segunda-feira, setembro 07, 2009

A histeria insana dos jornalistas do «Público»

Temos de interromper a série de notas sobre o nível dos mares a fim de falar de uma questão lateral. Trata-se da enxurrada de mentiras do jornal Público. Este quotidiano especializou-se na desinformação climática. Ele tem um enorme naipe de maus profissionais do jornalismo que se aproveitam do órgão em que trabalham para dar vazão ao seu fanatismo aquecimentista.

Era previsível que com a aproximação do "concílio" de Copenhaga a histeria climática subisse de tom, tal como nas reuniões anteriores do IPCC. Na de Buenos Aires chegou a aparecer um estudo ACIA que dava o Árctico como morto — mas ele continua vivo e bem vivo.

Agora, na preparação para Copenhaga, reuniram-se em Genebra uma série de iletrados do clima como o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa. Este chefiou a delegação portuguesa, mas nela não houve qualquer cientista minimamente qualificado em climatologia.

À partida de Lisboa, Adérito Vicente Serrão, presidente do Instituto de Meteorologia, de Portugal, anunciava aos jornalistas que ia a Genebra resolver o problema do clima que estaria a aquecer em Portugal mais do que em outras partes do Mundo… Mal vai a meteorologia em Portugal com um responsável que debita tais sandices.

Já em Genebra, o sr. Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, fez a prédica do Apocalipse segundo o Evangelho da ONU. Logo as trombetas dos media anunciaram o precário destino dos cidadãos do Mundo se não mudassem de vida passando a produzir menos CO2.

Por sua vez, o sr. Ricardo Garcia, que sofre de fanatismo climático crónico e distorce a realidade para satisfação dos seus amigos do Ambiente, publicou no Público do dia 3 de Setembro de 2009, na página 16, artigo com o título “Líder da ONU apela no Árctico ao empenho na luta do clima”.

O artigo tinha o subtítulo “Ban Ki-moon tenta mobilizar dirigentes mundiais em ano crucial das negociações para um acordo pós-Quioto”. Como cabeçalho desta página escrevia-se “Aquecimento global – Ponto sensível da Terra serve de alerta global”.

O sr. Ricardo Garcia começa a sua escrita deste modo: “O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, viajou até ao frio para lançar um novo apelo ao combate contra o aquecimento global.

Aquecimento global? Então estes senhores não sabem que as temperaturas médias globais têm estado a declinar? Esconde-se a realidade à opinião pública e escrevem-se mentiras sobre mentiras. Aquecimento global ou mentira global?

Ali o sr. Ricardo Garcia repete a ladainha do Árctico a desaparecer: “Ban Ki-moon encontrou-se com cientistas e andou ontem sobre o gelo do Árctico, que especialistas afirmam estar a fundir-se a um ritmo mais acelerado do que se julgava.” É sempre tudo mais acelerado, até a mentira.

Desvenda-se o véu: “O Árctico é o ponto do mundo onde o aquecimento climático é mais rápido [é evidentemente falso, como se verificará a seguir no tema da amplificação polar]”, disse o secretário-geral da ONU. Depois de desembarcar do navio KV Svalbard, da guarda costeira norueguesa, para se encontrar com cientistas sobre a plataforma gelada, Ban Ki-moon disse à agência Reuters: “Aqui sobre o gelo polar, sinto as forças da natureza e, ao mesmo tempo, tenho um sentimento de vulnerabilidade" [estaria a referir-se à sua ignorância climática?].

Seguiu-se um rol de mentiras que só lendo se acredita (ler a peça, mas que peça…). O escrito do sr. Ricardo Garcia é acompanhado de uma fotografia, a um quarto de página, do sr. Ban Ki-moon na ilha norueguesa de Svalbard, presume-se.

Esta ilha, no Mar de Barents, onde regressa o ar quente e húmido resultante da circulação geral da atmosfera, é a mesma onde o sr. Durão Barroso já fora anunciar o fim do Mundo. É uma espécie de púlpito do apocalipse climático e não só: Ali se localiza a famosa caverna com as “sementes do juízo final”.

Só que o Árctico já apresentou situações semelhantes ou com menos gelo em final de estiagem quando ainda estas pessoas não eram nascidas [ver por exemplo as notas “Desastre no Árctico (1) e (2)”].

Para agravar as mentiras oficiais do jornal Público, na mesma página acima referida, a sra. Teresa Firmino escrevia o artigo “Aquecimento do Árctico é amplificado” o que é rotundamente falso.

E qual foi a fonte para a sra. Teresa Firmino mentir aos leitores do Público? Nada mais, nada menos do que um “Relatório do WWF” segundo o cabeçalho do artigo em que se mente aos leitores sem o mínimo de consideração por estes.

Este assunto da “amplificação polar” já foi tratado pelo MC mais do que uma vez. Não há amplificação polar no Árctico. A senhora jornalista não se deveria basear em fontes poluídas como a WWF (também conhecida como World Wide Fraud). Leia por exemplo a página web do International Arctic Research Center-IARC, da University of Alaska Fairbanks-UAF, onde pode aprender alguma coisa e diminuir o seu desconhecimento da realidade climática que é transmitido aos leitores do Público.

Para agravar o histerismo do Público, a sra. Helena Geraldes, escreve na edição de Sábado, dia 5 de Setembro de 2009, na pág. 15, “Gases com efeito de estufa suspendem ciclo natural de arrefecimento do Árctico”. Este artigo tem como subtítulo uma mentira gigantesca “A última década foi a mais quente dos últimos 2000 anos no Árctico, conclui novo estudo”. Este estudo é um prolongamento da fraude do “hockey stick global” e do “hockey stick do Antárctico”. Agora temos a fraude do “hockey stick do Árctico”. É uma trilogia de fraudes.

Ou seja, o jornal Público é um órgão de comunicação social que se especializa na promoção de fraudes científicas. E, à revelia de todos os códigos deontológicos do jornalismo, este jornal despeja sobre os seus leitores uma visão estritamente unilateral pois recusa-se a apresentar pontos de vista contraditórios. Grande parte dos jornalistas do Público deveria voltar à escola a fim de aprender o B-A-BÁ da profissão, ou seja, que quando se faz uma notícia é preciso ouvir também o outro lado.

Qualquer pessoa minimamente informada sabe que no Período Quente Medieval o Árctico tinha menos gelo do que actualmente. Foi por esse facto que os árabes subiram até ao norte da Península Ibérica. Comprova-o a fase da NAO-North Atlantic Oscillation dessa época. D. Afonso Henriques bem correu atrás dos árabes para fundar uma nação.

Mas não é preciso ir tão longe no tempo. Leiam uma informação da NOAA de Novembro de 1922: The Changing Arctic. Senhores jornalistas, informem-se e informem correctamente os leitores.

Por exemplo, porque razões não publicaram esta notícia:

WMO CONFERENCE WARNING:
WORLD CLIMATE MAY CONTINUE TO COOL FOR TWO DECADES

-------------------------------------------

Does this mean we can now study the climate without relying on mass hysteria and scare tactics?

--A New Scientist reader, 5 September 2009
Forecasts of climate change are about to go seriously out of kilter. One of the world's top climate modellers said Thursday we could be about to enter "one or even two decades during which temperatures cool." People will say "this is global warming disappearing", Latif told more than 1500 of the world's top climate scientists gathering in Geneva at the UN's World Climate Conference. Few climate scientists go as far as Latif, an author for the Intergovernmental Panel on Climate Change. But more and more agree that the short-term prognosis for climate change is much less certain than once thought.

--Fred Pearce, New Scientist, 4 September 2009.

Mentir muito é possível. Mentir para sempre é que não. Cedo ou tarde a verdade vem ao de cima e os mentirosos ficam desmoralizados.