A ditadura dos modelos e o folclore climático (2)
A modelação climática impõe a sua «ditadura», tanto sobre a climatologia como sobre a meteorologia.
Sobre a climatologia, onde os estudos ditos de diagnóstico estabelecem invariavelmente «relações a distância» ou correlações estatísticas, isto é, em realidade, covariações, sem nunca demonstrar os eventuais laços de causalidade entre os parâmetros analisados.
Pode-se assim muito facilmente «estabelecer relações longínquas», por exemplo, entre as temperaturas da superfície do mar do Atlântico Norte e as precipitações sahelianas.
Também se podem deste modo estabelecer relações estatísticas entre fenómenos muito afastadas como o índice ENSO (El Niño Southern Oscillation) e as precipitações à escala global…
Mas estes fenómenos não têm qualquer relação física entre si por obedecerem a factores totalmente diferentes, estarem afastados por milhares de quilómetros ou pertencerem a unidades de circulação específicas, separadas por barreiras montanhosas que interditam qualquer comunicação nas baixas camadas.
Estas análises não servem para grande coisa, porque elas não fazem progredir um micron na compreensão, por exemplo, dos processos pluviométricos (donde os mecanismos reais são sempre ignorados pelos modelos).
Recorda-se por outro lado que os modelos são incapazes de precisar o sentido da causalidade das relações pressupostas, dado que falta o esquema explicativo de conjunto da circulação geral.
A interpretação pode então inverter o efeito pela causa, indiferentemente, e de acordo com as necessidades e a fantasia, o que só por uma grande sorte conduzirá ao entendimento dos fenómenos. É isso que acontece com no caso do El Niño considerado por alguns como um factor fundamental nas “alterações climáticas” embora ele se situe no fim da cadeia dos processos.
Sobre a climatologia, onde os estudos ditos de diagnóstico estabelecem invariavelmente «relações a distância» ou correlações estatísticas, isto é, em realidade, covariações, sem nunca demonstrar os eventuais laços de causalidade entre os parâmetros analisados.
Pode-se assim muito facilmente «estabelecer relações longínquas», por exemplo, entre as temperaturas da superfície do mar do Atlântico Norte e as precipitações sahelianas.
Também se podem deste modo estabelecer relações estatísticas entre fenómenos muito afastadas como o índice ENSO (El Niño Southern Oscillation) e as precipitações à escala global…
Mas estes fenómenos não têm qualquer relação física entre si por obedecerem a factores totalmente diferentes, estarem afastados por milhares de quilómetros ou pertencerem a unidades de circulação específicas, separadas por barreiras montanhosas que interditam qualquer comunicação nas baixas camadas.
Estas análises não servem para grande coisa, porque elas não fazem progredir um micron na compreensão, por exemplo, dos processos pluviométricos (donde os mecanismos reais são sempre ignorados pelos modelos).
Recorda-se por outro lado que os modelos são incapazes de precisar o sentido da causalidade das relações pressupostas, dado que falta o esquema explicativo de conjunto da circulação geral.
A interpretação pode então inverter o efeito pela causa, indiferentemente, e de acordo com as necessidades e a fantasia, o que só por uma grande sorte conduzirá ao entendimento dos fenómenos. É isso que acontece com no caso do El Niño considerado por alguns como um factor fundamental nas “alterações climáticas” embora ele se situe no fim da cadeia dos processos.
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