O caso do nível do mar (2)
Eis pois uma forma aparentemente simples de raciocínio do IPCC – «Faz calor, o gelo funde» – que não funciona bem na Natureza!
É também invocada uma outra relação primária: «a água quente dilata-se, o mar sobe», pelo que um aumento de 1 ºC da temperatura do ar arrastaria uma subida de 20 cm numa camada de água do mar de 200 m de espessura.
É isto tão simples e imediato? Em Breste, por exemplo, o nível médio do oceano é máximo de Outubro a Dezembro (+7 cm), e mínimo de Março a Agosto (–5 cm), enquanto que a temperatura média do ar é de 16,0 ºC em Agosto de 5,8 ºC em Fevereiro, ou seja uma amplitude média de 10,2 ºC para uma diferença de altura observada de 12 cm…
Mas as variações de temperatura e de nível do mar são inversas! Esta ausência de ligação directa mostra que a temperatura do ar não comanda a altura da água, e que as cotas elevadas são produzidas no Inverno por factores meteorológicos: a intensificação das tempestades e aceleração dos ventos de afluxo do sector sudoeste, e acréscimo da altura das vagas.
O factor atmosférico, que raramente ou mesmo não é tomado em conta nas previsões do IPCC, é assim fundamental para a variação do nível do mar. A pressão atmosférica (1 hPa corresponde a 1 cm) baixa o nível sob os anticiclones móveis polares e sob as aglutinações anticiclónicas, mas permite uma elevação sob as depressões.
Assim, por exemplo, a anomalia positiva do nível do mar do Pacifico equatorial revelado pelo Topex-Poséidon (projecto este que será citado de novo), ligada a uma anomalia positiva da temperatura durante os anos 1997-1998 (e subida imediata), resulta simplesmente do deslizamento para Sul do equador meteorológico vertical (EMV).
Esta translação manifesta-se em superfície por uma baixa de pressão sob os movimentos ascendentes do EMV, e uma migração das águas quentes da Contra-Corrente-Equatorial em direcção ao Este (que compensa a translação para oeste da Corrente Norte-Equatorial e da Corrente Sul-Equatorial impulsionadas pelos alísios norte e sul), aquecimento e elevação do nível (deslocados para o sul) que acompanham todos os episódios do El Niño, donde a origem é aerológica. Mas quem o sabe?
É também invocada uma outra relação primária: «a água quente dilata-se, o mar sobe», pelo que um aumento de 1 ºC da temperatura do ar arrastaria uma subida de 20 cm numa camada de água do mar de 200 m de espessura.
É isto tão simples e imediato? Em Breste, por exemplo, o nível médio do oceano é máximo de Outubro a Dezembro (+7 cm), e mínimo de Março a Agosto (–5 cm), enquanto que a temperatura média do ar é de 16,0 ºC em Agosto de 5,8 ºC em Fevereiro, ou seja uma amplitude média de 10,2 ºC para uma diferença de altura observada de 12 cm…
Mas as variações de temperatura e de nível do mar são inversas! Esta ausência de ligação directa mostra que a temperatura do ar não comanda a altura da água, e que as cotas elevadas são produzidas no Inverno por factores meteorológicos: a intensificação das tempestades e aceleração dos ventos de afluxo do sector sudoeste, e acréscimo da altura das vagas.
O factor atmosférico, que raramente ou mesmo não é tomado em conta nas previsões do IPCC, é assim fundamental para a variação do nível do mar. A pressão atmosférica (1 hPa corresponde a 1 cm) baixa o nível sob os anticiclones móveis polares e sob as aglutinações anticiclónicas, mas permite uma elevação sob as depressões.
Assim, por exemplo, a anomalia positiva do nível do mar do Pacifico equatorial revelado pelo Topex-Poséidon (projecto este que será citado de novo), ligada a uma anomalia positiva da temperatura durante os anos 1997-1998 (e subida imediata), resulta simplesmente do deslizamento para Sul do equador meteorológico vertical (EMV).
Esta translação manifesta-se em superfície por uma baixa de pressão sob os movimentos ascendentes do EMV, e uma migração das águas quentes da Contra-Corrente-Equatorial em direcção ao Este (que compensa a translação para oeste da Corrente Norte-Equatorial e da Corrente Sul-Equatorial impulsionadas pelos alísios norte e sul), aquecimento e elevação do nível (deslocados para o sul) que acompanham todos os episódios do El Niño, donde a origem é aerológica. Mas quem o sabe?
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