A ditadura dos modelos e o folclore climático (3)
A modelação climática também impõe a sua «ditadura» sobre a meteorologia além da imposição sobre a climatologia vista anteriormente.
Sobre a meteorologia, em particular no domínio das previsões, onde os modelos são incapazes de prever o tempo a mais de 2 – 3 dias. Para além desse prazo, a taxa de confiança não é maior do que 3 em 5 (60 %) ou 2 em 5 (40 %), ou seja, apresenta a ordem de grandeza da possibilidade de acertar numa chance de entre duas hipóteses prováveis, o que já não constitui uma previsão! Resultado idêntico poderia ser obtido, com menores custos, através do lançamento de uma moeda ao ar.
Os modelos nem sequer podem prever o tempo do mês seguinte, e ainda menos num prazo mais alargado, visto que são sempre os mesmos modelos pois simula-se o clima com os mesmos modelos que são utilizados para prever o tempo que vai fazer no fim-de-semana.
Os modelos não conseguem reconstituir a evolução do clima do século XX. As simulações do passado que se apresentam como validações dos modelos são no fundo aproximações sucessivas realizadas com parâmetros exógenos que se modificam até se ajustar a simulação à realidade.
É completamente pretensioso dizer que qualquer modelo pode hoje prever o clima que vai existir dentro de um século, sem os dados dos próximos 99 anos. É isto sério?
Também é utópico pensar que o desenvolvimento dos computadores, tanto na rapidez de cálculo como na capacidade de resolução, vem melhorar a previsão. O que está em causa é a explicação conceptual da dinâmica do tempo e do clima que não é transponível para modelos informáticos por desconhecimento dos mecanismos em causa. O problema não está nos computadores mas sim nos modelos…
Quando se tenta prever o clima de 2100, não deve ser esquecido que são os próprios modeladores que colocam reticências. As incertezas são muito elevadas, as variações associadas aos diferentes parâmetros exógenos são da mesma ordem de grandeza dos erros do modelo e, assim, a acumulação destes factores de incerteza tornam ilusório a previsão detalhada de uma evolução do clima futuro.
Os modeladores, que estão na origem do «cenário de aquecimento global», têm de se consciencializar do erro em que estão envolvidos e que andam a propagar como de uma epidemia climática se tratasse.
E, sobretudo, os modeladores têm de deixar de fazer crer àqueles que não estão em situação de os julgar, que eles dispõem realmente de «modelos», isto é, no sentido próprio, de referências indiscutíveis e de dados incontroversos.
Só assim se extinguirá esta forma de ditadura. Primeiro pela conversão do IPCC num organismo sério e competente, depois pela transformação dos vários actores, nomeadamente os decisores políticos, de modo a serem capazes de representar peças com real interesse para a Humanidade em vez de andarem envolvidos no folclore climático dos nossos dias.
Sobre a meteorologia, em particular no domínio das previsões, onde os modelos são incapazes de prever o tempo a mais de 2 – 3 dias. Para além desse prazo, a taxa de confiança não é maior do que 3 em 5 (60 %) ou 2 em 5 (40 %), ou seja, apresenta a ordem de grandeza da possibilidade de acertar numa chance de entre duas hipóteses prováveis, o que já não constitui uma previsão! Resultado idêntico poderia ser obtido, com menores custos, através do lançamento de uma moeda ao ar.
Os modelos nem sequer podem prever o tempo do mês seguinte, e ainda menos num prazo mais alargado, visto que são sempre os mesmos modelos pois simula-se o clima com os mesmos modelos que são utilizados para prever o tempo que vai fazer no fim-de-semana.
Os modelos não conseguem reconstituir a evolução do clima do século XX. As simulações do passado que se apresentam como validações dos modelos são no fundo aproximações sucessivas realizadas com parâmetros exógenos que se modificam até se ajustar a simulação à realidade.
É completamente pretensioso dizer que qualquer modelo pode hoje prever o clima que vai existir dentro de um século, sem os dados dos próximos 99 anos. É isto sério?
Também é utópico pensar que o desenvolvimento dos computadores, tanto na rapidez de cálculo como na capacidade de resolução, vem melhorar a previsão. O que está em causa é a explicação conceptual da dinâmica do tempo e do clima que não é transponível para modelos informáticos por desconhecimento dos mecanismos em causa. O problema não está nos computadores mas sim nos modelos…
Quando se tenta prever o clima de 2100, não deve ser esquecido que são os próprios modeladores que colocam reticências. As incertezas são muito elevadas, as variações associadas aos diferentes parâmetros exógenos são da mesma ordem de grandeza dos erros do modelo e, assim, a acumulação destes factores de incerteza tornam ilusório a previsão detalhada de uma evolução do clima futuro.
Os modeladores, que estão na origem do «cenário de aquecimento global», têm de se consciencializar do erro em que estão envolvidos e que andam a propagar como de uma epidemia climática se tratasse.
E, sobretudo, os modeladores têm de deixar de fazer crer àqueles que não estão em situação de os julgar, que eles dispõem realmente de «modelos», isto é, no sentido próprio, de referências indiscutíveis e de dados incontroversos.
Só assim se extinguirá esta forma de ditadura. Primeiro pela conversão do IPCC num organismo sério e competente, depois pela transformação dos vários actores, nomeadamente os decisores políticos, de modo a serem capazes de representar peças com real interesse para a Humanidade em vez de andarem envolvidos no folclore climático dos nossos dias.
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