O Mitch e os 4 AMP
A Fig. 32 permite acompanhar a trajectória do Mitch entre os dias 23 e 31 de Outubro de 1998 (pontos em bold na figura). Nos dias precedentes ao primeiro deste intervalo um potente anticiclone móvel polar, designado por A1 na figura, desceu do Pólo Norte até ao Golfo do México e estendeu-se ao Atlântico.
O A1, numa primeira fase, intensificou o Mitch ao provocar uma enorme concentração de energia no corredor depressionário da face frontal daquele. Seguidamente, a própria potência do A1 barrou o caminho do Mitch em direcção ao Norte.
Aquele A1 foi de imediato reforçado pela chegada de mais dois AMP, nascidos igualmente no Pólo Norte: - O A2, com o qual se aglutinou rapidamente, e o A3 que elevou mais a pressão atmosférica a norte do Mitch.
A actividade do Mitch, perante o muro de aglutinações anticiclónicas, amorteceu progressivamente. Foi desviado para oeste e penetrou no continente americano. Neste, o nível desce para uma depressão tropical (ventos inferiores a 60 km/h).
O Mitch refugiou-se na vertente sul do relevo do istmo (na Fig. 32 as linhas tracejadas na vertical representam edifícios geográficos da região). Este relevo estancou simultaneamente as aglutinações anticiclónicas.
A rota para oeste também é barrada por uma intensa nortada que entretanto atravessou, em direcção ao Pacífico, a separação dos dois edifícios (representada por “te” - de tehuantepecer – na Fig. 32) existentes a Sul do México.
Na Fig. 32 estão igualmente representados os traços no solo do equador meteorológico inclinado “EMI”, a monção panamiana “mp” e o alísio marítimo atlântico “alm” que forneceram enormes quantidades de energia ao Mitch.
A subida do Mitch (vd. Fig. 31 anterior) efectuou-se pelo corredor depressionário de um novo AMP (o quarto deste acontecimento, não representado na Fig. 32) que entretanto apareceu sobre o Golfo do México depois de abandonar o Pólo Norte.
No dia 5 de Novembro o Mitch atingiu o sul da Florida. No dia 6 posicionou-se ao largo da Carolina e no dia 7 desvaneceu-se.
Assim, apesar das suas consideráveis quantidades de energia, o Mitch ficou sujeito às condições dinâmicas que lhe ditaram o seu deslocamento, como aliás acontece a todas as perturbações semelhantes.
A sua trajectória foi perfeitamente organizada, primeiro pela força geostrófica que afastou o Mitch para noroeste, depois pela face frontal do A1, que se opôs ao deslocamento para Norte e fez inflectir a sua caminhada, e pelos relevos geográficos do istmo.
A reentrada no Golfo do México realizou-se entre a face de trás do A3 e a face da frente do A4 que facilitou o corredor depressionário (os ciclones tropicais seguem o caminho das depressões).
O A4 não aparece na Fig. 32. Aparece o A1 com as posições da frente, a traço contínuo, dos dias 23 a 29 de Outubro. Aparece o A2 com as posições, a traço interrompido, entre 25 e 26 de Outubro.
E, finalmente, aparece na figura o A3 entre 29 de Outubro e 1 de Novembro, com traço interrompido mais curto. Em conclusão, a trajectória do Mitch foi traçada pelos quatro AMP e pelas elevações do terreno.
Moral desta história triste, terminada com mais de 24 mil mortes: - O efeito de estufa, o aquecimento global e as alterações climáticas só intervieram na imaginação fértil dos media e dos cientistas que adoram dar palpites para alimentar a confusão daqueles.
Outra lição a tirar deste acontecimento verificado em 1998, ano em que as estatísticas apontam como o mais quente do século XX, é que a temperatura do Pólo Norte era, apesar disso, suficientemente baixa para gerar os quatro anticiclones móveis polares potentes num intervalo de tempo tão curto.
O A1, numa primeira fase, intensificou o Mitch ao provocar uma enorme concentração de energia no corredor depressionário da face frontal daquele. Seguidamente, a própria potência do A1 barrou o caminho do Mitch em direcção ao Norte.
Aquele A1 foi de imediato reforçado pela chegada de mais dois AMP, nascidos igualmente no Pólo Norte: - O A2, com o qual se aglutinou rapidamente, e o A3 que elevou mais a pressão atmosférica a norte do Mitch.
A actividade do Mitch, perante o muro de aglutinações anticiclónicas, amorteceu progressivamente. Foi desviado para oeste e penetrou no continente americano. Neste, o nível desce para uma depressão tropical (ventos inferiores a 60 km/h).
O Mitch refugiou-se na vertente sul do relevo do istmo (na Fig. 32 as linhas tracejadas na vertical representam edifícios geográficos da região). Este relevo estancou simultaneamente as aglutinações anticiclónicas.
A rota para oeste também é barrada por uma intensa nortada que entretanto atravessou, em direcção ao Pacífico, a separação dos dois edifícios (representada por “te” - de tehuantepecer – na Fig. 32) existentes a Sul do México.
Na Fig. 32 estão igualmente representados os traços no solo do equador meteorológico inclinado “EMI”, a monção panamiana “mp” e o alísio marítimo atlântico “alm” que forneceram enormes quantidades de energia ao Mitch.
A subida do Mitch (vd. Fig. 31 anterior) efectuou-se pelo corredor depressionário de um novo AMP (o quarto deste acontecimento, não representado na Fig. 32) que entretanto apareceu sobre o Golfo do México depois de abandonar o Pólo Norte.
No dia 5 de Novembro o Mitch atingiu o sul da Florida. No dia 6 posicionou-se ao largo da Carolina e no dia 7 desvaneceu-se.
Assim, apesar das suas consideráveis quantidades de energia, o Mitch ficou sujeito às condições dinâmicas que lhe ditaram o seu deslocamento, como aliás acontece a todas as perturbações semelhantes.
A sua trajectória foi perfeitamente organizada, primeiro pela força geostrófica que afastou o Mitch para noroeste, depois pela face frontal do A1, que se opôs ao deslocamento para Norte e fez inflectir a sua caminhada, e pelos relevos geográficos do istmo.
A reentrada no Golfo do México realizou-se entre a face de trás do A3 e a face da frente do A4 que facilitou o corredor depressionário (os ciclones tropicais seguem o caminho das depressões).
O A4 não aparece na Fig. 32. Aparece o A1 com as posições da frente, a traço contínuo, dos dias 23 a 29 de Outubro. Aparece o A2 com as posições, a traço interrompido, entre 25 e 26 de Outubro.
E, finalmente, aparece na figura o A3 entre 29 de Outubro e 1 de Novembro, com traço interrompido mais curto. Em conclusão, a trajectória do Mitch foi traçada pelos quatro AMP e pelas elevações do terreno.
Moral desta história triste, terminada com mais de 24 mil mortes: - O efeito de estufa, o aquecimento global e as alterações climáticas só intervieram na imaginação fértil dos media e dos cientistas que adoram dar palpites para alimentar a confusão daqueles.
Outra lição a tirar deste acontecimento verificado em 1998, ano em que as estatísticas apontam como o mais quente do século XX, é que a temperatura do Pólo Norte era, apesar disso, suficientemente baixa para gerar os quatro anticiclones móveis polares potentes num intervalo de tempo tão curto.
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