As aglutinações anticiclónicas
No post “A história do vilão (5)” foi dito que a circulação geral da atmosfera (CGA) é causada pela distribuição irregular da radiação solar ao longo da superfície da Terra. A irregularidade deve-se à quase esfericidade da Terra e à inclinação do seu eixo de rotação em relação à eclíptica.
É nas camadas baixas da troposfera que se processa a CGA. A troposfera é a camada da atmosfera junto à superfície do planeta, com uma altitude que varia com a latitude e com a estação do ano. É da ordem de 5 km a 6 km nos Pólos e de 15 km a 16 km no Equador.
A heterogeneidade da distribuição da radiação solar conduz a trocas meridionais (Pólos - Trópicos) de massas de ar e de energia nelas contidas, em virtude do gradiente (diferença) de temperatura entre as regiões polares, frias, e a zona intertropical, quente.
Mas são as regiões polares que desencadeiam essas trocas enviando ar frio (mais denso) em direcção aos Trópicos, mediante trajectórias a menor altitude, movimento que é compensado pela deslocação de ar quente/menos frio em trajectórias a maior altitude em direcção aos Pólos.
A circulação geral da atmosfera é, portanto, provocada pelo défice térmico dos Pólos, o que dá origem ao nascimento dos anticiclones móveis polares (AMP) que assumem o principal papel das trocas meridionais entre ar frio e ar quente/menos frio.
A orografia e a rotação da Terra controlam as trajectórias dos AMP e a formação das aglutinações anticiclónicas (AA) que são o resultado da fusão de dois ou mais AMP, como seja, nas latitudes subtropicais (referidas nas teorias clássicas como AST – anticiclones subtropicais).
Além de outras propriedades importantes, as AA subtropicais determinam as entidades físicas da circulação subtropical, como sejam os ventos alísios e a possível transformação destes em monções. O ar tropical que vai a caminho dos Pólos compensa o balanço térmico do sistema Terra – Atmosfera.
A fim de se descrever pormenorizadamente as AA, analisa-se nos posts seguintes, primeiramente, tanto a sua origem como a sua formação que estão ligadas ao deslocamento dos AMP.
Este exercício vai ser realizado perante a realidade das imagens obtidas pelos satélites GOES. A fonte primária é a tese de doutoramento de Emmanuel Barbier “La Dynamique du temps et du climat en Amérique Centrale”, Setembro de 2004. O orientador científico de Barbier foi o Prof. Marcel Leroux.
Para algumas imagens dos satélites será traçada uma figura correspondente a uma carta de superfície.
Estas análises vão permitir avaliar a influência da orografia no deslocamento dos anticiclones móveis polares. Ao mesmo tempo, os leitores vão ter oportunidade de se aproximar da realidade.
Pede-se desculpa pela qualidade de algumas das fotos apresentadas. Apesar desse inconveniente, é possível fazer um exercício de análise vantajoso para a compreensão de um fenómeno que é fundamental para a dinâmica do tempo e do clima.
Sem se apreender o fenómeno das AA não é possível realizar um diagnóstico correcto da situação do estado do tempo, por exemplo, durante as ondas de calor e os períodos de seca metorológica.
É nas camadas baixas da troposfera que se processa a CGA. A troposfera é a camada da atmosfera junto à superfície do planeta, com uma altitude que varia com a latitude e com a estação do ano. É da ordem de 5 km a 6 km nos Pólos e de 15 km a 16 km no Equador.
A heterogeneidade da distribuição da radiação solar conduz a trocas meridionais (Pólos - Trópicos) de massas de ar e de energia nelas contidas, em virtude do gradiente (diferença) de temperatura entre as regiões polares, frias, e a zona intertropical, quente.
Mas são as regiões polares que desencadeiam essas trocas enviando ar frio (mais denso) em direcção aos Trópicos, mediante trajectórias a menor altitude, movimento que é compensado pela deslocação de ar quente/menos frio em trajectórias a maior altitude em direcção aos Pólos.
A circulação geral da atmosfera é, portanto, provocada pelo défice térmico dos Pólos, o que dá origem ao nascimento dos anticiclones móveis polares (AMP) que assumem o principal papel das trocas meridionais entre ar frio e ar quente/menos frio.
A orografia e a rotação da Terra controlam as trajectórias dos AMP e a formação das aglutinações anticiclónicas (AA) que são o resultado da fusão de dois ou mais AMP, como seja, nas latitudes subtropicais (referidas nas teorias clássicas como AST – anticiclones subtropicais).
Além de outras propriedades importantes, as AA subtropicais determinam as entidades físicas da circulação subtropical, como sejam os ventos alísios e a possível transformação destes em monções. O ar tropical que vai a caminho dos Pólos compensa o balanço térmico do sistema Terra – Atmosfera.
A fim de se descrever pormenorizadamente as AA, analisa-se nos posts seguintes, primeiramente, tanto a sua origem como a sua formação que estão ligadas ao deslocamento dos AMP.
Este exercício vai ser realizado perante a realidade das imagens obtidas pelos satélites GOES. A fonte primária é a tese de doutoramento de Emmanuel Barbier “La Dynamique du temps et du climat en Amérique Centrale”, Setembro de 2004. O orientador científico de Barbier foi o Prof. Marcel Leroux.
Para algumas imagens dos satélites será traçada uma figura correspondente a uma carta de superfície.
Estas análises vão permitir avaliar a influência da orografia no deslocamento dos anticiclones móveis polares. Ao mesmo tempo, os leitores vão ter oportunidade de se aproximar da realidade.
Pede-se desculpa pela qualidade de algumas das fotos apresentadas. Apesar desse inconveniente, é possível fazer um exercício de análise vantajoso para a compreensão de um fenómeno que é fundamental para a dinâmica do tempo e do clima.
Sem se apreender o fenómeno das AA não é possível realizar um diagnóstico correcto da situação do estado do tempo, por exemplo, durante as ondas de calor e os períodos de seca metorológica.
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