A temperatura está a subir ou a descer?
É uma pergunta que preocupa, com razão, muita gente. O Prof. Bob Carter responde que não é fácil dar uma resposta segura. Apesar das incertezas já aqui salientadas, várias vezes, usa-se e abusa-se desta variável climática para realizar previsões quanto ao futuro.
Utilizam-se bases de dados das temperaturas médias globais, tanto à superfície terrestre, ao nível do mar, obtidas através das leituras dos termómetros, como de proxies geológicos de alta qualidade, obtidos das profundezas dos oceanos ou dos mantos de gelo.
Porém, para qualquer série de valores, a resposta àquela aparentemente inocente questão é sempre a mesma. Isto é, depende dos pontos extremos de que se parte e de que se chega. Isto é, depende do intervalo de tempo considerado.
Por exemplo, usando dados obtidos na análise dos isótopos de oxigénio (proxy local) dos cilindros de gelo da Gronelândia o aquecimento começou há 16 mil anos, conforme Fig. BC6. Ou então há cem anos atrás. Isto se se considera o mesmo ponto de chegada nos nossos dias.
No entanto, nessa mesma figura, se partíssemos de, apenas, há 10 mil anos, responderíamos que o planeta arrefeceu desde então até agora. Ou que a temperatura se mantém estável desde há pelo menos 700 anos até aos dias de hoje.
Outra resposta possível seria que o planeta começou a arrefecer há 2 mil anos até estabilizar a temperatura desde há 700 anos a esta parte.
Existem tendências ao gosto de cada um. O que demonstra a variabilidade eterna do clima. Com IPCC ou sem IPCC a Natureza é mesmo irrequieta. A Natureza e os seus produtos como o anticiclone dito dos Açores de Anthímio de Azevedo.
Um dos truques do IPCC é escolher os extremos que mais lhe convém. Por que motivo os seus gráficos começam em 1860, isto é, dez anos após o fim da Pequena Idade do Gelo? E por que razão terminam no ano 2000?
O motivo é fácil de imaginar pelo que ficou dito atrás. É sempre a subir desde o fim da Pequena Idade do Gelo. A razão ver-se-á seguidamente.
Olhando novamente para a Fig. BC6, verificamos que, entre o ponto inicial e o ponto final, existem vários períodos de arrefecimento. Por exemplo, há 2 mil e há 10 mil anos muitos seres vivos da Natureza tiritaram de frio. O Homem por exemplo.
Não é preciso ir mais longe. Desde há oito anos atrás a designada temperatura média global baixou. Eis a razão por que o IPCC não teve “coragem” de apresentar esta conclusão nos seus fastidiosos documentos mais recentes.
Perante estes factos, questiona-se: - A Gronelândia aqueceu ou arrefeceu? A resposta depende do ponto inicial e do ponto final a considerar na pergunta.
Os intervalos de oito e de cem anos são curtos para indicar estatisticamente uma variação de longo prazo. Apesar disso, insiste-se nos cem anos mais recentes (com três pequenos períodos importantes) para se pretender estender o que vai acontecer daqui a cem anos.
Aceite-se o período 1860-2006 (e não o truque de prestidigitação do IPCC de 1860-2000). Aceite-se, ainda que extremamente discutível, a base de dados CRU - Climate Research Unit (University of East Anglia, Norwich, UK) que é utilizada no á-bê-cê do IPCC.
O manipulador desta base de dados é Phil Jones que não fornece, publicamente, nem os valores de entrada, nem a metodologia, nem o programa – o algoritmo – usado no tratamento das observações. Mas deixemos isso para mais tarde.
Esta base de dados consiste em temperaturas médias globais da superfície terrestre – terra e oceanos –, ao nível do mar. Isto é, são observações realizadas com termómetros. A Fig. BC7 (superfície terrestre) mostra claramente o pico de 1998 – ano de El Niño – e, desde então, a descida com uma estabilização que se seguiu até 2006.
Uma figura semelhante a esta está guardada no baú do MC, isto é, ficou lá para trás. Eis o gato escondido com rabo de fora que o IPCC escamoteia aos decisores políticos. Já lá vão oito anos com temperaturas estabilizadas apesar de se continuar a emitir CO2.
Esta conclusão, ao nível da superfície terrestre, é consistente com duas outras informações importantes sobre o que passa a um nível mais acima, na troposfera.
Os equipamentos radiossondas instalados nos balões meteorológicos, desde 1958, e radiómetros colocados nos satélites meteorológicos – MSU, microwave sound unit –, desde 1979, mostram tendências semelhantes.
De todas estas séries históricas de temperaturas, aceita-se como mais representativa e precisa a dos registos MSU. A Fig. BC8 indica as anomalias das temperaturas nas camadas baixas da troposfera (acima da espessura dos anticiclones móveis polares).
Nesta figura destacam-se os epifenómenos El Niños e erupções vulcânicas (El Chichon e Pinatubo) que aumentaram ou baixaram as temperaturas, em relação ao que seria de esperar na sua ausência.
Se abstrairmos o caso verdadeiramente excepcional do El Niño de 1998, concluímos que é muito provável a existência de uma estabilidade das temperaturas desde quase 1979 (ponto inicial da Fig. BC8).
Vinte e sete anos (1979-2006) de temperaturas estáveis são representativos de um período quente contemporâneo. Esta é uma conclusão forte. Tudo isto no meio de uma fortíssima vozearia contra as emissões do gás satânico.
Como realça o Prof. Bob Carter, o cientista estoniano Olavi Kärner afirma no artigo “On non-stationarity and anti-persistency in global temperature series”, publicado em 2002, no Journal of Geophysical Research, 107:D20:
«… antipersistence in the lower tropospheric temperature increments does not support the science of global warming developed by IPCC. Negative long-range correlation of increments during the last 22 years means that negative feedback has been dominating in the Earth climate system during the period.»
Diga-se de passagem que designar “science of global warming” ao que é publicado pelo IPCC é, a nosso ver, um deslize de linguagem de Olavi Kärner.
Todos estes factos reais fundamentam a afirmação – já feita várias vezes no MC – de que o efeito de estufa antropogénico é um infinitésimo de ordem superior que a dinâmica do clima despreza. Ou, como dizem Khilyuk e Chilingar, representa um fenómeno de terceira ou quarta ordem no sistema climático global.
Em conclusão, o resultado das observações, nomeadamente MSU, mas também CRU, não justificam as toneladas de papel do IPCC e jornais, os quilómetros de celulóide ou os milhões de milhões de bits de documentários cinematográficos e televisivos, as milhares de horas ocupadas no espaço hertziano e nas sentenças dos “especialistas de alterações climáticas”.
Utilizam-se bases de dados das temperaturas médias globais, tanto à superfície terrestre, ao nível do mar, obtidas através das leituras dos termómetros, como de proxies geológicos de alta qualidade, obtidos das profundezas dos oceanos ou dos mantos de gelo.
Porém, para qualquer série de valores, a resposta àquela aparentemente inocente questão é sempre a mesma. Isto é, depende dos pontos extremos de que se parte e de que se chega. Isto é, depende do intervalo de tempo considerado.
Por exemplo, usando dados obtidos na análise dos isótopos de oxigénio (proxy local) dos cilindros de gelo da Gronelândia o aquecimento começou há 16 mil anos, conforme Fig. BC6. Ou então há cem anos atrás. Isto se se considera o mesmo ponto de chegada nos nossos dias.
No entanto, nessa mesma figura, se partíssemos de, apenas, há 10 mil anos, responderíamos que o planeta arrefeceu desde então até agora. Ou que a temperatura se mantém estável desde há pelo menos 700 anos até aos dias de hoje.
Outra resposta possível seria que o planeta começou a arrefecer há 2 mil anos até estabilizar a temperatura desde há 700 anos a esta parte.
Existem tendências ao gosto de cada um. O que demonstra a variabilidade eterna do clima. Com IPCC ou sem IPCC a Natureza é mesmo irrequieta. A Natureza e os seus produtos como o anticiclone dito dos Açores de Anthímio de Azevedo.
Um dos truques do IPCC é escolher os extremos que mais lhe convém. Por que motivo os seus gráficos começam em 1860, isto é, dez anos após o fim da Pequena Idade do Gelo? E por que razão terminam no ano 2000?
O motivo é fácil de imaginar pelo que ficou dito atrás. É sempre a subir desde o fim da Pequena Idade do Gelo. A razão ver-se-á seguidamente.
Olhando novamente para a Fig. BC6, verificamos que, entre o ponto inicial e o ponto final, existem vários períodos de arrefecimento. Por exemplo, há 2 mil e há 10 mil anos muitos seres vivos da Natureza tiritaram de frio. O Homem por exemplo.
Não é preciso ir mais longe. Desde há oito anos atrás a designada temperatura média global baixou. Eis a razão por que o IPCC não teve “coragem” de apresentar esta conclusão nos seus fastidiosos documentos mais recentes.
Perante estes factos, questiona-se: - A Gronelândia aqueceu ou arrefeceu? A resposta depende do ponto inicial e do ponto final a considerar na pergunta.
Os intervalos de oito e de cem anos são curtos para indicar estatisticamente uma variação de longo prazo. Apesar disso, insiste-se nos cem anos mais recentes (com três pequenos períodos importantes) para se pretender estender o que vai acontecer daqui a cem anos.
Aceite-se o período 1860-2006 (e não o truque de prestidigitação do IPCC de 1860-2000). Aceite-se, ainda que extremamente discutível, a base de dados CRU - Climate Research Unit (University of East Anglia, Norwich, UK) que é utilizada no á-bê-cê do IPCC.
O manipulador desta base de dados é Phil Jones que não fornece, publicamente, nem os valores de entrada, nem a metodologia, nem o programa – o algoritmo – usado no tratamento das observações. Mas deixemos isso para mais tarde.
Esta base de dados consiste em temperaturas médias globais da superfície terrestre – terra e oceanos –, ao nível do mar. Isto é, são observações realizadas com termómetros. A Fig. BC7 (superfície terrestre) mostra claramente o pico de 1998 – ano de El Niño – e, desde então, a descida com uma estabilização que se seguiu até 2006.
Uma figura semelhante a esta está guardada no baú do MC, isto é, ficou lá para trás. Eis o gato escondido com rabo de fora que o IPCC escamoteia aos decisores políticos. Já lá vão oito anos com temperaturas estabilizadas apesar de se continuar a emitir CO2.
Esta conclusão, ao nível da superfície terrestre, é consistente com duas outras informações importantes sobre o que passa a um nível mais acima, na troposfera.
Os equipamentos radiossondas instalados nos balões meteorológicos, desde 1958, e radiómetros colocados nos satélites meteorológicos – MSU, microwave sound unit –, desde 1979, mostram tendências semelhantes.
De todas estas séries históricas de temperaturas, aceita-se como mais representativa e precisa a dos registos MSU. A Fig. BC8 indica as anomalias das temperaturas nas camadas baixas da troposfera (acima da espessura dos anticiclones móveis polares).
Nesta figura destacam-se os epifenómenos El Niños e erupções vulcânicas (El Chichon e Pinatubo) que aumentaram ou baixaram as temperaturas, em relação ao que seria de esperar na sua ausência.
Se abstrairmos o caso verdadeiramente excepcional do El Niño de 1998, concluímos que é muito provável a existência de uma estabilidade das temperaturas desde quase 1979 (ponto inicial da Fig. BC8).
Vinte e sete anos (1979-2006) de temperaturas estáveis são representativos de um período quente contemporâneo. Esta é uma conclusão forte. Tudo isto no meio de uma fortíssima vozearia contra as emissões do gás satânico.
Como realça o Prof. Bob Carter, o cientista estoniano Olavi Kärner afirma no artigo “On non-stationarity and anti-persistency in global temperature series”, publicado em 2002, no Journal of Geophysical Research, 107:D20:
«… antipersistence in the lower tropospheric temperature increments does not support the science of global warming developed by IPCC. Negative long-range correlation of increments during the last 22 years means that negative feedback has been dominating in the Earth climate system during the period.»
Diga-se de passagem que designar “science of global warming” ao que é publicado pelo IPCC é, a nosso ver, um deslize de linguagem de Olavi Kärner.
Todos estes factos reais fundamentam a afirmação – já feita várias vezes no MC – de que o efeito de estufa antropogénico é um infinitésimo de ordem superior que a dinâmica do clima despreza. Ou, como dizem Khilyuk e Chilingar, representa um fenómeno de terceira ou quarta ordem no sistema climático global.
Em conclusão, o resultado das observações, nomeadamente MSU, mas também CRU, não justificam as toneladas de papel do IPCC e jornais, os quilómetros de celulóide ou os milhões de milhões de bits de documentários cinematográficos e televisivos, as milhares de horas ocupadas no espaço hertziano e nas sentenças dos “especialistas de alterações climáticas”.
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