sexta-feira, junho 26, 2009

A fábula do aquecimento global (3)

(Continuação da entrevista da La Nouvelle Revue d’Histoire)

La Nouvelle Revue d’Histoire – Argumenta que o «avanço» do deserto do Sara para Sul não se deve às razões habitualmente invocadas. Mas se vier a verificar-se um aquecimento global sustentável não seria de recear os acontecimentos em África como são as previstas catástrofes aterradoras devidas à elevação das temperaturas?

Marcel Leroux – A história do clima mostra-nos que, em África, os períodos «quentes» foram, simultaneamente, chuvosos. Particularmente, isso aconteceu na Idade Média permitindo a prosperidade (entre 1200 e 1500) de grandes impérios saheliano-sudaneses.

O actual declínio das chuvas a sul do Sara é oposto a um cenário de «aquecimento». Trata-se de uma flagrante objecção ao diagnóstico feito pelo IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climática).

Convém salientar que nos Trópicos as precipitações acontecem maioritariamente nas estações quentes. Se viesse a verificar-se um aquecimento, este traduzir-se-ia por uma melhoria da pluviometria. Mas não é esse o caso actual.

O deslizamento actual para Sul da zona saheliana, donde da do Sara, é da ordem de 200 km a 300 km. Este fenómeno que começou nos anos 1970, inscreve-se nos mesmos fenómenos do DMG (Dernier Maximum Glaciaire), entre 18 mil e 15 mil anos antes dos nossos dias.

Durante o DMG o Sara deslocou-se 1000 km para Sul. Este deslocamento resultou, não num contexto de aquecimento dos Pólos, mas, pelo contrário, de uma situação de acentuado arrefecimento dos Pólos [tal como sucede actualmente].

Este facto contradiz, mais uma vez, o infundado cenário de aquecimento global do IPCC, sustentado pelos ambientalistas e pelos media.

(Continua)