quarta-feira, julho 08, 2009

A fábula do aquecimento global (9)

(Final da entrevista da La Nouvelle Revue d’Histoire)

La Nouvelle Revue d’Histoire – Entre várias catástrofes anunciadas, alguns media afirmam também que o Gulf Stream vai parar…

Marcel Leroux – Para que isso acontecesse seria necessário que o vento, motor das correntes marítimas superficiais, deixasse de soprar, isto é, que toda a circulação atmosférica, assim como a oceânica, fosse bloqueada o que é naturalmente inverosímil!

Afirma-se também que «o nível do mar sobe» … mas nenhuma curva prova essa afirmação, salvo para alguns hipotéticos centímetros (12 cm em 140 anos) e ainda não desapareceu submergido qualquer território.

As predições, sobretudo de carácter «hollywoodesco», são temas que têm saído dos modelos informáticos do clima cuja fiabilidade científica é fortemente contestável.

Para cúmulo depreciativo dos modelos, são os próprios matemáticos que julgam que «os modelos empregues são sumários, grosseiros, empíricos e falaciosos» e que «as conclusões que deles se tira são desprovidas de qualquer valor de predição» (1).

La Nouvelle Revue d’Histoire – Qual é o futuro da climatologia dentro do actual panorama politicamente correcto do debate sobre o clima?

Marcel Leroux – Em vez de traçar cenários hipotéticos para 2100, a climatologia, que se encontra num impasse conceptual desde há cinquenta anos, deveria contribuir eficazmente para a especificação de medidas de prevenção e adaptação ao clima futuro próximo.

A alteração climática – é o próprio clima que evolui constantemente – é bem real, mas é antinómica do cenário «quente» que nos é actualmente imposto, como prova a elevação contínua da pressão atmosférica em numerosas regiões como acontece em França.

Esta alteração do clima não é aquela prevista pelo IPCC. Os teóricos e os modeladores preocupam-se pouco com a observação dos fenómenos reais. São as razões e os mecanismos desta alteração permanente que a climatologia deve definir seriamente.

Ao mesmo tempo, as outras disciplinas que se misturam com a climatologia, mas que para progredirem não têm necessidade do ilusório espantalho climático, poderão dedicar-se eficazmente na luta contra a poluição ou pelo desenvolvimento sustentável.
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(1) Beauzamy, B. (2006) – Le réchauffement climatique: mystifications et falsifications, Société de Calcul Mathématique, SA, note adressé au Sécretariat Général de la Defense Nationale, Fevereiro de 2006, 10 pp.

Depoimento recolhido por Bernard LUGAN para a NRH nº 31 de Julho-Agosto de 2007.