O CO2 e a temperatura média global
Por Jorge Pacheco de Oliveira
Como se sabe, a teoria do global warming imputa às emissões antropogénicas de dióxido de carbono graves responsabilidades no que respeita a um presumível e perigoso aumento da temperatura média global da superfície terrestre.
Os cépticos não aceitam esta responsabilidade e ultimamente têm apresentado um argumento que se afigura razoável, que é o facto de há cerca de dez anos não se observar um aumento da temperatura média global do planeta, não obstante as emissões antropogénicas de CO2 terem continuado ao mesmo ritmo.
Os alarmistas ou, pelo menos, os que não se revêem nas opiniões dos cépticos, trouxeram a terreiro um contra-argumento : a ausência de subida da temperatura global nos últimos anos, apesar do aumento contínuo da concentração de CO2, pode dever-se ao facto de a concentração de CO2 não ser a única variável de que depende a temperatura da superfície terrestre.
Há que reconhecer que o argumento faz sentido. Faz, mas não é defensável.
Em primeiro lugar, impõe-se um reparo : os teóricos do global warming têm recorrido a uma expressão logarítmica (vide os relatórios do próprio IPCC) em que a variação da temperatura é condicionada por uma única variável independente, a concentração do CO2. Se a expressão, afinal, não dá conta do fenómeno, será bom corrigi-la.
Em segundo lugar, já há muito que se sabe que a temperatura global do planeta não depende apenas da concentração de CO2. Antes pelo contrário, há mesmo razões para acreditar que é a concentração (natural) de CO2 que depende da temperatura global, sobretudo da temperatura dos oceanos, em que se encontram dissolvidas grandes quantidades de CO2, que podem ser libertadas ou aprisionadas quando a temperatura das águas aumenta ou diminui, respectivamente.
Trata-se de um fenómenos que os dados disponíveis levam a crer que tem ocorrido ciclicamente ao longo da vida do planeta com um desfasamento temporal da ordem de 600 a 800 anos. Ou seja, primeiro ocorre a variação da temperatura e só depois a variação concomitante da concentração atmosférica do dióxido de carbono. Faz toda a diferença, mas parece não convencer os alarmistas.
Obviamente, resta espaço para dizer que a actual concentração do CO2 não é a natural, uma vez que as emissões antropogénicas têm dado um contributo que não será despiciendo. Sim, mas o cerne da questão continua o ser o mesmo : saber se o acréscimo que é da responsabilidade do Homem pode ter, ou não, repercussões catastróficas no clima do planeta.
Há quem esteja convencido disso, mas as provas que são apresentadas revelam um toque de fantasia, para dizer o mínimo, e de crença religiosa, que não são aceites por quem prefere uma abordagem racional, com argumentos que nunca são contraditados, por exemplo : o contributo do vapor de água para o efeito de estufa ultrapassa largamente o do CO2 ; as quantidades de CO2 que são libertadas e aprisionadas pela superfície terrestre, quer na terra, quer nos oceanos, são de tal forma superiores às emissões antropogénicas durante um mesmo período que imputar a estas a responsabilidade por catástrofes climáticas não pode ser levado a sério.
Como se sabe, a teoria do global warming imputa às emissões antropogénicas de dióxido de carbono graves responsabilidades no que respeita a um presumível e perigoso aumento da temperatura média global da superfície terrestre.
Os cépticos não aceitam esta responsabilidade e ultimamente têm apresentado um argumento que se afigura razoável, que é o facto de há cerca de dez anos não se observar um aumento da temperatura média global do planeta, não obstante as emissões antropogénicas de CO2 terem continuado ao mesmo ritmo.
Os alarmistas ou, pelo menos, os que não se revêem nas opiniões dos cépticos, trouxeram a terreiro um contra-argumento : a ausência de subida da temperatura global nos últimos anos, apesar do aumento contínuo da concentração de CO2, pode dever-se ao facto de a concentração de CO2 não ser a única variável de que depende a temperatura da superfície terrestre.
Há que reconhecer que o argumento faz sentido. Faz, mas não é defensável.
Em primeiro lugar, impõe-se um reparo : os teóricos do global warming têm recorrido a uma expressão logarítmica (vide os relatórios do próprio IPCC) em que a variação da temperatura é condicionada por uma única variável independente, a concentração do CO2. Se a expressão, afinal, não dá conta do fenómeno, será bom corrigi-la.
Em segundo lugar, já há muito que se sabe que a temperatura global do planeta não depende apenas da concentração de CO2. Antes pelo contrário, há mesmo razões para acreditar que é a concentração (natural) de CO2 que depende da temperatura global, sobretudo da temperatura dos oceanos, em que se encontram dissolvidas grandes quantidades de CO2, que podem ser libertadas ou aprisionadas quando a temperatura das águas aumenta ou diminui, respectivamente.
Trata-se de um fenómenos que os dados disponíveis levam a crer que tem ocorrido ciclicamente ao longo da vida do planeta com um desfasamento temporal da ordem de 600 a 800 anos. Ou seja, primeiro ocorre a variação da temperatura e só depois a variação concomitante da concentração atmosférica do dióxido de carbono. Faz toda a diferença, mas parece não convencer os alarmistas.
Obviamente, resta espaço para dizer que a actual concentração do CO2 não é a natural, uma vez que as emissões antropogénicas têm dado um contributo que não será despiciendo. Sim, mas o cerne da questão continua o ser o mesmo : saber se o acréscimo que é da responsabilidade do Homem pode ter, ou não, repercussões catastróficas no clima do planeta.
Há quem esteja convencido disso, mas as provas que são apresentadas revelam um toque de fantasia, para dizer o mínimo, e de crença religiosa, que não são aceites por quem prefere uma abordagem racional, com argumentos que nunca são contraditados, por exemplo : o contributo do vapor de água para o efeito de estufa ultrapassa largamente o do CO2 ; as quantidades de CO2 que são libertadas e aprisionadas pela superfície terrestre, quer na terra, quer nos oceanos, são de tal forma superiores às emissões antropogénicas durante um mesmo período que imputar a estas a responsabilidade por catástrofes climáticas não pode ser levado a sério.
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