A politização da ciência
Os meios de comunicação social consideram o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC – na sigla anglo-saxónica) como a autoridade suprema em matéria de climatologia.
Há a presunção de que o IPCC reúne os melhores conhecimentos científicos existentes sobre a Terra. Tanto mais que recebeu o Prémio Nobel da Paz de 2007. As suas declarações são consideradas como se descessem do Monte Olimpo ou do Monte Sinai.
No entanto, um olhar mais atento permite concluir que estas deferências são imerecidas. [Tivemos oportunidade de verificar que o chairman do IPCC, Rajendra Pachauri, é um podão que faz afirmações que lhe ocorrem sem qualquer significado científico (1, 2, 3)].
No relatório do IPCC de Fevereiro de 2007 lê-se: “É muito provável que as actividades humanas estejam a causar o aquecimento global”. Não se esqueça que esta afirmação foi adoptada por votação com braços no ar.
Dois meses mais tarde, o vice-presidente do IPCC, Yuri Izrael, afirmou que “o pânico do aquecimento global é injustificado”. Acrescentou “não existir uma ameaça séria para o clima” e que “a humanidade é mais seriamente ameaçada pelo frio do que pelo calor”.
Os comunicados de imprensa do IPCC alertam para o aumento das concentrações atmosféricas do CO2. Mas o dr. Vicent Gray, membro do painel de revisores do IPCC, diz que “não existe relação entre aquecimento e concentração”.
O relatório do IPCC de 2001 explorou 245 cenários. Os media escolheram o pior deles para alarmar a opinião pública. O autor principal do relatório, o climatologista John Christy, admoestou o sensacionalismo dos media dizendo que “o Mundo será muito melhor do que o pior dos cenários … pois ele não vai acontecer”.
Vê-se, claramente, que o IPCC não fala a uma só voz. Os principais dirigentes e autores principais contradizem as afirmações que se lêem nos Sumários e nos comunicados de imprensa. A resposta para este aparente enigma está na estrutura do próprio IPCC.
O que os media publicam está nos «Sumários para Decisores Políticos». Os Sumários afastam-se bastante da opinião dos cientistas que prepararam os Relatórios ditos científicos. Os Sumários são redigidos por um comité não-científico nomeado pelos governos (51, em 2001).
Os Sumários são apresentados como provenientes de um “consenso” de 2500 cientistas que contribuíram para a feitura dos Relatórios científicos do IPCC. O dito “consenso” não significa que todos os cientistas apoiem os Sumários de natureza política.
De facto, muitos dos 2500 cientistas demitiram-se após a aprovação dos Sumários através de braços no ar. Outros cientistas, mantendo-se na estrutura do IPCC, afirmam publicamente o contrário do que se encontra nos Sumários.
Para melhor compreender o “consenso”, tal como é apresentado na divulgação dos Sumários, é importante conhecer a estrutura do IPCC. Os redactores dos Sumários estão habilitados a deturpar o que se afirma nos Relatórios científicos.
Na pág. 4 do Apêndice A dos Principles Governing IPCC Work diz-se: “Changes (other than grammatical or minor editorial changes) made after acceptance by the Working Group of the Panel shall be those necessary to ensure consistency with the Summary for Policymakers or the Overview Chapter.”
Por outras palavras, quando houver uma discrepância entre o que os cientistas dizem nos Relatórios científicos e o que os redactores dos Sumários (nomeados por confiança política governamental) querem dizer, prevalece o que os últimos pretendem que seja dito.
Eis um exemplo concreto. Num Sumário para Decisores Políticos omitiram-se várias conclusões inequívocas importantes inicialmente contidas no Relatório científico e que depois foram apagadas. Nomeadamente, a seguinte:
“No study to date has positively attributed all or part [of observed climate change] to anthropogenic (i.e., man-made) causes,” and “None of the studies cited above has shown clear evidence that we can attribute the observed changes to the specific cause of increases in greenhouse gases.”
De acordo com responsáveis do IPCC, citados na revista Nature, estas omissões do Relatório final foram consideradas “para garantir que o Relatório científico estivesse de acordo com o Sumário.”
Algures, o Artigo 3 dos procedimentos do IPCC afirma: “Documents should involve both peer review by experts and review by governments.” Na prática, algumas vezes, o IPCC faz bypass à revisão científica pelos pares de modo que os Sumários reflictam os pontos de vista governamentais.
Tudo isto não deveria ser surpreendente. Afinal, o IPCC é uma entidade política, não é uma entidade científica. Realmente, o IPCC é um InterGOVERNMENTAL Panel on Climate Change. Não é um SCIENTIFIC Panel on Climate Change.
Do mesmo modo, o “consenso” é um conceito político. É um compromisso político. Não tem nada de científico. A verdade científica não está sujeita à obtenção de uma maioria política ou de outra natureza.
(Na verdade, 31 mil cientistas assinaram uma petição a protestar contra o "consenso" de que a actividade humana está perigosamente a alterar o clima da Terra. São mais do que os 2500 cientistas citados pelo IPCC - muitos dos quais refutaram publicamente o IPCC.)
Para seu crédito, o IPCC desmascara muitos dos exageros alarmistas do movimento ambientalista radical. Apesar disso, a sua autoridade científica está irreparavelmente manchada pelas adulterações de ordem política.
Quando um Departamento dos EUA escreve para o co-chairman do IPCC que “it is essential that ... chapter authors be prevailed upon to modify their text in an appropriate manner”, o carácter politico do IPCC fica a descoberto.
Os patrocinadores do IPCC, como as Nações Unidas e certos políticos americanos, partilham o objectivo de reduzir a produção de riqueza dos EUA pelo corte no consumo de energia. Vinculam este objectivo a um tratado internacional sobre alterações climáticas. Para tal, os patrocinadores do IPCC dispõem-se a recorrer à fraude científica.
Eis as palavras de um aliado de Al Gore, o ex-secretário de Estado Tim Wirth: - “Even if the theory of global warming is wrong, we will be doing the right thing by reducing Americans’ consumption of fossil fuels”.
Tenha-se sempre em mente que o IPCC é permanentemente invocado em apoio ao estabelecimento de um tal tratado climático. Pudera...
Fonte: Mark W. Hendrickson.
Há a presunção de que o IPCC reúne os melhores conhecimentos científicos existentes sobre a Terra. Tanto mais que recebeu o Prémio Nobel da Paz de 2007. As suas declarações são consideradas como se descessem do Monte Olimpo ou do Monte Sinai.
No entanto, um olhar mais atento permite concluir que estas deferências são imerecidas. [Tivemos oportunidade de verificar que o chairman do IPCC, Rajendra Pachauri, é um podão que faz afirmações que lhe ocorrem sem qualquer significado científico (1, 2, 3)].
No relatório do IPCC de Fevereiro de 2007 lê-se: “É muito provável que as actividades humanas estejam a causar o aquecimento global”. Não se esqueça que esta afirmação foi adoptada por votação com braços no ar.
Dois meses mais tarde, o vice-presidente do IPCC, Yuri Izrael, afirmou que “o pânico do aquecimento global é injustificado”. Acrescentou “não existir uma ameaça séria para o clima” e que “a humanidade é mais seriamente ameaçada pelo frio do que pelo calor”.
Os comunicados de imprensa do IPCC alertam para o aumento das concentrações atmosféricas do CO2. Mas o dr. Vicent Gray, membro do painel de revisores do IPCC, diz que “não existe relação entre aquecimento e concentração”.
O relatório do IPCC de 2001 explorou 245 cenários. Os media escolheram o pior deles para alarmar a opinião pública. O autor principal do relatório, o climatologista John Christy, admoestou o sensacionalismo dos media dizendo que “o Mundo será muito melhor do que o pior dos cenários … pois ele não vai acontecer”.
Vê-se, claramente, que o IPCC não fala a uma só voz. Os principais dirigentes e autores principais contradizem as afirmações que se lêem nos Sumários e nos comunicados de imprensa. A resposta para este aparente enigma está na estrutura do próprio IPCC.
O que os media publicam está nos «Sumários para Decisores Políticos». Os Sumários afastam-se bastante da opinião dos cientistas que prepararam os Relatórios ditos científicos. Os Sumários são redigidos por um comité não-científico nomeado pelos governos (51, em 2001).
Os Sumários são apresentados como provenientes de um “consenso” de 2500 cientistas que contribuíram para a feitura dos Relatórios científicos do IPCC. O dito “consenso” não significa que todos os cientistas apoiem os Sumários de natureza política.
De facto, muitos dos 2500 cientistas demitiram-se após a aprovação dos Sumários através de braços no ar. Outros cientistas, mantendo-se na estrutura do IPCC, afirmam publicamente o contrário do que se encontra nos Sumários.
Para melhor compreender o “consenso”, tal como é apresentado na divulgação dos Sumários, é importante conhecer a estrutura do IPCC. Os redactores dos Sumários estão habilitados a deturpar o que se afirma nos Relatórios científicos.
Na pág. 4 do Apêndice A dos Principles Governing IPCC Work diz-se: “Changes (other than grammatical or minor editorial changes) made after acceptance by the Working Group of the Panel shall be those necessary to ensure consistency with the Summary for Policymakers or the Overview Chapter.”
Por outras palavras, quando houver uma discrepância entre o que os cientistas dizem nos Relatórios científicos e o que os redactores dos Sumários (nomeados por confiança política governamental) querem dizer, prevalece o que os últimos pretendem que seja dito.
Eis um exemplo concreto. Num Sumário para Decisores Políticos omitiram-se várias conclusões inequívocas importantes inicialmente contidas no Relatório científico e que depois foram apagadas. Nomeadamente, a seguinte:
“No study to date has positively attributed all or part [of observed climate change] to anthropogenic (i.e., man-made) causes,” and “None of the studies cited above has shown clear evidence that we can attribute the observed changes to the specific cause of increases in greenhouse gases.”
De acordo com responsáveis do IPCC, citados na revista Nature, estas omissões do Relatório final foram consideradas “para garantir que o Relatório científico estivesse de acordo com o Sumário.”
Algures, o Artigo 3 dos procedimentos do IPCC afirma: “Documents should involve both peer review by experts and review by governments.” Na prática, algumas vezes, o IPCC faz bypass à revisão científica pelos pares de modo que os Sumários reflictam os pontos de vista governamentais.
Tudo isto não deveria ser surpreendente. Afinal, o IPCC é uma entidade política, não é uma entidade científica. Realmente, o IPCC é um InterGOVERNMENTAL Panel on Climate Change. Não é um SCIENTIFIC Panel on Climate Change.
Do mesmo modo, o “consenso” é um conceito político. É um compromisso político. Não tem nada de científico. A verdade científica não está sujeita à obtenção de uma maioria política ou de outra natureza.
(Na verdade, 31 mil cientistas assinaram uma petição a protestar contra o "consenso" de que a actividade humana está perigosamente a alterar o clima da Terra. São mais do que os 2500 cientistas citados pelo IPCC - muitos dos quais refutaram publicamente o IPCC.)
Para seu crédito, o IPCC desmascara muitos dos exageros alarmistas do movimento ambientalista radical. Apesar disso, a sua autoridade científica está irreparavelmente manchada pelas adulterações de ordem política.
Quando um Departamento dos EUA escreve para o co-chairman do IPCC que “it is essential that ... chapter authors be prevailed upon to modify their text in an appropriate manner”, o carácter politico do IPCC fica a descoberto.
Os patrocinadores do IPCC, como as Nações Unidas e certos políticos americanos, partilham o objectivo de reduzir a produção de riqueza dos EUA pelo corte no consumo de energia. Vinculam este objectivo a um tratado internacional sobre alterações climáticas. Para tal, os patrocinadores do IPCC dispõem-se a recorrer à fraude científica.
Eis as palavras de um aliado de Al Gore, o ex-secretário de Estado Tim Wirth: - “Even if the theory of global warming is wrong, we will be doing the right thing by reducing Americans’ consumption of fossil fuels”.
Tenha-se sempre em mente que o IPCC é permanentemente invocado em apoio ao estabelecimento de um tal tratado climático. Pudera...
Fonte: Mark W. Hendrickson.
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