segunda-feira, agosto 14, 2006

Ar fresco do Árctico

A canícula acabou repentinamente. Bastaram uns tantos anticiclones móveis polares (AMP) mais potentes para romper as aglutinações anticiclónicas (AA). Esta descontinuidade atmosférica não é considerada nos actuais modelos climáticos.

Em Portugal também já se sente o ar fresco vindo da região polar boreal. Houve-se falar em nuvens – que, hipoteticamente, teriam arrefecido o tempo quente – mas essa explicação é tão embaraçosa como a do ar quente de leste ou da alta troposfera.

A imagem do satélite NOAA (não se reproduz para evitar uma sobrecarga de figuras) do dia 13 de Agosto de 2006 já mostrava a Europa central e a Península Ibérica despejada de aglutinações anticiclónicas.

As AA não são formadas por massas de ar inertes. São constantemente atravessadas por anticiclones móveis polares aos quais devem a sua natureza. O fenómeno da integração dos novos AMP na massa das AA dos AMP precedentes é função das densidades respectivas.

Os anticiclones móveis polares mais potentes e/ou os mais rápidos conservam durante mais tempo as suas características particulares. Estas mantêm-se até os AMP se integrarem nas aglutinações anticiclónicas que reforçam consideravelmente.

No fim da canícula, o restabelecimento da potência dos AMP, mais fraca no mês de Agosto, mostra que o curto “verão” Árctico acaba brutalmente! O Árctico tem um adormecimento bem curto… Acorda violentamente!