Anticiclones Móveis Polares (3)
O deslocamento e a trajectória dos AMP
À partida, a massa de ar em movimento beneficia do valor máximo do turbilhão planetário (proximidade do eixo de rotação da Terra). O turbilhão local diminui a partir dos pólos em direcção ao equador.
O próprio turbilhão da massa de ar em movimento é superior ao turbilhão planetário local pelo que o deslocamento se efectua de um modo grosseiro de oeste para este, com uma componente meridional mais ou menos pronunciada.
Deste modo, o AMP desloca-se inicialmente no espaço mais depressa do que a deslocação da superfície da Terra (movimento conjunto para o este). Mas esta vantagem do movimento do AMP é passageira e amortece progressivamente.
O excesso de velocidade relativa diminui até se encontrar em equilíbrio com a velocidade de rotação da terra (o AMP fica então imóvel em relação ao planeta) até que pode inverter o movimento relativo (deslocamento do AMP para oeste) se outros factores não intervierem entretanto.
Ao mesmo tempo, o espalhamento do ar, isto é, a divergência associada à subsidência [é altura de acrescentar mais esta palavra ao léxico] – ou recalcamento do ar no interior do AMP aumenta a superfície de atrito com o ar envolvente e contribui para diminuir a velocidade de deslocamento.
A trajectória é comandada:
1 - Pelo próprio dinamismo, os AMP têm a direcção geral Noroeste/Sudeste no hemisfério Norte com uma componente meridional mais ou menos pronunciada, sendo mais desviada para os Trópicos no Inverno quando a potência e a velocidade dos AMP são mais fortes.
2 - Pelo relevo do terreno, com altitudes aproximadamente superiores a 1000 metros, isto é, próximo da espessura média dos AMP, e nomeadamente, pelos alinhamentos contínuos das cordilheiras.
O relevo canaliza a massa total ou parcial dos AMP e impõe-lhes trajectórias e determina as unidades de circulação (referidas anteriormente no blog) das baixas camadas.
Os edifícios geográficos importantes, como as Montanhas Rochosas (América do Norte) ou a Cordilheira dos Andes (América do Sul), assim como a linha de alturas que parte dos Montes do Ponto (Turquia, Mar Negro) até aos Himalaias - Tibete (Ásia) canalizam o conjunto do ar transportado pelos AMP, provocam a aglutinação dos AMP e formam vastas unidades de circulação nas quais todos os parâmetros climáticos covariam.
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