Ausência de aquecimento antropogénico no Árctico
Uma equipa de cientistas, de organismos de reconhecido mérito, assim formada:
- Jonathan D. Kahl, do Department of Geosciences, University of Wisconsin-Milwaukee, PO Box 413, Milwaukee, Wisconsin 53201, USA
- Donna J. Charlevoix, do Department of Geosciences, University of Wisconsin-Milwaukee, PO Box 413, Milwaukee, Wisconsin 53201, USA
- Nina A. Zaftseva, do Central Aerological Observatory, State Committee for Hydrometeorology, Dolgoprudny, Moscow Region, 141700, Russia
- Russell C. Schnell, do Mauna Loa Observatory, Climate Monitoring and Diagnostics Laboratory, National Oceanic and Atmospheric Administration, Hilo, Hawaii 96721-0275, USA
- Mark C. Serreze, do Cooperative Institute for Research in Environmental Sciences, Division of Cryospheric and Polar Processes, University of Colorado, Boulder, Colorado 80309-0449, USA
publicou, em 1993, na Nature, o artigo “Absence of evidence for greenhouse warming over the Arctic Ocean in the past 40 years”. O resumo do artigo é o seguinte:
ATMOSPHERIC general circulation models predict enhanced greenhouse warming at high latitudes1 owing to positive feedbacks between air temperature, ice extent and surface albedo .
Previous analyses of Arctic temperature trends have been restricted to land-based measurements on the periphery of the Arctic Ocean.
Here we present temperatures measured in the lower troposphere over the Arctic Ocean during the period 1950–90. We have analysed more than 27,000 temperature profiles, measured by radiosonde at Russian drifting ice stations and by dropsonde from US 'Ptarmigan' weather reconnaissance aircraft, for trends as a function of season and altitude.
Most of the trends are not statistically significant. In particular, we do not observe the large surface warming trends predicted by models; indeed, we detect significant surface cooling trends over the western Arctic Ocean during winter and autumn.
This discrepancy suggests that present climate models do not adequately incorporate the physical processes that affect the Polar Regions.
As referências do artigo são também relevantes (abrangendo um vasto leque de autores, alguns envolvidos nos trabalhos do IPCC) (*):
1. Houghton, J. T. (ed.) Climate Change: The IPCC Scientific Assessment (Cambridge Univ. Press, Cambridge, 1990).
2. Budyko, M. I. Tellus 21, 611−619 (1969).
3. Sellers, W. D. J. appl. Meteorol. 8, 392−400 (1969).
4. Ingram, W. J., Wilson, C. A. & Mitchell, F. J. B. J. geophys. Res. 94, 8609−8622 (1989).
5. Kelly, P. M., Jones, P. D., Sear, C. B., Cherry, B. S. G. & Tavakol, R. K. Mon. Weath. Rev. 110, 71−83 (1982).
6. Hansen, J. & Lebedeff, S. J. geophys. Res. 92, 13345−13372 (1987).
7. Hansen, J. et al. J. geophys. Res. 93, 9341−9364 (1988).
8. Walsh, J. E. & Crane, R. G. Geophys. Res. Lett. 19, 29−32 (1992).
9. Walsh, J. E. & Chapman, W. L. J. Climate 3, 237−250 (1990).
10. Angell, J. K. Mon. Weath. Rev. 114, 1922−1930 (1986).
11. Angell, J. K. & Korshover, J. Mon. Weath. Rev. 111, 901−921 (1983).
12. Karoly, D. J. Geophys. Res. Lett. 16, 465−468 (1989).
13. Kahl, J. D. et al. J. geophys. Res. (submitted).
14. Timerev, A. A. & Egorov S. A. Meterorol. Gidrol. No. 7, 50−56 (1991).
15. Nagurnyi, A. P., Timerev, A. A. & Egorov, S. A. Akad. Nauk SSSR, Dokl. 319, 1110−1113 (1991).
16. Serreze, M. C., Kahl, J. D. & Schnell, R. C. J. Climate, 5, 615−629 (1992). 17. Serreze, M. C. et al. J. geophys. Res. 97, 9411−9422 (1992).
18. Walsh, J. E. Mon. Weath. Rev. 105, 1527−1535 (1977).
19. Kahl, J. D., Serreze, M. C., Shiotani, S., Skony, S. M. & Schnell, R. C. Bull. Am. met. Soc. 73, 1824−1830 (1992).
20. Serreze, M. C., Kahl, J. D. & Shiotani, S. National Snow and Ice Data Center spec. Rep. No. 2 (CIRES, University of Colorado, 1992).
21. Skony, S. M. thesis, Univ. of Wisconsin-Milwaukee (1992).
22. Diaconis, P. & Efron, B. Scient. Am. 248, 116−130 (1983).
O artigo rematou uma série de discussões científicas sobre a evolução recente do mar gelado do Árctico. A sua actualização em 2008 conduziria à mesma conclusão: Não existem provas do efeito antropogénico no Árctico.
No artigo foi apresentada a análise de mais de 27 mil medições de perfis de temperaturas realizadas, nomeadamente, com radiossondas, e a conclusão de não se ter encontrado vestígios do efeito de estufa antropogénico na região do Árctico.
Detectou-se, sim, arrefecimento no ocidente do Oceano Árctico durante os Invernos e Outonos. Tudo bate certo com o que tem vindo a ser afirmado incessantemente no MC relativamente à região do Árctico.
Concluiu-se ainda que os actuais modelos informáticos do clima não incorporam adequadamente os processos físicos que afectam as regiões polares. Não é novidade. Esta mesma conclusão pode e deve ser estendida a todo o planeta.
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(*) O Abstract tem links para algumas das referências.
- Jonathan D. Kahl, do Department of Geosciences, University of Wisconsin-Milwaukee, PO Box 413, Milwaukee, Wisconsin 53201, USA
- Donna J. Charlevoix, do Department of Geosciences, University of Wisconsin-Milwaukee, PO Box 413, Milwaukee, Wisconsin 53201, USA
- Nina A. Zaftseva, do Central Aerological Observatory, State Committee for Hydrometeorology, Dolgoprudny, Moscow Region, 141700, Russia
- Russell C. Schnell, do Mauna Loa Observatory, Climate Monitoring and Diagnostics Laboratory, National Oceanic and Atmospheric Administration, Hilo, Hawaii 96721-0275, USA
- Mark C. Serreze, do Cooperative Institute for Research in Environmental Sciences, Division of Cryospheric and Polar Processes, University of Colorado, Boulder, Colorado 80309-0449, USA
publicou, em 1993, na Nature, o artigo “Absence of evidence for greenhouse warming over the Arctic Ocean in the past 40 years”. O resumo do artigo é o seguinte:
ATMOSPHERIC general circulation models predict enhanced greenhouse warming at high latitudes1 owing to positive feedbacks between air temperature, ice extent and surface albedo .
Previous analyses of Arctic temperature trends have been restricted to land-based measurements on the periphery of the Arctic Ocean.
Here we present temperatures measured in the lower troposphere over the Arctic Ocean during the period 1950–90. We have analysed more than 27,000 temperature profiles, measured by radiosonde at Russian drifting ice stations and by dropsonde from US 'Ptarmigan' weather reconnaissance aircraft, for trends as a function of season and altitude.
Most of the trends are not statistically significant. In particular, we do not observe the large surface warming trends predicted by models; indeed, we detect significant surface cooling trends over the western Arctic Ocean during winter and autumn.
This discrepancy suggests that present climate models do not adequately incorporate the physical processes that affect the Polar Regions.
As referências do artigo são também relevantes (abrangendo um vasto leque de autores, alguns envolvidos nos trabalhos do IPCC) (*):
1. Houghton, J. T. (ed.) Climate Change: The IPCC Scientific Assessment (Cambridge Univ. Press, Cambridge, 1990).
2. Budyko, M. I. Tellus 21, 611−619 (1969).
3. Sellers, W. D. J. appl. Meteorol. 8, 392−400 (1969).
4. Ingram, W. J., Wilson, C. A. & Mitchell, F. J. B. J. geophys. Res. 94, 8609−8622 (1989).
5. Kelly, P. M., Jones, P. D., Sear, C. B., Cherry, B. S. G. & Tavakol, R. K. Mon. Weath. Rev. 110, 71−83 (1982).
6. Hansen, J. & Lebedeff, S. J. geophys. Res. 92, 13345−13372 (1987).
7. Hansen, J. et al. J. geophys. Res. 93, 9341−9364 (1988).
8. Walsh, J. E. & Crane, R. G. Geophys. Res. Lett. 19, 29−32 (1992).
9. Walsh, J. E. & Chapman, W. L. J. Climate 3, 237−250 (1990).
10. Angell, J. K. Mon. Weath. Rev. 114, 1922−1930 (1986).
11. Angell, J. K. & Korshover, J. Mon. Weath. Rev. 111, 901−921 (1983).
12. Karoly, D. J. Geophys. Res. Lett. 16, 465−468 (1989).
13. Kahl, J. D. et al. J. geophys. Res. (submitted).
14. Timerev, A. A. & Egorov S. A. Meterorol. Gidrol. No. 7, 50−56 (1991).
15. Nagurnyi, A. P., Timerev, A. A. & Egorov, S. A. Akad. Nauk SSSR, Dokl. 319, 1110−1113 (1991).
16. Serreze, M. C., Kahl, J. D. & Schnell, R. C. J. Climate, 5, 615−629 (1992). 17. Serreze, M. C. et al. J. geophys. Res. 97, 9411−9422 (1992).
18. Walsh, J. E. Mon. Weath. Rev. 105, 1527−1535 (1977).
19. Kahl, J. D., Serreze, M. C., Shiotani, S., Skony, S. M. & Schnell, R. C. Bull. Am. met. Soc. 73, 1824−1830 (1992).
20. Serreze, M. C., Kahl, J. D. & Shiotani, S. National Snow and Ice Data Center spec. Rep. No. 2 (CIRES, University of Colorado, 1992).
21. Skony, S. M. thesis, Univ. of Wisconsin-Milwaukee (1992).
22. Diaconis, P. & Efron, B. Scient. Am. 248, 116−130 (1983).
O artigo rematou uma série de discussões científicas sobre a evolução recente do mar gelado do Árctico. A sua actualização em 2008 conduziria à mesma conclusão: Não existem provas do efeito antropogénico no Árctico.
No artigo foi apresentada a análise de mais de 27 mil medições de perfis de temperaturas realizadas, nomeadamente, com radiossondas, e a conclusão de não se ter encontrado vestígios do efeito de estufa antropogénico na região do Árctico.
Detectou-se, sim, arrefecimento no ocidente do Oceano Árctico durante os Invernos e Outonos. Tudo bate certo com o que tem vindo a ser afirmado incessantemente no MC relativamente à região do Árctico.
Concluiu-se ainda que os actuais modelos informáticos do clima não incorporam adequadamente os processos físicos que afectam as regiões polares. Não é novidade. Esta mesma conclusão pode e deve ser estendida a todo o planeta.
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(*) O Abstract tem links para algumas das referências.
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