Temperatura superficial dos oceanos
Um factor que introduziu incertezas na avaliação da evolução climática foi o da qualidade dos instrumentos de medida. A precisão dos modernos aparelhos comparada com a dos anteriores levanta dúvidas em estudos comparativos.
O registo rotineiro de antanho, com dois valores diários, confronta-se com os milhões de registos obtidos automaticamente nos dias de hoje. Os instrumentos automatizados foram introduzidos só nas últimas décadas do século XX.
A vantagem dos instrumentos modernos originou a multiplicação a nível mundial. Relativamente aos instrumentos substituídos, aumentaram os graus de precisão e as respostas às variações instantâneas das variáveis meteorológicas. Facilitou-se a troca de informação.
A característica física da expansão do mercúrio dos termómetros foi substituída pela condutância eléctrica. Esta responde melhor e mais rapidamente às variações de temperatura e apresenta maior sensibilidade.
Já as observações da temperatura superficial dos oceanos não acompanharam a mesma evolução tecnológica. E era importante que tivesse acompanhado, já que a área dos oceanos é bem superior à da superfície terrestre.
Não são apenas as medições das temperaturas da superfície terrestre que indicam a evolução climática. A qualidade das observações meteorológicas globais é afectada pelas medições das temperaturas da superfície dos oceanos.
As observações feitas nos navios nunca tiveram a mesma qualidade das realizadas em terra. Os navios da marinha mercante foram a fonte preliminar daquelas observações. Os agentes não tinham habilitações. Os métodos usados não eram os melhores.
A recolha da água do mar não era feita em boas condições. O tempo que mediava entre a recolha e a leitura da temperatura introduzia erros consideráveis. Bastava a água ser influenciada pela temperatura do ar para tal acontecer.
Houve pouco avanço tecnológico desde os finais do século XIX. Passou-se a medir a temperatura da água de refrigeração dos motores dos navios. Esta água recolhida mais rapidamente é menos sensível à interferência do ar entre a recolha e a medição.
Mesmo assim, este método é qualitativamente inferior ao dos meios terrestres de observação. E, no entanto, seria importante determinar com precisão as trocas de energia entre os oceanos e a atmosfera.
Mesmo com aumento da precisão ficaria a incerteza da variação da temperatura da água do mar com a profundidade em relação à superfície. Os oceanos são um local privilegiado de armazenamento de energia que importa considerar.
Com a entrada em acção dos satélites poderia melhorar consideravelmente esta deficiente medição das temperaturas da superfície dos oceanos. Mas eles medem realmente as temperaturas da superfície dos oceanos?
O registo rotineiro de antanho, com dois valores diários, confronta-se com os milhões de registos obtidos automaticamente nos dias de hoje. Os instrumentos automatizados foram introduzidos só nas últimas décadas do século XX.
A vantagem dos instrumentos modernos originou a multiplicação a nível mundial. Relativamente aos instrumentos substituídos, aumentaram os graus de precisão e as respostas às variações instantâneas das variáveis meteorológicas. Facilitou-se a troca de informação.
A característica física da expansão do mercúrio dos termómetros foi substituída pela condutância eléctrica. Esta responde melhor e mais rapidamente às variações de temperatura e apresenta maior sensibilidade.
Já as observações da temperatura superficial dos oceanos não acompanharam a mesma evolução tecnológica. E era importante que tivesse acompanhado, já que a área dos oceanos é bem superior à da superfície terrestre.
Não são apenas as medições das temperaturas da superfície terrestre que indicam a evolução climática. A qualidade das observações meteorológicas globais é afectada pelas medições das temperaturas da superfície dos oceanos.
As observações feitas nos navios nunca tiveram a mesma qualidade das realizadas em terra. Os navios da marinha mercante foram a fonte preliminar daquelas observações. Os agentes não tinham habilitações. Os métodos usados não eram os melhores.
A recolha da água do mar não era feita em boas condições. O tempo que mediava entre a recolha e a leitura da temperatura introduzia erros consideráveis. Bastava a água ser influenciada pela temperatura do ar para tal acontecer.
Houve pouco avanço tecnológico desde os finais do século XIX. Passou-se a medir a temperatura da água de refrigeração dos motores dos navios. Esta água recolhida mais rapidamente é menos sensível à interferência do ar entre a recolha e a medição.
Mesmo assim, este método é qualitativamente inferior ao dos meios terrestres de observação. E, no entanto, seria importante determinar com precisão as trocas de energia entre os oceanos e a atmosfera.
Mesmo com aumento da precisão ficaria a incerteza da variação da temperatura da água do mar com a profundidade em relação à superfície. Os oceanos são um local privilegiado de armazenamento de energia que importa considerar.
Com a entrada em acção dos satélites poderia melhorar consideravelmente esta deficiente medição das temperaturas da superfície dos oceanos. Mas eles medem realmente as temperaturas da superfície dos oceanos?
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