Morte de Bert Bolin
Os diários suecos de ontem, dia 3 de Janeiro de 2008, noticiaram sucintamente a morte de Bert Bolin.
Corriam rumores de que se encontrava muito doente. O sueco Bert Bolin foi o primeiro Presidente do IPCC, entre 1988-1997. Considera-se mesmo que foi um dos seus principais fundadores.
O trabalho científico mais importante de Bolin relacionou-se com a geoquímica das trocas de CO2 entre os oceanos e a atmosfera nos anos 1960-1970. Na parte final da sua carreira científica fixou-se na ideia de que o CO2 era o motor do clima.
Depois de se reformar dedicou-se à política com ligações ao partido social-democrata da Suécia e às suas filiações internacionais.
Mas, não retirando o mérito científico de Bert Bolin, a sua presidência do IPCC fica marcada pelo acontecimento referido na Nota sobre o seminário de Estocolmo. Embora não sendo o autor pactuou com ele.
Recorda-se que no segundo relatório de avaliação do IPCC, em 1995, foi introduzida dissimuladamente, a célebre frase da culpabilidade humana: «O conjunto de provas sugere uma influência humana discernível sobre o clima global».
O ex-presidente da Academia das Ciências dos EUA, Frederick Steitz, protestou contra a inclusão no último momento daquela frase atrás citada sem conhecimento dos participantes.
O autor principal do capítulo 8 do relatório do IPCC, Benjamin Santer, no último momento apagou, sem avisar ninguém, frases como esta:«Nenhum dos estudos referidos atrás apresenta provas claras para que se possa atribuir as variações [climáticas] observadas à causa específica do aumento [das emissões] dos gases com efeito de estufa».
Ou esta: «Nenhum estudo atribuiu no todo ou em parte [esta alteração climática] a causas antropogénicas».
Steitz afirmou que, o apagamento à última hora das afirmações foi o caso mais grave de violação da deontologia científica que teve conhecimento na sua carreira científica.
Bert Bolin, o então presidente do IPCC, defendeu Santer e afirmou que as modificações introduzidas não tinham por finalidade senão «produzir a melhor avaliação possível da ciência da maneira mais clara».
Corriam rumores de que se encontrava muito doente. O sueco Bert Bolin foi o primeiro Presidente do IPCC, entre 1988-1997. Considera-se mesmo que foi um dos seus principais fundadores.
O trabalho científico mais importante de Bolin relacionou-se com a geoquímica das trocas de CO2 entre os oceanos e a atmosfera nos anos 1960-1970. Na parte final da sua carreira científica fixou-se na ideia de que o CO2 era o motor do clima.
Depois de se reformar dedicou-se à política com ligações ao partido social-democrata da Suécia e às suas filiações internacionais.
Mas, não retirando o mérito científico de Bert Bolin, a sua presidência do IPCC fica marcada pelo acontecimento referido na Nota sobre o seminário de Estocolmo. Embora não sendo o autor pactuou com ele.
Recorda-se que no segundo relatório de avaliação do IPCC, em 1995, foi introduzida dissimuladamente, a célebre frase da culpabilidade humana: «O conjunto de provas sugere uma influência humana discernível sobre o clima global».
O ex-presidente da Academia das Ciências dos EUA, Frederick Steitz, protestou contra a inclusão no último momento daquela frase atrás citada sem conhecimento dos participantes.
O autor principal do capítulo 8 do relatório do IPCC, Benjamin Santer, no último momento apagou, sem avisar ninguém, frases como esta:«Nenhum dos estudos referidos atrás apresenta provas claras para que se possa atribuir as variações [climáticas] observadas à causa específica do aumento [das emissões] dos gases com efeito de estufa».
Ou esta: «Nenhum estudo atribuiu no todo ou em parte [esta alteração climática] a causas antropogénicas».
Steitz afirmou que, o apagamento à última hora das afirmações foi o caso mais grave de violação da deontologia científica que teve conhecimento na sua carreira científica.
Bert Bolin, o então presidente do IPCC, defendeu Santer e afirmou que as modificações introduzidas não tinham por finalidade senão «produzir a melhor avaliação possível da ciência da maneira mais clara».
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