Anticiclones Móveis Polares (2)
Origem dos AMP
Nas latitudes elevadas - Árctico e Gronelândia, no Norte, e Antárctico, no Sul -, o défice térmico permanente, mais significativo no Inverno, é responsável pelo arrefecimento do ar rente ao solo e pelo seu recalcamento.
O recalcamento do ar frio fá-lo solidarizar-se progressivamente com a rotação da Terra e quando o volume de ar frio atinge uma determinada massa crítica destaca-se e afasta-se dos pólos “voando” a média altitude (ou baixas camadas da atmosfera).
O nascimento de um AMP tem uma certa parecença com os remoinhos de vento que vemos nascer nas ruas e nos campos embora a génese seja diferente. Depois de destacadas – como gotas de água de uma torneira que pinga –, as massas de ar formam uma “lente” móvel de ar denso com cerca de 1500 metros de espessura média e 2000 a 3000 quilómetros de diâmetro.
A génese de um AMP é tão simples e bela como isto, fundamentada em princípios termodinâmicos elementares. Esta descrição está conforme com a realidade que se pode observar directamente através das imagens dos satélites meteorológicos. A simplicidade da origem de um AMP não é, no entanto, compatível com a complexidade da sua estrutura como se verá a seguir.
O nome de baptismo de anticiclone móvel polar foi atribuído por Marcel Leroux por compreender uma associação em movimento de um anticiclone com ar frio, o AMP propriamente dito (vd. Fig. 6), que é o motor do conjunto, um corredor depressionário periférico d e uma depressão fechada com ar quente D.
O corredor depressionário d e a depressão D estão estreitamente associados ao anticiclone AMP a quem devem a existência e as suas características. Salienta-se que as noções de ar quente e de ar frio têm um valor absoluto ou relativo.
O conjunto A-D-d desloca-se, não sendo confundível o deslocamento em massa do AMP com as direcções reais do vento, por um lado no AMP (de sentido anticiclónico), e por outra parte no corredor depressionário ou na depressão (de sentido ciclónico), deslocamento e ventos respondem ao princípio: mobilis in mobile.
A equipa de climatologistas do Laboratoire de Climatologie, Risques et Environnement (LCRE), de Lyon, França, dirigido pelo Prof. Marcel Leroux, reflectiu sobre as causas e os efeitos dos AMP até encontram explicações suficientemente fortes para serem aceites pela comunidade da climatologia.
As explicações coerentes começaram a amadurecer de tal modo que passaram a formar o esquema explicativo da moderna meteorologia – climatologia que refutou totalmente todas as concepções das escolas (linhas de pensamento) já então obsoletas.
Nas latitudes elevadas - Árctico e Gronelândia, no Norte, e Antárctico, no Sul -, o défice térmico permanente, mais significativo no Inverno, é responsável pelo arrefecimento do ar rente ao solo e pelo seu recalcamento.
O recalcamento do ar frio fá-lo solidarizar-se progressivamente com a rotação da Terra e quando o volume de ar frio atinge uma determinada massa crítica destaca-se e afasta-se dos pólos “voando” a média altitude (ou baixas camadas da atmosfera).
O nascimento de um AMP tem uma certa parecença com os remoinhos de vento que vemos nascer nas ruas e nos campos embora a génese seja diferente. Depois de destacadas – como gotas de água de uma torneira que pinga –, as massas de ar formam uma “lente” móvel de ar denso com cerca de 1500 metros de espessura média e 2000 a 3000 quilómetros de diâmetro.
A génese de um AMP é tão simples e bela como isto, fundamentada em princípios termodinâmicos elementares. Esta descrição está conforme com a realidade que se pode observar directamente através das imagens dos satélites meteorológicos. A simplicidade da origem de um AMP não é, no entanto, compatível com a complexidade da sua estrutura como se verá a seguir.
O nome de baptismo de anticiclone móvel polar foi atribuído por Marcel Leroux por compreender uma associação em movimento de um anticiclone com ar frio, o AMP propriamente dito (vd. Fig. 6), que é o motor do conjunto, um corredor depressionário periférico d e uma depressão fechada com ar quente D.
O corredor depressionário d e a depressão D estão estreitamente associados ao anticiclone AMP a quem devem a existência e as suas características. Salienta-se que as noções de ar quente e de ar frio têm um valor absoluto ou relativo.
O conjunto A-D-d desloca-se, não sendo confundível o deslocamento em massa do AMP com as direcções reais do vento, por um lado no AMP (de sentido anticiclónico), e por outra parte no corredor depressionário ou na depressão (de sentido ciclónico), deslocamento e ventos respondem ao princípio: mobilis in mobile.
A equipa de climatologistas do Laboratoire de Climatologie, Risques et Environnement (LCRE), de Lyon, França, dirigido pelo Prof. Marcel Leroux, reflectiu sobre as causas e os efeitos dos AMP até encontram explicações suficientemente fortes para serem aceites pela comunidade da climatologia.
As explicações coerentes começaram a amadurecer de tal modo que passaram a formar o esquema explicativo da moderna meteorologia – climatologia que refutou totalmente todas as concepções das escolas (linhas de pensamento) já então obsoletas.
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