terça-feira, maio 31, 2005

Excentricidade da órbita

Toda a gente sabe que a órbita da Terra à volta do Sol não é circular mas sim elíptica (mesmo assim trata-se mais de uma curva real que anda aos “esses” à volta de uma elipse média) que, como tal, tem uma excentricidade que caracteriza o grau de achatamento da elipse em relação ao círculo.

Ora, essa excentricidade não é constante ao longo do tempo. A variação da excentricidade, relativamente fraca pois não ultrapassa 7 %, apresenta uma quase – periodicidade média de 100 mil anos, podendo variar entre 90 mil anos e 120 mil anos.

A relativa pequenez da excentricidade afecta pouco a quantidade total de energia global recebida no planeta por ano, com desvios da ordem de 0,2 %. Mas os contrastes sazonais são importantes e, adicionados aos que derivam de outras variações dos parâmetros orbitais, arrastam a causa primeira da sucessão quase – periódica das glaciações terrestres (ciclos de variações climáticas da ordem de 100 mil anos).

De qualquer modo, o aumento da excentricidade da órbita terrestre provoca o incremento do contraste Verão – Inverno num hemisfério e a redução desse contraste no outro, dependendo em cada caso das estações do ano em que ocorrem o afélio e o periélio.

Se num hemisfério o Verão coincide com o periélio e o Inverno com o afélio então a excentricidade é pronunciada pelo que a radiação solar durante o Verão será muito intensa e a radiação solar no Inverno será muito débil. Pelo contrário, no outro hemisfério os contrastes sazonais estão muito atenuados já que o Verão coincidirá com o afélio e o Inverno com o periélio.

1 Comments:

Blogger Benedito Estêvão Machipane said...

A excentricidade da órbita produz efeitos contrários nos dois hemisférios porque a radiação solar tamém varia consoante a variação da excentricidade da órbita numa escala de tempo enorme.

7:38 da tarde  

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