Cientistas japoneses contrariam IPCC
Cientistas japoneses consideram que o aquecimento global não é da responsabilidade do Homem, acreditam que as recentes alterações climáticas têm origem em ciclos naturais e não na actividade industrial e declaram que a tendência de aquecimento observada na segunda metade do século XX já terminou, não obstante as emissões de dióxido de carbono devido à queima de combustíveis fósseis terem continuado a aumentar, o que desmente a tese do IPCC de que a maior parte do aquecimento se deve ao acréscimo do efeito de estufa provocado pelo dióxido de carbono antropogénico.
Não seria a primeira vez que cientistas, individualmente ou em grupo, contrariam as teses do IPCC acerca do AGW (Anthropogenic Global Warming). Em português, aquecimento global de origem antropogénica.
O que esta situação tem de novo é o facto de a contestação ao IPCC constar de um relatório da Japan Society of Energy and Resources, uma sociedade académica que representa os cientistas japoneses ligados à energia e recursos energéticos e que constitui um órgão de consulta do próprio governo japonês.
O relatório, assinado por cinco eminentes cientistas, está a causar grande polémica nos meios da climatologia internacional, na medida em que traduz um corte muito profundo com as teses defendidas pelas Nações Unidas, através do IPCC, no que respeita à hipótese do AGW.
Dos cinco relatores, apenas um se mostra favorável à hipótese do AGW. Três deles discordam frontalmente do IPCC e um deles chega a comparar a modelação climática por computador à antiga astrologia…
O relatório é de Janeiro de 2009, mas apenas teve repercussão internacional após publicação, pelo “The Register”, da primeira tradução para inglês das partes mais significativas do mesmo.
Os leitores interessados podem aceder ao texto integral do The Register através do link aqui deixado.
Apesar da polémica internacional que este relatório está a provocar, acreditamos que em Portugal nada disto virá a público através da nossa comunicação social, na sua maioria enfeudada às posições de uma corrente, mais ou menos politizada, que adoptou as teses do IPCC e que tem conseguido impor os seus pontos de vista nesta matéria como sendo a opinião politicamente correcta.
É desta forma que se continua a observar, na nossa imprensa, a publicação de artigos alarmistas que nos vêm dizer que os fenómenos associados às alterações climáticas estão em franca aceleração e que é preciso fazer qualquer coisa antes que seja tarde demais. Talvez porque esta conversa já deu um prémio Nobel, nada melhor do que insistir.
Da parte de jornalistas sem formação científica tais atoardas não surpreendem, mas da parte de pessoas que possuem essa formação já se torna lamentável. Por isso, não se pode deixar de criticar um artigo recente de um colega, engenheiro, presidente de uma empresa dita de “inovação”, que revelou uma posição muito ambígua ao dizer que, apesar de ouvir frequentemente questionar a veracidade da teoria do AGW, para ele a evidência é cada vez maior, mas que, mesmo que se verifique que a teoria não está correcta, “o erro é virtuoso”.
Pois é. Na teoria do AGW tudo é virtuoso. Até o erro. Acreditamos que, para os beneficiários, deve ser muito virtuoso o regabofe dos muitos milhões que são subtraídos ao bolso dos consumidores de energia eléctrica para pagar, por um lado, os subsídios que são oferecidos aos promotores de energias renováveis e, por outro lado, os preços acrescidos da produção nas centrais térmicas clássicas através de um vergonhoso comércio de direitos de emissão de dióxido de carbono.
E, “last but not the least”, o regabofe dos milhões que são subtraídos a todos os contribuintes e postos à disposição de duvidosos projectos de investigação destinados unicamente a reforçar a teoria do AGW.
Por exemplo, o “Ano Polar Internacional”, um projecto lançado em 2007, envolveu 160 projectos científicos de investigadores de mais de 60 países e recebeu investimentos de cerca de 1,2 mil milhões de dólares num período de dois anos. Concluiu que os gelos polares estão a derreter mais depressa do que se esperava. Que se esperava quando? Em 1922? Basta ler os posts do Desastre do Árctico (1) e (2) para se perceber que esta ladainha do gelo a derreter nos Pólos é recorrente e já vem de longe.
De facto, como diz Marlo Lewis Jr. no livro “A Ficção Científica de Al Gore” o greenhouse gravy train (*) proporciona rendimentos a muitos cientistas, sociedades de advogados, burocratas e políticos. Será muito difícil levar toda esta gente a questionar a teoria do AGW e, por maioria de razão, a reconhecer que se trata de uma teoria incorrecta. Os privilégios a obter por todas essas pessoas dependem precisamente de não pôr em causa a teoria do aquecimento global.
____________
(*) A expressão “gravy train” é usada na gíria para traduzir uma situação em que alguém recebe muito dinheiro ou beneficia de vantagens excessivas com pouco ou nenhum esforço. No caso presente, a expressão aplica-se ao efeito de estufa (greenhouse).
Não seria a primeira vez que cientistas, individualmente ou em grupo, contrariam as teses do IPCC acerca do AGW (Anthropogenic Global Warming). Em português, aquecimento global de origem antropogénica.
O que esta situação tem de novo é o facto de a contestação ao IPCC constar de um relatório da Japan Society of Energy and Resources, uma sociedade académica que representa os cientistas japoneses ligados à energia e recursos energéticos e que constitui um órgão de consulta do próprio governo japonês.
O relatório, assinado por cinco eminentes cientistas, está a causar grande polémica nos meios da climatologia internacional, na medida em que traduz um corte muito profundo com as teses defendidas pelas Nações Unidas, através do IPCC, no que respeita à hipótese do AGW.
Dos cinco relatores, apenas um se mostra favorável à hipótese do AGW. Três deles discordam frontalmente do IPCC e um deles chega a comparar a modelação climática por computador à antiga astrologia…
O relatório é de Janeiro de 2009, mas apenas teve repercussão internacional após publicação, pelo “The Register”, da primeira tradução para inglês das partes mais significativas do mesmo.
Os leitores interessados podem aceder ao texto integral do The Register através do link aqui deixado.
Apesar da polémica internacional que este relatório está a provocar, acreditamos que em Portugal nada disto virá a público através da nossa comunicação social, na sua maioria enfeudada às posições de uma corrente, mais ou menos politizada, que adoptou as teses do IPCC e que tem conseguido impor os seus pontos de vista nesta matéria como sendo a opinião politicamente correcta.
É desta forma que se continua a observar, na nossa imprensa, a publicação de artigos alarmistas que nos vêm dizer que os fenómenos associados às alterações climáticas estão em franca aceleração e que é preciso fazer qualquer coisa antes que seja tarde demais. Talvez porque esta conversa já deu um prémio Nobel, nada melhor do que insistir.
Da parte de jornalistas sem formação científica tais atoardas não surpreendem, mas da parte de pessoas que possuem essa formação já se torna lamentável. Por isso, não se pode deixar de criticar um artigo recente de um colega, engenheiro, presidente de uma empresa dita de “inovação”, que revelou uma posição muito ambígua ao dizer que, apesar de ouvir frequentemente questionar a veracidade da teoria do AGW, para ele a evidência é cada vez maior, mas que, mesmo que se verifique que a teoria não está correcta, “o erro é virtuoso”.
Pois é. Na teoria do AGW tudo é virtuoso. Até o erro. Acreditamos que, para os beneficiários, deve ser muito virtuoso o regabofe dos muitos milhões que são subtraídos ao bolso dos consumidores de energia eléctrica para pagar, por um lado, os subsídios que são oferecidos aos promotores de energias renováveis e, por outro lado, os preços acrescidos da produção nas centrais térmicas clássicas através de um vergonhoso comércio de direitos de emissão de dióxido de carbono.
E, “last but not the least”, o regabofe dos milhões que são subtraídos a todos os contribuintes e postos à disposição de duvidosos projectos de investigação destinados unicamente a reforçar a teoria do AGW.
Por exemplo, o “Ano Polar Internacional”, um projecto lançado em 2007, envolveu 160 projectos científicos de investigadores de mais de 60 países e recebeu investimentos de cerca de 1,2 mil milhões de dólares num período de dois anos. Concluiu que os gelos polares estão a derreter mais depressa do que se esperava. Que se esperava quando? Em 1922? Basta ler os posts do Desastre do Árctico (1) e (2) para se perceber que esta ladainha do gelo a derreter nos Pólos é recorrente e já vem de longe.
De facto, como diz Marlo Lewis Jr. no livro “A Ficção Científica de Al Gore” o greenhouse gravy train (*) proporciona rendimentos a muitos cientistas, sociedades de advogados, burocratas e políticos. Será muito difícil levar toda esta gente a questionar a teoria do AGW e, por maioria de razão, a reconhecer que se trata de uma teoria incorrecta. Os privilégios a obter por todas essas pessoas dependem precisamente de não pôr em causa a teoria do aquecimento global.
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(*) A expressão “gravy train” é usada na gíria para traduzir uma situação em que alguém recebe muito dinheiro ou beneficia de vantagens excessivas com pouco ou nenhum esforço. No caso presente, a expressão aplica-se ao efeito de estufa (greenhouse).
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