quarta-feira, outubro 26, 2005

Ciclones no Nordeste do Pacífico

Com uma média anual de 15 tempestades tropicais (60 km/h a 120 km/h), esta região constitui normalmente a segunda com maior actividade ciclónica do planeta. São muitas mas não muito intensas. Do ponto de vista dos ciclones tropicais, a região é um prolongamento para oeste da zona atlântica.

Este espaço é caracterizado pelas monções panamianas. O istmo do Panamá conduz para o Nordeste do Pacífico as perturbações atlânticas atenuadas e os fluxos dos alísios, a norte e a sul, que alimentam os ciclones.

A estação ciclónica vai de Maio a Novembro favorecida pela chegada das monções panamianas (reforçadas pelos alísios atlânticos) e pela presença dos equadores meteorológicos (inclinado e vertical).

Muitas depressões tropicais (menos de 60 km/h) associadas ao equador meteorológico vertical deslocam-se lentamente e fazem-se acompanhar de chuvas diluvianas. O que mais perturba esta região são as precipitações excepcionais.

Os sistemas ciclónicos desta região têm uma vorticidade fraca devido à latitude. Apenas um terço das depressões e tempestades tropicais chega a atingir o nível de tufão (aqui designado por cordonazo). Alguns afastam-se para oeste sobre o oceano e desfazem-se geralmente bastante depressa.

Os anticiclones móveis polares, que descem a partir do Pólo Norte e da Gronelândia, protegem o continente ao obstruir ou desviar a passagem dos cordonazos. Os AMP desviam-nos ao longo da costa oeste do México (2 a 3 por ano) a caminho da Califórnia.

O desvio é realizado pelo corredor periférico depressionário da face anterior dos AMP. Os cordonazos são normalmente de curta duração, mesmo os que são desviados para o Golfo da Califórnia provocando chuvas intensas.