Consenso sem senso
Historicamente, alguns dos designados consensos científicos deram mau resultado. Não se admitia que eram motivados pela falta de conhecimentos. Existem bastantes exemplos de consensos sobre paradigmas que produziram, inclusive, sacrifícios humanos.
Numa situação de consenso sem sentido forma-se um vazio rapidamente preenchido por interesses e por políticos sem escrúpulos. Há tendência para aceitar como verdade científica o que serve para justificar tomadas de decisão políticas ou outras.
Na actualidade das “alterações climáticas” tenta-se resolver o problema da dependência dos combustíveis fósseis – especialmente dos hidrocarbonetos – com a justificação falaciosa do efeito de estufa antropogénico.
A história mostra que durante os períodos de “ciência normal”, caracterizados pela existência de um paradigma “oficial”, as novas ideias são combatidas por uma maioria indisponível para admitir cortes (ou descontinuidades) no desenvolvimento científico.
Os cortes foram considerados por Thomas S. Kuhn como revoluções científicas. Os novos paradigmas são combatidos até à exaustão pelos senhores do templo e pela corte de recitadores que nem sequer percebe o conteúdo dos trechos antigos.
Na meteorologia-climatologia houve um cientista célebre, Carl-Gustaf Rossby, que dizia que era imprescindível produzir cortes explicativos para se avançar neste domínio tremendamente difícil e complexo. Para ele todas as explicações eram duvidosas.
Rossby (1898-1957), sueco de nascimento e naturalizado americano, fundou o primeiro curso de meteorologia do Massachusets Institute of Technology. Se ele fosse vivo ficaria espantado com o que se passa actualmente.
Existem várias escolas de pensamento meteorológico-climático com conceitos insustentáveis pela observação das imagens dos satélites. Entretanto estabeleceu-se a escola dos modelos climáticos que transpõem aqueles conceitos.
Recorde-se de memória algumas dessas escolas: da meteorologia popular; da estatística; escola mássica; das frentes polares ou norueguesa; escola das perturbações, das massas de ar ou de Rossby.
A crise de conceitos da meteorologia e climatologia vem desde os tempos do desaparecimento de Rossby. Os métodos clássicos de raciocínio pararam no tempo. Não foram capazes de acompanhar a evolução tecnológica da observação.
A teoria dos anticiclones móveis polares veio questionar todos os paradigmas “oficiais”. Quanto tempo ainda restará até que seja universalmente aceite como uma nova explicação de nível superior a qualquer uma das outras, como diria Karl R. Popper?
Ou será que vão aparecer explicações ainda melhores do que esta? As antigas não servem de todo. A não ser para especular com futuros exotéricos.
Copérnico (1473-1543) nasceu numa Polónia austera e conservadora. A sua De Revolutionibus Orbium Coelestium foi publicada quando ele já estava deitado no leito da morte. No prefácio dizia que meditou no seu trabalho durante mais de trinta e seis anos.
Em vida, e mesmo mais de meio século após a morte, a sua ideia foi considerada um absurdo. Era lá possível a Terra rodar à volta do Sol! Alguns astrónomos notáveis, como Kepler e Galileu, colocaram-se ao lado de Copérnico. Por isso sofreram dissabores.
Neste processo de avanço e travagem dos conhecimentos científicos, as revistas têm um papel importante. A divulgação dos novos conhecimentos científicos faz-se com recurso à publicação dos trabalhos realizados.
Aqui aparece o primeiro obstáculo à publicação dos artigos que apresentam novos pensamentos. As revistas procuram defender o seu prestígio através dos peer-riewers (revisores dos artigos propostos para publicação).
Muitas queixas se conhecem acerca deste processo. Sobre o papel negativo dos peer-reviewers de todos os ramos da ciência, é interessante ler um artigo de Donald Gillies (University College London).
Deveras interessante é o caso do jovem físico português João Magueijo. No seu livro «Mais Rápido Que a Luz» (de leitura aconselhável) conta as peripécias por que passou para publicar os seus estudos.
Na comunidade da medicina questiona-se actualmente a vantagem e a desvantagem dos peer-reviewers. O conservadorismo científico dos revisores tem travado o progresso da medicina. Foram condenados pela censura muitos artigos com novidades científicas. Este acto censório ceifou mesmo várias vidas humanas.
Numa situação de consenso sem sentido forma-se um vazio rapidamente preenchido por interesses e por políticos sem escrúpulos. Há tendência para aceitar como verdade científica o que serve para justificar tomadas de decisão políticas ou outras.
Na actualidade das “alterações climáticas” tenta-se resolver o problema da dependência dos combustíveis fósseis – especialmente dos hidrocarbonetos – com a justificação falaciosa do efeito de estufa antropogénico.
A história mostra que durante os períodos de “ciência normal”, caracterizados pela existência de um paradigma “oficial”, as novas ideias são combatidas por uma maioria indisponível para admitir cortes (ou descontinuidades) no desenvolvimento científico.
Os cortes foram considerados por Thomas S. Kuhn como revoluções científicas. Os novos paradigmas são combatidos até à exaustão pelos senhores do templo e pela corte de recitadores que nem sequer percebe o conteúdo dos trechos antigos.
Na meteorologia-climatologia houve um cientista célebre, Carl-Gustaf Rossby, que dizia que era imprescindível produzir cortes explicativos para se avançar neste domínio tremendamente difícil e complexo. Para ele todas as explicações eram duvidosas.
Rossby (1898-1957), sueco de nascimento e naturalizado americano, fundou o primeiro curso de meteorologia do Massachusets Institute of Technology. Se ele fosse vivo ficaria espantado com o que se passa actualmente.
Existem várias escolas de pensamento meteorológico-climático com conceitos insustentáveis pela observação das imagens dos satélites. Entretanto estabeleceu-se a escola dos modelos climáticos que transpõem aqueles conceitos.
Recorde-se de memória algumas dessas escolas: da meteorologia popular; da estatística; escola mássica; das frentes polares ou norueguesa; escola das perturbações, das massas de ar ou de Rossby.
A crise de conceitos da meteorologia e climatologia vem desde os tempos do desaparecimento de Rossby. Os métodos clássicos de raciocínio pararam no tempo. Não foram capazes de acompanhar a evolução tecnológica da observação.
A teoria dos anticiclones móveis polares veio questionar todos os paradigmas “oficiais”. Quanto tempo ainda restará até que seja universalmente aceite como uma nova explicação de nível superior a qualquer uma das outras, como diria Karl R. Popper?
Ou será que vão aparecer explicações ainda melhores do que esta? As antigas não servem de todo. A não ser para especular com futuros exotéricos.
Copérnico (1473-1543) nasceu numa Polónia austera e conservadora. A sua De Revolutionibus Orbium Coelestium foi publicada quando ele já estava deitado no leito da morte. No prefácio dizia que meditou no seu trabalho durante mais de trinta e seis anos.
Em vida, e mesmo mais de meio século após a morte, a sua ideia foi considerada um absurdo. Era lá possível a Terra rodar à volta do Sol! Alguns astrónomos notáveis, como Kepler e Galileu, colocaram-se ao lado de Copérnico. Por isso sofreram dissabores.
Neste processo de avanço e travagem dos conhecimentos científicos, as revistas têm um papel importante. A divulgação dos novos conhecimentos científicos faz-se com recurso à publicação dos trabalhos realizados.
Aqui aparece o primeiro obstáculo à publicação dos artigos que apresentam novos pensamentos. As revistas procuram defender o seu prestígio através dos peer-riewers (revisores dos artigos propostos para publicação).
Muitas queixas se conhecem acerca deste processo. Sobre o papel negativo dos peer-reviewers de todos os ramos da ciência, é interessante ler um artigo de Donald Gillies (University College London).
Deveras interessante é o caso do jovem físico português João Magueijo. No seu livro «Mais Rápido Que a Luz» (de leitura aconselhável) conta as peripécias por que passou para publicar os seus estudos.
Na comunidade da medicina questiona-se actualmente a vantagem e a desvantagem dos peer-reviewers. O conservadorismo científico dos revisores tem travado o progresso da medicina. Foram condenados pela censura muitos artigos com novidades científicas. Este acto censório ceifou mesmo várias vidas humanas.
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