quinta-feira, abril 30, 2009

Entrevista à Novopress (5)

Este é o quinto post da entrevista à Novopress.
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5) «A terra transformou-se num enorme lixo», era uma frase que se ouvia com frequência no despoletar das causas ambientalistas. Não terá sido o carácter alarmista e culpabilizante dos discursos o factor que impossibilitou um debate saudável sobre esta matéria?

Claro que sim, como fica implícito na resposta à pergunta anterior. A Terra só se transformou num enorme lixo nas mentes deformadas dos alarmistas. Não conseguem perceber que só à medida que avança o progresso e o bem-estar das populações é que começa a preocupação com a conservação da Natureza.

Por que não vão eles pregar aos famintos do Chade para terem cuidado com a separação do lixo para a reciclagem. Uma chadiana faminta sem saber como alimentar os filhos seria capaz de entender a preocupação dos salvadores do planeta? O alarmismo climático tornou-se numa nova religião.

É preocupante ver como estrelas de cinema se tornaram políticos e políticos se tornaram estrelas de cinema propagando uma mentira colossal mas escondendo a sua hipocrisia de uma vida regalada com viagens em aviões particulares a jacto de um lado para o outro a propagar a fé do “aquecimento global”.

6) A comunicação social portuguesa tem dado algum tempo de antena às pessoas que como o senhor têm-se mostrado cépticos frente ao pensamento único das alterações climáticas?

De modo algum. Foi necessário protestar sistematicamente ao Provedor do Telespectador da RTP [Televisão de Portugal] com as reportagens desvirtuadas da televisão oficial paga por todos nós para o sr. Provedor realizar um programa dedicado ao assunto.

Entrevistaram-me durante quarenta e cinco minutos e passaram na RTP uns breves segundos. Quanto às estações de rádio e de televisão privadas nada se pode fazer já que as reportagens são escolhidas para aumentar as audiências.

Quanto às oficiais pagas simultaneamente pelos contribuintes tinham a obrigação de dar o mesmo tempo de antena às diversas opiniões para que os telespectadores tirassem conclusões pelas suas próprias cabeças e não pela cabeça dos alarmistas.

Ainda por cima, os convidados da RTP e da RDP [Rádio de Portugal] são sempre os mesmos sem competência na matéria. Alguns dos convidados apresentam mesmo profundo desconhecimento em climatologia. Pois são estes os mais assíduos na RTP e na RDP.

(continua)

quarta-feira, abril 29, 2009

Entrevista à Novopress (4)

Este é o quarto post da entrevista à Novopress.
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4) Os dados científicos de diversos grupos de pesquisa dão conta de grandes alterações no ecossistema, nomeadamente o esgotamento dos recursos fósseis, a presença teores elevados de metano e dióxido de carbono na atmosfera ou ainda o contínuo aumento da população mundial. Considera que se trata apenas de especulação ou de algo bem real?

O dióxido de carbono (e o metano) na atmosfera não tem nada a ver com alterações do ecossistema [que se subentendem], com o esgotamento dos recursos fósseis ou a com a população mundial. Reproduzo aqui o meu curto artigo publicado na Revista da CIP, Indústria, nº 73, de Jan/Fev de 2009:

O aquecimento global tornou-se um assunto mediático, sobretudo depois da seca observada nos Estados Unidos da América, no Verão de 1988. O receio de um novo e prolongado período de calor e de seca, como o que se verificou nos anos 1930 (cf. As Vinhas da Ira de John Steinbeck), explica a atenção particular dedicada à seca de 1988 e a dramatização que se lhe seguiu, até hoje.

Na verdade, a ideia do aquecimento global, com origem na emissão de gases com efeito de estufa (GEE) libertados na queima dos combustíveis fósseis, foi transformada num tema extremamente confuso, em que os alarmistas misturam tudo:

A poluição e o clima – tornou-se o clima num álibi para resolver a poluição. A evolução futura do clima é apresentada como um postulado e quem coloca dúvidas sobre o aquecimento global fica catalogado como favorável à poluição.

Os bons sentimentos e os interesses (in)confessados – alarma-se com um planeta em perigo, que é necessário salvar mas, em simultâneo, admite-se o direito de poluir, mediante o comércio de «direitos de emissão» de GEE.

As suposições e as realidades – apresentam-se modelos informáticos do clima sem relação directa com os mecanismos reais e avançam-se previsões tanto mais gratuitas quanto os prazos são mais longínquos (2100!).

O sensacionalismo e a seriedade científica – procura-se o furo jornalístico e ignora-se a informação devidamente fundamentada, com os políticos e os media a ajudar à confusão.

Os alarmistas pretendem ver sinais da catástrofe anunciada nalguns acontecimentos recentes (ondas de calor, secas, cheias, evolução natural do mar gelado do Árctico e do Antárctico) os quais, no entanto, não têm qualquer relação com as emissões de GEE.

Seleccionam as informações favoráveis à ideia do aquecimento, ocultando as que dão conta de situações de arrefecimento. O que domina incontestavelmente o debate, e mais o falseia, é que as alterações climáticas são um assunto de climatologia, que está a ser tratado, maioritariamente, por não especialistas, nomeadamente pelos ambientalistas.

Com uma complacência geralmente proporcional à ignorância dos fundamentos da disciplina, muitos dos que têm a audácia de se proclamar cientistas apenas propalam as hipóteses oriundas dos modelos.

Deve-se começar por colocar fortes reticências ao mito segundo o qual os relatórios do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) são preparados por «milhares de cientistas». É falso. Não provêm senão de uma pequena equipa dominante.

Os conhecimentos actuais sobre climatologia são em geral limitados. O IPCC reconhece-o quando refere que «A aptidão dos cientistas para fazer verificações das projecções provenientes dos modelos é bastante limitada…».

As explicações do IPCC não reflectem a verdade científica, que é extremamente complexa. São em regra simplistas, próximas do slogan, a fim de serem facilmente apreendidas. Quanto mais simples a mensagem, maior a hipótese de ser adoptada pelos políticos e pelos media.

Este conhecimento superficial e esquemático é também imposto pelas «simplificações inevitáveis, transpostas para os modelos», os quais não podem integrar todas as componentes dos fenómenos climáticos.

Esta falha explica também a fé cega atribuída a uma ciência – a climatologia – idealizada por alguns, ignorando, geralmente, que a climatologia está num verdadeiro impasse conceptual há mais de cinquenta anos.

A climatologia não dispõe de um esquema explicativo observável da circulação geral da atmosfera (fenómeno este que é fundamental) apto a traduzir a realidade das trocas meridionais de energia e vive na ignorância dos mecanismos reais.

Este impasse tem conduzido, entre outros, aos «falhanços» dos serviços de meteorologia dos EUA na previsão das trajectórias dos furacões tropicais, por deficiente conhecimento da sua dinâmica.

O conhecimento é substituído pela convicção (sincera, ou pela fé) do género «estou convencido de que o aquecimento global do planeta é uma realidade» ou «há quem não acredite no aquecimento global». Isto é a negação do método científico.

É, pois, necessário fazer um ponto da situação. Sem complacências nem concessões, aprofundado, rigoroso e unicamente centrado na climatologia, pois o estudo do clima deve ser deixado aos climatologistas.

Torna-se necessário desmascarar a pretensa ligação Homem – poluição – GEE – aquecimento global – alterações climáticas. O Homem, neste caso, está inocente e a acusação que lhe fazem não se justifica.”

(continua)

terça-feira, abril 28, 2009

Entrevista à Novopress (3)

Este é o terceiro post da entrevista à Novopress.
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3) No seu blogue é recorrente falar do livro «A Ficção Científica de Al Gore». Segundo o Rui porque razão Al Gore decidiu abraçar e tornar-se no principal porta-voz da causa à qual se chamou «aquecimento global»?

Al Gore é um político na reforma que se transformou num homem de negócios. Não me compete analisar o porquê da sua participação num debate eminentemente científico. Só me preocupa a sua nefasta participação neste debate por verificar a sua completa falta de conhecimentos na matéria e a enormidade de erros científicos que propaga.

Sendo um entertainer, a sua figura mediática pretende dar credibilidade aos erros científicos que o seu discurso comporta. Quando o filme “Uma Verdade Inconveniente” se estreou em Portugal, já o blogue Mitos Climáticos existia há algum tempo, alguns jovens dirigiram-se-me, quase todos cordialmente, no sentido de dizer que a minha actividade era inútil perante a acusação inapelável de Al Gore.

Também alguns amigos – mesmo diplomados! – ficaram aterrados perante as acusações visionadas no filme. Uma leitora, estudante de ciências, trocou várias mensagens pedindo-me explicações científicas que refutassem as afirmações de Al Gore.

Por mais que lhe explicasse acabou por dizer: - «Pois sim, acredito mais naquilo que ele diz…» E o que disse Al Gore? Apresentou imagens dramáticas, algumas com efeitos cinematográficos – como sejam as maquetas de plásticos a simular derrocadas de gelo de hipotéticos glaciares – como se tudo fosse culpa das actividades humanas. Cheias? Secas? Furacões? Subida dos oceanos? Tudo era devido ao aquecimento global e este era devido ao Homem.

Ele espalha a palavra como um mensageiro espiritual que pretende a nossa salvação e a salvação do Mundo. Só que ele mente, mente e mente… O livro com tradução em português «A Ficção Científica de Al Gore», de Marlo Lewis Jr., foi o primeiro livro a nível mundial – nem nos EUA se publicou antes de Portugal – que desmistifica as profundas mentiras de Al Gore.

É um livro com uma base científica profunda, de tal ordem que um Prof. do IST o aconselhou aos seus alunos do curso de mestrado IST-MIT. Ou seja, as mentiras de Al Gore são desmontadas umas atrás das outras com uma base científica irrefutável n’ «A Ficção Científica de Al Gore».

Neste momento, Al Gore está a formar milícias de jovens americanos para espalhar a sua mensagem como uma espécie de guardas vermelhos dos tempos de Mao-Tse-Tung… Ele já confessou que o assunto era espiritual.

(continua)

segunda-feira, abril 27, 2009

Entrevista à Novopress (2)

(Último parágrafo actualizado no dia 4 de Maio)

Este é o segundo post da entrevista à Novopress.
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2) O que o levou a escrever o blogue Mitos Climáticos e a mantê-lo desde 2005?

Colegas meus conhecedores dos estudos no domínio da climatologia disseram que era meu dever transmitir os meus conhecimentos aos nossos concidadãos antes que desaparecesse desta vida. Sugeriram a abertura de um blogue dedicado ao assunto.

Como não tinha conhecimentos suficientes em matérias ligadas às técnicas da informática, um deles abriu o blogue e disse: - «Agora é só escrever!». Nem sequer sabia como se publicava uma figura num blogue… No primeiro e no segundo ano do blogue publiquei uma espécie de tratado de climatologia moderna. Tinha a noção que era uma matéria de difícil divulgação.

Fiz grandes esforços para que o blogue se dirigisse ao maior número de pessoas sem grandes conhecimentos na matéria. Tive algum apoio do Prof. Marcel Leroux que me aconselhou determinadas pistas para explicar as suas teorias modernas. Inicialmente, o blogue tinha a caixa de comentários aberta e começaram a aparecer ofensas em escritos de gente que não suportava ver desmistificados os seus mitos.

Deste modo, vi-me obrigado a fechar a caixa de comentários e a discutir em privado com os leitores. Este processo tem sido enriquecedor, pois recebo muitas mensagens que me obrigam a estudar este ou aquele pormenor para satisfazer a curiosidade de leitores atentos e interessados em aumentar os seus conhecimentos e não em ofender.

Não posso esquecer colegas e amigos que me ajudam especialmente na revisão dos textos pois sou o único responsável pelo conteúdo do blogue. Já tive o prazer de publicar artigos de um distinto Prof. de climatologia do Brasil. Os leitores brasileiros são dos mais entusiastas com o desenvolvimento do blogue.

Recebo mensagens de leitores desde os mais modestos de Roraima aos leitores mais eruditos dos grandes centros do Brasil e de universidades. Prof. brasileiros dizem-me que aconselham os seus alunos a seguirem o blogue nos seus trabalhos de investigação.

Diga-se de passagem que o Brasil tem cientistas climáticos de elevadíssimo nível. De Portugal, também se me dirigem alguns Prof. universitários incentivando o meu trabalho de divulgação e, até, auxiliando-me em determinados aspectos das suas especialidades. Mas, de um modo geral, pedem-me para manter o anonimato.

Há leitores espalhados pelos seguintes países: Angola, Bélgica, Brasil, Cabo Verde, Chile, Espanha, Estados Unidos da América, Índia, Itália, Moçambique, Reino Unido, São Tomé e Príncipe, Uruguai e Portugal (Continental e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira).

(continua)

sábado, abril 25, 2009

Entrevista à Novopress (1)

Foi publicada online uma entrevista do editor do MC à Novopress. A entrevista pode ser lida na íntegra em Novopress. Esta agência publica todos os dias vários artigos e notícias dedicados aos órgãos de comunicação social em geral.

Devido à extensão da entrevista, MC vai reproduzi-la numa série de posts.
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1) Sr. Rui Moura, pode-se apresentar aos nossos leitores? Actividades, interesses, participação cívica, etc.?

Como estudante fui o que se considera um bom aluno. Sempre no quadro de honra e nos primeiros lugares nas escolas por onde passei. A instrução primária foi feita em Lourenço Marques de onde segui directamente para um colégio interno de índole militar, em Lisboa. Aqui fiz o secundário e um curso médio, chegando ao fim como Comandante de Batalhão. Fui o antecessor do meu grande amigo Dr. Medina Carreira que também foi Comandante de Batalhão.

Segui os estudos no Instituto Superior Técnico, de Lisboa, suportados por uma bolsa de estudo da Câmara Municipal de Lourenço Marques. Dada a minha preparação anterior, o curso universitário de seis anos foi completado com relativa facilidade. No IST também pertenci sempre ao quadro de honra e obtive os primeiros prémios do primeiro ao último ano. Assim, atribuíram-me os prémios do melhor aluno do 6º ano do Curso e de melhor aluno de todos os seis anos do Curso de Engenharia Electrotécnica. No IST encontrei grandes mestres como os Prof. Bento de Jesus Caraça, Mira Fernandes, Ferreira Dias e Ferrer Moncada. Fui convidado para Assistente deste último e, mais tarde, numa remodelação do IST, para Prof. Auxiliar.

A minha vida profissional foi ocupada no sector energético nacional por convite do Prof. Ferreira Dias. Depois do 25 de Abril, com a abertura dos cursos de mestrado, fiz o primeiro curso que se realizou no Instituto Superior de Economia e Gestão sobre economia, energia e ambiente. Neste curso encontrei grandes mestres franceses, especialmente no domínio da programação e gestão da energia. Recordo os Prof. Bertrand Chateau, Jacques Percebois e Pierre Criqui que foram consultores da Comissão Europeia.

Devido à boa classificação do curso de mestrado fui oficialmente convidado a ir trabalhar para a Comissão Europeia, em Bruxelas, como especialista português nos domínios do curso de mestrado. Encarregaram-me da gestão de vários Programas Comunitários relacionados com energia, ambiente, investigação e desenvolvimento e telecomunicações. Desse tempo não posso esquecer o Presidente Jacques Delors que marcou uma época na Comunidade Europeia.

Regressado a Portugal fui nomeado para trabalhar na Comissão do Plano Energético Nacional. Participei na elaboração do último Plano Energético Nacional de 1992. Durante os trabalhos de execução deste plano tive a oportunidade de pela primeira vez em Portugal, e com a experiência trazida de Bruxelas, abordar, em colaboração com o staff da Comissão do Plano Energético Nacional, a ligação do sector energético nacional com as emissões de gases para a atmosfera que era um tema da actualidade na Comissão Europeia. Foi publicado, em 1992, um relatório do Ministério da Indústria e Energia – de que na altura era ministro o Engº Mira Amaral – que hoje se pode considerar histórico, designado «Incidência Ambiental da Evolução do Sistema Energético. Emissões de SO2, NOx, CO2. 1990-2010.».

Durante a preparação dos estudos que originaram este relatório, tive oportunidade de discutir com os especialistas portugueses ligados ao assunto e verificar a falta de profundidade de conhecimentos existentes nesta matéria, a nível nacional. Reformei-me logo a seguir e dediquei-me ao estudo aprofundado da climatologia para tirar dúvidas e enriquecer os meus conhecimentos.

Fiz um curso de mestrado de meteorologia de uma universidade canadiana e verifiquei com espanto quanto difícil e débil eram os fundamentos desta matéria. Aumentou o meu respeito pelos meteorologistas e climatologistas por terem abraçado uma vida dedicada a uma matéria tão complexa e, ao mesmo tempo, tão pouco unificada. Para quem estava habituado ao estudo do electromagnetismo suportado por uma teoria tão forte como a das chamadas equações de Maxwell foi uma surpresa verificar que em meteorologia e climatologia existiam tantas escolas de pensamento com algumas contradições insolúveis e a falta de uniformidade e de síntese das várias escolas.

Aconselharam-me a participar num fórum internacional com os maiores meteorologistas e climatologistas internacionais – com opiniões diversas e às vezes contraditórias – até que descobri os trabalhos do climatologista francês Prof. Marcel Leroux, que fazia parte do fórum. Fiquei deslumbrado por encontrar pela primeira vez algo com lógica explicativa e baseado nas observações meteorológicas confirmadas pelas dos satélites que iniciaram a sua tarefa em 1979.

O Prof. Marcel Leroux mostrou-se desde logo aberto a me facilitar o caminho dos seus vastíssimos conhecimentos. Deu-me o privilégio de me considerar seu amigo e discípulo. Tudo o que sei se deve aos seus pacientes e persistentes ensinamentos. Consegui pô-lo em contacto com dois dos mais distintos Prof. de climatologia portugueses e esteve quase a iniciar uma colaboração apertada com uma universidade portuguesa não fora o seu falecimento prematuro.

Tenho ainda a esperança de colocar Portugal no topo da climatologia moderna ao entrelaçar uma universidade portuguesa com a Universidade de Lyon, França, onde o Prof. Marcel Leroux deixou uma escola que floresce com muitos alunos interessados nesta matéria. Um Prof. de climatologia de uma universidade portuguesa já se mostrou interessado no intercâmbio com a Universidade de Lyon. Falta arranjar o financiamento para levar à prática esse projecto.

Actualmente, sou o editor do blog: http://mitos-climaticos.blogspot.com

(continua)

terça-feira, abril 21, 2009

Mais sobre a entrevista de Rajendra Pachauri ao Expresso

Rajendra Pachauri podia ser um bom propagandista de um qualquer detergente. As respostas às questões científicas colocadas pelo jornalista Virgilio Azevedo revelam não só uma ignorância profunda mas também a forma como Rajendra Pachauri desempenha o papel de autêntico vendilhão de feira, ao responder de acordo com as conveniências de momento para promoção do produto.

Vejamos o exemplo das temperaturas. Em Novembro de 2008, Rajendra dizia que as temperaturas estavam a crescer a um ritmo mais rápido do que o previsto (“warming is taking place at a much faster rate”). Consultar MC e WUWT.

Afinal, as temperaturas não só não estavam a subir como estavam a descer. Agora, perante a questão de Virgílio Azevedo “Segundo o instituto meteorológico britânico (Met Office), a temperatura média global está a descer desde 2001. Acabou o aquecimento global?”, Rajendra não pestanejou, esquecendo-se do que tinha dito há cinco meses, e respondeu “sabiamente”:

«Não acredito que a tendência de subida das temperaturas venha a parar, mesmo que seja interrompida por sete ou oito anos, porque 2004 e 2005 foram anos muito quentes e no relatório de 2007 do IPCC constatámos claramente que onze dos últimos 12 anos estão entre os 12 mais quentes da História. Há uma diferença entre tempo e clima, e há mudanças naturais que não significam que tenha havido uma inversão de tendência. Pode haver mesmo declínio das temperaturas nos próximos dez ou 15 anos sem que a tendência para o aquecimento global se altere.»

Esta resposta comporta várias falsidades. Os anos 2004 e 2005 não foram muito quentes. E os onze dos últimos 12 anos não estão entre os 12 mais quentes da História. Tudo cheira a falso. É típico do IPCC e do seu chairman.

Foi pena que Virgílio Azevedo se tenha esquecido de perguntar a Rajendra Pachauri a opinião sobre o livro de Roy Spencer “Climate Confusion” (título que se aplica ao pensamento de Rajendra Pachauri) traduzido para português com o nome elucidativo “A Mentira do Aquecimento Global” (que se aplica ao IPCC e a Rajendra Pachauri).

Claro que Virgílio Azevedo teria de ter a paciência de explicar a Rajendra Pachauri que Roy Spencer é um climatologista de elevadíssimo nível. Roy monitoriza as temperaturas dos satélites da NASA que desmentem Rajendra Pachauri, tanto em Novembro de 2008 como em Abril de 2009.

segunda-feira, abril 20, 2009

A entrevista de Rajendra Pachauri ao Expresso

(Recensão de Jorge Pacheco de Oliveira)

Na oportunidade da sua deslocação a Portugal, para o almoço-conferência no Convento do Beato, Rajendra Pachauri concedeu uma entrevista ao semanário Expresso, um dos anfitriões do chairman do IPCC.

As respostas do entrevistado permitem avaliar a (pouca) credibilidade do principal responsável do IPCC em relação à matéria de que se ocupa a organização a que preside.

Neste sentido, talvez a afirmação mais significativa de Pachauri seja aquela que proferiu quando o jornalista lhe pediu a opinião acerca do decréscimo que se observa, desde o início deste século, nas temperaturas médias globais. Com um evidente desprezo pela inteligência do interlocutor – e pela dos leitores do jornal – Pachauri teceu este elucidativo comentário :

"Pode haver mesmo declínio das temperaturas nos próximos dez ou 15 anos sem que a tendência para o aquecimento global se altere".

Isto não tem outro nome senão charlatanice. Tanto faz que a temperatura suba como desça que o xarope prescrito é sempre o mesmo! Não se trata aqui apenas de uma flagrante falta de credibilidade da teoria defendida pelo mais alto responsável do IPCC. Trata-se também de um óbvio sentimento de impunidade atingido pela corrente alarmista do aquecimento global.

Mas há mais.

Numa pergunta do jornalista a propósito da tendência que tem sido observada para um aumento das pressões atmosféricas sobre os continentes, em particular sobre Portugal, um fenómeno que se revela contrário ao que seria de esperar perante um crescimento sistemático das temperaturas, Pachauri procura desvalorizar a questão com uma resposta ao nível da anteriormente assinalada.

Para o chairman do IPCC a atmosfera não é estável, é um sistema muito complexo (que novidade!) há sítios do mundo em que as pressões sobem e outros em que descem. Os oceanos estão a aquecer, mas na Sibéria e na Gronelândia aumenta a precipitação e a neve. Enfim, para Pachauri tudo pode acontecer! É impossível acreditar que se esteja perante uma teoria consistente.

Aliás, neste aspecto, a teoria do global warming é peculiar. Tudo pode acontecer, desde que o dióxido de carbono de origem antropogénica seja o responsável. O caso do continente Antárctico é exemplar. Na parte ocidental do Antárctico existe uma pequena península que tem sido muito falada porque a temperatura nessa zona parece estar a aumentar. No resto do continente, a temperatura parece estar a diminuir. Onde aumenta, é culpa do Homem. Onde diminui, é variação natural...

Ou seja, a mesma acção do Homem – a emissão de gases com efeito de estufa, sobretudo no Hemisfério Norte – tem efeitos opostos lá muito longe, em duas zonas do continente Antárctico. Numa, aquece. Noutra, arrefece. Acredite quem quiser…

Mas ainda há mais na entrevista de Pachauri.

Na questão respeitante à carta enviada por uma centena de cientistas ao Secretário Geral das Nações Unidas por ocasião da cimeira de Bali, a resposta do chairman do IPCC foi a seguinte :

"Esse grupo está hoje melhor organizado e tem mais fontes de financiamento do que em 2007. Sente-se ameaçado e por isso está a organizar-se melhor para fazer muito barulho."

Isto já não é apenas a resposta de um charlatão. É a resposta de um verdadeiro tartufo. Então os cientistas que criticam o IPCC é que andam a receber financiamentos? E o que o IPCC recebe chama-se como? A verdade é que os 100 cientistas nem sequer formam um grupo organizado, como acontece com Pachauri e os membros do IPCC !

Mas aquele grupo de cientistas sente-se ameaçado...!? Essa agora ! Porquê? E por quem? Admite-se que, por uma questão de gentileza, própria de um anfitrião, o jornalista do Expresso não quis embaraçar Pachauri com estas perguntas elementares.

Mas o que verdadeiramente preocupa o chairman do IPCC pode depreender-se desta declaração :

"Parte dos fundos públicos destinados à retoma da economia podem ser investidos em programas e infra-estruturas relacionadas com as alterações climáticas".

Ora aí está. O grande receio de Pachauri e dos alarmistas profissionais é que a actual crise financeira leve os governos a reduzir significativamente os generosos subsídios que são postos à disposição das organizações que incessantemente estudam, investigam, propõem medidas e programas para combater a putativa ameaça do aquecimento global.

O almoço-conferência com o chairman do IPCC

(Post da autoria de Jorge Pacheco de Oliveira)

Segundo relato do Expresso online :

O presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) da ONU, Nobel da Paz em 2007 com Al Gore, falou esta semana [dia 14 de Abril] sobre o tema "Alterações Climáticas e o Desafio do Desenvolvimento Sustentável" para 300 pessoas num almoço-conferência no Convento do Beato, em Lisboa. [Rajendra] Pachauri foi apresentado pelo director do Expresso, Henrique Monteiro, num evento encerrado pelo ministro da Economia, Manuel Pinho. A conferência integra-se no Mês do Desenvolvimento Sustentável, uma iniciativa promovida pelo Expresso e pelo BES.

Se o discurso de Pachauri era aguardado com muita expectativa, o encerramento da sessão pelo ministro Manuel Pinho, por sinal funcionário do BES, um dos patrocinadores do evento, deveria ser esperado ainda com mais interesse. Seria importante, porventura decisivo, para os adeptos nacionais do Anthropogenic Global Warming (AGW), tomar conhecimento das palavras do senhor ministro.

O certo é que, uns dias antes, o Expresso anunciava o evento desta forma:

Cerca de 300 pessoas, entre empresários, gestores, políticos, membros do Governo, opinion makers e jornalistas, irão ouvir Rajendra Pachauri.

Ora aí está. Conforme já anteriormente assinalado, era de supor que nem um dos participantes no evento iria pagar do seu bolso os 250 euros mais IVA que custava a entrada.

De facto, “empresários, gestores, políticos, membros do Governo, opinion makers e jornalistas” não costumam pagar estas coisas do seu bolso. É a empresa, ou a instituição em que trabalham que lhes paga estas dispendiosas representações. Não se trata de um detalhe. Trata-se de um importante indicador do regabofe a que se chegou nestas exibições pretensiosas de dignitários do AGW, como aconteceu agora com Rajendra Pachauri e como aconteceu em duas anteriores visitas de Al Gore, que nos deve ter levado para fora do país uma quantidade significativa dos nossos preciosos euros. Neste último caso, para vender aos basbaques nacionais uma apresentação em Power Point, que pouco depois seria divulgada em filme e tornada acessível por muito menos dinheiro.

Mas seria interessante saber se o Expresso, um jornal que a si próprio se classifica como “o semanário de referência português” e o BES, um banco que alguns observadores classificam como o "banco do regime", estarão a planear trazer a Portugal um ou dois cientistas de craveira internacional que não alinham com a corrente alarmista do AGW (há vários) e que são críticos do IPCC e de Rajendra Pachauri. Por aí se avaliaria a independência e a isenção dos organizadores deste evento.

Mais de uma centena de cientistas contestam a posição de Barack Obama acerca do aquecimento global.

Oriundos de mais de uma dúzia de países, mais de uma centena de proeminentes cientistas – incluindo um laureado com um prémio Nobel – assinaram uma carta dirigida ao Presidente Obama classificando como “simplesmente incorrectas” as posições de Obama acerca das alterações climáticas.

Esta carta – patrocinada pelo Cato Institute – contesta a seguinte declaração de Obama, proferida em 19 de Novembro de 2008 : “Poucos desafios enfrentados pela América e pelo mundo exigem um combate mais urgente do que as alterações climáticas. As conclusões científicas são inquestionáveis e os factos são claros”.

Sob o título “Com o devido respeito, Senhor Presidente, isso não é verdade”, os mais de cem cientistas declararam o seguinte :

Os abaixo assinados defendem que os receios em torno das alterações climáticas estão grosseiramente sobrestimados. Ao longo do século passado as variações da temperatura à superfície do planeta foram episódicas e modestas e, além disso, não tem havido qualquer aquecimento global desde há uma década.

Os modelos de computador que prevêem um aumento rápido da temperatura falham de uma forma inaudita na explicação da recente evolução climática.

Senhor Presidente : a sua caracterização dos factos científicos relacionados com as alterações climáticas e o grau de certeza que supõe incorporado no debate científico está pura e simplesmente incorrecto.

Os 116 signatários incluem : Ivar Giaever, Ph.D., que partilhou o Prémio Nobel da Física de 1973 pelo seu trabalho em supercondutores na General Electric ; John Blaylock, anteriormente no Laboratório Nacional de Los Alamos ; Richard Lindzen, Ph.D., do Instituto Tecnológico de Massachusetts; e William Gray, Ph.D., um respeitado perito de furacões da Universidade do Estado do Colorado.

Os subscritores incluem ainda cientistas da Universidade de Princeton, da Academia Naval dos Estados Unidos, da Universidade do Kansas, da Universidade de Oklahoma, da Universidade do Colorado e da Universidade do Missouri.

Entre os países representados pelos subscritores estão a Grã-Bretanha, Canadá, Itália, Noruega, Alemanha, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Argentina e África do Sul.

Alguns dos cientistas são actuais ou anteriores recensores do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas – os quais partilharam o Prémio Nobel da Paz de 2007 com Al Gore, o militante do aquecimento global – e que, desde então, inverteram as suas posições acerca do aquecimento global com origem antropogénica.
Segue-se a lista dos signatários :

1. Syun-Ichi Akasofu, Ph.D, University Of Alaska
2. Arthur G. Anderson, Ph.D, Director Of Research, IBM (retired)
3. Charles R. Anderson, Ph.D, Anderson Materials Evaluation
4. J. Scott Armstrong, Ph.D, University Of Pennsylvania
5. Robert Ashworth, Clearstack LLC
6. Ismail Baht, Ph.D, University Of Kashmir
7. Colin Barton Csiro, (retired)
8. David J. Bellamy, OBE, The British Natural Association
9. John Blaylock, Los Alamos National Laboratory (retired)
10. Edward F. Blick, Ph.D, University Of Oklahoma (emeritus)
11. Sonja Boehmer-Christiansen, Ph.D, University Of Hull
12. Bob Breck Ams, Broadcaster Of The Year 2008
13. John Brignell, University Of Southampton (emeritus)
14. Mark Campbell, Ph.D, U.S. Naval Academy
15. Robert M. Carter, Ph.D, James Cook University
16. Ian Clark, Ph.D, Professor, Earth Sciences University Of Ottawa, Ottawa, Canada
17. Roger Cohen, Ph.D, Fellow, American Physical Society
18. Paul Copper, Ph.D, Laurentian University (emeritus)
19. Piers Corbyn, MS, Weather Action
20. Richard S. Courtney, Ph.D, Reviewer, Intergovernmental Panel On Climate Change
21. Uberto Crescenti, Ph.D, Past-President, Italian Geological Society
22. Susan Crockford, Ph.D, University Of Victoria
23. Joseph S. D'aleo, Fellow, American Meteorological Society
24. James Demeo, Ph.D, University Of Kansas (retired)
25. David Deming, Ph.D, University Of Oklahoma
26. Diane Douglas, Ph.D, Paleoclimatologist
27. David Douglass, Ph.D, University Of Rochester
28. Robert H. Essenhigh, E.G. Bailey Emeritus, Professor Of Energy Conversion, The Ohio State University
29. Christopher Essex, Ph.D, University Of Western Ontario
30. John Ferguson, Ph.D, University Of Newcastle
31. Upon Tyne, (retired)
32. Eduardo Ferreyra, Argentinian Foundation For A Scientific Ecology
33. Michael Fox, Ph.D, American Nuclear Society
34. Gordon Fulks, Ph.D, Gordon Fulks And Associates
35. Lee Gerhard, Ph.D, State Geologist, Kansas (retired)
36. Gerhard Gerlich, Ph.D, Technische Universitat Braunschweig
37. Ivar Giaever, Ph.D, Nobel Laureate, Physics
38. Albrecht Glatzle, Ph.D, Scientific Director, Inttas (Paraguay)
39. Wayne Goodfellow, Ph.D, University Of Ottawa
40. James Goodridge, California State Climatologist, (retired)
41. Laurence Gould, Ph.D, University Of Hartford
42. Vincent Gray, Ph.D, New Zealand Climate Coalition
43. William M. Gray, Ph.D, Colorado State University
44. Kenneth E. Green, D.Env., American Enterprise Institute
45. Kesten Green, Ph.D, Monash University
46. Will Happer, Ph.D, Princeton University
47. Howard C. Hayden, Ph.D, University Of Connecticut, (emeritus)
48. Ben Herman, Ph.D, University Of Arizona, (emeritus)
49. Martin Hertzberg, Ph.D, U.S. Navy, (retired)
50. Doug Hoffman, Ph.D, Author, The Resilient Earth
51. Bernd Huettner, Ph.D.
52. Ole Humlum, Ph.D, University Of Oslo
53. A. Neil Hutton, Past President, Canadian Society Of Petroleum Geologists
54. Craig D. Idso, Ph.D, Center For The Study Of Carbon Dioxide And Global Change
55. Sherwood B. Idso, Ph.D, U.S. Department Of Agriculture (retired)
56. Kiminori Itoh, Ph.D, Yokohama National University
57. Steve Japar, Ph.D, Reviewer, Intergovernmental Panel On Climate Change
58. Sten Kaijser, Ph.D, Uppsala University, (emeritus)
59. Wibjorn Karlen, Ph.D, University Of Stockholm, (emeritus)
60. Joel Kauffman, Ph.D, University Of The Sciences, Philadelphia, (emeritus)
61. David Kear, Ph.D, Former Director-General, Nz Dept. Scientific And Industrial Research
62. Richard Keen, Ph.D, University Of Colorado
63. Dr. Kelvin Kemm, Ph.D, Lifetime Achievers Award, National Science And Technology Forum, South Africa
64. Madhav Khandekar, Ph.D, Former Editor, Climate Research
65. Robert S. Knox, Ph.D, University Of Rochester (emeritus)
66. James P. Koermer, Ph.D, Plymouth State University
67. Gerhard Kramm, Ph.D, University Of Alaska Fairbanks
68. Wayne Kraus, Ph.D, Kraus Consulting
69. Olav M. Kvalheim, Ph.D, Univ. Of Bergen
70. Roar Larson, Ph.D, Norwegian University Of Science And Technology
71. James F. Lea, Ph.D.
72. Douglas Leahy, Ph.D, Meteorologist
73. Peter R. Leavitt, Certified Consulting Meteorologist
74. David R. Legates, Ph.D, University of Delaware
75. Richard S. Lindzen, Ph.D, Massachusetts Institute Of Technology
76. Harry F. Lins, Ph.D. Co-Chair, IPCC Hydrology and Water Resources Working Group
77. Anthony R. Lupo, Ph.D, University Of Missouri
78. Howard Maccabee, Ph.D, MD Clinical Faculty, Stanford Medical School
79. Horst Malberg, Ph.D, Free University of Berlin
80. Bjorn Malmgren, Ph.D, Goteburg University (emeritus)
81. Jennifer Marohasy, Ph.D, Australian Environment Foundation
82. James A Marusek, U.S. Navy, (retired)
83. Ross Mckitrick, Ph.D, University Of Guelph
84. Patrick J. Michaels, Ph.D, University Of Virginia
85. Timmothy R. Minnich, MS, Minnich And Scotto, Inc.
86. Asmunn Moene, Ph.D, Former Head, Forecasting Center, Meteorological Institute, Norway
87. Michael Monce, Ph.D, Connecticut College
88. Dick Morgan, Ph.D, Exeter University, (emeritus)
89. Nils-Axel Morner, Ph.D, Stockholm University, (emeritus)
90. David Nowell, D.I.C., Former Chairman, Nato Meteorology Canada 91. Cliff Ollier, D.Sc., University Of Western Australia
92. Garth W. Paltridge, Ph.D, University Of Tasmania
93. Alfred Peckarek, Ph.D, St. Cloud State University
94. Dr. Robert A. Perkins, P.E. University Of Alaska
95. Ian Pilmer, Ph.D, University Of Melbourne (emeritus)
96. Brian R. Pratt, Ph.D, University Of Saskatchewan
97. John Reinhard, Ph.D, Ore Pharmaceuticals
98. Peter Ridd, Ph.D, James Cook University
99. Curt Rose, Ph.D, Bishop's University (emeritus)
100. Peter Salonius, M.Sc., Canadian Forest Service
101. Gary Sharp, Ph.D, Center For Climate/Ocean Resources Study
102. Thomas P. Sheahan, Ph.D, Western Technologies, Inc.
103. Alan Simmons, Author, The Resilient Earth
104. Roy N. Spencer, Ph.D, University Of Alabama-Huntsville
105. Arlin Super, Ph.D, Retired Research Meteorologist, U.S. Dept. Of Reclamation
106. George H. Taylor, MS, Applied Climate Services
107. Eduardo P. Tonni, Ph.D, Museo De La Plata, (Argentina)
108. Ralf D. Tscheuschner, Ph.D.
109. Dr. Anton Uriarte, Ph.D, Universidad Del Pais Vasco
110. Brian Valentine, Ph.D, U.S. Department Of Energy
111. Gosta Walin, Ph.D, University Of Gothenburg, (emeritus)
112. Gerd-Rainer Weber, Ph.D, Reviewer, Intergovernmenal Panel On Climate Change
113. Forese-Carlo Wezel, Ph.D, Urbino University
114. Edward T. Wimberley, Ph.D, Florida Gulf Coast University
115. Miklos Zagoni, Ph.D, Reviewer, Intergovernmental Panel On Climate Change
116. Antonio Zichichi, Ph.D, President, World Federation Of Scientists

quarta-feira, abril 15, 2009

Com papas e bolos se enganam os tolos

Conforme se viu no post Gato escondido com o rabo de fora, o Met Office-Hadley Centre revela que a designada temperatura média global já passou por um máximo, em 2004-2005, e desceu desde então continuamente até ao ano 2008.

No entanto, tanto o Met Office como a própria Organização Mundial de Meteorologia (OMM) afirmaram que “2008 foi o décimo ano mais quente desde 1850”. Claro, os media espalharam esta afirmação acrescentando ser uma confirmação do “aquecimento global”.

Então qual é a verdade? A afirmação “2008 foi o décimo ano mais quente desde 1850” é uma forma astuciosa de esconder que o “aquecimento global” foi chão que deu uvas. De facto, esta declaração não explica absolutamente nada acerca da tendência actual das temperaturas.

Este monólogo dos media é um modo de manipulação. Não admite antinomias nem tonalidades. É assim porque é assim. Mas neste caso, os media são induzidos na manipulação por culpa de outrem.

E quem induz em erro é nem mais nem menos do que a OMM. Lamentável ter de dizê-lo. A OMM colou-se à propaganda do IPCC e está a deteriorar a sua imagem construída com grande sacrifício desde longos e penosos anos.

Qual é a base desta manipulação? É sempre a mesma técnica da escolha do ano inicial e do ano final para estimar uma tendência. Neste caso, o ano de 1850 é o ideal por corresponder à parte final da Pequena Idade do Gelo.

O Met Office e a OMM fizeram os possíveis por encontrar um modo de representação tal que evitasse revelar a evolução das temperaturas entre 2002 e 2008. Concretamente, uma forma de dissimular a passagem pelo máximo e a descida subsequente das temperaturas.

Com essa finalidade, o Met Office e a OMM lembraram-se de traçar um gráfico (Fig. 161) em que os anos de 2002-2007 ficassem dispersos pelos restantes desde 1850. Os media e outras instituições ligadas ao ofício popularizaram este gráfico enganador.

O modo astucioso consiste na ordenação dos anos pelo ranking das temperaturas. Se as temperaturas já têm pouco significado climático, então esta ordenação não tem qualquer significado a não ser estatístico.

O gráfico tem a dupla finalidade de, por um lado, esconder a realidade das temperaturas actualmente em decrescimento e, por outro lado, evitar desmentir as anteriores declarações alarmistas quanto à subida permanente das temperaturas.

“2008 foi o décimo ano mais quente desde 1850” é uma frase que alcança o máximo apoio dos media e que se repete por todo o lado. Mantém a ilusão do “aquecimento global” e dá satisfação às mentiras da corrente alarmista.

O presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, entrevistado no início de 2008, pronunciou-se acerca deste patamar (plateau). Eis o que relatou a agência Reuters:

« Rajendra Pachauri, the head of the U.N. Panel that shared the 2007 Nobel Peace Prize with former U.S. Vice President Al Gore, said he would look into the apparent temperature plateau so far this century.

One would really have to see on the basis of some analysis what this really representshe told Reuters, addingare there natural factors compensating?for increases in greenhouse gases from human activities.

He added that skeptics about a human role in climate change delighted in hints that temperatures might not be rising. “There are some people who would want to find every single excuse to say that this is all hogwashhe said. »

Pois, pois. Com muito maior probabilidade, haverá gente dedicada a manipular dados para evitar que se perceba que as teses do "global warming" são uma fraude.

Todavia, não foi por isso que o líder máximo desta astúcia do “global warming”, o venerável chairman do IPCC, Rajendra Pachauri, deixou de ser convidado para vir a Lisboa no dia 14 de Abril, para um almoço conferência no Convento do Beato, um evento organizado pelo semanário Expresso e pelo Banco Espírito Santo.

Ficamos agora a aguardar que esta parceria, a bem dos seus leitores e depositantes, dê uma prova de isenção e independência fazendo vir a Portugal um ou mais cientistas estrangeiros de nomeada que não apoiam as teses do IPCC. Têm muito por onde escolher, mas o MC pode dar-lhes uma ajuda.

Fig. 161 - Ranking das temperaturas. 1850-2007. Fonte: Met Office, OMM.

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sexta-feira, abril 10, 2009

Continua a nevar em Portugal

Dá-se conhecimento a leitores do Brasil e de Moçambique, assim como de outros locais sem acesso a notícias do estado do tempo em Portugal, que regressou a queda de neve. Acontece no Norte e no Centro, como é o caso da Serra da Estrela.

O Instituto de Meteorologia colocou em alerta amarelo os distritos de Bragança. Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu. Neste último, já se registou queda de neve em Castro Daire, durante a madrugada e manhã.

O Comunicado Nº 30, de 9 de Abril de 2009, da Autoridade Nacional de Protecção Civil faz referência ao alerta do IM.

segunda-feira, abril 06, 2009

Gato escondido com o rabo de fora

Muito sorrateiramente, o Hadley Centre apresentou recentemente as curvas das temperaturas médias globais entre 1850 e 2008 com modificações, ou actualizações, como se queira chamar-lhes.

Convém recordar que o Hadley Centre é o pilar básico do IPCC para a compilação das temperaturas que apresenta. A propaganda do IPCC baseia-se na fé que tem nestas curvas, reproduzidas pela OMM (Organização Meteorológica Mundial) organismo da ONU que tutela o IPCC.

Estas curvas actualizadas deveriam envergonhar os jornalistas, os organismos oficiais e os políticos envolvidos no embuste do “global warming”. Se tivessem pudor deveriam confessar que têm andado a enganar a opinião pública.

De facto, as curvas das temperaturas médias globais influenciam, no bom e no mau sentido, tanto a opinião pública como as decisões políticas que implicam com a vida de todos nós. Mas não nos iludamos. As mentiras vão continuar enquanto for possível esconder a verdade implícita na Fig. 160.

Para que não restem dúvidas, este gráfico ostenta o emblema do Met Office. Apresenta os valores das temperaturas que sairam dos potentes computadores do Hadley Centre. Os valores de entrada nesses computadores provêm das medidas termométricas HadCRUT3. Na figura, as curvas de “melhor estimativa” e as barras de erro saíram directamente dos computadores.

Ora, segundo o Hadley Centre e como se pode observar, as temperaturas da última década passaram por um máximo e declinaram desde então. O máximo situar-se-ia cerca de 2004-2005. A partir de então desceram continuamente até 2008.

Mas não foi em Fevereiro de 2007 que o IPCC declarou, numa votação de braços no ar (!!), que o Homem era o culpado do crescimento das temperaturas…?

O IPCC não sabia já que as temperaturas estavam a descer, embora as concentrações de dióxido de carbono continuassem a subir?

Agora se compreende que o AR4 (Quarto Relatório de Avaliação) do IPCC, embora apresentado em Fevereiro de 2007, tenha revelado em quase todos os seus gráficos apenas as temperaturas até 2005 (altura do pico, segundo o Hadley Centre).

Razão tinham os 100 cientistas quando escreveram:

«Mas como os grupos de trabalho do IPCC foram instruídos no sentido de terem em conta apenas os trabalhos publicados até Maio de 2005, importantes conclusões posteriores não são incluídas nos seus relatórios, ou seja, os relatórios de avaliação do IPCC são baseados em resultados obsoletos

Muitos cientistas, mas não o IPCC, afirmam que as medições por satélites são mais fiáveis, mais homogéneas e menos susceptíveis de erros (tais como os introduzidos pelas designadas ilhas de calor urbano) do que as do Hadley Centre.

As medições por satélites (Fig. 158) detectam também a passagem por um máximo, seguida por um decrescimento tal como no gráfico do Hadley Centre. Esta paragem no crescimento e o declínio das temperaturas é pois uma realidade flagrante.

Ninguém sabe, com certeza, o que vai acontecer no futuro. No entanto, muitos investigadores consideram que numerosos factores apontam para a continuação da descida que já foi iniciada em 2005.

Alguns desses factores são a estagnação e a descida (após 2003) das temperaturas da superfície dos oceanos e a diminuição da actividade solar (como se verifica na actualidade) nos próximos anos. Mas os factores principais são os das situações reais do Árctico e do Antárctico que não correspondem às mentiras generalizadas dos alarmistas.

Seria desejável que a OMM e os media tivessem relatado estes resultados obtidos pelo seu fiel informador. Mas, como seria de esperar, a divulgação deste gráfico do Hadley Centre não convinha nada aos defensores das teses do IPCC. Os profetas do Apocalipse, tanto estrangeiros como nacionais, calaram-se e esconderam esta figura.

De facto, a publicação do gráfico do Hadley Center, por exemplo, nos media, poderia ter um efeito devastador, não só na opinião pública, que despertaria para a realidade, mas também nos decisores políticos que vacilavam na aprovação de um inútil Quioto II, em Copenhaga, em Dezembro de 2009.

Que triste figura andam a fazer os mais poderosos do planeta, como, por exemplo, Barack Obama, com a lengalenga do combate ao aquecimento global. Ou às alterações climáticas, como agora convém dizer. Já desbarataram 50 mil milhões de dólares neste embuste, desde 1990. Quanto mais dinheiro quererão desbaratar?

Fig. 160 - Temperaturas médias globais.1850-2008. Fonte: Met Office - Hadley Centre.

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sexta-feira, abril 03, 2009

As doze recomendações de Akasofu

Em Dezembro de 2007, considerando que o IPCC era uma organização científica séria, o Prof. Syun-Ichi Akasofu escreveu uma carta pedindo ao IPCC para não esquecer os seus deveres. A carta tinha o título “Request to the IPCC”.

A carta de Akasofu tinha doze recomendações ao IPCC. Salientamos apenas as seguintes oito recomendações.

1. Definir [correctamente] alteração climática [singular], aquecimento global e efeito de estufa antropogénico, explicitando [à opinião pública] que estes termos não são sinónimos. (Quem utiliza estes termos como sinónimos não sabe o que está a dizer).

2. Exigir aos media para acabar com a apresentação de reportagens que mostram grandes derrocadas de blocos de gelo nas extremidades de glaciares e que mostram as retracções do gelo do Árctico na Primavera, como se fossem provas do efeito de estufa antropogénico. (Os glaciares são, de facto, ‘rios de gelo’ com escoamento natural e com derrocadas normais na Primavera; todos estes acontecimentos se repetem desde tempos geológicos [imemoriais]). [Atenção sr. Provedor dos Telespectadores da RTP!]

3. Exigir aos media para acabar com as reportagens do colapso de casas construídas em cima de premafrost (solo gelado) como se fosse resultante do efeito de estufa antropogénico. (O colapso é devido a uma construção inadequada que derrete a estrutura do premafrost subjacente pelo calor desenvolvido na própria habitação). [Atenção srs. directores de jornais, de estações de rádio e de TV!]

4. Informar que o gelo do Árctico não é uma simples placa de gelo. (A área coberta pelo gelo árctico altera-se consideravelmente devido a correntes atmosféricas e oceânicas e não pela fusão).

5. Chamar a atenção para o facto de que os fenómenos meteorológicos extremos, pouco comuns [cheias, secas, ciclones tropicais, incêndios], não estão directamente relacionados com o efeito de estufa antropogénico. (O efeito de estufa antropogénico representou um ligeiro aumento de temperatura ao ritmo de 0,6 ºC/século).

7. Dar a conhecer que a evolução recente do aquecimento não é inusual ou anormal à luz das variações das temperaturas do passado. (Houve períodos mais quentes do que no presente que se mantiveram durante centenas de anos no actual período interglacial que começou há 10 mil anos).

9. Acabar com as reportagens dos media que dizem que o nível do mar já subiu vários metros nos últimos 50 anos. (De acordo com o relatório do IPCC de 2007 a taxa de subida foi de 1,8 mm/ano, ou seja, a subida foi de 9 cm nos últimos 50 anos). [Na realidade foi de apenas 1,3 mm/ano]. [Atenção srs. directores de jornais, de estações de rádio e de TV!]

11. Encorajar os media a não relatar descobertas sensacionalistas que podem reflectir apenas a opinião de um ou de alguns cientistas. (Os jornalistas que não estão familiarizados com os fenómenos do Árctico tendem a descrever os fenómenos naturais como se fossem excepcionais). [Atenção srs. directores de jornais, de estações de rádio e de TV!]

Depois de apresentar as suas recomendações, o Prof. Akasofu começa por dizer: «Acredito que estas [12] recomendações sejam razoáveis e necessárias para o debate. A opinião pública está alarmada relativamente à[s] alteração[ões] climática[s] devido à confusão dos temas, não só dos atrás referidos mas de outras desinformações e incorrecções…»

«Estou preocupado com a inevitável repercussão [que esta confusão provocará] contra a ciência e contra os cientistas quando a opinião pública tomar conhecimento da informação correcta acerca da[s] alteração[ões] climática[s]» – acrescentou o Prof.

Akasofu terminou dizendo: «Mesmo que o IPCC não seja directamente responsável pela presente confusão, é pelo menos responsável por uma [falta de] acção que ajude a rectificar esta [deplorável] situação».

Só que, parece, o IPCC não está interessado no esclarecimento… que acabaria com os erros dos jornais, das rádios, das televisões e dos cinemas.

Os leitores podem ler a carta integral através do link fornecido inicialmente (Request to the IPCC).

quinta-feira, abril 02, 2009

Syun-Ichi Akasofu

O International Arctic Research Center (IARC), dependente da Universidade do Alasca Fairbanks, foi fundado por Syun-Ichi Akasofu. Prof. de Geofísica, jubilado em 2007, Akasofu foi director do IARC desde a sua fundação, em 1988.

Recentemente, foi atribuído ao IARC o nome Akasofu. O Prof. Syun-Ichi Akasofu foi, igualmente, director do Instituto de Geofísica do Alasca entre 1986-1999. É, seguramente, um dos maiores especialistas da região do Árctico.

Na Segunda Conferência Internacional sobre Alterações Climáticas, realizada em Nova Iorque entre 8 e 10 de Março de 2009, o Prof. Akasofu apresentou, presumivelmente, uma das comunicações mais importantes desta conferência.

A comunicação está disponível em PowerPoint. O texto correspondente foi publicado em artigoTwo Natural Components of the Recent Climate Change”. O Abstract deste artigo afirma:

« Two natural components of the presently progressing climate change are identified. The first one is an almost linear global temperature increase of about 0.5°C/100 years, which seems to have started in 1800–1850, at least one hundred years before 1946 when manmade CO2 in the atmosphere began to increase rapidly. This 150~200-year-long linear warming trend is likely to be a natural change. One possible cause of this linear increase may be the Earth’s continuing recovery from the Little Ice Age (1400-1800); the recovery began in 1800~1850. This trend (0.5°C/100 years) should be subtracted from the temperature data during the last 100 years when estimating the manmade contribution to the present global warming trend. As a result, there is a possibility that only a small fraction of the present warming trend is attributable to the greenhouse effect resulting from human activities.

It is also shown that various cryosphere phenomena, including glaciers in many places in the world and sea ice in the Arctic Ocean that had developed during the Little Ice Age began to recede after 1800 and are still receding; their recession is thus not a recent phenomenon.

The second one is oscillatory (positive/negative) changes, which are superposed on the linear change. One of them is the multi-decadal oscillation, which is a natural change. This particular natural change had a positive rate of change of about 0.15°C/10 years from about 1975 (positive from 1910 to 1940, negative from 1940 to 1975), and is thought by the IPCC to be a sure sign of the greenhouse effect of CO2. However, the positive trend from 1975 has stopped after 2000. One possibility of the halting is that after reaching a peak in 2000, the multi-decadal oscillation has begun to overwhelm the linear increase, causing the IPCC prediction to fail even during the first decade of the 21st century.

There is an urgent need to correctly identify natural changes and remove them from the present global warming/cooling trend, in order to accurately and correctly identify the contribution of the manmade greenhouse effect. Only then can the effects of CO2 be studied quantitatively. Arctic research should be able to contribute greatly to this endeavor.


Das explicações de Akasofu, destaca-se a afirmação de que as variações recentes (desde 1800) das temperaturas resultaram da sobreposição de dois fenómenos naturais:

(1) Um ligeiro aquecimento devido ao final (entre 1800-1850) da Pequena Idade do Gelo;

(2) Cinco oscilações multidecenais – subidas e descidas em relação à média – resultantes de causas naturais que se sobrepuseram àquele ligeiro aquecimento.

As Fig. SIA1 e Fig. SIA2 apresentam anomalias das temperaturas. A recta inclinada representa o ligeiro crescimento natural devido ao final da Pequena Idade do Gelo – quando “a Natureza abriu a porta do frigorífico” (metáfora do Prof. Jorge Buescu).

O Prof. Akasofu explica que situações naturais semelhantes a esta aconteceram várias vezes no passado da história do clima do planeta. A taxa de crescimento médio, entre 1880 e 2000 foi da ordem de 0,5 ºC por século.

As zonas azuis e vermelhas da Fig. SIA1 mostram períodos de temperaturas acima e abaixo da média que está representada pela recta inclinada. Estas oscilações multidecenais tiveram períodos da ordem de 60 anos. Consegue-se destacar o período de temperaturas decrescentes de 1960-1976 e o shift climático de 1975-76.

A subida das temperaturas como é exageradamente apresentada pelo IPCC encontra-se a traço vermelho grosso na Fig. SIA1, partindo do ano 1976. Esta subida, conforme se vê na figura, terminou em 2000. A partir do ano 2000 iniciou-se um novo período com temperaturas não crescentes que poderá prolongar-se até 2035, segundo Akasofu.

A Fig SIA2, do artigo do Prof. Akasofu, estabelece uma comparação do seu estudo com as projecções até 2100 do IPCC. O IPCC baseia toda a sua propaganda no período reduzido de 1976-2000 (a traço vermelho grosso).

O rectângulo amarelo em destaque na Fig. SIA2 menciona o período 1880-2000. O traço interrompido inicial (1800-1880) indica a recuperação das temperaturas após a saída da Pequena Idade do Gelo. Este período está alinhado com a tendência crescente entre 1880-2000.

À direita do rectângulo amarelo da Fig. SIA2 mostram-se as projecções do IPCC a partir do ano 2000. Os cenários dramáticos do IPCC apontam para uma faixa de temperaturas entre + 2 ºC e + 6 ºC, em 2100. Pelo contrário, Akasofu vaticina uns modestos + 0,7 ºC, em 2100.

Na Fig. SIA2, Akasofu assinalou num ponto vermelho com uma seta verde a situação actual, em 2008. Verifica-se que o ponto vermelho se situa abaixo das previsões do IPCC.

Akasofu diz que o IPCC reconhece a paragem do crescimento das temperaturas a partir do ano 2000. Mas, o IPCC pensa que esta paragem é temporária. No entanto, o IPCC não sabe explicar a razão por que parou a subida nem a razão por que esta paragem seria temporária.

Segundo o Prof. Akasofu, os registos meteorológicos recentes detectam as alterações do indice PDO (Pacific Decadal Oscillation), a travagem da subida do nível dos oceanos e o arrefecimento do oceano Árctico que resultaram da recente oscilação multidecenal.

As projecções do IPCC não são mais do que um cego prolongamento do crescimento verificado entre 1976 e 2000. Os modelos de circulação geral (GCM) estão programados para produzir a evolução na continuidade exagerando o hipotético efeito antropogénico até 2100.

O Prof. Akasofu não se ocupou das causas das oscilações multidecenais que motivaram as subidas e descidas das temperaturas em relação à subida média natural desde o final da Pequena Idade do Gelo. As suas previsões devem ser encaradas com a prudência devida a qualquer previsão do estado do tempo e do clima.

Fig. SIA2 - Projecções das anomalias das temp. méd. globais. 2000-2100. IPCC e Akasofu. Fonte: Akasofu.

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Fig. SIA1 - Anomalias das temp. méd. globais. 1880-2000. Fonte: Akasofu.

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quarta-feira, abril 01, 2009

O Hadley Centre confirma o fim do Período Quente Contemporâneo

Tal como se referiu na nota de fim de página (*) do anterior post, «… qualquer que seja a metodologia, no século XXI não se detecta tendência para crescimento das temperaturas…».

Antón Uriarte Cantolla veio imediatamente em socorro e publicou hoje mesmo, no seu excelente blogue CO2, a nota Ni Idea. Esta nota é acompanhada da curva traçada com a base de dados HadCRUT3 Global.

Ou seja, o Hadley Centre, do Met Office, Reino Unido, que abastece o IPCC com as suas observações termométricas, mostra claramente que no século XXI “não se detecta tendência para crescimento das temperturas”.

Mas, segundo Antón, os alarmistas do “global warming” não sabem explicar o que está a acontecer. Não têm ni idea…Aliás os alarmistas não sabem explicar nada. São apenas especialistas de propaganda.