Evolução no Holoceno
(continuação)
As variações climáticas no Holoceno são um campo fértil de experiências e conclusões. Os níveis de CO2 variaram pouco durante este período (~20 ppmv). Partido de um máximo no início do Holoceno, os níveis desceram até há cerca de 8 000 anos atrás.
Em seguida iniciaram uma subida lenta até ao início da era pré-industrial. Assim, uma margem tão pequena de 20 ppmv não parece suficiente para explicar o Óptimo Climático do Holoceno (HCO em terminologia anglo-saxónica).
O HCO decorreu há 4000 a 7000 anos atrás. Então, a temperatura (média global) chegou a atingir valores superiores a 2 ºC em relação à actual.
O pequeno valor de 20 ppmv também não explica os episódios abruptos de arrefecimento que se verificaram no Holoceno. Este período foi menos estável do que se pensava (vide deMenocal).
De igual modo, parece inexplicável como uma variação de 100 ppmv (verificada na passagem de 200 ppmv para 300 ppmv) esteja associada às variações entre períodos glaciários e períodos interglaciários.
Também é estranho que uma variação de aproximadamente 100 ppmv tenha feito cair a temperatura do Antárctico de mais de 10 ºC (ver Fig. 64), ou tenha feito cair 6 ºC na média global.
Tudo é pouco consistente entre variações verificadas nos 420 mil anos (100 ppmv) e as dos últimos 150 anos (80 ppmv) que estariam associadas a uma pequeníssima elevação de temperatura de 0,6 ºC – 0,8 ºC.
Considerando o mesmo valor de 10 ppmv para o acréscimo das concentrações, é possível resumir o raciocínio do seguinte modo:
· Uma variação de 10 ppmv correspondeu no passado a uma variação de cerca de 1 ºC no Antárctico ou 0,6 ºC na globalidade;
· O mesmo valor de 10 ppmv correspondeu no presente a uma variação de 0,07 ºC – 0,10 ºC;
Donde:
· Se aplicarmos a lógica do passado (0,6 ºC – 1ºC para 10 ppmv), então a temperatura deveria ter subido 6 ºC – 8 ºC no presente (upa! upa!);
· Se aplicarmos a lógica do presente (0,07 ºC – 0,10 ºC para 10 ppmv) a variação térmica em 400 000 anos não teria excedido 0,7 ºC – 1 ºC!
Em termos de sensibilidade climática (conceito do agrado do IPCC), os valores variariam entre 0,007 ºC/ppmv e 0,1 ºC/ppmv. Estamos perante uma gama sem nexo.
Na hipótese, meramente académica (mas admitida pelo IPCC), de duplicar a concentração entre 1990 e 2100, passando de aproximadamente 350 ppmv para 700 ppmv, a temperatura média global aumentaria, respectivamente, entre 2,45 ºC e 35 ºC!
Ameaçar com estes valores exóticos era ideal aos governantes para justificar mais aumentos de impostos.
A pretensa co-relação física (não estatística) entre concentração de GEE e temperaturas é mera ficção. Isto é, os níveis de CO2 do passado (estimados) e os níveis de CO2 do presente (medidos) não são comparáveis do ponto de vista climático.
Jaworowski afirmou que os estudos de paleoclimatologia não podem fornecer uma reconstrução da evolução da concentração do CO2 do passado com um grau de confiança suficiente.
Já se disse anteriormente que os processos físico-químicos da formação e evolução das bolhas de ar dos cilindros de gelo alteraram a sua constituição química. Donde, não se pode comparar a estimativa do CO2 de uma bolha de ar (do passado) com a medida do CO2 no ar propriamente dito (do presente).
A este propósito tem ainda interesse consultar o estudo publicado pela Academia das Ciências dos Estados Unidos da América «Rapid atmospheric CO2 changes associated with the 8,200-years-B.P. Cooling event».
(continua)
Nota: ppmv – partes por milhão em volume
As variações climáticas no Holoceno são um campo fértil de experiências e conclusões. Os níveis de CO2 variaram pouco durante este período (~20 ppmv). Partido de um máximo no início do Holoceno, os níveis desceram até há cerca de 8 000 anos atrás.
Em seguida iniciaram uma subida lenta até ao início da era pré-industrial. Assim, uma margem tão pequena de 20 ppmv não parece suficiente para explicar o Óptimo Climático do Holoceno (HCO em terminologia anglo-saxónica).
O HCO decorreu há 4000 a 7000 anos atrás. Então, a temperatura (média global) chegou a atingir valores superiores a 2 ºC em relação à actual.
O pequeno valor de 20 ppmv também não explica os episódios abruptos de arrefecimento que se verificaram no Holoceno. Este período foi menos estável do que se pensava (vide deMenocal).
De igual modo, parece inexplicável como uma variação de 100 ppmv (verificada na passagem de 200 ppmv para 300 ppmv) esteja associada às variações entre períodos glaciários e períodos interglaciários.
Também é estranho que uma variação de aproximadamente 100 ppmv tenha feito cair a temperatura do Antárctico de mais de 10 ºC (ver Fig. 64), ou tenha feito cair 6 ºC na média global.
Tudo é pouco consistente entre variações verificadas nos 420 mil anos (100 ppmv) e as dos últimos 150 anos (80 ppmv) que estariam associadas a uma pequeníssima elevação de temperatura de 0,6 ºC – 0,8 ºC.
Considerando o mesmo valor de 10 ppmv para o acréscimo das concentrações, é possível resumir o raciocínio do seguinte modo:
· Uma variação de 10 ppmv correspondeu no passado a uma variação de cerca de 1 ºC no Antárctico ou 0,6 ºC na globalidade;
· O mesmo valor de 10 ppmv correspondeu no presente a uma variação de 0,07 ºC – 0,10 ºC;
Donde:
· Se aplicarmos a lógica do passado (0,6 ºC – 1ºC para 10 ppmv), então a temperatura deveria ter subido 6 ºC – 8 ºC no presente (upa! upa!);
· Se aplicarmos a lógica do presente (0,07 ºC – 0,10 ºC para 10 ppmv) a variação térmica em 400 000 anos não teria excedido 0,7 ºC – 1 ºC!
Em termos de sensibilidade climática (conceito do agrado do IPCC), os valores variariam entre 0,007 ºC/ppmv e 0,1 ºC/ppmv. Estamos perante uma gama sem nexo.
Na hipótese, meramente académica (mas admitida pelo IPCC), de duplicar a concentração entre 1990 e 2100, passando de aproximadamente 350 ppmv para 700 ppmv, a temperatura média global aumentaria, respectivamente, entre 2,45 ºC e 35 ºC!
Ameaçar com estes valores exóticos era ideal aos governantes para justificar mais aumentos de impostos.
A pretensa co-relação física (não estatística) entre concentração de GEE e temperaturas é mera ficção. Isto é, os níveis de CO2 do passado (estimados) e os níveis de CO2 do presente (medidos) não são comparáveis do ponto de vista climático.
Jaworowski afirmou que os estudos de paleoclimatologia não podem fornecer uma reconstrução da evolução da concentração do CO2 do passado com um grau de confiança suficiente.
Já se disse anteriormente que os processos físico-químicos da formação e evolução das bolhas de ar dos cilindros de gelo alteraram a sua constituição química. Donde, não se pode comparar a estimativa do CO2 de uma bolha de ar (do passado) com a medida do CO2 no ar propriamente dito (do presente).
A este propósito tem ainda interesse consultar o estudo publicado pela Academia das Ciências dos Estados Unidos da América «Rapid atmospheric CO2 changes associated with the 8,200-years-B.P. Cooling event».
(continua)
Nota: ppmv – partes por milhão em volume
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