Uma criativa taxa de carbono
(por Jorge Pacheco de Oliveira)
Estive há dias num hotel do Algarve e quando, à saída, a conta me foi apresentada no balcão, observei que em cada um dos dias se encontrava debitada uma parcela de 2 Euros com a singular designação de “Neutro Carbono”.
Passado o instante inicial de surpresa, imediatamente me apercebi de que estava a ser vítima de uma tentativa de extorsão no âmbito do global warming.
Formulado o inevitável protesto, a resposta meio constrangida do senhor por detrás do balcão foi a de que se tratava apenas de uma contribuição para uma campanha de protecção do ambiente promovida pela entidade proprietária do hotel. Mas, sendo facultativa, o cliente só pagava se quisesse.
Eu não quis, claro. Mas a verdade é que a insidiosa parcelazinha de 2 Euros/dia já lá estava metida na factura ainda antes de me perguntarem fosse o que fosse. Isto é legal? Ou antes, isto é honesto? E se eu não tivesse dado conta?
Ora, quem era então a entidade proprietária do hotel ? Nem mais nem menos do que o banco BES!
Percebi tudo. Um banco! Uma daquelas instituições em que antigamente costumávamos confiar! Para mais, o banco que, em parceria com o Semanário Expresso, trouxe a Portugal o líder oficial da fraude do global warming, o chairman do IPCC, Rajendra Pachauri, para um almoço conferência no Convento do Beato, assunto já abordado neste blog aqui, aqui e aqui.
Mas este episódio acabou por me divertir, na medida em que me trouxe à memória um outro, já lá vão uns bons anos. Com efeito, durante uma estadia de trabalho de uma semana em Stuttgart, eu e alguns colegas descobrimos, logo no primeiro dia, uma fantástica e bem animada cervejaria, onde passámos a jantar quase exclusivamente.
Pois na conta do jantar vinha imputada uma parcela extra de dois marcos, que associei, por antinomia, à parcela de dois euros do hotel “besiano”. A contradição estava no facto de pagarmos a taxa de dois marcos com muito gosto, justificada que era pela actuação de uma banda, por sinal excelente, abrilhantada por duas cantoras muito sugestivas que reproduziam quase fielmente as canções dos Abba. Faz toda a diferença.
Estive há dias num hotel do Algarve e quando, à saída, a conta me foi apresentada no balcão, observei que em cada um dos dias se encontrava debitada uma parcela de 2 Euros com a singular designação de “Neutro Carbono”.
Passado o instante inicial de surpresa, imediatamente me apercebi de que estava a ser vítima de uma tentativa de extorsão no âmbito do global warming.
Formulado o inevitável protesto, a resposta meio constrangida do senhor por detrás do balcão foi a de que se tratava apenas de uma contribuição para uma campanha de protecção do ambiente promovida pela entidade proprietária do hotel. Mas, sendo facultativa, o cliente só pagava se quisesse.
Eu não quis, claro. Mas a verdade é que a insidiosa parcelazinha de 2 Euros/dia já lá estava metida na factura ainda antes de me perguntarem fosse o que fosse. Isto é legal? Ou antes, isto é honesto? E se eu não tivesse dado conta?
Ora, quem era então a entidade proprietária do hotel ? Nem mais nem menos do que o banco BES!
Percebi tudo. Um banco! Uma daquelas instituições em que antigamente costumávamos confiar! Para mais, o banco que, em parceria com o Semanário Expresso, trouxe a Portugal o líder oficial da fraude do global warming, o chairman do IPCC, Rajendra Pachauri, para um almoço conferência no Convento do Beato, assunto já abordado neste blog aqui, aqui e aqui.
Mas este episódio acabou por me divertir, na medida em que me trouxe à memória um outro, já lá vão uns bons anos. Com efeito, durante uma estadia de trabalho de uma semana em Stuttgart, eu e alguns colegas descobrimos, logo no primeiro dia, uma fantástica e bem animada cervejaria, onde passámos a jantar quase exclusivamente.
Pois na conta do jantar vinha imputada uma parcela extra de dois marcos, que associei, por antinomia, à parcela de dois euros do hotel “besiano”. A contradição estava no facto de pagarmos a taxa de dois marcos com muito gosto, justificada que era pela actuação de uma banda, por sinal excelente, abrilhantada por duas cantoras muito sugestivas que reproduziam quase fielmente as canções dos Abba. Faz toda a diferença.
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