sexta-feira, agosto 05, 2005

Protocolo de Quioto. Ásia, Estados Unidos da América e Austrália

Enquanto as emissões de dióxido de carbono, referidas em toneladas de carbono, baixaram de 698 t(C), em 1980, para 607 t(C), em 2000, no conjunto da França, Alemanha, Itália e Reino Unido, na Ásia (China, Índia, Japão e Coreia do Sul) e nos Estados Unidos da América seguiram uma trajectória contrária.

Naquele conjunto de países asiáticos, as emissões subiram de 772 t(C), em 1990, para 1455 t(C), em 2000; nos EUA passaram de 1289 t(C) para 1578 t(C) no mesmo intervalo de tempo.

Como se verifica, nos EUA, desde a data de início da contagem das emissões do Protocolo de Quioto (1990) até ao ano 2000, ano que era previsto ser o da ratificação, houve um crescimento de 18 %; quando os norte-americanos tinham assinado um compromisso de redução de pelo menos 7 % até 2010!

As fortes emissões norte-americanas explicam-se em grande parte pelo baixo índice de fiscalidade que incide nos combustíveis, especialmente os dedicados ao transporte, e pelo uso intensivo do carvão na produção de electricidade (cerca de 54 % em 2000) que é provocado pela concorrência interna.

A Austrália, que também utiliza intensivamente o carvão na produção de electricidade (cerca de 85 %) e na exportação, associou-se aos EUA em projectos de investigação custosos (FutureGen e Coal21) no domínio das tecnologias de baixas emissões de CO2 sem terem de renunciar ao uso do carvão nas centrais termoeléctricas.