sexta-feira, novembro 09, 2007

O IPCC é político ou científico? (3)

(continuação)

O segundo argumento da propaganda do IPCC – continua o Prof. Bob Carter – afirma que a acção do homem no curto prazo (séculos XIX e XX) terá consequências graves no longo prazo (século XXI e mais além).

Envolvem-se muitos campos da ciência nos estudos que se processam de forma intensa e caríssima. Desta investigação emerge um facto implacável. É que em nenhum deles – anunciados quase semanalmente – se demonstra que a causa humana está associada.

Por exemplo, apesar das tentativas desesperadas de ligar o possível aumento do número de furacões e da sua intensidade ao aquecimento global, todas as provas vão no sentido contrário. Consultar Kossin et al., 2007.

É evidente o erro de associar furacões ao efeito de estufa (antropogénico ou mesmo natural). A falha de apenas uma das premissas draconianas da formação de um ciclone tropical deita a hipótese por terra.

Seria um prodígio da física associar a formação do equador meteorológico vertical (EMV) – na zona intertropical – ao efeito de estufa. E sem EMV não há furacões. Sugere-se uma recapitulação das notas sobre ciclones tropicais publicadas em Outubro de 2005.

Do mesmo modo, associar a seca ao efeito de estufa (mesmo natural) é um absurdo. A pluviogénese impõe três condições draconianas. Nenhuma ligada ao efeito de estufa (mesmo natural).

Basta falhar uma para não haver precipitação. É o que ocorre actualmente com o desvio do potencial precipitável (condição primordial da presença de vapor de água) que nada tem a ver com efeito de estufa. O desvio processa-se pela persistente estabilidade anticiclónica.

A ligação simplista e absurda “seca-dióxido de carbono” é semelhante à que diz serem massas de ar quente vindas do quadrante leste (de Espanha nem bom vento…) ou do Norte de África as responsáveis pelo calor em Portugal. O ar quente, levezinho, viria por aí fora, lá pelo alto, e – milagre – desceria das alturas quando chegasse a Portugal.

Do mesmo modo o espantalho do aumento dos níveis dos oceanos previstos pelo IPCC, desde 2001, por motivo da fusão dos mantos de gelo do Antárctico e da Gronelândia, vai sendo rasgado por estudos diversos. Consultar, por exemplo, Zwally et al., 2005.

Segundo estes autores a elevação do nível dos oceanos processar-se-ia a um ritmo de +0,05 mm ± 0,03 mm por ano. A manter-se, daqui a um milénio subiria uma palmo. Se, entretanto, não ocorrer uma glaciação.
(continua)