A mudança de posição de David Evans
Colaboração de Jorge Pacheco de Oliveira
David Evans faz parte daquele grupo de cientistas que desmente o propalado consenso acerca da teoria do aquecimento global de natureza antropogénica.
Para os alarmistas, David Evans representa o pior que lhes pode acontecer. Depois de trabalhar seis anos ao lado dos crentes mudou de posição, passando decididamente para o campo dos cépticos.
David Evans possui formação em matemática e engenharia, é detentor de seis graus universitários, incluindo um doutoramento na Universidade de Stanford e entre 1999 e 2005 trabalhou no Australian Greenhouse Office – actualmente integrado no Office of Climate Change – tendo sido o responsável pela criação da aplicação computacional FullCAM destinada a verificar se as emissões de carbono na Austrália, associadas ao uso da terra e das florestas, estavam em conformidade com o Protocolo de Quioto.
Num artigo publicado em 18 de Julho de 2008, no “The Australian” online, intitulado “No smoking hot spot”, David Evans deixou bem vincadas as razões para a sua mudança de posição.
Segundo as suas palavras, na altura em que começou a trabalhar no Australian Greenhouse Office, a ideia de que as emissões de carbono causavam o aquecimento global pareciam ter fundamento : o dióxido de carbono é um gás com efeito de estufa, existiam os dados obtidos nos cilindros de gelo e não havia motivos para suspeitar de que não fosse assim.
Embora reconhecendo que as provas não eram conclusivas, Evans admitia que não se justificava esperar por uma confirmação, uma vez que tudo indicava ser necessário actuar rapidamente. Foi assim que, de um momento para o outro, o governo e a comunidade científica começaram a trabalhar em conjunto, tendo sido criados inúmeros postos de trabalho orientados para a pesquisa científica.
Os cientistas tinham apoio político, eram ouvidos pelo governo, dispunham de grandes orçamentos e podiam sentir-se, justificadamente, pessoas importantes e úteis à sociedade. Evans confessa que ele próprio se sentia assim. Os tempos eram heróicos. Os cientistas estavam a trabalhar para salvar o planeta.
Todavia, já desde 1999 que se estavam a acumular provas que vinham enfraquecendo seriamente a hipótese de que as emissões de carbono fossem a principal causa do aquecimento global. E por volta de 2007 tornou-se claro que o carbono desempenhava apenas um papel secundário, não sendo de todo a principal causa do recente aquecimento global.
E Evans cita as palavras do economista John Maynard Keynes, que ficaram célebres, quando uma vez foi interpelado por ter mudado de opinião, durante a Grande Depressão, relativamente à política monetária : “Quando os factos mudam, eu mudo a minha opinião. E o senhor o que faz?”
A propósito de Keynes, e em jeito de observação, é interessante revelar que em 1945 este celebrado economista fez parte da administração da British Eugenics Society. Em 1946, Keynes declarava acerca da eugenia : "é a mais importante, a mais significativa e, acrescentaria eu, o mais genuino ramo da sociologia”. Como se sabe, a eugenia acabou por ser reconhecida como uma teoria fantasista e sem base científica, tendo sido decididamente abandonada após as criminosas experiências dos nazis, que nela se inspiravam.
Não obstante, durante várias décadas, a eugenia foi entusiasticamente adoptada por inúmeras personalidades da ciência, da política e do espectáculo. A lista de nomes é impressionante e pode deixar-nos desconsolados acerca da capacidade de discernimento de pessoas que nos habituámos a admirar. Como justamente observou o recém falecido Michael Crichton, o exemplo da eugenia devia fazer meditar os adeptos da teoria do aquecimento global.
Voltando ao artigo de Evans, pode ler-se que ele reconhece nunca ter havido um debate público acerca das causas do aquecimento global, razão pela qual a maioria das pessoas e dos decisores políticos não está ciente dos factos mais relevantes. Em síntese, Evans enumera os seguintes aspectos (recomenda-se a leitura integral do artigo para apreensão das explicações) :
1) Não existe uma “assinatura” do aquecimento global. Durante anos foi procurada, mas nunca foi encontrada.
Evans refere-se ao “hotspot” constante do título do artigo, uma região da atmosfera situada a cerca de 10 km acima dos trópicos onde deveria ser encontrada uma temperatura mais elevada causada por um efeito de estufa acrescido. Nenhuma medição conseguiu encontrar esse ponto quente, permitindo concluir que o presumível aumento do efeito de estufa não pode ter causado o aquecimento global.
2) Não existe qualquer prova que suporte a ideia de que as emissões de carbono causem um significativo aquecimento global. Nenhuma!
3) Os satélites que medem as temperaturas do planeta mostram que a tendência de aquecimento terminou em 2001, tendo a temperatura média diminuído cerca de 0,6 ºC em 2004, regressando ao valor de 1980. Os termómetros situados em terra não são fiáveis porque as suas leituras se encontram deturpadas pelo efeito das “ilhas de calor urbano”.
4) Os recentes cilindros de gelo mostram que durante os últimos 500 mil anos se verificaram seis ciclos de aquecimento e arrefecimento, tendo as subidas de temperatura ocorrido em média 800 anos antes do correspondente aumento do teor de carbono na atmosfera. Isto diz-nos algo bastante importante acerca do que é a causa e do que é o efeito.
Este último aspecto foi conhecido e discutido em 2003. Não obstante, Al Gore fez o seu filme em 2005, apresentando os cilindros de gelo como a única e determinante prova de que as emissões de carbono provocam o aquecimento global.
Segundo Evans, num outro contexto político, os cínicos e experientes meios de comunicação social certamente teriam classificado a atitude de Al Gore como desonesta.
E, acrescentamos nós, apesar do seu peso manifestamente insustentável, Al Gore foi levado ao colo por uma legião de apoiantes embevecidos até à recepção de um Prémio Nobel.
David Evans prossegue chamando a atenção para o facto de o mundo já ter gasto 50 mil milhões de dólares com este assunto, desde 1990, nunca tendo sido encontrada qualquer prova de que o carbono atmosférico cause o aquecimento global.
As “provas” são apenas as observações feitas em dado momento por alguém que está convencido de que o carbono atmosférico causa o aquecimento global. Os modelos de computador e os cálculos teóricos não são provas. São apenas teoria.
E Evans termina o artigo perguntando o que irá acontecer na próxima década, à medida que se verifica que as temperaturas globais não aumentam. Na opinião de Evans, o Partido Trabalhista australiano, no governo desde Novembro de 2007, está a arruinar deliberadamente a economia apenas para reduzir as emissões de carbono.
De facto, em 24 de Novembro de 2007, Kevin Rudd, líder do Australian Labor Party, de centro-esquerda, ganhou as eleições e tornou-se Primeiro Ministro da Austrália. O seu primeiro acto oficial, assim que ocupou o gabinete, foi assinar a ratificação do Protocolo de Quioto.
David Evans não gostou nada da decisão de Kevin Rudd. Num longo artigo de 19 de Dezembro de 2008, intitulado "The ETS: Completely unnecessary" Evans começa por dizer que Kevin Rudd foi incapaz de ultrapassar os interesses que promovem o Anthropogenic Global Warming e termina com uma confrontação directa ao Primeiro Ministro australiano, dizendo o seguinte :
À medida que o público se apercebe do que está em causa, qual é o político que arrisca ser tão ideologicamente estúpido que decida arruinar desnecessariamente a economia cortando bruscamente as emissões de carbono? Hmmm, Kevin Rudd?
De facto, nos países anglo-saxónicos os cientistas parecem ter outra coragem e não se curvam perante os primeiros-ministros com a subserviência que se observa noutros países.
David Evans faz parte daquele grupo de cientistas que desmente o propalado consenso acerca da teoria do aquecimento global de natureza antropogénica.
Para os alarmistas, David Evans representa o pior que lhes pode acontecer. Depois de trabalhar seis anos ao lado dos crentes mudou de posição, passando decididamente para o campo dos cépticos.
David Evans possui formação em matemática e engenharia, é detentor de seis graus universitários, incluindo um doutoramento na Universidade de Stanford e entre 1999 e 2005 trabalhou no Australian Greenhouse Office – actualmente integrado no Office of Climate Change – tendo sido o responsável pela criação da aplicação computacional FullCAM destinada a verificar se as emissões de carbono na Austrália, associadas ao uso da terra e das florestas, estavam em conformidade com o Protocolo de Quioto.
Num artigo publicado em 18 de Julho de 2008, no “The Australian” online, intitulado “No smoking hot spot”, David Evans deixou bem vincadas as razões para a sua mudança de posição.
Segundo as suas palavras, na altura em que começou a trabalhar no Australian Greenhouse Office, a ideia de que as emissões de carbono causavam o aquecimento global pareciam ter fundamento : o dióxido de carbono é um gás com efeito de estufa, existiam os dados obtidos nos cilindros de gelo e não havia motivos para suspeitar de que não fosse assim.
Embora reconhecendo que as provas não eram conclusivas, Evans admitia que não se justificava esperar por uma confirmação, uma vez que tudo indicava ser necessário actuar rapidamente. Foi assim que, de um momento para o outro, o governo e a comunidade científica começaram a trabalhar em conjunto, tendo sido criados inúmeros postos de trabalho orientados para a pesquisa científica.
Os cientistas tinham apoio político, eram ouvidos pelo governo, dispunham de grandes orçamentos e podiam sentir-se, justificadamente, pessoas importantes e úteis à sociedade. Evans confessa que ele próprio se sentia assim. Os tempos eram heróicos. Os cientistas estavam a trabalhar para salvar o planeta.
Todavia, já desde 1999 que se estavam a acumular provas que vinham enfraquecendo seriamente a hipótese de que as emissões de carbono fossem a principal causa do aquecimento global. E por volta de 2007 tornou-se claro que o carbono desempenhava apenas um papel secundário, não sendo de todo a principal causa do recente aquecimento global.
E Evans cita as palavras do economista John Maynard Keynes, que ficaram célebres, quando uma vez foi interpelado por ter mudado de opinião, durante a Grande Depressão, relativamente à política monetária : “Quando os factos mudam, eu mudo a minha opinião. E o senhor o que faz?”
A propósito de Keynes, e em jeito de observação, é interessante revelar que em 1945 este celebrado economista fez parte da administração da British Eugenics Society. Em 1946, Keynes declarava acerca da eugenia : "é a mais importante, a mais significativa e, acrescentaria eu, o mais genuino ramo da sociologia”. Como se sabe, a eugenia acabou por ser reconhecida como uma teoria fantasista e sem base científica, tendo sido decididamente abandonada após as criminosas experiências dos nazis, que nela se inspiravam.
Não obstante, durante várias décadas, a eugenia foi entusiasticamente adoptada por inúmeras personalidades da ciência, da política e do espectáculo. A lista de nomes é impressionante e pode deixar-nos desconsolados acerca da capacidade de discernimento de pessoas que nos habituámos a admirar. Como justamente observou o recém falecido Michael Crichton, o exemplo da eugenia devia fazer meditar os adeptos da teoria do aquecimento global.
Voltando ao artigo de Evans, pode ler-se que ele reconhece nunca ter havido um debate público acerca das causas do aquecimento global, razão pela qual a maioria das pessoas e dos decisores políticos não está ciente dos factos mais relevantes. Em síntese, Evans enumera os seguintes aspectos (recomenda-se a leitura integral do artigo para apreensão das explicações) :
1) Não existe uma “assinatura” do aquecimento global. Durante anos foi procurada, mas nunca foi encontrada.
Evans refere-se ao “hotspot” constante do título do artigo, uma região da atmosfera situada a cerca de 10 km acima dos trópicos onde deveria ser encontrada uma temperatura mais elevada causada por um efeito de estufa acrescido. Nenhuma medição conseguiu encontrar esse ponto quente, permitindo concluir que o presumível aumento do efeito de estufa não pode ter causado o aquecimento global.
2) Não existe qualquer prova que suporte a ideia de que as emissões de carbono causem um significativo aquecimento global. Nenhuma!
3) Os satélites que medem as temperaturas do planeta mostram que a tendência de aquecimento terminou em 2001, tendo a temperatura média diminuído cerca de 0,6 ºC em 2004, regressando ao valor de 1980. Os termómetros situados em terra não são fiáveis porque as suas leituras se encontram deturpadas pelo efeito das “ilhas de calor urbano”.
4) Os recentes cilindros de gelo mostram que durante os últimos 500 mil anos se verificaram seis ciclos de aquecimento e arrefecimento, tendo as subidas de temperatura ocorrido em média 800 anos antes do correspondente aumento do teor de carbono na atmosfera. Isto diz-nos algo bastante importante acerca do que é a causa e do que é o efeito.
Este último aspecto foi conhecido e discutido em 2003. Não obstante, Al Gore fez o seu filme em 2005, apresentando os cilindros de gelo como a única e determinante prova de que as emissões de carbono provocam o aquecimento global.
Segundo Evans, num outro contexto político, os cínicos e experientes meios de comunicação social certamente teriam classificado a atitude de Al Gore como desonesta.
E, acrescentamos nós, apesar do seu peso manifestamente insustentável, Al Gore foi levado ao colo por uma legião de apoiantes embevecidos até à recepção de um Prémio Nobel.
David Evans prossegue chamando a atenção para o facto de o mundo já ter gasto 50 mil milhões de dólares com este assunto, desde 1990, nunca tendo sido encontrada qualquer prova de que o carbono atmosférico cause o aquecimento global.
As “provas” são apenas as observações feitas em dado momento por alguém que está convencido de que o carbono atmosférico causa o aquecimento global. Os modelos de computador e os cálculos teóricos não são provas. São apenas teoria.
E Evans termina o artigo perguntando o que irá acontecer na próxima década, à medida que se verifica que as temperaturas globais não aumentam. Na opinião de Evans, o Partido Trabalhista australiano, no governo desde Novembro de 2007, está a arruinar deliberadamente a economia apenas para reduzir as emissões de carbono.
De facto, em 24 de Novembro de 2007, Kevin Rudd, líder do Australian Labor Party, de centro-esquerda, ganhou as eleições e tornou-se Primeiro Ministro da Austrália. O seu primeiro acto oficial, assim que ocupou o gabinete, foi assinar a ratificação do Protocolo de Quioto.
David Evans não gostou nada da decisão de Kevin Rudd. Num longo artigo de 19 de Dezembro de 2008, intitulado "The ETS: Completely unnecessary" Evans começa por dizer que Kevin Rudd foi incapaz de ultrapassar os interesses que promovem o Anthropogenic Global Warming e termina com uma confrontação directa ao Primeiro Ministro australiano, dizendo o seguinte :
À medida que o público se apercebe do que está em causa, qual é o político que arrisca ser tão ideologicamente estúpido que decida arruinar desnecessariamente a economia cortando bruscamente as emissões de carbono? Hmmm, Kevin Rudd?
De facto, nos países anglo-saxónicos os cientistas parecem ter outra coragem e não se curvam perante os primeiros-ministros com a subserviência que se observa noutros países.
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