História do clima
Este título seria adequado ao nome de um espesso livro. Por exemplo, existe o livro de Antón Uriarte Cantolla «Historia del Clima de la Tierra» que já foi citado várias vezes no Mitos Climáticos.
Vem isto a propósito de salientarmos mais uma vez que o clima da Terra não tem feito outra coisa do que variar desde o nascimento do planeta há 4 mil e 500 milhões de anos. Só que os seus habitantes gostariam que tal não acontecesse, desde que fosse sempre ameno.
Talvez a ajuda de um leitor especialista em psicologia nos fosse útil para invocar a lei da reprodução das formas. Estamos habituados a que a noite se siga ao dia e que a Primavera venha a seguir ao Inverno.
Todos dizemos que no nosso tempo de juventude é que era bom. Agora está tudo modificado. Já não se percebe a quantas andamos. Se no meio disto aparecem os Nostradamus do clima, estrangeiros e nacionais, então ainda ficamos mais baralhados.
Para não irmos mais longe, só nos recentes séculos IX e XX, de acordo com a base de dados (adoptada pelo IPCC) de Jones, P. D. et al., de 1999, os desvios (ou anomalias) das temperaturas (ditas) médias globais foram, grosso modo, os seguintes:
- De 1860 a 1910: 0,0 ºC;
- De 1910 a 1940: + 0,37 ºC;
- De 1940 a 1980: - 0,14 ºC (abrange o Óptimo Climático Contemporâneo);
- De 1980 a 2000: + 0,32 ºC.
Um habitante da Terra que tenha nascido em 1860 e tenha vivido até 1940, perto da data da sua morte, diria: «Isto anda tudo mudado. Já não se conseguem distinguir as estações do ano. No século passado é que era bom!»
Tanto mais que a temperatura média global entre 1860-1910 se situou aproximadamente 0,25 ºC abaixo da média dos anos 1961-1990. De facto, ele conheceu meio século de clima quase uniforme e ameno.
Isso foi um “milagre” da Natureza. Recentemente sucedeu o mesmo entre 1930 e 1960. Foram três décadas de clima suave e uniforme com um desvio nulo mesmo em relação à média de 1961-1990. Foi mesmo o melhor que poderia ter acontecido.
Não é fácil encontrar publicada uma narração diacrónica, um relato linear da história do clima do planeta. Admite-se, por hipótese, que existam leitores muito diversos. Uns muito preocupados com o tempo actual comparado com outros tempos que conheceram.
Outros mais preocupados com o estado do ambiente cheio de fumos industriais, não só em Portugal, mas em todo o Mundo. Alguns estão convencidos que isso é a causa da variação climática recente. Mas não é verdade…
Para resolver a questão da poluição atmosférica peçam aos ambientalistas que apliquem os seus conhecimentos. Mas para resolver os problemas climáticos os ambientalistas não têm competência.
O facto de o Instituto do Ambiente estar a ocupar-se do dossier climático é um absurdo. É equivalente ao de o Instituto de Meteorologia estar a ocupar-se do da poluição, por hipótese.
Um blogue tem o inconveniente de ser lido, essencialmente, pelas notas mais recentes. O artigo O Pânico Climático suscitou uma onda de curiosidade (não de calor!). Alguns leitores trocaram correspondência muito interessante.
Colocaram questões pertinentes e “medos” injustificados. A maior parte das questões já estão tratadas no fundo do baú do blogue. Não há que ter medo. Haveria que exigir aos responsáveis a implementação de medidas de adaptação à nova situação.
É normal. Ouvem na vida quotidiana e nas escolas – o que é mais grave –, as explicações mais estapafúrdias.
Colocam dúvidas aos professores. Estes, incapazes de dar resposta, afirmam que há mais quem acredite no “aquecimento global” e nas “alterações climáticas” do que os que duvidam. É uma questão de fé!
Voltando aos números, seria interessante indagar os motivos das seguintes conclusões.
1 - Segundo a NASA, há praticamente 10 anos, de 1996-2006, que a temperatura média global não se altera (14,4 ºC – 14,8 ºC). Os desvios em relação à media são insignificantes e da ordem de grandeza da precisão do método de cálculo.
Quem sabe responder: - Para aonde teriam ido os gases com efeito de estufa antropogénicos neste últimos dez anos? Enterrados não foram porque ainda não está em prática esta peregrina ideia.
2 – De acordo com a NASA, o ano 2006 tem sido menos “quente” do que o ano de 2005:
Dezembro-Janeiro-Fevereiro = 14,7 ºC (2006) contra 14,8 ºC (2005);
Março-Abril-Maio = 14,6 ºC (2006) contra 14,8 ºC (2005).
Sente-se isso? Se fosse o contrário que chinfrineira não teríamos de ouvir? Mas, insiste-se, não há que ter receio. Isso é dar mais oportunidades a manipulações…A Natureza é que dita as suas leis.
Há necessidade de adaptação ao clima. É o que fazem os esquimós, inteligentemente. E não pensam em modificar o clima. Voltaremos a falar da história do clima, dentro do possível, satisfazendo o pedido de leitores.
Nota: Base de dados da NASA: http://data.giss.nasa.gov/gistemp/tabledata/GLB.Ts.txt
Vem isto a propósito de salientarmos mais uma vez que o clima da Terra não tem feito outra coisa do que variar desde o nascimento do planeta há 4 mil e 500 milhões de anos. Só que os seus habitantes gostariam que tal não acontecesse, desde que fosse sempre ameno.
Talvez a ajuda de um leitor especialista em psicologia nos fosse útil para invocar a lei da reprodução das formas. Estamos habituados a que a noite se siga ao dia e que a Primavera venha a seguir ao Inverno.
Todos dizemos que no nosso tempo de juventude é que era bom. Agora está tudo modificado. Já não se percebe a quantas andamos. Se no meio disto aparecem os Nostradamus do clima, estrangeiros e nacionais, então ainda ficamos mais baralhados.
Para não irmos mais longe, só nos recentes séculos IX e XX, de acordo com a base de dados (adoptada pelo IPCC) de Jones, P. D. et al., de 1999, os desvios (ou anomalias) das temperaturas (ditas) médias globais foram, grosso modo, os seguintes:
- De 1860 a 1910: 0,0 ºC;
- De 1910 a 1940: + 0,37 ºC;
- De 1940 a 1980: - 0,14 ºC (abrange o Óptimo Climático Contemporâneo);
- De 1980 a 2000: + 0,32 ºC.
Um habitante da Terra que tenha nascido em 1860 e tenha vivido até 1940, perto da data da sua morte, diria: «Isto anda tudo mudado. Já não se conseguem distinguir as estações do ano. No século passado é que era bom!»
Tanto mais que a temperatura média global entre 1860-1910 se situou aproximadamente 0,25 ºC abaixo da média dos anos 1961-1990. De facto, ele conheceu meio século de clima quase uniforme e ameno.
Isso foi um “milagre” da Natureza. Recentemente sucedeu o mesmo entre 1930 e 1960. Foram três décadas de clima suave e uniforme com um desvio nulo mesmo em relação à média de 1961-1990. Foi mesmo o melhor que poderia ter acontecido.
Não é fácil encontrar publicada uma narração diacrónica, um relato linear da história do clima do planeta. Admite-se, por hipótese, que existam leitores muito diversos. Uns muito preocupados com o tempo actual comparado com outros tempos que conheceram.
Outros mais preocupados com o estado do ambiente cheio de fumos industriais, não só em Portugal, mas em todo o Mundo. Alguns estão convencidos que isso é a causa da variação climática recente. Mas não é verdade…
Para resolver a questão da poluição atmosférica peçam aos ambientalistas que apliquem os seus conhecimentos. Mas para resolver os problemas climáticos os ambientalistas não têm competência.
O facto de o Instituto do Ambiente estar a ocupar-se do dossier climático é um absurdo. É equivalente ao de o Instituto de Meteorologia estar a ocupar-se do da poluição, por hipótese.
Um blogue tem o inconveniente de ser lido, essencialmente, pelas notas mais recentes. O artigo O Pânico Climático suscitou uma onda de curiosidade (não de calor!). Alguns leitores trocaram correspondência muito interessante.
Colocaram questões pertinentes e “medos” injustificados. A maior parte das questões já estão tratadas no fundo do baú do blogue. Não há que ter medo. Haveria que exigir aos responsáveis a implementação de medidas de adaptação à nova situação.
É normal. Ouvem na vida quotidiana e nas escolas – o que é mais grave –, as explicações mais estapafúrdias.
Colocam dúvidas aos professores. Estes, incapazes de dar resposta, afirmam que há mais quem acredite no “aquecimento global” e nas “alterações climáticas” do que os que duvidam. É uma questão de fé!
Voltando aos números, seria interessante indagar os motivos das seguintes conclusões.
1 - Segundo a NASA, há praticamente 10 anos, de 1996-2006, que a temperatura média global não se altera (14,4 ºC – 14,8 ºC). Os desvios em relação à media são insignificantes e da ordem de grandeza da precisão do método de cálculo.
Quem sabe responder: - Para aonde teriam ido os gases com efeito de estufa antropogénicos neste últimos dez anos? Enterrados não foram porque ainda não está em prática esta peregrina ideia.
2 – De acordo com a NASA, o ano 2006 tem sido menos “quente” do que o ano de 2005:
Dezembro-Janeiro-Fevereiro = 14,7 ºC (2006) contra 14,8 ºC (2005);
Março-Abril-Maio = 14,6 ºC (2006) contra 14,8 ºC (2005).
Sente-se isso? Se fosse o contrário que chinfrineira não teríamos de ouvir? Mas, insiste-se, não há que ter receio. Isso é dar mais oportunidades a manipulações…A Natureza é que dita as suas leis.
Há necessidade de adaptação ao clima. É o que fazem os esquimós, inteligentemente. E não pensam em modificar o clima. Voltaremos a falar da história do clima, dentro do possível, satisfazendo o pedido de leitores.
Nota: Base de dados da NASA: http://data.giss.nasa.gov/gistemp/tabledata/GLB.Ts.txt
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