terça-feira, novembro 11, 2008

A maioria dos californianos disse não

O acto eleitoral para a presidência dos EUA, do dia 4 de Novembro de 2008, foi acompanhado de um certo número de referendos diferentes efectuados nos Estados. Na Califórnia os eleitores podiam votar várias propostas que o governador Arnold Schwarzenegger adicionou ao voto presidencial.

Duas delas relacionavam-se com o que se convencionou designar como “luta contra as alterações climáticas”. Eram as propostas 7 e 10, em que os californianos tinham de decidir relativamente ao financiamento da investigação e implementação de energias renováveis.

Na proposta 7 pretendia-se acrescentar todos os anos 2 % da produção de electricidade, de empresas de serviço público (Pacific Gas & Electric Company e Southern California Edison), através de energias renováveis. O objectivo final seria produzir electricidade por meio de energias renováveis até 40 %, em 2020, e 50 %, em 2025.

Um tal programa custaria 3,4 mil milhões de dólares por ano pagos pelo orçamento do Estado governado por Arnold Schwarzenegger, ou seja pelos contribuintes californianos. Além disso, os consumidores passariam a pagar uma conta de electricidade acrescida.

Actualmente, só 13 % da electricidade californiana provém da energia eólica e da energia solar. Anteriormente, o Estado tinha como objectivo subir esta percentagem até 20 % já em 2010, embora tivesse consciência da dificuldade de alcançar esta meta.

A outra proposta, registada com o número 10 nos boletins de voto, previa um financiamento de 5 mil milhões de dólares destinados à investigação de energias renováveis. Como sempre, era com o “pêlo do mesmo cão” que se investiria nesse programa.

A investigação seria voltada para a energia solar e para veículos movidos a energias ditas alternativas (designação sem sentido científico). Esta medida arrastaria o aumento do preço dos automóveis, das licenças de condução e das taxas de circulação.

Os californianos chumbaram ambas as propostas com os seguintes resultados:

Proposta 7..........Não: 64,9 % -- Sim: 35,1 %
Proposta 10........Não: 59,7 % -- Sim: 40,3 %


A proposta 7 não obteve a maioria em nenhum dos condados em que se divide administrativamente o Estado californiano. A proposta 10 obteve a maioria em apenas um dos condados (52 % sim e 48 % não).

Pode-se imaginar a consternação de Arnold Schwarzenegger e dos seus assessores, entre os quais se contava a elite de alarmistas da Universidade de Stanford (Donald Kennedy, Stephen Schneider, Paul Ehrlich, etc.).

O resultado é tanto mais surpreendente quanto se sabe que a Califórnia reúne o maior número de intelectuais (universidades, centros de investigação, empresas hightec, etc.) por unidade de superfície de todos os Estados norte-americanos, os quais são ludibriados pelos alarmistas com o estafado argumento de que o CO2 é um gás com efeito de estufa (o que não é mentira, mas o argumento é estafado porque o efeito de estufa do CO2 com origem antropogénica não tem as consequências catastróficas que os alarmistas preconizam).

Além disso, é neste Estado que se encontram os estúdios de cinema com as suas estrelas a apelaram ao voto Sim para salvar o planeta (Madonna, Leonardo di Caprio, Clint Eastwood, John Travolta, etc.). Os artistas também são facilmente enganados pelos alarmistas.

Este resultado, sem apelo nem agravo, surpreendeu os especialistas de sondagens que previam o contrário. Foi também uma enorme derrota para a quase totalidade dos media. Tanto para os locais como para os nacionais. Os media são largamente responsáveis pela desinformação geral que reina nestas matérias.

Muito recentemente, nas eleições para a Câmara de deputados do Canadá verificou-se, igualmente, uma derrota histórica dos alarmistas do partido chefiado por Stéphane Dion. Stéphane propunha-se também salvar o planeta com o slogan de Al Gore, “Cap and Trade” – cortar e negociar emissões. Os canadianos negaram a entrada no Parlamento de qualquer alarmista deste partido!

De assinalar que, uma vez mais, a comunicação social portuguesa não deu qualquer relevo a nenhum destes acontecimentos, claramente inconvenientes para a posição dos alarmistas climáticos. Tal atitude não pode resultar apenas de simples facciosismo. A comunicação social portuguesa é, obviamente, manipulada pelos alarmistas.

Ver resultados da Califórnia: Los Angeles Times.
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Fontes: Enerzine.com e Reuters.com