quarta-feira, maio 04, 2005

Anticiclones Móveis Polares (1)

Introdução

Eis-nos chegados ao mais importante motor do tempo e do clima do nosso planeta desde tempos imemoriais. O respeito que ele nos merece, leva-nos a ter uma certa paciência para desvendarmos os seus segredos com a maior profundidade possível, mesmo que isso custe algum esforço da parte de todos nós.

É uma tarefa que não é fácil mas que vale a pena. O nosso guia Prof. Marcel Leroux vai-nos ajudar a perceber como funciona a circulação geral que se processa na troposfera, especialmente nas camadas baixas.

As imagens dos satélites e as cartas sinópticas (instantâneas) dos campos de pressão e do vento mostram claramente a existência de massas anticiclónicas que partem das regiões polares Norte e Sul.

Esses elementos de observação também mostram o deslocamento daquelas massas de ar em direcção às regiões tropicais. Trata-se dos Anticiclones Móveis Polares (AMP) (vd. Fig. 5 de uma fotografia por via satélite).

Os AMP são os principais responsáveis pelas variações da pressão atmosférica, da direcção e da velocidade do vento, da temperatura, da humidade, da nebulosidade e da pluviosidade.

Essa responsabilidade é directa e visível, de maneira evidente, nas zonas extra-tropicais e indirecta, de modo menos evidente, nas zonas tropicais.

Os AMP são, em diversos graus, responsáveis pela variação perpétua do estado do tempo assim como pela variabilidade do clima em todas escalas de duração temporal.

Eles desmistificam não só a teoria pseudo-científica do aquecimento global devido aos gases com efeito de estufa de origem antropogénica como também as mal interpretadas alterações climáticas.

São os AMP que na sua passagem pelos vários pontos do planeta estabelecem campos de pressão (aumentos e baixas de pressão) e, consequentemente, aumentos ou diminuições da condução térmica da atmosfera que facilitam aumentos ou diminuições de temperaturas locais e regionais.

Foi exactamente a variação brusca da potência e do ritmo de nascimento dos AMP que provocou a partir da década de 70 do séc. XX uma variação do tempo que passou de clemente do período do Óptimo Climático Recente (meados do séc. XX) para um tempo rigoroso e variável.

Hoje, não se pode analisar seja o que for no domínio da meteorologia – climatologia sem ser com o auxílio do comportamento dos AMP. É disso exemplo, a explicação do que aconteceu no célebre período de calor estival do ano de 2003, que tantos rios de tinta fez correr entre os “iluminados” do “aquecimento global” (“cientistas” e media).

Tratou-se apenas de uma aglutinação de anticiclones móveis polares que se lembrou de passar as férias do Verão de 2003 sobre a Grã-Bretanha e impediu a passagem de ar polar. Foi curioso verificar a ansiedade desses “iluminados” do “aquecimento global”, quando se aproximou o Verão seguinte de 2004, e a desilusão enorme que tiveram por não terem tido mais uma oportunidade de continuar a alarmar a opinião pública. Os AMP foram, então, passear para outro lado...