segunda-feira, agosto 29, 2005

IPCC contra o bom senso

O IPCC partiu de apenas três variáveis explicativas, as evoluções económicas, populacionais e tecnológicas a nível mundial – durante um século! – (pág. 18 do PNAC), para chegar às previsões catastróficas de 2100! Isto é o mesmo do que reconstruir as torres gémeas assentes em areias movediças. Se calhar alguns dos nossos descendentes terão de fazer a recolha dos escombros de Kuhn (vide a seguir).

O salto no escuro que se apresenta nos trabalhos do IPCC ignora completamente, de entre outros acontecimentos possíveis, uma hipótese importantíssima que é lançada para a discussão pelos especialistas do ramo petrolífero.

Isto mesmo já foi apontado por James E. Hansen, o muito célebre pai do aquecimento global, no seu conhecido artigo «Can we defuse the Global WarmingTime Bomb?», Natural Science, 1 de Agosto de 2003, 43 p., conforme a apresentação que fez no Council on Environmental Quality (Washington, DC), em Junho de 2003.

Convém recordar que James E. Hansen é Presidente do Goddard Institute for Space Studies da NASA, Prof. da Columbia University Earth Institute (New York City) e membro da Academia das Ciências dos EUA.

Realizou-se nos dias 19 e 20 de Março deste ano de 2005, na Fundação Gulbenkian, Lisboa, um seminário internacional da Association for the Study of Peak Oil and Gas (ASPO) sobre o esgotamento das reservas de petróleo e de gás natural a nível mundial.

A partir de meados do século XXI, segundo os especialistas altamente qualificados, deixará de haver emissões significativas de efluentes gasosos provenientes dos produtos refinados do petróleo. Curiosamente, de acordo com as previsões realistas da ASPO, por alturas de 2010 (data mítica de Quioto), a extracção de petróleo bruto conhecerá uma redução drástica.

Daí a escalada de preços do petróleo bruto que se verifica actualmente no mercado internacional pela aproximação desse pico, se é que já não se está em cima dele, contrariamente a outras hipóteses que pretendem esconder esta realidade que abalará seriamente as cotações bolsistas das empresas petrolíferas.

Por outro lado, é importante citar o prof. Jorge Dias de Deus, do Instituto Superior Técnico: «O tratamento das questões ambientais ilustra bem o que se passa. O verdadeiro cidadão deve estar a par dos grandes temas ambientalistas (buraco do ozono, efeito de estufa, etc., etc.)»

Continua o Prof.: «Mas como não se ensina ciência (O que é o buraco do ozono? O que é o efeito de estufa?) o que se faz é ensinar a papaguear frases feitas debitadas a partir de catecismos fundamentalistas.»

Dias de Deus destaca: «Por exemplo, o papel desempenhado pelos espectros das radiações, solar e terrestre, e a importância do jogo dos tamanhos das moléculas na atmosfera e dos comprimentos de onda das radiações, na criação do efeito de estufa permanecem como mistérios insondáveis.»

Conclui o prof. do IST: «E o efeito de estufa é mesmo assim tão mau, ou será também bom? Ou melhor, a partir de que concentração de gases passa ele de bom a mau?» – fim de citação do artigo “Engenheiro ou Cidadão”, Boletim da Ordem dos Engenheiros, de Junho de 2001.

Este texto simples revela a preocupação do rigor, o cuidado da dúvida e da comparação entre os inconvenientes e as vantagens sem exaltar aqueles e esquecer estas, que é o que acontece sistematicamente nalguns sectores que tratam destes temas.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

essesite é uma droga ok!

1:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

esse site é porcaria
mesmoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

2:11 da tarde  

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