetrated to the very center of the core, and CO2 escaped to the fluid from the cracked ice.

The cracking is caused by the sheeting phenomenon, caused by a difference of pressure between the rock (or ice), and the bottom of borehole filled with the drilling fluid. The corrosive drilling fluid is filling the borehole not to the surface of the ice but to about 200 meters level below the surface, at which the porous firn changes into solid ice.

This causes the pressure difference at the any bottom level of the borehole in ice of about 15 bars. Sheeting starts at a difference of 8 bars. Lead curve is more or less parallel to some other effects, such as formation in the ice core of secondary cavities form the expanding clathrates due to pressure relaxation, decreasing pressure in the gas inclusions, crystal size, and perhaps also core volume expansion. This is all what figure 2 says.
»

João Pedro respondeu à carta de Jaworovski com o seguinte comentário:

«A prontidão na resposta mostra bem o empenho e a dedicação de Jaworowski. À luz desta explicação, a figura parece-me fulcral no seu artigo. Espero que a comunidade internacional a explore amplamente e mostre o sentido crítico com que entendo deve ser encarada a "ciência oficial" sobre o aquecimento global.»

Conclusão de MC: os cilindros de gelo não são, de facto, uma matriz de boa qualidade para o estudo correcto da evolução das concentrações de CO2 nas atmosferas do passado.

Como afirma Jaworowski, a Fig. 2 serve para mostrar que o método intrusivo de perfuração dos cilindros de gelo afecta a qualidade das amostras empobrecendo o teor de CO2 das bolhas de ar.

Resumidamente, mais de 20 processos físico-químicos, na sua maioria relacionados com a presença de água líquida, contribuem para a alteração da composição química original das inclusões do ar no gelo polar.

Um destes processos é a formação de hidratos gasosos, ou clatratos. No gelo profundo fortemente comprimido todas as bolhas de ar desaparecem, dado que sob a influência da pressão os gases transformam-se em clatratos sólidos, que são pequenos cristais formados pela interacção do gás com moléculas de água.

As perfurações descomprimem os cilindros de gelo extraídos do gelo profundo e contaminam esses cilindros com o fluido de perfuração com que se enche o furo cilíndrico (vazio já perfurado).

A descompressão conduz a múltiplas fracturas horizontais nos cilindros de gelo pelo conhecido processo de formação de camadas (ou “sheeting”).

Quando se dá a descompressão dos cilindros de gelo os clatratos sólidos decompõem-se numa forma gasosa, explodindo no processo como se fossem granadas microscópicas.

No gelo livre de bolhas as explosões formam novas cavidades de gás e novas fracturas (Shoji, H.; C.C. Langway Jr., Volume relaxation of air inclusions in a fresh ice core. Journal of Physical Chemistry, 1983. 87: p. 4111-4114).

Através destas fracturas, e em fissuras formadas durante o “sheeting”, uma parte do gás escapa-se primeiro para o fluido de perfuração que enche o furo cilíndrico (oco) e, posteriormente, para a atmosfera quando atingir a superfície.

Os gases aprisionados no gelo profundo começam a formar clatratos e abandonam as bolhas de ar a diferentes pressões e profundidades. À temperatura do gelo de – 15 ºC a pressão de dissociação do N2 é de cerca de 100 bar, a do O2 de 75 bar e a do CO2 de 5 bar.

A formação dos clatratos de CO2 começa nas camadas de gelo situadas a 200 metros de profundidade. A dos O2 e N2 a 600 metros e 1000 metros, respectivamente. Isto conduz ao empobrecimento do CO2 no gás aprisionado nas camadas de gelo.

Por isso é que o registo das concentrações de CO2 nas inclusões de gás do gelo polar profundo mostram valores mais baixos que os da atmosfera contemporânea, mesmo para épocas em que a temperatura da superfície terrestre era mais elevada do que actualmente.

A este propósito, pode-se consultar: «Climate Change: Incorrect information on pre-industrial CO2» que também serviu de fonte para a escrita desta nota.

Finalmente, salienta-se que a qualidade da reprodução da Fig. 2, ou seja a Fig. ZJ1, não é a melhor. Os leitores devem consultar a figura original da pág. 18 da outra versão do artigo «CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time».

(continua)
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Obs.: Por sugestão dos leitores João Pedro Gaspar e Jorge Oliveira, a Fig. ZJ1 foi refeita de acordo com cópias que enviaram. O MC agradece o empenho dos leitores.

sábado, março 22, 2008

A verdade dos cilindros de gelo (5)

(Versão parcelar do artigo “CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time”, de Zbigniew Jaworowski)

Comparemos, para um mesmo período, entre 7000 e 8000 anos antes do presente (before present) dois tipos de estimativas proxies para as concentrações do CO2.

Por um lado, os dados dos cilindros de gelo do Taylor Dome, no Antárctico, que são utilizados pelo IPCC para a reconstrução dos registos históricos oficiais e que revelam uma tendência temporal estável com valores de 260 ppmv a 264 ppmv (Indermuhle et al., 1999) *.

Por outro lado, os dados obtidos a partir dos estomas das folhas fósseis – pequenos poros das folhas onde se troca CO2 na fotossíntese – que demonstram concentrações de CO2 variando amplamente numa faixa de 50 ppmv, isto é, entre 270 ppmv e 326 ppmv (Wagner et al., 2002) *.

Esta diferença sugere com grande ênfase que os cilindros de gelo não constituem um protótipo adequado à reconstrução da composição química da atmosfera ancestral.

Os valores anunciados para o CO2 dos cilindros de gelo são artificiais. Devem-se aos processos físico-químicos verificados nos mantos de gelo e nos cilindros daí retirados. São concentrações 30 % a 50 % mais baixas do que as da atmosfera original.

O gelo é uma matriz imprópria para tais estudos químicos e mesmo os métodos analíticos mais avançados não ajudam quando a matriz e as amostras são inadequadas.

Ainda os estudos básicos sobre a diferenciação de gases nas amostras não tinham tido início e já tinham sido publicados, durante as últimas décadas, múltiplos estudos glaciários, com o objectivo de demonstrar que:

1) Os gases com efeito de estufa eram responsáveis pelas alterações climáticas;
2) O seu teor na atmosfera tinha aumentado devido às actividades humanas.

Estes estudos foram prejudicados quer pela manipulação e interpretação unilateral dos dados, quer pela rejeição arbitrária de valores, tanto os que indiciavam uma elevada concentração de gases com efeito de estufa no gelo anterior à época industrial, bem como os que indiciavam teores mais baixos em amostras recentes (Jaworowski, 1994a; Jaworowski et al., 1992b) *.

Se os dados respeitantes ao CO2 existente nos cilindros de gelo tivessem sido correctamente interpretados, teriam constituído uma prova de que durante os anteriores 650 000 anos o CO2 não teve um efeito discernível na temperatura média global.

Isto por duas ordens de razão: em primeiro lugar, porque o aumento da temperatura surge antes do aumento da concentração do CO2; em segundo lugar, porque se observam reduzidos valores do proxy do CO2 nos cilindros de gelo durante os períodos quentes, tanto nos antigos como nos tempos modernos.

(continua)
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*A bibliografia pode ser consultada no original de Zbigniew Jaworowski.

quinta-feira, março 20, 2008

O Árctico não desapareceu, o Árctico não desaparecerá!

O mar gelado boreal está a passar pelo máximo sazonal de Inverno. A sua evolução foi extremamente positiva desde que iniciou a subida espectacular em Novembro de 2007.

Por mais profecias que se façam, o Árctico continua lá. Como se pode verificar na Fig. 106 o pico deste Inverno ultrapassou o do ano anterior. O aumento foi da ordem de um milhão de quilómetros quadrados da área de gelo. Aproximou-se dos 14 Mkm2.

Mas a Fig. 107 dá-nos uma imagem da evolução, quase-sinusoidal, da área desde que começaram as observações, em 1979. Pois o pico actual ultrapassou não só o do ano passado. Os dos anos de 2006, 2005 e 2004 ficaram abaixo do pico de 2008.

Mais interessante ainda, o pico de 2008 situou-se ao nível dos de 2000, 1996, 1991, 1989, 1984 e, até, 1981. Isto é, o pico de 2008 rondou o valor de há 27 anos.

Na fase final de subida para o pico de 2008 muito contribuiu a vacilação da área do Mar de Barents. Como se vê na Fig. 108, a área desta região oscilou entre sobe-e-desce desde Dezembro de 2007.

Foram as depressões de retorno do ar quente a causa deste fenómeno. Uma análise fina permitiria contabilizar e caracterizar os anticiclones móveis polares (AMP) que saíram com uma violência tal que atingiram a Ásia central, a China, o Canadá e os EUA do modo que se conhece.

A área somada do mar gelado do Árctico e do Antárctico, registada na Fig. 109, no momento do pico boreal de 2008, tem uma anomalia positiva de um milhão de quilómetros quadrados. Ou seja, a área global era mesmo superior à de 1981.

Isto significa que também o Antárctico, que está a atingir o vale de 2008, se situa igualmente numa excelente posição. Aliás, a criosfera*, tanto no Hemisfério Norte como no Sul, está em expansão. Ou seja, a Natureza afasta-nos do cenário de aquecimento global.

Mas as boas notícias não se ficam pela área dos mares gelados. Também a concentração do gelo boreal evoluiu satisfatoriamente . A Fig. 110 diz-nos que a concentração está em muito boas condições (cor roxa mais carregada), especialmente no quase-triângulo da geração de AMP.

Está explicada a violência dos AMP boreais do Inverno de 2008.

* A criosfera (criossistema) pertence ao sistema climático. É o subsistema formado pelas massas de gelo e de neve da Terra.

Fig. 110 - Árctico. Concentração do gelo. Fonte: Universidade de Illinois.

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Fig. 109 - Árctico e Antárctico. Fonte: Universidade de Illinois.

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Fig. 108 - Árctico. Mar de Barents. Fonte: Universidade de Illinois.

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Fig. 107 - Árctico.Mar gelado 1979-2008. Fonte: Universidade de Illinois.

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Fig. 106 - Árctico. Pico 2008. Fonte: Universidade de Illinois.

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quarta-feira, março 19, 2008

A verdade dos cilindros de gelo (4)

(Versão parcelar do artigo “CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time”, de Zbigniew Jaworowski)

Perante a crítica da falta de fiabilidade dos registos dos cilindros de gelo, os glaciologistas do CO2 limitam-se a afirmar que os registos provam que as alterações dos gases com efeito de estufa não são causadas por processos posteriores à deposição e que, portanto, reflectem com exactidão as alterações da composição atmosférica (Raynaud et al., 1993) *.

Só recentemente, muitos anos depois de todo o edifício do aquecimento global de carácter antropogénico, fundamentado nos cilindros de gelo, ter atingido uma dimensão desproporcionada é que as dúvidas levaram os glaciologistas a estudar o fraccionamento dos gases aprisionados no gelo e na neve (por exemplo, Killawee et al., 1998) *.

O estudo abordou a estrutura da neve e do firn (“neve velha”, que ainda não se tornou gelo, sendo portanto ainda permeável à água). Essa estrutura pode jogar um papel de primeira ordem na alteração da composição química dos gases contidos nos mantos de gelo (Albert, 2004; Leemanand et Albert, 2002; Severinghaus et al., 2001) *.

Recentemente, Brooks Hurd, um analista de gases com alto grau de pureza, confirmou serem procedentes as críticas sobre os estudos do CO2 contido nos cilindros de gelo. Hurd verificou que o efeito de difusão de Knudsen combinado com a difusão interna, diminui radicalmente o CO2 nos cilindros de gelo expostos às variações drásticas de pressão (até 320 bars – mais do que 300 vezes a pressão atmosférica normal), minimiza as variações e reduz os máximos de concentração (Hurd, 2006) *.

Não admiram, pois, os valores diminutos de concentrações de CO2 apresentados pelo IPCC, respeitantes a épocas que vão até 650 mil anos atrás. Foram alcançados através de uma metodologia e de critérios duvidosos.

Não existe base de sustentação para afirmar que as recentes concentrações medidas directamente na atmosfera ultrapassam todas as anteriores, até há 650 mil anos, avaliados de modo errado. Eis mais uma prova de que a teoria do IPCC não possui credibilidade.

(continua)
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*A bibliografia pode ser consultada no original de Zbigniew Jaworowski.

segunda-feira, março 17, 2008

A verdade dos cilindros de gelo (3)

(Versão parcelar do artigo “CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time”, de Zbigniew Jaworowski)

Além da falácia do sistema fechado, existem outras quatro hipóteses arbitrárias por trás da glaciologia do CO2 que são usadas para suportar a primeira hipótese citada anteriormente [que a concentração actual excede a dos últimos 650 mil anos]:

1. Não ocorre nenhuma fase liquida no gelo a uma temperatura média anual negativa de – 24 ºC ou inferior (Berner et al., 1977; Friedli et al., 1986; Raynaud et Barnola, 1985) *.

2. O aprisionamento do ar dentro do gelo é um processo mecânico sem diferenciação de componentes do gás (Oeschger et al., 1985) *.

3. A composição atmosférica original do ar incluído no gelo é preservada indefinidamente (Oeschger et al., 1985) *.

4. A idade dos gases contidos nas bolhas de ar é muito mais jovem do que a idade do gelo no qual essas bolhas foram aprisionadas (Oeschger et al., 1985) *, sendo a diferença de idades variável entre dezenas e várias dezenas de milhares de anos.

Há mais do que uma década foi demonstrada a invalidade destas quatro hipóteses fundamentais para a propaganda do IPCC. Os cilindros de gelo não podem ser considerados como um sistema fechado.

A invocação, por parte do IPCC, das baixas concentrações pré-industriais de CO2, e de outros gases com efeito de estufa, são um artefacto, uma criação humana.

A perfuração para obter os cilindros de gelo é um procedimento brutal e intrusivo que perturba drasticamente as amostras do gelo (Jaworowski, 1994a; Jaworowski et al., 1990; Jaworowski et al., 1992a e Jaworowski et al., 1992b) *.

Alguns destes processos, que causam o fraccionamento dos componentes do ar, estão relacionados com a solubilidade dos gases: na água fria o CO2 é 70 vezes mais solúvel do que o azoto (N2) e 30 vezes mais solúvel do que o oxigénio (O2).

A água líquida está comummente presente no gelo e na neve polar, até mesmo à temperatura negativa de -73 ºC, designada por temperatura eutéctica, à qual se verifica a cristalização simultânea dos componentes (ver a revisão do artigo Joworowski et al., 1992b) *.

Consequentemente, antes que os estudos experimentais excluam a existência destes processos de fraccionamento, as conclusões acerca das baixas concentrações pré-industriais de gases com efeito de estufa não podem ser consideradas válidas.

Tais estudos foram propostos pelo próprio Autor (Jaworowski, 1994a; Jaworowski et al., 1992b) mas nunca chegaram a ser executados, já lá vão vários anos.

(continua)
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*A bibliografia pode ser consultada no original de Zbigniew Jaworowski.

sábado, março 15, 2008

A verdade dos cilindros de gelo (2)

(Versão parcelar do artigo “CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time”, de Zbigniew Jaworowski)

Nunca foi demonstrado, experimentalmente, que os valores proxies obtidos a partir dos cilindros de gelos e adoptados pelo IPCC representem fielmente a composição atmosférica original (quando se deu a queda de neve que arrastou consigo as bolhas de ar).

Outros valores proxies – não relatados pelo IPCC – demonstram que, há muitos milhões de anos atrás, os teores de CO2 na atmosfera atingiram, em várias épocas, valores de 377 ppmv, 450 ppmv e mesmo 3500 ppmv (Kurschner et al., 1996; Royer et al., 2001) *. [ppmv = partes por milhão em volume.]

Esses valores mostram também que durante os últimos 10 mil anos os teores de CO2 foram, em regra, mais elevados do que os 300 ppmv, chegando a atingir 348 ppmv (Kurschner et al. 1996, Royer et al. 2001, Wagner et al. 1999, Wagner et al. 2002) *.

Os resultados destes últimos estudos provam a falsidade da afirmação de que as concentrações do CO2 no Holoceno estabilizaram entre 270 ppmv e 280 ppmv até ao surto da revolução industrial.

Os resultados dos referidos estudos pré-1985 são fortemente apoiados pelas medições directas do CO2 realizadas na atmosfera da era pré-industrial e na do século XX (ver a seguir).

Há dois mil milhões de anos o teor atmosférico do CO2 era 100 ou talvez mesmo 1000 vezes superior ao actual. De acordo com os modelos climáticos actualmente utilizados a Terra, nessa época, seria demasiado quente para albergar vida tal como a conhecemos (Ohmoto et al., 2004) *.

No entanto, provas geológicas sugerem que não haveria um aquecimento desmesurado como em Venus. A vida da Terra florescia nos oceanos e nos continentes com teores elevadíssimos deste “gás da vida”, a partir do qual se formaram os corpos de todos os seres vivos (Godlewski, 1873) *. Apesar disso, os “verdes” chamam agora ao CO2 um “poluente perigoso”.

(continua)
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*A bibliografia pode ser consultada no original de Zbigniew Jaworowski.

quinta-feira, março 13, 2008

A verdade dos cilindros de gelo (1)

(Versão parcelar do artigo “CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time”, de Zbigniew Jaworowski)

A análise das concentrações do dióxido de carbono introduzido nos cilindros de gelo é uma das bases de sustentação da hipótese do aquecimento global. Os cilindros retiram-se por perfuração de mantos de gelo, por exemplo, do Antárctico.

É importante aprofundar o resultado desta análise para se avaliar até que ponto são válidas certas afirmações que se encontram espalhadas nos relatórios do IPCC. Diga-se, desde já, que o estado actual de conhecimentos não suporta tais afirmações.

A hipótese fundamental da glaciologia do CO2 é a de que o ar contido nos cilindros de gelo pertence a um sistema fechado. O sistema fechado preservaria permanentemente as propriedades químicas e a composição isotópica dos gases nele contidos.

Deste modo, as bolhas de ar incorporadas nos cilindros de gelo seriam um protótipo apropriado para a reconstrução fiável da composição gasosa da atmosfera da era pré-industrial e até de atmosferas anteriores a esta.

No entanto, esta hipótese entra em conflito com amplas provas de vários estudos do CO2 antepassado. Estes estudos apontam em sentido contrário (vide o estudo revisto de Jaworowski e al., 1992b) *. O sistema não é isolado.

As estimativas proxies do nível atmosférico do CO2 dos cilindros de gelo, registadas desde 1985, apresentadas oficialmente, deram resultados aparentemente mais baixos do que os medidos recentemente na atmosfera. Mas as aparências iludem.

Para o autor Jaworowski, estimativas proxies significam resultados obtidos de acordo com a metodologia e os critérios seguidos em estudos considerados válidos pelo IPCC. Existem, no entanto, outras metodologias e critérios não considerados pelo IPCC.

De facto, antes de 1985, os cilindros de gelo podem indicar valores realmente muito mais elevados do que as concentrações atmosféricas recentes (Jaworowski et al., 1992b) *, conforme critérios diferentes dos proxies.

Os valores proxies indicam, erradamente, valores mais baixos desde há 650 mil anos (Siegenthaler et al., 2005) * em relação aos obtidos por métodos diferentes.

Os erros dos valores proxies mantêm-se nos seis períodos interglaciais (quentes) anteriores ao actual. Nesses períodos a temperatura média global chegou a situar-se até 5 ºC acima dos valores da nossa era interglacial!

Isto significa que ou os níveis atmosféricos do CO2 não têm influência discernível no clima (o que até é verdade) ou que as reconstruções proxies da composição química da velha atmosfera são falsas (o que também é verdade, como se verá a seguir).

(continua)
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*A bibliografia pode ser consultada no original de Zbigniew Jaworowski.

terça-feira, março 11, 2008

Quatro colossais erros do IPCC

(Versão parcelar do artigo “CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time”, de Zbigniew Jaworowski)

Continuemos a análise do recente Relatório do IPCC, de 2007. Existem quatro enormes erros que foram reproduzidos no “Sumário para Decisores Políticos”. Ei-los:

1. A concentração atmosférica do dióxido de carbono (o mais importante gás antropogénico com efeito de estufa) aumentou espectacularmente como consequência das actividades humanas. A concentração atmosférica de 379 ppmv (partes por milhão em volume), em 2005, ultrapassou a gama natural dos últimos 650 mil anos, de 180 ppmv a 300 ppmv;
2. Desde 1750, as actividades humanas provocaram aquecimento no clima;
3. O calor na última metade do século passado foi incomum. Foi o mais elevado dos últimos 1300 anos e foi “muito provavelmente” causado pelo aumento das concentrações dos gases antropogénicos com efeito de estufa;
4. Prevê-se a continuação do aumento desta concentração durante séculos. Entre 2090 e 2099 a temperatura média global aumentará 1,1 ºC a 6,4 ºC [em relação a 1990]. São profetizados vários cenários globais catastróficos se as emissões de origem humana não forem abatidas através de drásticas decisões políticas. Subestimam-se os malefícios óbvios do aquecimento, tanto para o homem como para toda a biosfera.

À excepção do primeiro, estes pontos são adornados pelo IPCC com qualificações [exóticas] tais como “likely”, “very likely”, “extremely likely”, “very high confidence” e “virtually certain” *.

Mas, de facto, todos estes pontos, do 1 ao 4, estão errados.

A primeira afirmação do “Sumário para Decisores Políticos”, sobre o aumento das emissões antropogénicas de CO2, é uma pedra angular no edifício do hipotético aquecimento global.

Esta afirmação é, simultaneamente, uma manipulação e uma meia-verdade. É verdade que o CO2 é “o mais importante gás antropogénico [não incluindo os naturais] com efeito de estufa”. Mas, muito mais importante é o vapor de água (gás natural) na atmosfera que contribui com 95 % para o efeito de estufa total.

Este facto fundamental não é mencionado em todo o “Sumário”. Também não é mencionado que 97 % das emissões globais anuais de CO2 são naturais e provêem dos solos e dos oceanos.

Os seres humanos adicionam apenas 3 % do valor global. Os 3 % de origem humana são responsáveis por uma minúscula fracção do efeito de estufa total, provavelmente, cerca de 0,12 % [que não tem influência na dinâmica do clima].

As propostas de transformação, ou de destruição, dos sistemas energéticos convencionais por causa desta ínfima contribuição humana, perante as variações naturais de longo prazo do CO2 atmosférico, são de uma total irresponsabilidade.

(continua)
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*Recorda-se que na terminologia IPCC, estas designações representam alguns dos hipotéticos graus de probabilidade que são votados pelos políticos de braço no ar.

Assim, em termos percentuais, as correspondências de todos os graus são classificados do seguinte modo (mantendo a designação anglo-saxónica que, normalmente, não se traduz, mesmo para o francês - o que é extraordinário):

Virtually certain > 99% probability
Extremely likely > 95% probability
Very likely > 90% probability
Likely > 66% probability
More likely than not > 50% probability
About as likely as not 33 to 66% probability
Unlikely < 33% probability
Very unlikely < 10% probability
Extremely unlikely < 5% probability
Exceptionally unlikely < 1% probability.

Do mesmo modo, os graus de confiança de uma afirmação ippciana ser correcta são classificados assim:

Very high confidence - At least 9 out of 10 chance
High confidence - About 8 out of 10 chance
Medium confidence - About 5 out of 10 chance
Low confidence - About 2 out of 10 chance
Very low confidence - Less than 1 out of 10 chance.

domingo, março 09, 2008

A grande fraude do CO2

(Versão parcelar do artigo “CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time”, de Zbigniew Jaworowski. Ver curriculum vitae na 1ª pág. do original)

Em 2 de Fevereiro de 2007, o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) expôs mais uma vez a sua fórmula mágica de encantamento ou invocação da catástrofe anunciada pelo aquecimento global provocado pelo Homem.

Após semanas de propaganda ruidosa foi apresentado o “Sumário para Decisores Políticos”, com 21 páginas. É um sumário do 4º Relatório de Avaliação (AR4 - Fourth Assessment Report, 2007) * do IPCC.

A apresentação, em Paris, foi feita em grande estilo na presença de uma multidão de políticos e de media, acompanhada pelo apagão da Torre Eiffel para mostrar que a energia eléctrica é uma coisa má.

O acontecimento provocou uma onda de histeria que percorreu todo o mundo. A propaganda foi o alvo principal deste documento claramente político. Quem o preparou foram representantes governamentais e burocratas das Nações Unidas.

Espantosamente, o Sumário foi publicado três meses antes do Relatório que tem 1600 páginas. O Relatório só foi publicado em Maio. Nas palavras do IPCC, este atraso explica-se pelo tempo necessário para ajustar o texto do Relatório ao do Sumário.

Ou seja, “… foram introduzidas alterações no Relatório que originou o Sumário para assegurar a consistência daquele com este…”. Nem uma única palavra do Relatório pode estar em conflito com as que os políticos aprovaram, de antemão, no Sumário!

Esta é uma forma estranha e incomum de trabalhar para um relatório científico. E mais estranha é a franqueza das palavras do IPCC acerca do atraso necessário. Demonstram a falta de integridade e de independência científicas.

Foi exactamente o mesmo modus operandi demonstrado nos três relatórios anteriores de 1990, 1995 e 2001: - Primeiro a política, depois a ciência.

O estilo IPCC foi fortemente criticado há alguns anos atrás em dois editoriais da revista Nature (Anónimo 1994, Maddox, 1991) *.

Em cada uma destas críticas, a Nature considerou o United Nations Scientific Committee on the Effects of Atomic Radiation (UNSCEAR) como exemplo ideal de preparação de relatórios científicos independentes e objectivos.

São relatórios sobre riscos de todas as fontes de radiação, incluindo armas e centrais nucleares. As avaliações UNSCEAR são apresentadas anualmente à Assembleia-geral das Nações Unidas e consideram-se bíblias da ciência da radiação ionizante.

Sim, o UNSCEAR satisfazia as exigências da Nature – mas pagou um elevado preço por esse facto.

Como os seus relatórios científicos diferiam largamente das visões catastróficas do United Nations Environmental Programme (UNEP) ou do ex-Secretário-geral das NU, a burocracia da ONU cortou verbas ao UNSCEAR.

Reduziu as verbas a um nível tal que causou uma paragem quase completa da actividade do UNSCEAR (Jaworowski, 2002) *. Não é obviamente o caso do IPCC que nada em dinheiro. O IPCC tem apoio dos políticos dominados pelo fanatismo ambientalista.

Nos últimos seis anos os EUA atribuíram aproximadamente 29 mil milhões de dólares para a investigação do clima, liderando mundialmente com uma afectação de recursos sem paralelo (The White House, 2007) *.

Estes quase 5 mil milhões de dólares anuais ultrapassaram quase o dobro da quantia atribuída ao Programa Appolo (2,3 mil milhões de dólares por ano) que em 1969 levou o Homem a pisar a Lua.

Um efeito colateral desta situação e a politização da agenda do clima foi descrito pelo meteorologista Piers Corbyn: “Os vastos fundos atribuídos ao lobby do aquecimento global servem para comprar a integridade de alguns cientistas.”

Levanta-se a seguinte questão: - Em que medida é que a atribuição destes imensos fundos serviram para limitar as emissões industriais de CO2, para promover Quioto, para alargar a actividade do IPCC e da propaganda catastrofista a nível mundial?

Se esta preocupação é genuína, então porque vemos uma tempestade de entusiasmo de ambientalistas e membros das Nações Unidas exigindo a substituição de centrais de queima de combustíveis fósseis por centrais nucleares?

Porque destacaram, agora, que as centrais nucleares não têm emissões de gases com efeito de estufa, que são amigas do ambiente, mais económicas e mais seguras para os trabalhadores e muito mais seguras para as populações do que outras fontes de energia?

Mas, em Nairobi, em Novembro de 2006, com 6000 seguidores de Quioto (incluindo Kofi Annan, os Presidentes do Quénia e da Suíça e um cortejo de ministros de 180 países), os participantes foram aconselhados a não fazer menção à energia nuclear (Comunicação particular de Prof. Maciej Sadowski, Dezembro de 2006).

Porque não vemos um esforço global em larga escala para substituir o motor de combustão interna dos automóveis por compressores de ar comprimido sem poluição? Esta solução foi inventada por Ludwik Mekarski, em 1870.

Jaworowski é, particularmente, favorável a esta tecnologia para os transportes. O artigo original apresenta alguns exemplos interessantes de aplicação. Só que a indústria automóvel é conservadora e dificilmente muda de tecnologia.

A preocupação não é genuína. Existem motivos escondidos atrás da histeria do aquecimento global. Podemos ilustrar com alguns exemplos (para uma referência completa, consultar Jaworowski, 1999) *.

Eis um trio exemplar de malthusianos por detrás da histeria do aquecimento global:

- Maurice Strong, que abandonou a escola com 14 anos de idade, estabeleceu um exotérico quartel-general global para o movimento New Age, no Vale de São Luis, Colorado. Contribuiu para o Relatório Brundtland, de 1987, que fez brotar o actual movimento Green. Mais tarde tornou-se conselheiro sénior de Kofi Annan. Presidiu à gigantesca (40 mil participantes) “Conferência das Nações Unidas para o Ambiente e o Desenvolvimento” do Rio de Janeiro, em 1992. Strong foi responsável, juntamente com outros milhares de burocratas, diplomatas e políticos, para o estabelecimento do Protocolo de Quioto. Afirmou, então: “Atingimos o ponto inicial do único caminho para salvar o mundo industrializado do colapso.” Strong concebeu a ideia do slogan político de “desenvolvimento sustentável” que, disse, pode ser implementado por uma questão de “erradicação da pobreza … redução do consumo de recursos … controlo dos níveis de mortalidade…

- Timothy Wirth, subsecretário de Estado de Assuntos Globais dos EUA, secundou a afirmação de Strong: “Estamos a resolver o aquecimento global. Mesmo que a teoria do aquecimento global seja errada, actuaremos acertadamente em termos de política económica e política ambiental.”

- Richard Benedick, funcionário superior do Departamento de Estado, Ministério dos Negócios Estrangeiros dos EUA, que afirmou: “Deve ser implementado um tratado sobre aquecimento global mesmo que não exista prova científica para se lutar contra o efeito de estufa antropogénico.”

(continua)
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*A bibliografia pode ser consultada no original de Zbigniew Jaworowski.

quinta-feira, março 06, 2008

Conferência condena histeria do aquecimento global

A Conferência Internacional do Clima, realizada em Nova Iorque, de 2 a 4 de Março de 2008, foi concluída com a aprovação da seguinte declaração:

Declaração de Manhattan sobre
Alterações Climáticas

O “aquecimento global” não representa uma crise global

Nós, cientistas e investigadores do clima e de áreas afins, economistas, decisores políticos e dirigentes de empresas, reunidos na Times Square, Nova Iorque, participando na Conferência Internacional sobre Alterações Climáticas, de 2008,

Consideramos que as questões científicas devem ser resolvidas pelo método científico;

Afirmamos que o clima sempre variou e continuará a variar, independentemente das actividades humanas, e que o dióxido de carbono (CO2) não é um poluente mas antes um componente indispensável à vida do planeta;

Reconhecemos que as causas e a extensão das recentes variações climáticas são tema de debate intenso na comunidade científica do clima e que as afirmações insistentemente repetidas de um suposto consenso entre especialistas do clima são falsas;

Afirmamos que os esforços dos governos, ao afixar na lei regulamentos que são gravosos para a indústria e para os cidadãos, no sentido de encorajar a redução das emissões de CO2 retardarão o desenvolvimento sem impacte significativo na evolução das variações climáticas do planeta. Tais políticas diminuirão significativamente a prosperidade futura e reduzirão a capacidade das sociedades para se adaptarem às inevitáveis variações do clima, aumentando desse modo, e não diminuindo, o sofrimento humano;

Observamos que um clima mais quente é na generalidade menos prejudicial à vida na Terra do que um clima mais frio;

Declaramos por este meio:

Que a pretensão de restringir emissões antropogénicas de CO2 corresponde a uma errada afectação de capital intelectual e de recursos, os quais deveriam ser dedicados a resolver problemas reais e sérios da humanidade.

Que não existe nenhuma prova convincente de que as emissões de CO2 das actividades industriais do passado, do presente e do futuro sejam a causa de variações climáticas catastróficas;

Que os esforços dos governos na aplicação de impostos e regulamentações penalizadoras para a indústria e para os cidadãos com o objectivo de reduzir emissões de CO2 resultarão na redução da prosperidade do Ocidente e na redução do progresso dos países em desenvolvimento sem afectar o clima;

Que a adopção de medidas de adaptação à medida das necessidades é extraordinariamente mais económica do que as tentativas de mitigação que desviam a atenção e recursos dos governos da resolução dos problemas reais dos seus povos.

Que a variação do clima pretensamente causada pelo Homem não é uma crise global.

Em consequência, recomendamos:

Que os dirigentes mundiais recusem os pontos de vista do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, das Nações Unidas, bem como dos trabalhos que ganharam popularidade, embora erróneos, como «Uma Verdade Inconveniente».

Que todos os impostos, regulamentos e outras intervenções destinados a reduzirem as emissões de CO2 sejam imediatamente abolidos.

Aprovado em Nova Iorque, a 4 de Março de 2008.
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Correção: Por indicação de um leitor, a quem se agradece, foi corrigida a tradução incorrecta "... e no progresso ..." que passou a "... e na redução do progresso ..." do parágrafo iniciado por "Que os esforços dos governos..."

quarta-feira, março 05, 2008

Relatos da Conferência

O presidente Joseph L. Bast da principal entidade organizadora The Heartland Institute emitiu três relatos sobre a Conferência Internacional realizada, em Nova Iorque, entre 2 e 4 de Março de 2008.

No primeiro relato enumera-se a presença de mais de 550 conferencistas que ultrapassaram os 400 previstos. Aos nove países indicados anteriormente no MC acrescente-se a Polónia, a Estónia e o Porto Rico.

Bast enunciou a presença de cientistas de 29 universidades e outras instituições académicas. Destacou a Universidade de Harvard, o Instituto Pasteur de Paris e a Real Universidade de Estocolmo.

O presidente considerou a realização da Conferência uma vitória contra os ataques ad hominem dos alarmistas. Nas suas notas de abertura distingue ataques ininterruptos da parte de Lyndon LaRouche e dos blogues DeSmogBlog e RealClimate.

A Conferência pode ser considerada um ponto de inflexão genuíno no debate universal sobre o «global warming». Os ataques ad hominem não resistem á razão da verdade e já raramente condicionam a opinião pública, como pretendiam.

Paradoxalmente, quanto mais se estuda o tema das alterações climáticas, menos se considera um assunto preocupante. A opinião pública vai ficando cada vez mais esclarecida.

No segundo relato Joseph L. Bast destacou o momento de tristeza pelo falecimento, no dia da abertura da Conferência, de Frederick Steiz que estava inscrito. Steiz foi presidente da Academia das Ciências dos EUA. Contribuiu para o prefácio do relatório NIPCC.

Indicou a comparência na Conferência de vários meios da comunicação social tais como os canais televisivos ABC, CBS, CNN e BBC. Dos jornais salientou a presença do The New York Times, Washington Post e o The Wall Street Journal, entre muitos outros.

O grande destaque do terceiro relato incidiu na apresentação do presidente da República Checa que foi reeleito há duas semanas. O presidente Vaclav Claus foi ovacionado e escutado atentamente.

O economista Vaclav Claus explicou a sua posição contrária ao alarmismo dos grupos radicais do movimento ambientalista. Este movimento apresenta as suas ideias como verdades indiscutíveis. Manipula a comunicação social e os decisores políticos, lança o pânico nas populações.

terça-feira, março 04, 2008

Repercussão da Conferência

A cortina de silêncio imposta pela maior impostura científica de toda a história da ciência sofreu alguns rasgos. Alguns media denunciam a teia de falsidades com que os envolveram desde longa data.

Relatos dos media sobre a 1ª Conferência Internacional sobre Alterações Climáticas elucidam quanto ao impacto causado pela iniciativa: Agência Noticiosa Checa, CBS News, Finacial Post, Human Events, Investor, Reuters, The New York Sun, The New York Times, The Wall Street Journal e Washington Post.

A Agência relata a participação na Conferência e uma entrevista à CNN do Presidente da República Checa, Vaclav Klaus.

A CBS com o título «Cold water on ‘global warming’» anuncia participantes que vieram do Reino Unido, da Hungria, da Austrália, do Canadá, dos EUA e da República Checa. Faltou indicar mais países tais como a Rússia, a Suécia e a Nova Zelândia.

O Financial Post dedica atenção à apresentação de um relatório do NIPCC (Nongovernamental IPCC, com “I” de International e não de Intergovernmental) que tem um link apropriado.

O Human Events afirma que a Conferência desmente o propalado consenso. Critica os if,if, if de Al Gore e do seu assessor James E. Hansen que servem para anunciar a chegada do dia do juízo final.

O Investor diz que as imagens dos satélites da NASA mostram que nem o Josefino Comiso (analista da NASA, já referido no MC) consegue esconder a recuperação do mar gelado do Árctico.

O The New York Sun e o The New York Times salientam que os trabalhos da Conferência refutam as teses apocalípticas do IPCC. É de salientar que o TNYT é um farol para as falsidades reproduzidas pelos media do Mundo inteiro.

O The Wall Street Journal destaca o slogan da Conferência «Global Warming is not a Crisis» para atacar a ideia de um consenso que na realidade não existe a não ser na propaganda dos alarmistas do IPCC.

O Washington Post começa por destacar a participação de Lord Monckton que foi assessor científico da madame Thatcher que alguns apontam como precursora do embuste do «global warming» para atacar os mineiros do carvão.

O jornalista Andrew C. Revkin, do New York Times, autor do livro com o título catastrofista «The Nord Pole Was Here», de 2006, também escreveu no seu blogue.

As pistas referentes aos media obtiveram-se no blogue The Reference Frame do físico checo Lubos Motl.

segunda-feira, março 03, 2008

Primeiro dia da 1ª Conferência Internacional do Clima

Surpreendentemente, soube-se que Al Gore fora convidado para se dirigir à 1ª Conferência Internacional sobre Alterações Climáticas. Fora mesmo reunido o prémio de 200 mil dólares que ele cobra pelas suas apresentações. Mas ele declinou.

Soube-se também que foram ainda convidados dois dos principais cientistas do GISS-NASA, James Hansen e Gavin Schmidt. Este é simultaneamente um dos editores do blogue RealClimate.org. Mas declinaram também o convite, fugindo ao debate.

Sondagens recentes mostram que 50 % dos americanos não estão convencidos que o aquecimento global seja uma ameaça séria. Al Gore, James Hansen e Gavin Schmidt perderam uma oportunidade excelente para diminuir aquela percentagem.

Mas os promotores da Conferência confiam que Hansen e Gavin se decidam a deslocar dois quarteirões de Nova Iorque, do local da Columbia University até ao da Conferência, para convencer os conferencistas (400 pessoas) da bondade das suas mensagens.

O GISS – Goddard Institute for Space Studies situa-se dentro da Columbia University, em Nova Iorque. Como se sabe, Hansen é reconhecidamente o pai do «global warming» quando em 1988 embrulhou o Congresso dos EUA com este embuste.

Nota: No primeiro parágrafo foi substituída a expressão verbal "fora mesmo oferecido" pela "fora mesmo reunido".

domingo, março 02, 2008

Conferência Internacional do Clima

Teve hoje início, em Nova Iorque, a 1ª Conferência Internacional sobre Alterações Climáticas, de 2008. É organizada pelo The Heartland Institute. O período da Conferência vai de 2 a 4 de Março.

O website da Conferência anuncia uma 2ª Conferência, em Londres, no ano 2009. Vai ser lançado um jornal e constituída uma Associação de oposição ao alarmismo vigente. Pretende-se criar uma corrente de opinião alternativa à do IPCC, a nível mundial.

A lista dos oradores inclui distintos cientistas de todo o Mundo. O Programa da Conferência e o Horário indicam o seu desenvolvimento. Foram convidados colaboradores do IPCC que não aceitaram o convite, fugindo à discussão.

sábado, março 01, 2008

Austrália acaba Verão com frio e neve

O jornal australiano The Age informa que o Verão terminou com muito frio e neve na Austrália. O Daily Telegraph, também australiano, salienta: "Onda de frio antecipa começo de Inverno".

Como no Verão se sentiu calor acompanhado de chuva acima da média, os australianos ficaram surpreendidos com o aparecimento da neve em fim de estação. Fez muito frio em Queensland, Nova Gales do Sul e Victoria. A temperatura chegou a -3,8ºC.

Agora, os meteorologistas antecipam mais um Inverno com muita neve e temperaturas abaixo da média. É quase como se não tivessem tido Verão com o frio a manter-se desde o final de 2007 e poucos dias quentes.

Como sempre, tem de se procurar explicações na origem destas tempestades de neve. Acusar a La Niña é uma forma de se fugir à situação real do Antárctico que se apresenta bem frio e com muito gelo apesar das notícias alarmistas do costume.

O excelente blogue MetSul mostra pormenores fotográficos interessantes sobre este acontecimento.

Entre os promotores do alarme permanente encontram-se, destacadamente, o Diário de Notícias e o Público. Qualquer deles desprezou a situação gravíssima na Ásia central e na China. Mas a recolha de lixo noticioso não teve limites.

No Público o facciosismo começa a ser escandaloso. Seria interessante conhecer a opinião do proprietário do jornal. Sendo engenheiro e, tanto quanto tem mostrado, uma pessoa de espírito aberto subscreve uma tal manobra de desinformação?

Qual a razão, por exemplo, por que não publicam notícias como a que se encontra bem desenvolvida no blogue World Climate Report que analisa o artigo científico “A doubling in snow accumulation in the western Antarctic Peninsula since 1850”.

Este artigo foi publicado na revista «Geophysical Research Leters», 35, 2008». Foi escrito por E. R.Thomas, G. J. Marshall, e J. R. McConnell. Estes autores desmentem categoricamente as notícias publicadas no DN e no Público. Mas comprovam a situação que se verificou agora na Austrália.