Origem dos ciclones tropicais
O nascimento e a manutenção de um ciclone tropical exigem a simultaneidade de cinco condições: 1 - A existência de um campo depressionário preexistente; 2 - O desencadear da convecção térmica; 3 - A alimentação permanente de energia; 4 - O desenvolvimento em altitude; 5 - A formação de um turbilhão.
Justifica-se desde logo a dúvida de que o efeito de estufa antropogénico seja capaz de estar por detrás destas cinco condições simultâneas e, felizmente, draconianas. Basta uma delas não se verificar para que deixe de se originar um ciclone tropical.
1 – A existência de um campo depressionário nas camadas baixas da atmosfera favorece o aparecimento de uma depressão inicial cavada. Esta condição afasta desde logo as aglutinações anticiclónicas do tipo do anticiclone dos Açores.
Este campo de baixas pressões previamente estabelecido pode ser – mas não obrigatoriamente – a depressão da face frontal de um anticiclone móvel polar (Vd. Fig. 6) que, mais uma vez, não tem literalmente nada a ver com o efeito de estufa.
Uma vez formado, o ciclone tem tendência a seguir as depressões mais fracas, tropicais ou extratropicais.
2 – O desencadear da convecção térmica é um fenómeno dinâmico de formação das concentrações nebulosas. Estas podem desencadear precipitações intensas, mas poucas concentrações nebulosas podem só por si originar um ciclone.
3 – A alimentação permanente de energia deve ser renovada de uma forma robusta. O ciclone é deste modo auto-sustentado após o desencadear da ascensão nebulosa. A exigência de temperaturas marítimas elevadas (superiores a 26 ºC) é um exemplo de covariação considerada como condição. Mas não é exclusiva.
O equador oceânico, onde se concentram águas quentes, confunde-se com o equador meteorológico (eixo de simetria da circulação geral na confluência dos transportes efectuados pelos anticiclones móveis polares boreais e austrais). Na zona destes equadores partem os fluxos energéticos oceânicos e aéreos que alimentam os ciclones.
A alimentação por fluxos oceânicos tem necessidade de um longo trajecto para armazenar enormes quantidades de calor sensível e latente pois o calor latente fornecido pela evaporação in situ tem uma proporção ínfima que é insuficiente.
Os ciclones formam-se e mantêm-se quando são alimentados também por fluxos aéreos tropicais quentes. Sobretudo muito ricos em energia, isto é, muito húmidos. Estas condições são preenchidas separada ou simultaneamente pelos fluxos das monções marítimas e dos alísios marítimos já evoluídos.
Devido à inércia térmica oceânica a qualidade dos fluxos húmidos é melhor no fim do Verão e no Outono. Nesta estação do ano os ciclones são mais bem alimentados pelos fluxos oceânicos e aéreos e tornam-se mais violentos.
Se a temperatura da água do mar fosse só por si um elemento fundamental seria de esperar que a época dos furacões tivesse início em pleno Verão e não no Outono (Setembro, Outubro e Novembro).
A renovação e a alimentação energética têm de ser rápidas e ininterruptas. Desde o início que o ciclone nascente exige fluxos aéreos e oceânicos potentes. De seguida o ciclone aspira quase toda a energia à sua volta num espaço com um raio de acção superior a 1000 km.
4 – O desenvolvimento em altitude deve ser realizado em toda a troposfera, isto é, no seu estado inicial o ciclone não deve sofrer nem subsidência nem espalhamento das massas nebulosas para não abortar. Isto também nada tem a ver com o efeito de estufa.
5 – A formação de um turbilhão (vórtice) é indispensável à atracção e à aceleração da alimentação energética e à concentração da convergência. Esta acção é dependente da força geostrófica que varia com a latitude e é praticamente nula na proximidade do equador.
A ciclogénese é impossível no espaço compreendido entre as latitudes 4 a 5 graus Norte e Sul. Os ciclones mais rápidos e mais importantes são também mais turbilhonares. A força de Coriolis – que é função da velocidade dos fluxos e da massa transportada – intervém na formação do momento angular.
A vorticidade é função da latitude. Ela é mais forte na face polar que na face equatorial dos ciclones. Este excedente relativo de potência, uma vez o movimento turbilhonar desencadeado, desvia progressivamente o ciclone para o Norte ou para o Sul.
Deste modo, os ciclones tropicais são afastados lentamente da sua estrutura de origem (aproximando-o progressivamente da zona temperada). O acréscimo de vorticidade que daí resulta compensa então o empobrecimento energético e as dificuldades estruturais crescentes.
Justifica-se desde logo a dúvida de que o efeito de estufa antropogénico seja capaz de estar por detrás destas cinco condições simultâneas e, felizmente, draconianas. Basta uma delas não se verificar para que deixe de se originar um ciclone tropical.
1 – A existência de um campo depressionário nas camadas baixas da atmosfera favorece o aparecimento de uma depressão inicial cavada. Esta condição afasta desde logo as aglutinações anticiclónicas do tipo do anticiclone dos Açores.
Este campo de baixas pressões previamente estabelecido pode ser – mas não obrigatoriamente – a depressão da face frontal de um anticiclone móvel polar (Vd. Fig. 6) que, mais uma vez, não tem literalmente nada a ver com o efeito de estufa.
Uma vez formado, o ciclone tem tendência a seguir as depressões mais fracas, tropicais ou extratropicais.
2 – O desencadear da convecção térmica é um fenómeno dinâmico de formação das concentrações nebulosas. Estas podem desencadear precipitações intensas, mas poucas concentrações nebulosas podem só por si originar um ciclone.
3 – A alimentação permanente de energia deve ser renovada de uma forma robusta. O ciclone é deste modo auto-sustentado após o desencadear da ascensão nebulosa. A exigência de temperaturas marítimas elevadas (superiores a 26 ºC) é um exemplo de covariação considerada como condição. Mas não é exclusiva.
O equador oceânico, onde se concentram águas quentes, confunde-se com o equador meteorológico (eixo de simetria da circulação geral na confluência dos transportes efectuados pelos anticiclones móveis polares boreais e austrais). Na zona destes equadores partem os fluxos energéticos oceânicos e aéreos que alimentam os ciclones.
A alimentação por fluxos oceânicos tem necessidade de um longo trajecto para armazenar enormes quantidades de calor sensível e latente pois o calor latente fornecido pela evaporação in situ tem uma proporção ínfima que é insuficiente.
Os ciclones formam-se e mantêm-se quando são alimentados também por fluxos aéreos tropicais quentes. Sobretudo muito ricos em energia, isto é, muito húmidos. Estas condições são preenchidas separada ou simultaneamente pelos fluxos das monções marítimas e dos alísios marítimos já evoluídos.
Devido à inércia térmica oceânica a qualidade dos fluxos húmidos é melhor no fim do Verão e no Outono. Nesta estação do ano os ciclones são mais bem alimentados pelos fluxos oceânicos e aéreos e tornam-se mais violentos.
Se a temperatura da água do mar fosse só por si um elemento fundamental seria de esperar que a época dos furacões tivesse início em pleno Verão e não no Outono (Setembro, Outubro e Novembro).
A renovação e a alimentação energética têm de ser rápidas e ininterruptas. Desde o início que o ciclone nascente exige fluxos aéreos e oceânicos potentes. De seguida o ciclone aspira quase toda a energia à sua volta num espaço com um raio de acção superior a 1000 km.
4 – O desenvolvimento em altitude deve ser realizado em toda a troposfera, isto é, no seu estado inicial o ciclone não deve sofrer nem subsidência nem espalhamento das massas nebulosas para não abortar. Isto também nada tem a ver com o efeito de estufa.
5 – A formação de um turbilhão (vórtice) é indispensável à atracção e à aceleração da alimentação energética e à concentração da convergência. Esta acção é dependente da força geostrófica que varia com a latitude e é praticamente nula na proximidade do equador.
A ciclogénese é impossível no espaço compreendido entre as latitudes 4 a 5 graus Norte e Sul. Os ciclones mais rápidos e mais importantes são também mais turbilhonares. A força de Coriolis – que é função da velocidade dos fluxos e da massa transportada – intervém na formação do momento angular.
A vorticidade é função da latitude. Ela é mais forte na face polar que na face equatorial dos ciclones. Este excedente relativo de potência, uma vez o movimento turbilhonar desencadeado, desvia progressivamente o ciclone para o Norte ou para o Sul.
Deste modo, os ciclones tropicais são afastados lentamente da sua estrutura de origem (aproximando-o progressivamente da zona temperada). O acréscimo de vorticidade que daí resulta compensa então o empobrecimento energético e as dificuldades estruturais crescentes.
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