domingo, dezembro 20, 2009

O falhanço de Copenhaga é uma vitória para a democracia e para a Ciência

Horácio, pensador latino, cunhou a expressão “parturient montes, nascetur mus”, que numa tradução livre significa a montanha pariu um rato. Aplica-se a todas as coisas pomposamente anunciadas e que na realização produzem uma grande decepção, ou seja, resultado pífio diante da expectativa gerada.

Nem tratado, nem convenção, mas apenas um acordo, nem este sequer aceite por todos os países. Texto confuso, que precisou de ser lido várias vezes e que prolongou a Cimeira do Clima (?) mais 24 horas, sem grande sucesso. E no qual o grande líder do Mundo, Barak Obama, nem uma vírgula introduziu. Um fracasso total.

Um fracasso apesar de toda a retórica dos verdes, dos ambientalistas radicais (não confundir com ambientalistas), dos governos ocidentais, da UE, da burocracia da ONU, da imprensa dominante intoxicante, dos pseudo-cientistas apanhados no Climategate.

Um fracasso de todos que tiveram os focos da atenção nas últimas semanas/meses, em que todos, sem excepção, levantaram bem alto as expectativas, que chegaram a lançar ameaças e que agora vão tentar menorizar o prejuízo.

A título de exemplo, o nosso primeiro-ministro, José Sócrates, até disse que "foi um passo em frente, tímido mas um passo em frente", apenas se esqueceu de dizer em que direcção. Será que ele sabe?

Presunção de que a raça humana consegue alterar o clima de forma consistente e arrogância de que consegue alterar o clima no sentido pretendido, têm sido os erros em que quase todos têm caído, baseados num pretenso "consenso" científico, numa "realidade" de ficção e numa campanha de propaganda a nível global sem par.

Será isto verdade? Por certo envolve um negócio de milhares de milhões de dólares (onde Al Gore está metido até às orelhas). Também Rajendra Pachuari, presidente do IPCC, é acusado de estar ligado ao negócio do comércio do carbono.

A Ciência sai vitoriosa desta luta contra as negociatas. E a democracia também sai vitoriosa da tentativa de formação de um governo supranacional de burocratas que decidiria qual o destino da humanidade.