Antárctico, sempre
Mais uma vez o Antárctico foi falado nos media. Não por boas razões, como sempre. Lá voltam as distorções e o alarmismo militante. Há-de continuar assim até ao momento em que as mentirolas deixam de ter mercado de leitores.
Alguns leitores fizeram chegar ao MC notícias editadas no Le Monde (La perte des glaces de l'Antarctique s'est accélérée depuis une décennie) e no washingtonpost.com (Escalating Ice Loss Found in Antárctica - sem link directo).
No primeiro caso foi a leitora Conceição Berger, licenciada em Físico-Químicas, que acrescentou o comentário “Vi este artigo hoje no Le Monde que provavelmente já conhece e gostava de saber: afinal onde está a verdade? A Climatologia será uma ciência? Nunca vi nenhuma ciência que pudesse dizer o mesmo e o contrário com tantos seguidores...».
Os artigos podiam ter sido redigidos de forma correcta. Os autores deste género de distorções gostam de meter tudo quanto lhe vem à cabeça e, assim, tornam a leitura difícil.
Anuncia-se mais um artigo sobre a Península do Antárctico publicado na revista Nature Geoscience.
Aproveita-se para, mais uma vez, desinformar acerca da situação do Antárctico com frases do costume. Estaria a derreter mais depressa do que o previsto. Deste modo teriamos a possibilidade de assistir, brevemente, ao desaparecimento dos mantos de gelo do Antárctico.
Eric Rignot (do Propulsion Laboratory, NASA), publicou naquela revista, do dia 14 de Janeiro de 2008, o resultado das suas investigações que conduziram à realidade do crescimento dos mantos de gelo na região central do Antárctico (berço dos anticiclones móveis polares).
E, ao mesmo tempo, concluiu que a Península do Antárctico tem sofrido retracções como há muito se explora no sentido do alarmismo.
Na resposta à leitora, tivemos a oportunidade de dizer que a climatologia é uma ciência não exacta que passa por uma profunda crise de conceitos à porta de dar um salto qualitativo.
Já o devia ter feito desde que apareceram os satélites meteorológicos em meados do século passado. Mas por azar apareceram os computadores e os modelos climáticos que empataram essa evolução.
O artigo do Le Monde demonstra aquilo que foi dito acima e que a leitora reparou ao dizer que fala no mesmo e no contrário. A dinâmica do tempo e do clima do Antárctico é exemplar. Assim como no Árctico que é bem mais complexa.
É verdade que se encontram situações diferentes consoante a região do Antárctico. Em termos gerais, no centro os mantos de gelo cresceram e a temperatura diminuiu (desde 1974-75). Na Península (a cauda do continente que se parece com uma raia) a temperatura subiu e os mantos decresceram.
No centro nascem os anticiclones móveis polares cada vez mais potentes e frequentes e na Península regressam as depressões em forma de ar menos frio ou mais quente, como se queira chamar.
Os mantos de gelo da Península não são perenes. Avançam e recuam com o andar dos tempos (décadas, séculos e milénios). É assim que funciona o nosso admirável planeta.
Como é que os climatologistas clássicos que pararam de raciocinar hão-de poder explicar a realidade? No MC existe uma figura de origem NASA que mostra a evolução das temperaturas peliculares durante cerca de 20 anos. Confirma o que se diz atrás.
O Antárctico e o Árctico gozam de excelente saúde climática. Compreende-se que os alarmistas de profissão estejam sempre em cima deles à procura do menor indício que confirmaria as suas erradíssimas teses. Mas a Natureza não lhes dá satisfação.
Ainda a propósito de climatologia pode parecer oportuno refrescar leituras remexendo no fundo do baú: - "Pequena viagem pela Climatologia" (1), (2), (3), (4), (5).
Correcção: Foi corrigido o oitavo parágrafo. Os valores indicados (60 % a 140 % numa década) referiam-se à retracção na Península e não à expansão no centro do Antárctico.
Alguns leitores fizeram chegar ao MC notícias editadas no Le Monde (La perte des glaces de l'Antarctique s'est accélérée depuis une décennie) e no washingtonpost.com (Escalating Ice Loss Found in Antárctica - sem link directo).
No primeiro caso foi a leitora Conceição Berger, licenciada em Físico-Químicas, que acrescentou o comentário “Vi este artigo hoje no Le Monde que provavelmente já conhece e gostava de saber: afinal onde está a verdade? A Climatologia será uma ciência? Nunca vi nenhuma ciência que pudesse dizer o mesmo e o contrário com tantos seguidores...».
Os artigos podiam ter sido redigidos de forma correcta. Os autores deste género de distorções gostam de meter tudo quanto lhe vem à cabeça e, assim, tornam a leitura difícil.
Anuncia-se mais um artigo sobre a Península do Antárctico publicado na revista Nature Geoscience.
Aproveita-se para, mais uma vez, desinformar acerca da situação do Antárctico com frases do costume. Estaria a derreter mais depressa do que o previsto. Deste modo teriamos a possibilidade de assistir, brevemente, ao desaparecimento dos mantos de gelo do Antárctico.
Eric Rignot (do Propulsion Laboratory, NASA), publicou naquela revista, do dia 14 de Janeiro de 2008, o resultado das suas investigações que conduziram à realidade do crescimento dos mantos de gelo na região central do Antárctico (berço dos anticiclones móveis polares).
E, ao mesmo tempo, concluiu que a Península do Antárctico tem sofrido retracções como há muito se explora no sentido do alarmismo.
Na resposta à leitora, tivemos a oportunidade de dizer que a climatologia é uma ciência não exacta que passa por uma profunda crise de conceitos à porta de dar um salto qualitativo.
Já o devia ter feito desde que apareceram os satélites meteorológicos em meados do século passado. Mas por azar apareceram os computadores e os modelos climáticos que empataram essa evolução.
O artigo do Le Monde demonstra aquilo que foi dito acima e que a leitora reparou ao dizer que fala no mesmo e no contrário. A dinâmica do tempo e do clima do Antárctico é exemplar. Assim como no Árctico que é bem mais complexa.
É verdade que se encontram situações diferentes consoante a região do Antárctico. Em termos gerais, no centro os mantos de gelo cresceram e a temperatura diminuiu (desde 1974-75). Na Península (a cauda do continente que se parece com uma raia) a temperatura subiu e os mantos decresceram.
No centro nascem os anticiclones móveis polares cada vez mais potentes e frequentes e na Península regressam as depressões em forma de ar menos frio ou mais quente, como se queira chamar.
Os mantos de gelo da Península não são perenes. Avançam e recuam com o andar dos tempos (décadas, séculos e milénios). É assim que funciona o nosso admirável planeta.
Como é que os climatologistas clássicos que pararam de raciocinar hão-de poder explicar a realidade? No MC existe uma figura de origem NASA que mostra a evolução das temperaturas peliculares durante cerca de 20 anos. Confirma o que se diz atrás.
O Antárctico e o Árctico gozam de excelente saúde climática. Compreende-se que os alarmistas de profissão estejam sempre em cima deles à procura do menor indício que confirmaria as suas erradíssimas teses. Mas a Natureza não lhes dá satisfação.
Ainda a propósito de climatologia pode parecer oportuno refrescar leituras remexendo no fundo do baú: - "Pequena viagem pela Climatologia" (1), (2), (3), (4), (5).
Correcção: Foi corrigido o oitavo parágrafo. Os valores indicados (60 % a 140 % numa década) referiam-se à retracção na Península e não à expansão no centro do Antárctico.
<< Home