sábado, agosto 12, 2006

Fim da canícula

As explicações do nosso Instituto de Meteorologia (respeitamos muito a profissão complexa dos meteorologistas) sobre a canícula contêm profundos e insondáveis mistérios. Ventos quentes de leste? Massas de ar quente da alta troposfera?

Seria interessante estudar as condições da onda de calor ao nível de 500 mbar (milibares ou cem pascais). Mas seria igualmente necessário explicar como o ar quente de níveis elevados pode atingir o solo e, ao mesmo tempo, consegue elevar a pressão atmosférica!

Sem pretender ofender, estaríamos perante um milagre da física. Tanto mais que existe uma inversão da situação do ar anticiclónico à volta dos 1000 metros!

O milagre, a existir, necessitaria de uma explicação, se fosse possível, tanto para o calor como para o frio que coincidiram, por exemplo, em 2003, na França e na Escandinávia (ou em Moscovo). É inusual o frio nesta época na Escandinávia e em Moscovo!

Uf!, pode-se anunciar o fim da canícula em França e na Alemanha. Em Portugal ainda se faz sentir a aglutinação anticiclónica atlântica. Talvez ainda por pouco mais tempo.

O Verão deve ter acabado no ocidente-centro da Europa. Começou um Outono temperado. Resta saber se persistente. A chave do problema é sempre o aumento das pressões atmosféricas nas baixas camadas.

A região polar boreal (Pólo Norte e Gronelândia) enviou anticiclones móveis polares que rasgaram a aglutinação no centro da Europa. Só os anticiclones móveis polares são capazes de explicar os aumentos das pressões, no espaço e no tempo.

Também só eles explicam as ondas de calor e as tempestades de neve. Estas avizinham-se para o próximo Inverno. São elas que antecedem o calor do Verão. Não é o contrário que, a acontecer, seria outro profundo e insondável milagre da física…