As variações da actividade solar (4)
O impacto das variações da actividade solar sobre a evolução do clima da Terra é muito discutível mas as medições recentes dos satélites, embora ainda em número reduzido e que vieram substituir as estimativas empíricas, relançaram o debate.
De facto, os satélites revolucionaram completamente os estudos meteorológicos e climatológicos. Já vimos com alteraram radicalmente a percepção do motor fundamental da circulação geral – os anticiclones móveis polares.
Têm sido propostas teorias simples: para uma alteração de 1 % da constante solar a variação da temperatura do ar à superfície seria de 0,6 ºC. Ou, numa escala mais reduzida, a uma diminuição de 0,1 % da radiação, como a medida pelos satélites entre 1980 e 1986, poderia corresponder uma descida de 0,2 ºC da temperatura terrestre.
O designado período Little Ice Age, que terminou ainda há pouco, em 1850 – a maior parte das vezes esquecemo-nos disso –, teria estado associado no início ao minimum de Maunder: uma estimativa de 0,24 % de redução da radiação total teria arrastado uma baixa de temperatura global de 0,46 ºC (Vd. Lean, J. et Rind, D., Solar Variability: implications for global change, EOS, vol. 75-1, 1 & 5-7, 1994).
Se considerarmos apenas a evolução verificada a partir do início do século passado, conclui-se que:
1. A amplitude – número máximo de manchas solares – dos ciclos 14 (pico cerca de 1906) a 19 (pico cerca de 1958) foi crescendo sucessivamente (a radiação também aumentou de 0,6 % entre 1910 e 1960), com excepção do ciclo 16 (pico em 1927) em que se deu uma redução em relação ao ciclo anterior;
2. O ciclo 20 (pico 1968) conheceu uma diminuição de amplitude e esta aumentou de novo nos ciclos seguintes 21 (pico em 1980) e 22 (pico em 1990).
O Óptimo Climático Contemporâneo (dos anos 1940 a 1960) corresponde aos ciclos 17 (pico em 1937) a 19 (pico em 1958) com aumentos das amplitudes. Neste caso o aumento da actividade solar em número de manchas não correspondeu a um aumento da temperatura.
Já o forte aumento de temperatura do início do século passado (1910 a 1940) pode parecer ter estado ligado a um maior forçamento radiativo do Sol com o aumento das amplitudes dos ciclos 14 (pico em 1906) a 17 (pico em 1937), embora associado a outros factores (vulcanismo, aerossóis, efeito de estufa natural).
De facto, os satélites revolucionaram completamente os estudos meteorológicos e climatológicos. Já vimos com alteraram radicalmente a percepção do motor fundamental da circulação geral – os anticiclones móveis polares.
Têm sido propostas teorias simples: para uma alteração de 1 % da constante solar a variação da temperatura do ar à superfície seria de 0,6 ºC. Ou, numa escala mais reduzida, a uma diminuição de 0,1 % da radiação, como a medida pelos satélites entre 1980 e 1986, poderia corresponder uma descida de 0,2 ºC da temperatura terrestre.
O designado período Little Ice Age, que terminou ainda há pouco, em 1850 – a maior parte das vezes esquecemo-nos disso –, teria estado associado no início ao minimum de Maunder: uma estimativa de 0,24 % de redução da radiação total teria arrastado uma baixa de temperatura global de 0,46 ºC (Vd. Lean, J. et Rind, D., Solar Variability: implications for global change, EOS, vol. 75-1, 1 & 5-7, 1994).
Se considerarmos apenas a evolução verificada a partir do início do século passado, conclui-se que:
1. A amplitude – número máximo de manchas solares – dos ciclos 14 (pico cerca de 1906) a 19 (pico cerca de 1958) foi crescendo sucessivamente (a radiação também aumentou de 0,6 % entre 1910 e 1960), com excepção do ciclo 16 (pico em 1927) em que se deu uma redução em relação ao ciclo anterior;
2. O ciclo 20 (pico 1968) conheceu uma diminuição de amplitude e esta aumentou de novo nos ciclos seguintes 21 (pico em 1980) e 22 (pico em 1990).
O Óptimo Climático Contemporâneo (dos anos 1940 a 1960) corresponde aos ciclos 17 (pico em 1937) a 19 (pico em 1958) com aumentos das amplitudes. Neste caso o aumento da actividade solar em número de manchas não correspondeu a um aumento da temperatura.
Já o forte aumento de temperatura do início do século passado (1910 a 1940) pode parecer ter estado ligado a um maior forçamento radiativo do Sol com o aumento das amplitudes dos ciclos 14 (pico em 1906) a 17 (pico em 1937), embora associado a outros factores (vulcanismo, aerossóis, efeito de estufa natural).
1 Comments:
enxergate camelo.fala a verdade
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