Astrofísica e clima
Willie Soon é um astrofísico que trabalha no Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics. Juntamente com uma astrofísica do mesmo Centro, Sallie Baliunas, defende que o designado aquecimento global tem sido causado pelas variações solares.
Sallie Baliunas, que fora igualmente convidada para o simpósio de Estocolmo, não pôde comparecer. Deste modo, Willie Soon ocupou não só o seu tempo como também o da sua colega com a extensa comunicação «Solar variability and Arctic change».
A comunicação é demasiado especializada para ser aqui transcrita. Soon afirma existir uma correlação muito estreita entre a variação total da irradiância solar e a temperatura da região do Árctico.
No fundo, explicou pormenorizadamente o que foi dito de forma mais simples no Mitos Climáticos, nas notas sobre «As variações da actividade solar» (1), (2), (3), (4) e (5). Apresentou inclusive as Fig. 14, 15 e 16.
Como a comunicação era dirigida ao comportamento das temperaturas do Árctico, também apresentou, tal-qual, a Fig. 29 sobre as anomalias anuais das temperaturas do ar superficial do Árctico de acordo com Polyakov.
Como então se disse, sem tirar valor aos trabalhos de Willie, estas correlações não explicam a dinâmica do Árctico.
Para se conhecer o comportamento dos campos térmicos da região boreal tem de se recorrer à análise das trocas meridionais das massas de ar frias e quentes que saem e entram na região do Árctico.
Quando se analisou o relatório da ACIA, tivemos oportunidade de perceber como se comporta a dinâmica das temperaturas do Árctico.
Soon recorreu a factores cósmicos, magneto-galáticos e radiativos para explicar as perturbações vindas do espaço. Estas constituem factores exteriores à biosfera que podem contribuir para a variabilidade do clima.
Tem-se suspeitado, desde há vários séculos, que as variações da actividade solar têm estado na origem das alterações climáticas a longo prazo. Mas, até muito recentemente, o seu modo de acção permanecia desconhecido, exceptuando a hipótese de variação da “constante solar”.
Uma pista prometedora foi descoberta há cinco anos por físicos dinamarqueses. Dentre estes estão Friis Christensen e K. Lassen, fontes da Fig. 16 acima referida, e Henrik Svensmark (que também não esteve no simpósio, contrariamente ao previsto).
Segundo estes cientistas dinamarqueses, as variações do campo magnético solar modulam o fluxo dos raios cósmicos que entram na atmosfera.
Este fluxo exerce uma acção significativa sobre as propriedades reflectoras das nuvens. Segundo os físicos dinamarqueses, apoiados por Willie Soon, esta conclusão seria mais uma machadada na teoria do efeito de estufa antropogénico.
Por isso, os «warmers» reagem contra esta tese. Nomeadamente, houve em tempos uma polémica entre Soon e Hans von Storch. Este último estava no anfiteatro da Universidade de Estocolmo, mas desta vez não reagiu à apresentação de Soon.
Correcções: 1) "...têm estão..." por "...têm estado...". Gralha detectada por um leitor a quem se agradece o aviso. 2) Adicionado o link para Henrik Svensmark.
Sallie Baliunas, que fora igualmente convidada para o simpósio de Estocolmo, não pôde comparecer. Deste modo, Willie Soon ocupou não só o seu tempo como também o da sua colega com a extensa comunicação «Solar variability and Arctic change».
A comunicação é demasiado especializada para ser aqui transcrita. Soon afirma existir uma correlação muito estreita entre a variação total da irradiância solar e a temperatura da região do Árctico.
No fundo, explicou pormenorizadamente o que foi dito de forma mais simples no Mitos Climáticos, nas notas sobre «As variações da actividade solar» (1), (2), (3), (4) e (5). Apresentou inclusive as Fig. 14, 15 e 16.
Como a comunicação era dirigida ao comportamento das temperaturas do Árctico, também apresentou, tal-qual, a Fig. 29 sobre as anomalias anuais das temperaturas do ar superficial do Árctico de acordo com Polyakov.
Como então se disse, sem tirar valor aos trabalhos de Willie, estas correlações não explicam a dinâmica do Árctico.
Para se conhecer o comportamento dos campos térmicos da região boreal tem de se recorrer à análise das trocas meridionais das massas de ar frias e quentes que saem e entram na região do Árctico.
Quando se analisou o relatório da ACIA, tivemos oportunidade de perceber como se comporta a dinâmica das temperaturas do Árctico.
Soon recorreu a factores cósmicos, magneto-galáticos e radiativos para explicar as perturbações vindas do espaço. Estas constituem factores exteriores à biosfera que podem contribuir para a variabilidade do clima.
Tem-se suspeitado, desde há vários séculos, que as variações da actividade solar têm estado na origem das alterações climáticas a longo prazo. Mas, até muito recentemente, o seu modo de acção permanecia desconhecido, exceptuando a hipótese de variação da “constante solar”.
Uma pista prometedora foi descoberta há cinco anos por físicos dinamarqueses. Dentre estes estão Friis Christensen e K. Lassen, fontes da Fig. 16 acima referida, e Henrik Svensmark (que também não esteve no simpósio, contrariamente ao previsto).
Segundo estes cientistas dinamarqueses, as variações do campo magnético solar modulam o fluxo dos raios cósmicos que entram na atmosfera.
Este fluxo exerce uma acção significativa sobre as propriedades reflectoras das nuvens. Segundo os físicos dinamarqueses, apoiados por Willie Soon, esta conclusão seria mais uma machadada na teoria do efeito de estufa antropogénico.
Por isso, os «warmers» reagem contra esta tese. Nomeadamente, houve em tempos uma polémica entre Soon e Hans von Storch. Este último estava no anfiteatro da Universidade de Estocolmo, mas desta vez não reagiu à apresentação de Soon.
Correcções: 1) "...têm estão..." por "...têm estado...". Gralha detectada por um leitor a quem se agradece o aviso. 2) Adicionado o link para Henrik Svensmark.
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