Políticos e multinacionais
Este grupo é, porventura, o mais complexo. As suas posições nem sempre são claras. Entre as multinacionais estabeleceu-se uma luta de interesses. A miragem de uma fileira industrial nova com vantagens competitivas para quem chega primeiro vai ser ultrapassada à medida que se clarificar o logro.
Aconteceu o mesmo com o mito do buraco na camada de ozono ao nível do Antárctico. Agora poucos acreditam que tenha havido um debate imparcial. Foi uma luta entre fabricantes da conservação e preservação pelo frio.
O negócio foi montado pela DuPont de Nemours que tinha necessidade de acusar os CFC (clorofluorcarbonetos) para melhor vender os seus substitutos. Tudo faz pensar nos pregadores americanos que consideram o Homem responsável de todos os males da Terra. Há em todo este movimento uma verdadeira dimensão psicológica e sociológica.
O que aconteceu é que, embora o Protocolo de Montreal tenha sido aplicado com denodo, o buraco mantém-se. O “pai” do «global warming» (James E. Hansen) chegou a afirmar que o arrefecimento contínuo do Antárctico era devido à persistência do buraco na camada do ozono.
O «global warming» é actualmente uma «big science» envolvendo «big money» para vários tipos de lobbies. Os interesses económicos em jogo são muito elevados. A pressão sobre os políticos é enorme.
A ciência do clima moveu-se progressivamente para o plano político. A palavra «global» que foi lhe colada serviu às mil maravilhas para se tornar em mais um subtema do mais geral da “globalização”. Actualmente tudo é global. Até o clima…que não tem nada de global.
O «global warming» foi bem embrulhado para ser entregue aos políticos. De modo a aparentar maior credibilidade, vários organismos internacionais sob a égide da Organização das Nações Unidas (ONU) entraram no alarido.
Apareceram, sucessivamente, a alertar os políticos, o International Council for Scientific Union, a World Meteorological Organisation e a United Nations Environmental Programme (UNEP). Sucederam-se conferências internacionais preparatórias do plano que se pretendia implementar.
A criação do IPCC, debaixo da sombra da ONU, serviu para fundamentar o controlo da informação, ou antes da desinformação climática. O tema do clima deixou de ser de ciência pura para entrar na arena política.
A “climatocracia” (segundo Yves Lenoir) limitou a liberdade de pensamento aos burocratas indicados pelos governos para justificar o I (Intergovernmental) da sigla IPCC. Os tecnocratas do clima seguem a caminho do Fim da Ciência a exemplo do Fim da História, de Fukuyama.
A ciência tenta estabelecer e explicar factos da Natureza. As explicações são efémeras. Aparecem sempre outras melhores. Só a “climatocracia” não admite outra explicação para além das fornecidas pelo IPCC. Isto permite aos políticos decidirem exogenamente às verdades da ciência, embora invocando-a.
Alguns cientistas dão aos políticos ocasião para estes tomarem decisões que antecipam objectivos sociais, económicos e morais sem fundamento. Dizem que a ciência climática está acabada e não há mais nada para discutir.
Os negócios baseiam-se na mesma propagação da fé climática. Não poucas empresas maximizam os seus proveitos à custa de subsídios que os políticos distribuem a seu bel-prazer com o argumento da fuga à catástrofe anunciada pelo aquecimento global.
Surpreendentemente, ou talvez não, alguns “cientistas” envolvidos em programas nacionais para as alterações climáticas ou em estudos que serviram para apoiá-los tornaram-se negociantes do clima. Vendem ou promovem a venda de direitos de emissão.
Os biocombustíveis são outro exemplo de negócios com grandes benefícios para os monopólios europeus que vão absorver grandes volumes de subsídios sem qualquer vantagem para o clima.
Tudo serve para negociar. Até o dióxido de carbono. Nem que se tenha de provocar uma erosão à competitividade tão falada mas pouco praticada. As análises custo-benefício são ignoradas. Alguém conhece uma análise custo-benefício da aplicação do Protocolo de Quioto?
Essas análises são prometidas mas sucessivamente adiadas. A Comissão Europeia já prometeu fazer umas quantas. O Instituto do Ambiente também. Se calhar só aparecerão quando o PQ tiver acabado. Ou será que já as fizeram e meteram na gaveta?
O único estudo sério conhecido nesta matéria foi realizado pelo distinto economista norte-americano William Nordhaus: «Requiem for Kyoto: An Economic Analysis of the Kyoto Protocol», The Energy Journal, International Association for Energy Economics, 1999, pág. 93-130.
Chegou ao sensacional valor de 7/1 para o rácio custo-benefício da aplicação do Protocolo de Quioto. Isto é por cada unidade de benefício devem ser aplicadas sete unidades de custo de implementação. É a ruína de qualquer negócio.
E mesmo assim, só seria de 7/1 no caso de os Estados Unidos da América rectificarem o Protocolo. Como estes não o fizeram, o rácio será bem pior. Isto é, muito poucos vão beneficiar à custa de muitos que vão pagar para nada beneficiar o clima.
Aconteceu o mesmo com o mito do buraco na camada de ozono ao nível do Antárctico. Agora poucos acreditam que tenha havido um debate imparcial. Foi uma luta entre fabricantes da conservação e preservação pelo frio.
O negócio foi montado pela DuPont de Nemours que tinha necessidade de acusar os CFC (clorofluorcarbonetos) para melhor vender os seus substitutos. Tudo faz pensar nos pregadores americanos que consideram o Homem responsável de todos os males da Terra. Há em todo este movimento uma verdadeira dimensão psicológica e sociológica.
O que aconteceu é que, embora o Protocolo de Montreal tenha sido aplicado com denodo, o buraco mantém-se. O “pai” do «global warming» (James E. Hansen) chegou a afirmar que o arrefecimento contínuo do Antárctico era devido à persistência do buraco na camada do ozono.
O «global warming» é actualmente uma «big science» envolvendo «big money» para vários tipos de lobbies. Os interesses económicos em jogo são muito elevados. A pressão sobre os políticos é enorme.
A ciência do clima moveu-se progressivamente para o plano político. A palavra «global» que foi lhe colada serviu às mil maravilhas para se tornar em mais um subtema do mais geral da “globalização”. Actualmente tudo é global. Até o clima…que não tem nada de global.
O «global warming» foi bem embrulhado para ser entregue aos políticos. De modo a aparentar maior credibilidade, vários organismos internacionais sob a égide da Organização das Nações Unidas (ONU) entraram no alarido.
Apareceram, sucessivamente, a alertar os políticos, o International Council for Scientific Union, a World Meteorological Organisation e a United Nations Environmental Programme (UNEP). Sucederam-se conferências internacionais preparatórias do plano que se pretendia implementar.
A criação do IPCC, debaixo da sombra da ONU, serviu para fundamentar o controlo da informação, ou antes da desinformação climática. O tema do clima deixou de ser de ciência pura para entrar na arena política.
A “climatocracia” (segundo Yves Lenoir) limitou a liberdade de pensamento aos burocratas indicados pelos governos para justificar o I (Intergovernmental) da sigla IPCC. Os tecnocratas do clima seguem a caminho do Fim da Ciência a exemplo do Fim da História, de Fukuyama.
A ciência tenta estabelecer e explicar factos da Natureza. As explicações são efémeras. Aparecem sempre outras melhores. Só a “climatocracia” não admite outra explicação para além das fornecidas pelo IPCC. Isto permite aos políticos decidirem exogenamente às verdades da ciência, embora invocando-a.
Alguns cientistas dão aos políticos ocasião para estes tomarem decisões que antecipam objectivos sociais, económicos e morais sem fundamento. Dizem que a ciência climática está acabada e não há mais nada para discutir.
Os negócios baseiam-se na mesma propagação da fé climática. Não poucas empresas maximizam os seus proveitos à custa de subsídios que os políticos distribuem a seu bel-prazer com o argumento da fuga à catástrofe anunciada pelo aquecimento global.
Surpreendentemente, ou talvez não, alguns “cientistas” envolvidos em programas nacionais para as alterações climáticas ou em estudos que serviram para apoiá-los tornaram-se negociantes do clima. Vendem ou promovem a venda de direitos de emissão.
Os biocombustíveis são outro exemplo de negócios com grandes benefícios para os monopólios europeus que vão absorver grandes volumes de subsídios sem qualquer vantagem para o clima.
Tudo serve para negociar. Até o dióxido de carbono. Nem que se tenha de provocar uma erosão à competitividade tão falada mas pouco praticada. As análises custo-benefício são ignoradas. Alguém conhece uma análise custo-benefício da aplicação do Protocolo de Quioto?
Essas análises são prometidas mas sucessivamente adiadas. A Comissão Europeia já prometeu fazer umas quantas. O Instituto do Ambiente também. Se calhar só aparecerão quando o PQ tiver acabado. Ou será que já as fizeram e meteram na gaveta?
O único estudo sério conhecido nesta matéria foi realizado pelo distinto economista norte-americano William Nordhaus: «Requiem for Kyoto: An Economic Analysis of the Kyoto Protocol», The Energy Journal, International Association for Energy Economics, 1999, pág. 93-130.
Chegou ao sensacional valor de 7/1 para o rácio custo-benefício da aplicação do Protocolo de Quioto. Isto é por cada unidade de benefício devem ser aplicadas sete unidades de custo de implementação. É a ruína de qualquer negócio.
E mesmo assim, só seria de 7/1 no caso de os Estados Unidos da América rectificarem o Protocolo. Como estes não o fizeram, o rácio será bem pior. Isto é, muito poucos vão beneficiar à custa de muitos que vão pagar para nada beneficiar o clima.
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