Pequena viagem pela Climatologia (2)
Introdução aos conceitos «clássicos»
A questão essencial é a de saber se os conceitos actuais são capazes de explicar a realidade meteorológica e climática, isto é, capazes de explicar simultaneamente o estado do tempo e o clima, em todas as escalas do espaço e da duração temporal. A resposta imediata é não.
Os conceitos «clássicos» não permitem explicar o tempo (e, por consequência, ainda menos de o prever de maneira lógica) e não conseguem interpretar a realidade meteorológica tal qual é actualmente revelada pelos satélites.
Torna-se então necessário, e mesmo indispensável, um novo conceito porque desde há cinquenta anos que a meteorologia, essencialmente orientada para a previsão informatizada que pretende ultrapassar os conceitos, se encontra num verdadeiro impasse conceptual e não consegue progredir mais.
G. Dady, antigo director da Escola Nacional de Meteorologia e iniciador em França da previsão informatizada, denuncia «este bloqueamento intelectual e universal em meteorologia impede actualmente a evolução da investigação»- “Le monde”, 24 de Fevereiro de 1995.
As concepções vulgarmente em uso merecem ser consideradas como tradicionais ou «clássicas» porque elas foram elaboradas no fim do século XIX e na primeira metade do XX.
Durante estes períodos, quase cegamente, os fenómenos meteorológicos só eram apreendidos de uma maneira parcial, e interessava-se apenas pelo que se passava rente ao solo e mesmo os novos conceitos das escolas sucessivas não foram questionados pela chegada dos satélites.
No momento em que apareceram as primeiras imagens reais dos fenómenos meteorológicos vistas no seu conjunto, os olhares estavam sobretudo concentrados nos “outputs” virtuais dos resultados da aplicação dos modelos informáticos de previsão.
A análise dos resultados dos “outputs” ocupava toda a atenção em detrimento das observações directas – e reais – dos satélites que foram deste modo praticamente ignoradas.
Por mais estranho que pareça, estas concepções tradicionais coexistem ainda actualmente sem que nada tenha sido feito para realizar uma simples síntese. Isso acontece talvez por rotina ou falta de inspiração que rompa com o passado anterior aos satélites.
De tal modo falta a rotura necessária que, lamentavelmente, se torcem e retorcem as concepções desactualizadas para que se adaptem aos resultados que saltam à vista desarmada dos fenómenos apresentados tal qual pelos satélites em vez de se encontrarem novas explicações para a realidade da Natureza.
A questão essencial é a de saber se os conceitos actuais são capazes de explicar a realidade meteorológica e climática, isto é, capazes de explicar simultaneamente o estado do tempo e o clima, em todas as escalas do espaço e da duração temporal. A resposta imediata é não.
Os conceitos «clássicos» não permitem explicar o tempo (e, por consequência, ainda menos de o prever de maneira lógica) e não conseguem interpretar a realidade meteorológica tal qual é actualmente revelada pelos satélites.
Torna-se então necessário, e mesmo indispensável, um novo conceito porque desde há cinquenta anos que a meteorologia, essencialmente orientada para a previsão informatizada que pretende ultrapassar os conceitos, se encontra num verdadeiro impasse conceptual e não consegue progredir mais.
G. Dady, antigo director da Escola Nacional de Meteorologia e iniciador em França da previsão informatizada, denuncia «este bloqueamento intelectual e universal em meteorologia impede actualmente a evolução da investigação»- “Le monde”, 24 de Fevereiro de 1995.
As concepções vulgarmente em uso merecem ser consideradas como tradicionais ou «clássicas» porque elas foram elaboradas no fim do século XIX e na primeira metade do XX.
Durante estes períodos, quase cegamente, os fenómenos meteorológicos só eram apreendidos de uma maneira parcial, e interessava-se apenas pelo que se passava rente ao solo e mesmo os novos conceitos das escolas sucessivas não foram questionados pela chegada dos satélites.
No momento em que apareceram as primeiras imagens reais dos fenómenos meteorológicos vistas no seu conjunto, os olhares estavam sobretudo concentrados nos “outputs” virtuais dos resultados da aplicação dos modelos informáticos de previsão.
A análise dos resultados dos “outputs” ocupava toda a atenção em detrimento das observações directas – e reais – dos satélites que foram deste modo praticamente ignoradas.
Por mais estranho que pareça, estas concepções tradicionais coexistem ainda actualmente sem que nada tenha sido feito para realizar uma simples síntese. Isso acontece talvez por rotina ou falta de inspiração que rompa com o passado anterior aos satélites.
De tal modo falta a rotura necessária que, lamentavelmente, se torcem e retorcem as concepções desactualizadas para que se adaptem aos resultados que saltam à vista desarmada dos fenómenos apresentados tal qual pelos satélites em vez de se encontrarem novas explicações para a realidade da Natureza.
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