Temperatura média global
O que foi descrito sobre medições de temperaturas serve para verificar como elas arrastam dúvidas. A avaliação climática não deve repousar exclusivamente na evolução das temperaturas. Servem essencialmente como valores estatísticos.
A temperatura da superfície terrestre tem sido utilizada como variável descritora das mudanças do clima. Essa utilização imprópria, por ser demasiado limitativa, deve-se ao uso histórico e à difusão espacial dos termómetros.
A relação entre estes instrumentos de medida e a agricultura, por um lado, e as previsões meteorológicas primitivas, por outro, consagraram o termómetro como medidor das evoluções do clima.
Às medições dos navios sobrevieram as das bóias meteorológicas lançadas um pouco por todos os oceanos e mares. Adicionaram-se balões meteorológicos com medições de mais variáveis. Porém, a temperatura manteve-se como variável aparentemente significativa.
Nas duas últimas décadas do século passado apareceram os satélites meteorológicos sempre com o objectivo principal de medir temperaturas. Os radiómetros instalados nos satélites cobriram todo o planeta, com medições sobre os mares e sobre os solos.
Este novo tipo de medições constituiu o último avanço tecnológico em relação aos termómetros de álcool, de mercúrio e eléctricos. Melhorou-se a qualidade da metrologia (não confundir com meteorologia) na medição das temperaturas.
Mas perdura a dúvida: - O que é a temperatura da superfície do nosso planeta? No fundo, a ‘temperatura da superfície terrestre’ é uma mistura de temperaturas dos solos, dos oceanos e do ar adjacente àquelas duas entidades. É uma definição ambígua.
A Fig. 57 resume os tipos de medição das diversas temperaturas que concorrem para a definição da “temperatura da superfície terrestre”. Os dados das temperaturas são, normalmente, uma média entre o máximo diurno e o mínimo nocturno.
A base de dados alimenta-se das observações dos navios, das estações terrestres, dos balões, das bóias e dos satélites que medem temperaturas de natureza diversa. Valores de qualidades metrológicas desiguais.
Um dos criadores da figura (John Christy) pertence ao painel da NAS (National Academy of Sciences, dos EUA) que elaborou o relatório sobre o hockey stick. Os dois autores, climatologistas, são prof. da Universidade de Alabama, Huntsville.
Roy Spencer é o responsável da equipa de cientistas que monitoriza [Advanced Microwave Scanning Radiometer (AMSR-E)] as observações do satélite AQUA da NASA.
John e Roy são muito críticos em relação ao «global warming» baseado em evoluções de temperaturas muito duvidosas. Não se cansam de chamar a atenção para as discrepâncias existentes entre as evoluções registadas por cada um dos instrumentos representados na Fig. 57.
Em qualquer dos casos fica a ideia de valores não rigorosamente definidos e que requerem constantemente análises muito cuidadosas. Nem sempre se conhecem os pressupostos da determinação das temperaturas médias globais.
Um valor médio global não tem significado físico, científico ou climático. Tem apenas significado estatístico. Imaginemos que somávamos temperaturas de Portugal e da Finlândia e dividíamos por dois. Que significa físico tinha o valor obtido? Nenhum.
O valor desta média não proporcionaria indicação sobre os climas de Portugal ou da Finlândia. O Instituto de Meteorologia de Portugal tem a presunção de calcular a temperatura média de Portugal através de um complicado exercício de matemática.
O valor calculado não dá qualquer indicação útil sobre os climas de Trás-os-Montes, do Alentejo ou do Algarve. É apenas um número sem qualquer significado físico. Serve para “chercher à épater le bourgeois”.
A temperatura da superfície terrestre tem sido utilizada como variável descritora das mudanças do clima. Essa utilização imprópria, por ser demasiado limitativa, deve-se ao uso histórico e à difusão espacial dos termómetros.
A relação entre estes instrumentos de medida e a agricultura, por um lado, e as previsões meteorológicas primitivas, por outro, consagraram o termómetro como medidor das evoluções do clima.
Às medições dos navios sobrevieram as das bóias meteorológicas lançadas um pouco por todos os oceanos e mares. Adicionaram-se balões meteorológicos com medições de mais variáveis. Porém, a temperatura manteve-se como variável aparentemente significativa.
Nas duas últimas décadas do século passado apareceram os satélites meteorológicos sempre com o objectivo principal de medir temperaturas. Os radiómetros instalados nos satélites cobriram todo o planeta, com medições sobre os mares e sobre os solos.
Este novo tipo de medições constituiu o último avanço tecnológico em relação aos termómetros de álcool, de mercúrio e eléctricos. Melhorou-se a qualidade da metrologia (não confundir com meteorologia) na medição das temperaturas.
Mas perdura a dúvida: - O que é a temperatura da superfície do nosso planeta? No fundo, a ‘temperatura da superfície terrestre’ é uma mistura de temperaturas dos solos, dos oceanos e do ar adjacente àquelas duas entidades. É uma definição ambígua.
A Fig. 57 resume os tipos de medição das diversas temperaturas que concorrem para a definição da “temperatura da superfície terrestre”. Os dados das temperaturas são, normalmente, uma média entre o máximo diurno e o mínimo nocturno.
A base de dados alimenta-se das observações dos navios, das estações terrestres, dos balões, das bóias e dos satélites que medem temperaturas de natureza diversa. Valores de qualidades metrológicas desiguais.
Um dos criadores da figura (John Christy) pertence ao painel da NAS (National Academy of Sciences, dos EUA) que elaborou o relatório sobre o hockey stick. Os dois autores, climatologistas, são prof. da Universidade de Alabama, Huntsville.
Roy Spencer é o responsável da equipa de cientistas que monitoriza [Advanced Microwave Scanning Radiometer (AMSR-E)] as observações do satélite AQUA da NASA.
John e Roy são muito críticos em relação ao «global warming» baseado em evoluções de temperaturas muito duvidosas. Não se cansam de chamar a atenção para as discrepâncias existentes entre as evoluções registadas por cada um dos instrumentos representados na Fig. 57.
Em qualquer dos casos fica a ideia de valores não rigorosamente definidos e que requerem constantemente análises muito cuidadosas. Nem sempre se conhecem os pressupostos da determinação das temperaturas médias globais.
Um valor médio global não tem significado físico, científico ou climático. Tem apenas significado estatístico. Imaginemos que somávamos temperaturas de Portugal e da Finlândia e dividíamos por dois. Que significa físico tinha o valor obtido? Nenhum.
O valor desta média não proporcionaria indicação sobre os climas de Portugal ou da Finlândia. O Instituto de Meteorologia de Portugal tem a presunção de calcular a temperatura média de Portugal através de um complicado exercício de matemática.
O valor calculado não dá qualquer indicação útil sobre os climas de Trás-os-Montes, do Alentejo ou do Algarve. É apenas um número sem qualquer significado físico. Serve para “chercher à épater le bourgeois”.
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