A dinâmica das precipitações (2)
Não seria pois espantoso que certos modelos façam chover abundantemente no…Sara! Uma restrição é então conduzida à precedente relação, em função da importância respectiva da evaporação e da chuva, nomeadamente com a estimativa seguinte: evaporação → chuva = seca.
O IPCC espera assim prever tanto a inundação como a seca. O potencial precipitável (necessário) não é o factor primordial da pluviogénese. Há, salvo excepções localizadas, sempre bastante vapor de água no ar para se sustentar uma chuvada, mesmo no deserto do Sara.
A chuva exige, além da existência necessária do potencial precipitável, a simultaneidade de condições que dizem respeito: ao factor que comanda o transporte de vapor de água nas longas distâncias; ao factor que provoca a ascensão necessária à mudança de estado da água e à libertação consequente do calor latente; e às condições indispensáveis ao desenvolvimento vertical das formações nebulosas.
Estas condições são extremamente variáveis com as condições geográficas, sendo diferentes nos trópicos e nas latitudes altas e médias, dando às diversas perturbações os seus caracteres específicos. É evidentemente mais complexo que a relação elementar, esquemática mas errónea, da evaporação-chuva utilizada pelos modelos.
Compreende-se assim facilmente a mediocridade do resultado: «O aumento das temperaturas arrastará o reforço do ciclo hidrológico, donde um risco de agravamento das secas e/ou das inundações em certos locais e uma possibilidade de diminuição da amplitude destes fenómenos noutros locais.» (IPCC, 1996).
Será isto uma previsão responsável ao se imaginar que pode acontecer tudo e o seu contrário (e/ou)? Uma tal previsão foi repetida em 2002: «O volume total das precipitações deveria aumentar […] não se conseguindo, porém, distinguir os sinais da evolução – aumento ou diminuição – da precipitação no plano global.».
A ausência de credibilidade das previsões das precipitações feitas pelos modelos faz novamente luz sobre as carências no conhecimento dos processos que comandam o tempo.
O IPCC espera assim prever tanto a inundação como a seca. O potencial precipitável (necessário) não é o factor primordial da pluviogénese. Há, salvo excepções localizadas, sempre bastante vapor de água no ar para se sustentar uma chuvada, mesmo no deserto do Sara.
A chuva exige, além da existência necessária do potencial precipitável, a simultaneidade de condições que dizem respeito: ao factor que comanda o transporte de vapor de água nas longas distâncias; ao factor que provoca a ascensão necessária à mudança de estado da água e à libertação consequente do calor latente; e às condições indispensáveis ao desenvolvimento vertical das formações nebulosas.
Estas condições são extremamente variáveis com as condições geográficas, sendo diferentes nos trópicos e nas latitudes altas e médias, dando às diversas perturbações os seus caracteres específicos. É evidentemente mais complexo que a relação elementar, esquemática mas errónea, da evaporação-chuva utilizada pelos modelos.
Compreende-se assim facilmente a mediocridade do resultado: «O aumento das temperaturas arrastará o reforço do ciclo hidrológico, donde um risco de agravamento das secas e/ou das inundações em certos locais e uma possibilidade de diminuição da amplitude destes fenómenos noutros locais.» (IPCC, 1996).
Será isto uma previsão responsável ao se imaginar que pode acontecer tudo e o seu contrário (e/ou)? Uma tal previsão foi repetida em 2002: «O volume total das precipitações deveria aumentar […] não se conseguindo, porém, distinguir os sinais da evolução – aumento ou diminuição – da precipitação no plano global.».
A ausência de credibilidade das previsões das precipitações feitas pelos modelos faz novamente luz sobre as carências no conhecimento dos processos que comandam o tempo.
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