Variabilidade do(s) clima(s)
A nossa compreensão de clima desenvolve-se pela experiência. Baseia-se na interpretação de registos coligidos pelos nossos contemporâneos. O conhecimento da história do clima é obtido por vários tipos de registo dos nossos antepassados.
Quem viveu durante períodos quentes ou quem vive nas regiões temperadas e nos trópicos teme o aparecimento da neve que nunca viu. Esse temor pode ser agravado se viu filmes ou documentários na televisão que apresentem a neve como uma adversidade.
É também uma trivialidade dizer que a percepção do clima normal de uma localidade é baseada no estado do tempo verificado ao longo dos anos mais recentes. Esta percepção persiste apesar de desgraças irregulares.
Os extremos climáticos tais como tempestades de neve, secas e cheias são excepções que dificilmente apagam o registo da nossa memória dos tempos mais recentes. Neste Verão abrasador alguns já não se lembram da quede de neve do dia 29 de Janeiro passado recente.
E, no entanto, foi essa queda de neve que ajudou ao aparecimento da onda de calor deste Verão. Poucos também têm esse entendimento. O aumento da pressão atmosférica devido aos anticiclones aqueceu o ar na canícula recente.
As marcas registadas nas localidades ribeirinhas servem para recordar os níveis das cheias de tempos passados. É o que acontece nas cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia. Estas marcas são memórias de acontecimentos dramáticos.
Olhar para as marcas faz recordar situações de dramas humanos provocados pelas inundações. Recordam destruições físicas e até óbitos verificados em passados recentes ou longínquos. Deve-se precaver para evitar tragédias futuras.
Uma das características do género humano é o instinto de sobrevivência. Consegue adaptar-se e prosperar dentro de uma larga gama de climas. Dos mais frios aos mais quentes.
Historicamente, as sociedades humanas demonstraram uma capacidade enorme de resistência a variações climáticas persistentes. Nessas alturas a capacidade de adaptação prevaleceu ao pessimismo.
Isto não quer dizer que secas prolongadas ou períodos extensos de calor ou de frio não tenham tido impactos importantes na história da humanidade. Mas, de uma maneira geral, as sociedades humanas resistem, sobrevivem e recuperam.
A recuperação acontece quando regressam as circunstâncias climáticas típicas de longo prazo a que se está acostumado. Nem sempre foi assim. Houve civilizações que desapareceram com variações climáticas extremamente duras.
De facto, houve épocas em que civilizações avançadas (incas, por exemplo) desvaneceram por mudanças climáticas bruscas de vastas dimensões. Mas, historicamente, está demonstrada a elevada capacidade de resistência humana.
Grandes dificuldades surgem quando as variações climáticas impõem limitações na produção de alimentos e no comércio de produtos necessários à sobrevivência humana. Nenhuma destas condições ocorreu com o shift climático de 1976.
Estas considerações são suportadas por um dos maiores climatologistas da actualidade, o australiano William Kininmonth, autor do livro «Climate Change: A Natural Hazard» que se pode traduzir por «Alterações climáticas: fenómeno da Natureza».
Quem viveu durante períodos quentes ou quem vive nas regiões temperadas e nos trópicos teme o aparecimento da neve que nunca viu. Esse temor pode ser agravado se viu filmes ou documentários na televisão que apresentem a neve como uma adversidade.
É também uma trivialidade dizer que a percepção do clima normal de uma localidade é baseada no estado do tempo verificado ao longo dos anos mais recentes. Esta percepção persiste apesar de desgraças irregulares.
Os extremos climáticos tais como tempestades de neve, secas e cheias são excepções que dificilmente apagam o registo da nossa memória dos tempos mais recentes. Neste Verão abrasador alguns já não se lembram da quede de neve do dia 29 de Janeiro passado recente.
E, no entanto, foi essa queda de neve que ajudou ao aparecimento da onda de calor deste Verão. Poucos também têm esse entendimento. O aumento da pressão atmosférica devido aos anticiclones aqueceu o ar na canícula recente.
As marcas registadas nas localidades ribeirinhas servem para recordar os níveis das cheias de tempos passados. É o que acontece nas cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia. Estas marcas são memórias de acontecimentos dramáticos.
Olhar para as marcas faz recordar situações de dramas humanos provocados pelas inundações. Recordam destruições físicas e até óbitos verificados em passados recentes ou longínquos. Deve-se precaver para evitar tragédias futuras.
Uma das características do género humano é o instinto de sobrevivência. Consegue adaptar-se e prosperar dentro de uma larga gama de climas. Dos mais frios aos mais quentes.
Historicamente, as sociedades humanas demonstraram uma capacidade enorme de resistência a variações climáticas persistentes. Nessas alturas a capacidade de adaptação prevaleceu ao pessimismo.
Isto não quer dizer que secas prolongadas ou períodos extensos de calor ou de frio não tenham tido impactos importantes na história da humanidade. Mas, de uma maneira geral, as sociedades humanas resistem, sobrevivem e recuperam.
A recuperação acontece quando regressam as circunstâncias climáticas típicas de longo prazo a que se está acostumado. Nem sempre foi assim. Houve civilizações que desapareceram com variações climáticas extremamente duras.
De facto, houve épocas em que civilizações avançadas (incas, por exemplo) desvaneceram por mudanças climáticas bruscas de vastas dimensões. Mas, historicamente, está demonstrada a elevada capacidade de resistência humana.
Grandes dificuldades surgem quando as variações climáticas impõem limitações na produção de alimentos e no comércio de produtos necessários à sobrevivência humana. Nenhuma destas condições ocorreu com o shift climático de 1976.
Estas considerações são suportadas por um dos maiores climatologistas da actualidade, o australiano William Kininmonth, autor do livro «Climate Change: A Natural Hazard» que se pode traduzir por «Alterações climáticas: fenómeno da Natureza».
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